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Prevenindo casos de fotossensibilização em pastagens

POR DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2008

3 MIN DE LEITURA

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Fotossensibilização refere-se à condição na qual substâncias químicas fotodinâmicas se acumulam na pele e quando estimuladas pela exposição à luz solar, lesam o leito capilar, resultando em necrose e desprendimento da pele.

O tipo de fotossensibilização causado pela ingestão de pastagens é denominada hepatógena ou secundária e têm como agente primário um fungo chamado Pithomyces chartarum. O P. chartarum é um fungo saprófita de plantas e já foi isolado em centenas de diferentes espécies vegetais e nas principais gramíneas tropicais cultivadas em território nacional, como a B. decumbens, a B. humidicola, a B. brizantha e em alguns cultivares de Panicum maximum, no entanto, sua proliferação é mais evidente em espécies forrageiras de crescimento prostrado ou decumbente, o que tem relacionado casos de fotossensibilização à pastagens formadas por espécies do gênero Brachiaria, na maioria das situações, e por espécies do gênero Cynodon, em menor grau.

O acúmulo de material vegetal morto e em processo de senescência na pastagem cria um microambiente altamente favorável ao desenvolvimento do P. chartarum, quando em condições ambientais de alta temperatura e alta umidade, ou seja, especialmente no período chuvoso.

O fungo produz uma substância tóxica (micotoxina) denominada de esporodesmina, que lesa gravemente o epitélio dos ductos biliares, levando a uma obstrução aguda dos mesmos, resultando em insuficiência hepática, que se manifesta por uma queda no escore de condição corporal, icterícia obstrutiva e fotossensibilização que, por sua vez, se instala quando as lesões hepáticas, previamente existentes e que ocasionam insuficiência do órgão, resultam no acúmulo de substâncias fotossensibilizantes no organismo, em especial a filoeritrina, que atinge níveis que tornam a pele sensível à radiação solar.

Como o fator primário desencadeador da fotossensibilização é o excesso de material vegetal morto e senescente que permite a existência de um microambiente promissor para o fungo, é necessário adotar estratégias de manejo da pastagem e do pastejo que melhorem a eficiência de utilização, por parte dos animais, da forragem produzida, de forma que haja ao final do processo ou do período de pastejo, uma quantidade de material vegetal adequado, suficiente para não prejudicar a rebrota da planta forrageira e sua produtividade nos próximos ciclos.

Figura 1 - Ovinos Santa Inês apresentando lesões cutâneas a nível de dorso, lombo e garupa devido à fotossensibilização ocasionada pela ingestão de pastagens mal manejadas de Brachiaria decumbens.


Assim, é necessário implementar sistemas de pastejo que possibilitem uma maior eficiência na colheita da forragem produzida pelos animais em pastejo, objetivando evitar o acúmulo de material morto e senescente na pastagem. Nesse tópico, a adoção do pastejo sob lotação intermitente (ou pastejo rotacionado) é crucial, permitindo um maior controle sobre os aspectos envolvidos no crescimento da planta forrageira, sendo possível aumentar a eficiência de utilização da pastagem, usando-se pressão de pastejo adequada, e estabelecer alturas de resíduos pós-pastejo mais apropriadas.

Concomitantemente ao pastejo sob lotação intermitente, é preciso investir na fertilidade do solo, uma vez que, em solos de baixa fertilidade as plantas apresentam uma maior dependência da ciclagem/reciclagem interna de nutrientes, o que significa deixar um maior resíduo pós-pastejo e, quanto maior for esse resíduo maior será a quantidade de material vegetal sujeito à senescência e morte.

Por outro lado, em solos de média a alta fertilidade as plantas se tornam menos dependentes dos nutrientes existentes em seus próprios tecidos, permitindo resíduos pós-pastejo menores (de acordo com a Tabela 1), e subseqüentemente, uma maior eficiência de utilização da pastagem. Como conseqüência, haverá uma menor produção de material morto e senescente, não fornecendo condições favoráveis para a formação do microambiente que determina o desenvolvimento do fungo.

Tabela 1. Indicação de altura de pastejo e do resíduo pós-pastejo para algumas forrageiras tropicais, sob lotação intermitente, considerando dois níveis de fertilidade ou de adubação.


Associado aos dois procedimentos acima citados deve-se ainda realizar o dimensionamento dos módulos de pastejo, com a implantação de áreas sombreadas e com disponibilidade de água de qualidade, assim como, fornecer uma suplementação mineral balanceada com níveis um pouco mais elevados de zinco, principalmente, na ocorrência de casos clínicos.

DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

Médico Veterinário, MBA, D.Sc., especializado no sistema agroindustrial da carne ovina. Consultor da Prime ASC - Advanced Sheep Consulting.

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LETICIA

GURINHATÃ - MINAS GERAIS

EM 02/01/2017

Desculpa não mencionei...gostaria de enviar fotos e video.
LETICIA

GURINHATÃ - MINAS GERAIS

EM 02/01/2017

Olá Daniel, estou com um problema em uma fazenda adquirida há um ano. Estão  aparecendo alguns casos no gado de manchas pretas e chegam a virar ferimentos parecendo uma alergia na pelagem do animal e estão falando que é da Brachiaria Decumbens. Gostaria de enviar pra você analisar. Seria possivel?

Obga. Leticia
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 28/01/2016

Olá Walter,



Sim. Pode ser usado.



Obrigado por sua participação.



Abraços,



Daniel
WALTER JOSÉ LACERDA

MUNIZ FERREIRA - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 17/01/2016

Dr. Daniel

Boa Tarde



Peço por gentileza informar se o Capim Vaqueiro é indicado para Ovinos.

Abraços

Walter
LUCAS MACHADO FIGUEIRA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 22/06/2010

"Os surtos de intoxicação de ovinos pastejando Brachiaria decumbens foram atribuídos, anteriormente, à micotoxina esporidesmina, produzida pelo fungo Pithomyces chartarum. Atualmente acredita-se que saponinas esteroidais, presentes em B. decumbens, sejam responsáveis pelo aparecimento da fotossensibilização associada à ingestão da planta. Estas substâncias se acumulam na forma de sais insolúveis, sob forma de cristais de glicuronídeos de epismilagenina e episarsasapogenina nas células hepáticas e ductos biliares sugerem que a saponina protodioscina seja a principal causa da fotossensibilização causada pela ingestão de B. decumbens.

No entanto, ainda há carência de informações mais apuradas para se chegar a uma conclusão sobre qual o fator preponderante para que B. decumbens se apresente mais tóxica."

Extraído do artigo: Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos confinados
Pesq. Vet. Bras. vol.30 no.3 Rio de Janeiro mar. 2010

link: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2010000300002&lng=es&nrm=iso&tlng=es

LUIZ ROBERTO NOGUEIRA LOBO

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 29/04/2008

Excelente abordagem, inclusive pelas fotos q são auto explicativas.
Muito obrigado a todos.
ROBERTO GIL ANNES DA SILVA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 03/04/2008

Prezado Dr. Daniel;

Muito obrigado pela resposta a minha questão. Faz sentido pois o bode de fato apresentou também um pouco de edema nas pálpebras.

Sds

Roberto - SP

DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 02/04/2008

Caro Walter,

A escolha de uma gramínea forrageira para formação de pastagens depende de inúmeros fatores que deverão ser previamente analisados para se poder tomar a decisão sobre a espécie e/ou cultivar mais adequado ao caso.

Para tanto, é necessário ter informações sobre a fertilidade e estrutura do solo, índice pluviométrico da região, período chuvoso e seco, temperaturas médias anuais, topografia do terreno, histórico da área em questão (uso prévio, manejo, ocorrência de pragas, etc.), nível de intensificação do sistema de produção e uma visão do sistema de produção como um todo.

A partir desses dados, faz-se uma análise dos mesmos e escolhe-se a melhor forrageira para a reforma da pastagem. Além disso, o sucesso do processo de reforma depende sobremaneira do preparo do solo e do manejo da pastagem em si, uma vez que, se não for bem feito, a Brachiaria poderá ressurgir e competir com a nova gramínea existente, podendo até se estabelecer novamente na pastagem.

Qualquer questão a mais, entre em contato!!

Abraços,

Daniel
WALTER JOSÉ LACERDA

MUNIZ FERREIRA - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 01/04/2008

Dr. Daniel

Tenho uma propriedade de 05 ha que fica as margem da rodovia que liga Nazaré a Santo Antonio de Jesus - Ba, onde a pastagem é formada por Brachiaria que tem em sua folhas um pêlo, é muito utilizada em pastagem p/ bovinos e encontrada em abundância às margem das rodovias.

Como pretendo iniciar uma criação de carneiro da raça Santa Inez a pasto, peço uma orientação sobre que tipo de capim devo reformar minha pastagem.

Parabéns pela excelente matéria sobre fotossensibilização em ovinos, muito bem detalhada, tanto no relato das causas da doença, como no manejo.

