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Desempenho do animal e o efeito da solubilidade do farelo de soja para alimentação bovina

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/05/2021

5 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 27/10/2022

A demanda do mercado por melhor qualidade em alimentos e produtos direciona indiretamente para uma pecuária em curto prazo ciclo curto. Diante disto, dietas com elevados níveis de nutrientes são cada vez mais necessárias, para suprir os déficits nutricionais das pastagens. A soja, é uma excelente opção para atender essa demanda, pelas suas características organolépticas, é um produto de grande interesse econômico, industrial e agropecuário.

São produzidos anualmente no Brasil, mais de 42 milhões de toneladas de soja, consequentemente um maior volume de produtos e subprodutos para a alimentação animal. Do processamento da soja, são originados resíduos como a casca e farelo de soja, utilizados na ração pra ruminantes como fontes de nutrientes (Thiago, 2003).

Alguns estudos afirmam que, em um ambiente de confinamento trabalhando com produção de animais mestiços, observaram um melhor ganho de peso para um grupo de animais que recebeu maior volume de farelo de em sua dieta, em comparação com o grupo que recebeu farelo de soja em quantidades menores (Sampaio, 2002).

A melhor utilização dos recursos alimentícios oferecidos aos animais de modo geral, para os ruminantes, que possuem uma capacidade digestiva competitiva, é importante aproveitar esta habilidade para melhor aproveitamento de nutrientes na alimentação, principalmente com resíduos agroindustriais ricos em fibras na alimentação.

O uso do farelo de soja em ração para alimentação animal em tem-se fixado cada vez mais na produção de ração pelos seus fabricantes e dos produtores, devido ao crescente volume de produção do grão ano após ano.

Além disso, possui um elevado desempenho animal, resultando em fontes de energia que normalmente ocorreria pela inclusão de cereais ricos em amido principalmente o milho, é altamente digestível, devido ao amido favorecendo a formação de um ácido orgânico no rúmen, o propionato, que está associado com maior volume de leite produzido (Zabom, 2001).

 

Benefícios da granulometria

Solubilidade Protéica (SP), é mundialmente reconhecida como um dos melhores métodos para avaliar sub ou superprocessamento do Farelo de Soja (FS). A determinação da SP é mensurada dentro da indústria de rações como parâmetro de qualidade quando se refere a qualidade do FS.

O método tem sido recomendado e envolve a determinação da solubilidade com solução de KOH 0,20% e também são monitoradas via espectrômetro Nir (Infra Vermelho), durante o processamento do grão de soja. O princípio do método para quantificar a solubilidade, baseia-se em grupos amino livres que reagem com outros grupos para formar pontes peptídicas, que reduzem a solubilidade da proteína. Uma SP próximo a 100 %, indica a soja crua sem processamento.

Estudos tem mostrado a eficiência em valores mínimos de 80% de SP segundo a portaria n°7, de 09 de novembro de 1988, onde são indicativos de FS adequadamente processado, onde são ideais para alimentação bovina.

É preciso melhorar os métodos utilizados hoje para o controle de qualidade, porém a maioria dos programas de controle de qualidade, ofertam o valor nutricional para FS: Proteína: 45 a 48%, Fibra: 6% (máx), Umidade: 12,5 a 13%, Extrato etéreo: 2,5 %(máx), Atividade ureática 0,25% Solubilidade: 80% (mín) Considerando SP abaixo de 80%, indica a desnaturação da proteína da soja durante o processamento, afetando diretamente a disponibilidade dos aminoácidos e da proteína presentes no farelo. (Bellaver, 1999).

Existem dois fatores importantes na alimentação bovina, com relação a dietas com farelo de soja. A digestão, é o processo responsável pela transformação do alimento em seus nutrientes, e os mecanismos de transporte (absorção) e a digestibilidade: fração do alimento aparentemente aproveitada pelo animal.

A indústria de soja pode produzir três tipos de FS com base no teor de proteína bruta (PB). O FS com 44% de PB é obtido pela adição de casca de soja, proveniente da fabricação do FS com 48% PB, que é descascado antes da extração do óleo.

Também existe o FS com 46% PB, no qual a quantidade de casca já se encontra no grão. Independentemente da quantidade de PB existente no farelo, a solubilidade dessa proteína está relacionada com a digestão e saciedade do animal que por sua vez, são severamente controlados por seus produtores rurais, onde quanto menor a SP presente na ração bovina, mais volume é necessário para dietas diariamente, ocasionando prejuízos para a produção.

Diante disto, a SP é controlada na indústria, uma vez que é produzida não intensifica sua concentração, vale também para proteína, diferente do parâmetro umidade, que por sua vez deve ser controlado durante todo o processo (Gerber et al., 2006).

 

Impactos produtivos

Com o aumento de procura por farelo de soja, há também um crescimento acelerado produção de animais, as indústrias de soja têm-se garantido a atender a demanda do mercado e investem em produtos que facilitam o monitoramento da produção FS, considerando uma temática de solução de problemas de seus clientes, produtores e ambientais, como a geração de resíduos e outros relacionados à industrialização. Richard Cesar Runho - Zootecnista - M.S. Depto. Técnico de Nutrição e Formulação, 2001.

          

Para um melhor resultado em análises, o FS passa pelo processo de moagem para sua avaliação de qualidade, onde a granulometria influencia significativamente a todos os parâmetros, inclusive a SP onde está relacionada diretamente com processo produtivo ocasionado em proteína bruta que pode ser ou não um aliado do produtor rural.

A solubilidade está relacionada positivamente com a capacidade emulsificante, uma vez que a solubilidade inicial permite uma rápida e total dispersão das proteínas, oferecendo um melhor aproveitamento dos nutrientes presentes na ingestão do animal, isso é considerado um fator positivo, pois melhora o ganho de peso e menor volume consumo da ração bovina.

Autores
Marisa Helena de Jesus - Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde, Goiás, Brasil
Rogério Favareto - Engenheiro Químico. Doutor em Ciências Agrárias - Agronomia e Professos do IF Goiano - Campus Rio Verde.

Referências

THIAGO, LRL de S.; DA SILVA, José Marques. Soja na alimentação de bovinos. Embrapa Gado de Corte-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2003.

GALEANO, Edileuza; FEIJÓ, Carmen. A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 1996-2007: análise nacional, regional e setorial. Nova Economia, v. 23, n. 1, p. 9-50, 2013

ZAMBOM, Maximiliane Alavarse et al. Valor nutricional da casca do grão de soja, farelo de soja, milho moído e farelo de trigo para bovinos. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 23, p. 937-943, 2001.

SAMPAIO, Alexandre Amstalden Moraes; BRITO, Rodolfo Marques de; CARVALHO, Ricardo de Moraes. Comparação de sistemas de avaliação de dietas para bovinos no modelo de produção intensiva de carne: Confinamento de tourinhos jovens. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 31, n. 1, p. 157-163, 2002.

BELLAVER, Claudio; SNIZEK JUNIOR, Pedro Nessi. Processamento da soja e suas implicações na alimentação de suínos e aves. In: Congresso Brasileiro de Soja. Londrina^ ePR PR: EMBRAPA, 1999.

GERBER, Hans U.; SHIU, Elias SW. Sobre estratégias ótimas de dividendos no modelo composto de Poisson. Jornal Atuarial Norte-Americano, v. 10, n. 2, pág. 76-93, 2006.

Runho Cesar Richard - Zootecnista - M.S. Depto. Técnico de Nutrição e Formulação, Polinutri - 2001.

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