ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Curvas de lactação em vacas leiteiras

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/03/2010

8 MIN DE LEITURA

9
4

Atualizado em 23/12/2020

A curva de lactação é uma representação gráfica da variação da produção de leite diária de uma fêmea leiteira em função da duração da lactação e pode ser utilizada para estimar a produção em qualquer período ou no transcorrer da lactação.

Na atividade leiteira, a produção de leite é a característica de maior importância econômica, e neste contexto, é imprescindível que pesquisadores forneçam aos criadores as informações necessárias para promoverem o melhoramento genético dos seus rebanhos. Sendo assim, por meio de estudos de curvas de lactação, este aprimoramento pode ser obtido de maneira prática e consistente.

O conhecimento do comportamento das curvas de lactação de um rebanho auxilia na adequação de técnicas de alimentação e manejo, no descarte e na seleção de animais, de acordo com um padrão desejável, preestabelecido conforme a capacidade de produção (Gonçalves, 1994).

Dessa maneira, a comparação da forma da curva entre grupos distintos de animais, com diferentes composições raciais, idades ao parto, rebanhos e outros tratamentos de interesse é de grande importância, pois mediante essas comparações, podem ser obtidas informações sobre a eficiência desses grupos propiciando um melhor controle da produção (Groenewald & Viljoen, 2003).

Sabe-se que uma curva de lactação típica apresenta uma fase crescente, que se estende até cerca de 35 dias após o parto; uma fase de pico, representada pela produção máxima observada, seguida de uma terceira fase de declínio continuo até o final da lactação. Porém, existem certas característica que determinam sua forma, tais como a persistência e o pico da lactação.

 

Persistência da lactação

Existem diferentes definições da persistência da lactação encontradas na literatura, entre elas, a extensão pela qual a produção máxima na lactação é mantida (Wood, 1967); a habilidade do animal em manter mais ou menos constante a produção de leite durante a lactação (Gengler, 1996); o número de dias em que um nível constante de produção de leite é mantido (Grossman et al., 1999) e a expressão da capacidade da vaca em continuar a produzir leite nos níveis de produção do pico em toda a lactação (Tekerli, 2000).

Uma vaca apresenta lactação mais persistente, comparada a outra com produção equivalente, se possuir pico mais baixo e, por conseguinte, um formato da curva de lactação mais achatado. Este fato resulta na distribuição mais equilibrada da produção de leite no decorrer da lactação (Gengler, 1996).

Além disso, a persistência na lactação está diretamente relacionada a aspectos econômicos da atividade leiteira, pois sua melhoria pode contribuir para a redução de custos no sistema de produção (Tekerli et al., 2000; Jakobsen et al., 2002). Ao avaliarem os aspectos econômicos relacionados com a persistência da lactação, Dekkers et al. (1998) relataram que o valor econômico dessa característica é influenciado pelos custos com alimentação, saúde e reprodução animal, assim como pelo retorno econômico obtido pela produção adicional de leite, devido ao aumento da persistência da lactação dos animais.

Vacas com curvas de lactação mais persistentes têm necessidade energética mais constantes em toda a lactação, permitindo a utilização de alimentos mais baratos (Dekkers et al., 1998), ou seja, para um mesmo nível de produção de leite, vacas que apresentam curva com menor inclinação na produção, podem se manter melhor com dietas de menores custos que aquelas com produção diária mais elevada durante o início da lactação.

Vacas com curvas de lactação mais planas estão sujeitas a menor estresse fisiológico, devido à ausência de produções elevadas no pico de lactação, o que minimiza a incidência de problemas reprodutivos e de doenças de origem metabólica, contribuindo, consequentemente, para a diminuição de custos no sistema de produção (Grossman et al., 1999; Tekerli et al., 2000).

Adicionalmente, as curvas de lactação com maior persistência podem influenciar, de forma positiva, a longevidade dos animais e adiar o período de tempo médio para o descarte voluntário.

Há indicativos da existência de diferenças genéticas, para persistência na lactação, entre animais, razão pela qual a seleção, para esta característica, pode ser vantajosa (Tekerli et al., 2000).

 

Pico de lactação

Além da persistência, outro parâmetro importante é o pico de lactação, sendo definido como a produção máxima alcançada na lactação. Com o uso deste conceito, Gonçalves et al. (2002), num estudo com vacas Holandesas no Estado de Minas Gerais, observaram que tal pico de produção ocorreu, aproximadamente, 38 dias após o parto.