Abracos

Walter
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 28/03/2008

Olá Roberto,

Considerando que realmente se tratou de um caso de fotossensibilização hepatógena, durante o processo de intoxicação, os ductos biliares e, subsequentemente, o fígado são lesados, no entanto, a partir do momento em que se restringe ou se interrompe a ingestão da forragem contaminada (no caso, a pastagem), gradativamente e ao longo do tempo, o fígado vai retomando sua atividade fisiológica e sua capacidade metabólica normal, tendo em vista a grande capacidade regenerativa do tecido hepático.

É possível que o inchaço seja uma sequela gerada quando o animal apresentou o quadro clínico, pois alguns animais podem apresentar edema do focinho, pálpebras e orelhas em quadros de fotossensibilização, mas é pouco provável que haja alguma correlação com a situação atual do fígado, uma vez que, o mesmo já deve ter se recuperado.

Como o focinho é uma área do corpo com pouca capacidade absortiva, pois é formado predominante por tecido ósseo, é possível que o edema nessa região demore um mais para regredir completamente. Séria uma questão a ser examinada.

Assim, creio que a condição hepática atual de seu animal esteja OK, e, a priori, não vejo correlação com o inchaço mencionado por você (embora não saiba em que época ocorreu o caso, creio que não tenha sido algo muito recente).

Abraços,

Daniel
ROBERTO GIL ANNES DA SILVA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 28/03/2008

Prezado Dr. Daniel

Tive um caso de um Bode da raça Boer que apresentou fotosensibilização. Encaminei o animal para A FMVZ/USP onde foi identificado o caso e feito um tratamento. Na ocasião utilizaram óxido de zinco.

A minha dúvida é se a intoxicação que leva a fotosensibilização deixa alguma seqüela no fígado, pois até hoje, pasado mais de um ano ele apresenta um inchaço no rosto, acima das narinas até a testa. este inchaço pode estar relcionado a alguma sequela do tipo mal funcionamento do fígado? Nunca mais suplementei a ração do bode com óxido de zinco pois limitei o seu acesso aos raios solares, o balho de sola é restrito a períodos matutinos, bem com a sua alimentação está limitada a capim napier picado, ele não pasta mais.

Obrigado - Roberto - SP
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 27/03/2008

Olá Vladimir,

A homeopatia também é um recurso que pode ser utilizado para amenizar e controlar os problemas com fotossenbilização. Existe no mercado, um produto chamado Fator Hepa-Foto que é também direcionado para esses casos.

Obrigado pela dica!

Abraços,

Daniel
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 27/03/2008

Olá Jaime,

Primeiramente, vale salientar que o fornecimento de um nível mais alto de zinco para os animais clinicamente acometidos tem como objetivo proteger a pele da radiação solar, uma vez que o mesmo é parte importante de alguns componentes da pele essenciais para garantir a sua integridade e proteção. Sendo assim, a suplementação com zinco é um procedimento paliativo, que busca controlar as lesões dermatológicas e as complicações que podem surgir a partir delas, como infecções secundárias e miíases.

O zinco, em si, não irá atuar sobre os fungos nem irá impedir a ação deletéria da esporodesmina sobre o fígado, ou seja, mesmo com uma ingestão maior de zinco, os animais acometidos terão lesões hepáticas, caso não haja correções no manejo da pastagem e do pastejo para diminuir a infestação pelo fungo e, consequentemente, a ingestão da micotoxina.

Como uma fonte de suplementação, é mais indicado usar o Óxido de Zinco (pois é fonte exclusiva de zinco), em uma dose diária de 20-28 mg/kg de peso vivo nos casos clínicos. Como preventivo, pode-se utilizar doses um pouco menores.

No entanto, vale ressaltar, que é necessário realizar uma análise bromatológica da pastagem e dos outros ingredientes da dieta (concentrados e volumosos suplementares) a fim de balancear a mistura mineral para garantir uma ingestão adequada de zinco, já que a absorção do zinco e de outros minerais pode ser afetada devido à interação existente entre zinco, cálcio, cobre e ferro, principalmente.

Concluindo, a suplementação com zinco é um procedimento para tratamento sintomático. Se não houver iniciativas objetivando corrigir as questões relacionadas ao manejo da pastagem e do pastejo, os resultados serão insatisfatórios.

Abraços,

Daniel
VLADIMIR PEREIRA FARIAS

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 26/03/2008

Daniel, em minha propriedade utilizo um produto homeopatico chamado OVINOSIGO, adicionado ao sal proteico, que é excelente.

