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Silagem pré-secada: Uma alternativa depois da estiagem!

POR JOÃO RICARDO ALVES PEREIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/04/2014

8 MIN DE LEITURA

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Por João Ricardo Alves Pereira*

Como está o planejamento forrageiro para o ano de 2014? Tivemos estiagem em algumas regiões; bom preço da soja, deixando o milho da silagem para depois; e até a expectativa de que um bom preço do leite vai compensar a compra de “alguma coisa” para as vacas comerem lá na frente. Fazendo um paralelo com os preparativos para a Copa, assim como os torcedores brasileiros, as pobres vacas terão de se “virar” com alguma coisa de qualidade ruim e com custo elevado!

Faltando menos de 50 dias para Copa do Mundo de 2014, corremos contra o relógio para deixar tudo em condições mínimas para a realização do evento, já que o ideal, ou mesmo o bom, não são mais possíveis. Como resultado esperado, teremos uma combinação perversa de qualidade ruim com custo elevado.

Fazendo um paralelo com os preparativos para a copa, imaginei que nossas vacas leiteiras podem estar pensando a mesma coisa em relação ao planejamento forrageiro (o que elas vão comer?) para o ano de 2014. Tivemos estiagem em algumas regiões; bom preço da soja, deixando o milho da silagem para depois; e até a expectativa de que um bom preço do leite vai compensar a compra de “alguma coisa” para as vacas comerem lá na frente. Assim como os torcedores brasileiros, as pobres vacas terão de se “virar” com alguma coisa de qualidade ruim e com custo elevado!

Como opção de produção de volumosos, escrevi aqui no Blog AgriMilk que a safrinha poderia ser uma opção interessante (Silagem de milho na safrinha - Risco ou oportunidade de se produzir volumoso de qualidade?), mas essa já passou. Nos sobra ainda, como uma das últimas chances, a conservação de algum volumoso para sustentar ou até mesmo minimizar a queda da nossa produção leiteira até o próximo verão. Nas regiões com temperaturas mais amenas, onde se pode contar com alguma chuva ou até mesmo irrigação, podemos produzir no inverno forragens de clima temperado (aveia e/ou azevém) com boa qualidade, mas que, em várias situações, não serão suficientes para alimentação do rebanho como volumoso exclusivo. Nas regiões onde a seca é mais severa no inverno, podemos ter como opção guardar alguma forragem que ainda cresce no final da estação chuvosa, como o excedente de produção das pastagens ou até mesmo áreas destinadas à colheita.

Contudo, para a ensilagem de plantas forrageiras que apresentam matéria seca (MS) inferior a 21%, carboidratos solúveis inferiores a 2,2% na matéria verde e baixa relação entre carboidratos e poder tampão, os riscos de má fermentação são grandes, demandando o uso de recursos que, de alguma forma, modifiquem esta situação. Nesse sentido, a remoção parcial de água da planta, através do emurchecimento ou pré-secagem, pode ser uma opção interessante, por proporcionar condições ideais para uma boa fermentação, e assim permitir que a forragem possa ser armazenada e utilizada na alimentação dos animais durante o período de escassez.

De maneira geral, as leguminosas são mais nutritivas do que as gramíneas de clima temperado que, por sua vez, apresentam melhor qualidade que as de clima tropical.

O corte das plantas forrageiras destinadas à ensilagem deve ser feito no estágio vegetativo, ocasião em que a planta se encontra no seu “ponto de equilíbrio” entre produção de matéria seca e qualidade nutricional. Recomendações práticas indicam, para plantas forrageiras em condições ideais de valor nutritivo, que o corte do azevém, do Capim Papuã (B. plantaginea) e do Tifton sejam feitos quando as plantas alcançam 30 cm de altura, sendo 45 cm para a aveia preta. É adequado que o corte da forragem seja feito uns 6 a 8 cm do solo, para que a rebrota e consequente produção de matéria seca no corte seguinte não seja prejudicada.

