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Efeitos da monensina e do estresse térmico em bezerros holandeses

POR JOSÉ ROBERTO PERES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/06/2001

2 MIN DE LEITURA

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José Roberto Peres

Os ionóforos são aditivos alimentares que promovem alterações na flora ruminal, e vêm sendo pesquisados intensamente como meio de melhorar a eficiência alimentar. Diversos estudos têm demonstrado aumento nos ganhos em peso de 5 a 15% em animais submetidos a dietas com baixo valor nutritivo (LUCHIARI et al., 1990). Na literatura nada foi estudado quanto à sua eficiência em condições de estresse térmico.

Estudos com animais sob condições de estresse térmico demonstram alterações de comportamento, fisiologia e bioquímica. Eles tendem a diminuir a ingestão de alimentos, piorando a conversão alimentar e o desempenho (YOSEF, 1985).

Considerando estas informações, um trabalho foi desenvolvido na FZEA - USP, Campus de Pirassunga, visando avaliar o efeito da administração do ionóforo monensina sódica em condições de estresse calórico em 24 bezerros machos da raça Holandesa (peso médio 82 kg). Os bezerros foram divididos em grupos nos seguintes tratamentos: controle (sem monensina) ou 85 mg de monensina/animal/dia. Para cada um destes tratamentos, um grupo foi alojado numa câmara climática, com controle de temperatura e umidade para estabelecimento do estresse térmico (33,2oC) e outro foi alojado em local próximo, à temperatura ambiente (24,3oC). O experimento teve duração de 40 dias, 10 de adaptação e 30 de coleta de dados. A ração foi uma mistura total (30% de feno de Coast-Cross + 20% de farelo de soja + 32% de fubá de milho + 1,5% de suplemento mineral + 4% de caulin), fornecida duas vezes ao dia. A monensina foi administrada através de cápsulas de gelatina.

Os principais dados de desempenho e temperatura podem ser observados na tabela 1.

Os dados ambientais médios obtidos no período experimental foram 33,2 e 24,3oC de temperatura; 64,5 e 59,7% de umidade relativa, medidos no termohigrômetro e de 33,2 e 24,5oC de calor radiante, todos respectivamente para dentro e fora da câmara climática.

 

Tabela 1: Dados de desempenho e temperatura

 

Tabela



Fica evidente o efeito da temperatura para todas as variáveis avaliadas. A monensina parece ter apresentado efeito estatisticamente significativo somente no que se refere à eficiência alimentar, e mesmo assim somente nos animais em conforto térmico (eficiência 10% superior)

Como esperado, a temperatura retal e o calor radiante corporal foram mais elevados nos animais submetidos ao estresse calórico.

Segundo Stokka (1996) citado por SALLES, 2000, o desempenho do ruminante é reduzido durante períodos de estresse pelo calor, por causa do aumento das necessidades de mantença, enquanto o apetite é diminuído. O tempo gasto com alimentação ou ruminação também é reduzido devido ao aumento do ofego necessário para o resfriamento.

Comentário do autor: Este experimento vem reforçar a importância do conforto térmico para bom desempenho animal. As diferenças em ganho em peso são marcantes e provavelmente justificariam o investimento em sobra (sombrites), por exemplo, para animais mantidos em casinhas individuais ou mesmo abrigos coletivos. É importante destacar o alto coeficiente de variação dos dados, provavelmente em função do número de animais utilizados e da provável utilização de animais de origens diversas. Esta é uma dificuldade quando se trabalha com bezerros, mas não invalida os resultados.

fonte: Adaptado de: SALLES, M.S.V., M. A Zanetti, E. A L. Titto e R.M.C. Conti, 2000. Efeitos da Monensina em Bezerros Holandeses Submetidos a Estresse Térmico. In: 37a Reunião Anual da SBZ, Anais. Viçosa, MG.

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