Minhas pastagens são formadas por um consórcio de brachiarão/decumbens/massai/estilozantes campo grande e não tenho problemas com fotossensibilização. Este produto ajuda também no combate à vermes e coccidioses.
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ITAPETININGA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/03/2008

A materia é muito interessante, pois ajudadrá a muitos criadores que muitas vezes não tem condições de mudar as pastagens. Gostaria de saber até quanto de zinco teria que ter o sal mineral e quantos % evitaria a ação dos fungos.

Obrigado
LUIZ CARLOS NUNES DOS SANTOS

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 24/03/2008

Excelente a reportagem. Parabéns!

Estou iniciando criação de ovelhas Santa Inês, Dorper e Boer em Morro do Chapéu/Ba, gostaria de manter ontato com a Sra. MARIA CLARA CARNEIRO, que fez autopcia em 02 carneiros naquela cidade. Obrigado.
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 18/03/2008

Olá Clara,

Naturalmente que qualquer cogitação que possa ser feita a respeito desse caso precisa ser levada com cautela, pois eu não acompanhei o mesmo e nem tive acesso a quaisquer resultados de exames clínicos, sorológicos ou necroscópicos que possam ou poderiam ter sido realizados.

Entretanto, baseado nas poucas informações que você mencionou; no padrão de manejo dado, geralmente, a esses tipos de animais pelos criadores; e se esses animais tiveram um histórico de alta e/ou prolongada ingestão diária de ração concentrada (principalmente ração comercial específica para bovinos) é, muito provável, que eles tenham sofrido de Intoxicação Cúprica Acumulativa (ICA).

Esse tipo de intoxicação por cobre ocorre por razões multifatoriais e está fortemente associada à elevada ingestão de cobre, seja por ingestão direta (via água, ração concentrada, forragens contaminadas, etc.) ou por um desequilíbrio mineral na dieta desses animais. Ela pode demorar desde alguns meses a alguns anos para se manifestar.

Bem, de qualquer forma, a ocorrência de ICA na criação de ovinos, especialmente ovinos destinados à exposição ou "elite", é relativamente comum. Porém, é preciso deixar claro que é apenas uma possibilidade.

Seria necessário, também, fazer um diagnóstico diferencial com leptospirose e com hemoglobinúria bacilar.

Caso queira discutir mais o assunto, fique à vontade para entrar em contatol!!

Abraços,

Daniel
MARIA CLARA CARNEIRO

MORRO DO CHAPÉU - BAHIA - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 18/03/2008

Prezado Daniel,

Tive em minha fazenda duas mortes de carneiros que após a autópsia se verificou um fígado amarelado e inchado. Não tiveram sintomas de feridas e lesões como normalmente acontece com a fotossembilização. A morte ocorreu em +- 3 dias. Os carneiros deixaram de se alimentar, ficaram tristes e acabaram morrendo.
Eles tinham acabado de chegar na fazenda, eram 2 reprodutores Dorper que estavam a apenas 15 dias na propriedade. Voce acha que a doença pode se desenvolver e matar em 15 dias ou já veio com eles? Que tipo de doença causa essa amarelidão no fígado?

Agradeço a sua atenção

Clara
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA

FORTALEZA - CEARÁ

EM 07/03/2008

Caro Antônio,

As primeiras ações a serem feitas assim que se constatar casos de fotossensibilização no rebanho é isolar os animais acometidos em área sombreada (por exemplo, no aprisco), impedir a ingestão de forragem oriunda das pastagens envolvidas, disponibilizar sal mineral e água de qualidade a vontade, e fornecer volumoso (de preferência verde e fresco) no cocho. Essas são as ações imediatas.

A depender da gravidade e extensão dos casos clínicos, seria necessário entrar com fluidoterapia, anti-histamínicos, antiinflamatórios não-esteróides, protetores hepáticos injetáveis, fontes de zinco e/ou antibióticos. Porém, esses procedimentos teriam que ter o respaldo de uma avaliação clínica veterinária e de uma análise econômica das práticas terapêuticas que, por sua vez, irá depender, principalmente, da importância zootécnica dos animais acometidos e do potencial econômico dos mesmos, a ponto de se justificar a terapia.

As medidas preventivas e que serão aplicadas para o restante do rebanho, em geral, são aquelas já mencionadas no artigo, ou seja, manejo da pastagem e do pastejo, sombra, água e suplementação mineral com maior nível de zinco.

Abraços,

Daniel
ANTONIO JOSÉ MEIRELLES

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 06/03/2008

Dr. Daniel tenho pesquisado muito na internet sobre esse assunto achei otima sua reportagem, porém como em vários artigos que apreciei, vi que ninguem fala sobre as ações de emergência, ou seja, os primeiros socorros no caso já detectado.

Parabens e obrigado por dividir o seu conhecimento.

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