Quando a forragem é cortada e espalhada no campo para secar, a perda de umidade é intensa nas plantas ainda vivas, uma vez que o caule e as folhas foram separados das raízes e a umidade perdida não é reposta, começando então o murchamento. Após o fechamento dos estômatos, 70 a 80% da água deverão ser perdidos através da superfície da planta, fazendo com que a exposição ao sol, baixa umidade relativa e a circulação de ar dentro da leira sejam essenciais. A terceira etapa se inicia quando a umidade da planta atinge cerca de 45%, sendo esta etapa mais sensível às condições climáticas do que as anteriores, principalmente à umidade relativa do ar. É nessa etapa, ou próximo a ela, que a forragem é recolhida e ensilada. Daí a sensível redução nos riscos de perda de qualidade da forragem conservada ensilada em relação ao feno.

Para acelerar a taxa de desidratação da planta, as práticas de viragem e revolvimento com ancinhos enleiradores e espalhadores são de importância fundamental no processo de secagem, principalmente nas primeiras horas após o corte, de modo a reduzir a compactação e proporcionar maior circulação de ar dentro das leiras, acelerando a transferência de umidade das plantas para o ambiente. Para as leguminosas, o uso de ancinhos para promover a inversão das leiras somente se aplica nas primeiras horas após o corte.

O uso de segadeiras condicionadoras reduz pela metade o tempo de secagem das plantas forrageiras, devido ao aumento da perda de água pelo caule. Porém, para forragens que foram submetidas a algum tipo de condicionamento mecânico, as perdas decorrentes da ação da chuva sobre a forragem podem ser de maior intensidade devido ao fato de que compostos solúveis de alto valor nutritivo são arrastados, podendo haver grandes perdas desses nutrientes.

Tem sido crescente o emprego de herbicidas dessecantes na produção de silagem pré-secada ou mesmo feno. No final do ciclo das culturas de inverno, principalmente aveia e azevém, o agricultor desseca a área para, em seguida, iniciar o plantio das culturas de verão no sistema de plantio direto. A aplicação de herbicida é feita nas forragens e o corte é realizado com as plantas aparentemente mais secas, evitando assim riscos relativos às condições de ambiente. Além disso, são necessárias apenas duas operações antes da ensilagem: a aplicação do herbicida e o corte. Geralmente a ensilagem é feita imediatamente após o corte.

Trabalhos de pesquisa (Figura 1) indicam que a perda de umidade na forragem, no caso aveia preta, foi lenta quando comparado ao corte e espalhamento, mesmo em doses elevadas de herbicida (Glifosato). Isto é coerente com a ação do herbicida, que atua na planta como bloqueador de ação enzimática, não tendo ação sobre a manutenção dos estômatos abertos, o que poderia acelerar a perda de umidade. Na prática, a planta está morta, mas ainda com teores mais elevados de umidade.

Figura 01. Efeito de doses (0,75; 1,5: 2,25 e 3 litros/ha) de herbicida (glifosato) versus corte e espalhamento na velocidade de secagem (teor de MS) da silagem pré-secada de aveia preta.



Fonte: Pereira at al. (2001)

Deve-se ressaltar que ainda não há registro de herbicidas para esta finalidade, bem como estudos sobre resíduos nos produtos de animais que consomem este tipo de forragem. Para um país que pretende ser exportador de lácteos, particularmente, considero a prática um crime.

No processo de ensilagem, a retirada de ar da massa ensilada, por meio de compactação intensa, é fundamental para a redução da respiração e do aumento de temperatura na massa, que têm como consequência principal a perda de energia na forma de calor. Além do uso de tratores pesados, também favorece a boa compactação a distribuição da forragem em camadas finas. O fechamento do silo deve ser feito com lona plástica adequada, com maior espessura e com “protetor” da ação do sol, no caso de lonas brancas. Se optar pela colocação de pesos sobre a lona, isso deve ser feito de forma com que o ar seja expulso pela frente do silo, evitando que se formem bolsões. Durante todo o tempo de conservação até a abertura, não deve ocorrer entrada de ar no silo.

Outra técnica que vêm sendo bastante difundida no Brasil é a ensilagem de forragem pré-secada em fardos redondos (400 a 600 kg) revestidos com plástico especial. Este processo viabilizou a comercialização de volumosos pré-secados, tornando-a uma opção interessante tanto para o agricultor, que passou a ter mais uma opção de renda, vendendo a forragem e/ou produzindo em parceria com terceiros, como para o pecuarista, que em caso de falta de alimentos volumosos por motivos diversos, pode adquiri-los na quantidade necessária.

Como conclusão, para a produção de silagem pré-secada deve-se levar em consideração os seguintes fatores:

- O processo tem como vantagem, em relação à fenação, a redução do tempo de secagem e dos riscos de perdas no campo;

- Preserva melhor a qualidade da forragem colhida com níveis mais elevados de umidade;

- É necessário estabelecer espécies forrageiras produtivas adaptadas às condições climáticas locais e colher a forragem no estádio de desenvolvimento adequado, de modo a se obter maiores produtividades de matéria seca de maior valor nutritivo;

- Deve-se proporcionar condições ideais ao processo de fermentação durante o armazenamento, com atenção especial ao teor de matéria seca da forragem e a compactação durante a ensilagem;

- Adotar, se necessário, o uso de aditivos para melhorar a conservação, sempre levando em consideração o custo final dos nutrientes na forragem armazenada;

- Adotar técnicas de manejo e equipamentos adequados de modo que sejam minimizadas as perdas durante a retirada e o fornecimento da silagem aos animais.


 
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JOÃO RICARDO ALVES PEREIRA

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PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 05/11/2015

Olá Johan,

Realmente! Ainda temos muito a melhorar em equipamentos para a produção com qualidade de forragens pré secadas. Mas tenho visto que a demanda crescente por esse tipo de produto está levando as industrias a investirem mais. As "bolas" de silagem pré-secada estão se popularizando. Particularmente estamos começando um trabalho com a Nogueira Máquinas para avaliar a eficiência e custos no uso de silos bolsas para armazenamento de silagem pré-secada. Várias propriedades têm produzido pre secado de Tifton, de modo que a cada 30 a 40 dias tenha silagem para recolher e guardar. estamos avaliando máquinas de menor porte mas de boa eficiência e menor custo. Acredito que até o final do verão tenhamos novidades. Abraço
JOHANN BARTZ

ROLÂNDIA - PARANÁ

EM 05/11/2015

É lamentável que aqui no Brasil somos desprovidos de tecnologia para produção de silagem pré-secada. São poucos (ou mesmo inexistentes) os equipamentos capazes de realizarem esse processo eficientemente.
Na Europa existem carretas que recolhem o material já pré-secado, trituram e descarregam no silo com grande rapidez. Tudo isso feito com um único operador. Sendo assim, com uma condicionadora, uma carreta e mais um trator para compactar se faz um excelente trabalho. Com o equipamento que temos disponível no mercado brasileiro necessitamos no mínimo mais um ou dois equipamentos (e homens) para realizar o recolhimento e transporte do mesmo e com menor velocidade. Espero podermos evoluir o quanto antes nesse quesito!
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 09/06/2014

Prezado João Ricardo.

Parabéns pelas considerações. A título de informação o Roundup Transorb possui registro na MAPA para aplicação em baixa dosagem na pré-colheita em áreas de azevém e aveia preta quando plantadas como forrageiras para silagem eliminando algumas operações com segadeira, ancinho para espalhar e enleirar. Com isso não há risco de perda do material depois de cortado devido à intempéries.

Um abraço,

Helder de A. Córdova
RHUDSON CARLO DE SOUZA

PRESIDENTE KENNEDY - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/06/2014

Amigo Jaques
Tenho colocado 25 kilos de cana fresca + 5 kilos de napie na média uma pela outra de volumoso e a ração seca coloco 1 kilo de caroço de algodão + 400 gramas de soja + 6 kilos de ração 22 % essa quantidade divido entre duas ordenha pois meus curral e de canzil
A minha região e parecida com a sua em matéria de produção de cana
Um abraço
RHUDSON CARLO DE SOUZA

PRESIDENTE KENNEDY - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/06/2014

O grau de sangue do meu gado e 70 % F1 1/2 sague e o restante e 3/4
E corto minha cana com a ensiladeira q acoplada com vagao forrageiro que economiza a mão de obra
JAQUES ALVES DOS SANTOS

NANUQUE - MINAS GERAIS

EM 07/06/2014

Meu caro Rhudson muito legal a sua receita de nutrição. Gostaria de saber quantos quilos de cana você serve para cada vaca por dia? E qual o grau de sangue das suas vacas?
Abraços
Jaques
RHUDSON CARLO DE SOUZA

PRESIDENTE KENNEDY - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/06/2014

Estou a três meses tratando meu gado de leite com 80% de cana fresca e 20 % com napie pois estamos passando por uma crise de infestação de lagarta e seca consecutivas desde setembro do ano passado e complementando com 5 kilos de farelo 22 % + 600gramas d caroço de algodão e 500 gramas de soja e tenho um resultado no meu curral de 15 de média, vejo hoje que minha região que e mas propicia a cana de açúcar barateia mas meu volumoso compensando o alto custo do concentrado
JOSEPH H. KRAMER

ANGATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/05/2014

Bom dia Sr. Franscisco
Para fazer silagem pré-secado de gramíneas, se devem observar as gramíneas que se adaptam bem no sua região adaptação e produção, vendo este e usando a tecnologia de pré-secado.
Em principio muitas gramíneas podem se adaptar para silagem pré-secado e cada um tem seus limites e vantagem. Eu acredita neste tecnologia.
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 12/05/2014

Olá Francisco!

Não. O Jiggs não é o mesmo que o vaqueiro. Sugiro que consulte um especialista aí próximo. Tem muita "coisa" sendo vendida como capim vaqueiro.

Abraço
FRANCISCO DE ASSIS LAMAR

SÃO LUÍS - MARANHÃO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/05/2014

Gostaria de saber se o capim gigs é o mesmo capim vaqueiro?
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 01/05/2014

Fernando,

Toda e qualquer aplicação de defensivo ou suas misturas sem o devido registro para essa finalidade específica (demanda laudo de eficiência agronômica) constitui-se numa prática ilegal, por isso é crime.
O Glifosato é o herbicida mais usado na dessecação de culturas para posterior plantio da safra seguinte, vide que temos de plantas resistentes a esse tipo de herbicida. A prática e o produto são devidamente registrados para esse fim e o fazem de forma correta.
A degradação do produto (Glifosato) se dá no solo por meio da ação de microrganismos num período de até 32 dias e os produtos finais são a sarcosina e o ácido aminometil fosfonico, que serão metabolizados por esses microrganismos. O uso de herbicidas de contato também matam a planta por interrupção de atividade metabóilica e não abertura de estômatos (desidratação), como mencionei no texto. Da mesma que forma que o Glifosato, salvo engano, não tem registro para a finalidade de produção de silagem. Na "receita" de alguns produtores alguns recomendam ainda "meia dose" de herbicidade de contato, o que faz da prática um risco ainda maior do ponto de vista de resistência das plantas daninhas ao produto.
O uso correto de defensivos é, sem dúvida nenhuma, uma das alavancas da nossa "revolução verde" e devemos usa-los da forma mais correta.
Do ponto de vista legal, até que tenhamos registro, a prática de dessecar forragem para ensilagem ou fenação é considerada crime.
Abraço
FERNANDO CÉSAR

INDAIATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/05/2014

Caro João.
Um adendo ao seu comentário: Para um país que pretende ser exportador de lácteos, particularmente, considero a prática (dessecação de forragens pelo metodo quimico) um crime.
Atente para o fato de que os produtos, após determinado tempo se degradam e se transformam em CO2 o Oxigênio.
Para esta pratica o mais indicado não é o glifosate (produto sistemico e lenta ação) como você sita e sim produtos de contato que têm ação rapida na dessecação da forragem (3 dias) e sua molecula se quebra por completo pela ação da luz (degradação) em aproximadamente 5 a 7 dias. Diferentemente do herbicida sistemico os produtos de contato não penatram na planta, daí os riscos de resíduos são minimos.
Att
Fernando
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 29/04/2014

Milton,

Conheço silagens muito boas de grama estrela. Como toda a gramínea, você vai perceber que maiores níveis de fertilidade melhoram sensivelmente a produtividade e a relação caule folha.
Quanto a máquina, se estivermos falando de uma COLHEDORA/PICADORA (geralmente adaptada a uma ensiladeira) ela pode ser usada, mas você tem que caprichar muito no RECOLHIMENTO para minimizar as perdas. O tamanho de picado vai ser de acordo com a regulagem feita (veja na instruções na máquina). Assim que tivermos disponível no mercado as RECOLHEDORAS para adaptação o processo ficará mais fácil.
Resumindo. Dá para fazer e fica bom! Capricha!
Abraço
MILTON SHIGUEO SATO

REGENTE FEIJÓ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2014

oi joão. Ha muito esperava por um artigo como esse. Estou procurando alternativa para substituir a cana de açucar como volumoso de inverno, e um veterinario me falou sobre silagem de pre secado.estou pensando em fazer com grama estrela que é bastante produtiva e rustico. será que o equipamento denominado cata capim pica o capim em tamanho adequado?
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 28/04/2014

Boa tarde João,

A pré-secagem em capim Elefante é bem complicada em função do colmo mais grosso. Sugiro fazer uma mistura com o capim picado de pelo menos 10 a 15% de milho moído e depois ensacar a mistura. O aumento no teor de matéria seca com a adição do milho vai ajudar bastante na conservação.

Abraço
JOAO GOMES DE AZEVEDO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/04/2014

Boa Tarde Dr: João!
Tenho uma pequena capineira de capim Elefante Cameroom com idade de 50 dias, como tenho pasto sobrando pretendo pica-la e ensacar compactando-a bem e guardar para época seca.
Por favor poderia emitir sua opinião e acrescentar algum procedimento que falta.

Muito obrigado

João Gomes de Azevedo
Muriaé MG
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 28/04/2014

Kramer,

EXCELENTES suas considerações. Temos um potencial muito grande para produção de forragem e, infelizmente, conseguimos perder forragem em determinadas épocas do ano e ter deficiência delas em outra. Precisamos "praticar" mais as tecnologias de conservar bem forragem!
É um grande prazer contar com sua contribuição aqui no Blog!

Grande abraço

João Ricardo
JOSEPH H. KRAMER

ANGATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/04/2014

Joao,
Parabéns com sua colocação. Gostaria colocar mais uns pontos de debate em ralação de silagem pré- secado.
De dos anos oitenta, começamos introduzir estas tecnologias nas colônias Holandesas em Paraná, basicamente em cima de pastos de climas frios, seja azevem e aveia.
A pré-secado de gramíneas tropicais podem ser uma alternativa e suplemento para silagem de milho. Uma das vantagens de pré-secado será que o risco de períodos de estiagem é menor. Também temos no Brasil muito regiões aonde não é ideal para produção de milho. Porque não pensar nas silagens pré-secado. Tenho trabalhado com um produtor no interior de estado de São Paulo com o capim gigs. Com cortes com intervalo de 21 dias, e conseguimos uma produção ao redor de dez toneladas de matérias seca por hectare. O vizinho que plantou milho esta apostando na segunda planta por que primeira produzi pouco. Com corte de vinte um dias se conseguia volumoso com um FDN ou redor de 60% e proteína bruta entre 16 e conseguimos ate 22%, conforme analises. Trabalha-se com fardos redondos de 650 kg com 40% aproximadamente.
As gramíneas podem sofrer de uma estiagem, uma estiagem normalmente não acaba com a plantação de capim. Também se devem procurar gramíneas que tem uma necessidade de produzir mais eficiente seja uma necessidade menor de agua por quilograma de matéria seca. No meu ver se deve estimular a pesquisa de aproveitamento de gramíneas tropicais para silagem, já que fenos de boa qualidade muito difícil se produzam. Em todo Brasil temos muitos áreas de pasto de diferente variedade e qualidades, usando e melhorando estas, aproveitando as sobras do verão para épocas secas podemos fazer silagem e melhor a qualidade de pasto quando se usa pastoreio.
AGRIMILK

PONTA GROSSA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 28/04/2014

Isso mesmo. É que a cal torna o pH do ambiente mais alcalino o que evita (reduz) o crescimento de leveduras.

Abraço
JAQUES ALVES DOS SANTOS

NANUQUE - MINAS GERAIS

EM 28/04/2014

Dr. João obrigado pelo feedback. Quando você fala em cal hidratada não seria a hidrolise da cana? Que acho o método mais viável no uso da cana de açúcar. O fato de cortar cana todos os dias é altamente oneroso e cansativo.
Já tentei produzir a sacharina realmente o resultado foi péssimo.
Abraços
Jaques

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