Já Cobuci et al. (2004), também trabalhando com lactações de animais da raça Holandesa, relataram que o pico de lactação ocorreu entre 60 e 90 dias de lactação, parecendo, portanto haver, mesmo dentro da mesma raça considerável variação. Considerando-se ainda vacas zebuínas ou mestiças, tal pico pode-se apresentar no primeiro dia da lactação, ou seja, iniciando na produção máxima com ausência da fase de inclinação do parto ao pico (Papajcsik & Bodero, 1988). Tal fato também foi reportado na raça Gir por Rebouças et al. (2008).

Deve-se levar em consideração que nem todas as vacas ou grupo de vacas têm curvas de lactação iguais, pois além do componente genético, a magnitude dos parâmetros que determinam sua forma varia segundo a influência de diferentes fatores, como a ordem de parição, a idade da vaca e a estação de parição; sendo maior a persistência em vacas primíparas que em vacas multíparas de 3ª e 4ª lactação (Tekerli et al., 2000; Cobuci et al., 2001).

Dados apresentados por Tekerli et al. (2000) sobre animais Holandeses, na Turquia, mostram que o pico e a produção da lactação de vacas primíparas foram, respectivamente de, 26,6 kg e 6.220 kg. Para vacas de segunda parição, a produção no pico foi de 30,3 kg, enquanto a produção total foi de 6.693 kg. Para as ordens de parição maiores que dois, os animais produziram 30,5 kg no pico e 6.710 kg no final da lactação, demonstrando que animais multíparos possuem maiores produção no pico e produção total de leite quando comparados a animais primíparos.

Trabalhando com vacas Holandesas nos Estados Unidos, Dematawewa et al. (2007) observaram que animais de primeira ordem de parto com duração da lactação de 305 dias tiveram produção média no pico de 33,3 kg, o qual ocorreu aos 94 dias; para os animais de terceira ordem de parição ou maior, também com duração de 305 dias de lactação, a produção no pico foi de 44,3 kg e ocorreu aos 51 dias.

Com relação a estação de parição, esta envolve fatores que têm influência direta sobre o animal ou sobre o sistema de produção. Dentre estes fatores citam-se temperatura, luminosidade, umidade, qualidade e disponibilidade de alimentos, manejo, os quais são causadores de variações na forma da curva de lactação e na produção total.

No estudo realizado por Madalena et al. (1979) com animais Holandeses e cruzados Holandês X Gir, observou-se que vacas paridas na estação chuvosa apresentaram produção inicial maior e maior taxa de declínio, ou seja, menor persistência que as paridas na estação seca. No entanto, para Freitas et al. (1983) a maior produção foi verificada para vacas paridas na seca em estudo feito por com gado Holandês, no estado de São Paulo.

Segundo estudo realizado por Tekerli et al. (2000) com vacas Holandesas na Turquia, maiores pico e produção na lactação foram verificados para animais que pariram no outono e no inverno. Para estes autores, a relação entre estação de parição e pico de produção pode ser resultado do aumento da temperatura e da diminuição de forragens, especialmente no verão.

Em estudo sobre curvas de lactação de vacas F1 Holandês-Gir, Oliveira et al. (2007) constataram que a diferença da produção de leite entre lactações iniciadas na época da seca e das águas foi de 1,6%, favorável à primeira, fato justificado pelo melhor manejo nutricional adotado nessa época. Concluíram que houve pouca diferença entre o formato das curvas de lactação de vacas paridas nas épocas seca e das águas.

Portanto, no intuito de aumentar a produção de leite e, consequentemente, os retornos econômicos da atividade, a melhoria do nível de persistência na lactação das vacas, pode gerar ganhos indiretos na vida útil desses animais, na diminuição dos gastos com alimentação e tratamento de doenças, e na melhoria da eficiência reprodutiva dos animais.

Logo, o conhecimento da curva de lactação pode contribuir para o melhor entendimento e manipulação do sistema de produção, pois pode auxiliar o produtor na identificação de quedas bruscas de produção, respostas a dietas e manejo. E acima de tudo, identificar precocemente vacas potencialmente superiores para os diferentes sistemas de produção, com vistas ao melhoramento genético do rebanho leiteiro.

Bibliografia consultada:

COBUCI, J. A.; EUCLYDES, R. F.; COSTA, C. N.; LOPES, P. S.; TORRES, R. de A.; PEREIRA, C. S. (2004) Revista Brasileira de Zootecnia, 33 (3): 546-554.

COBUCI, J. A.; EUCLYDES, R. F.; TEODOR, R. L.; VERNEQUE, R. da S.; LOPES, P. S.; SILVA, M. de A. (2001) Revista Brasileira de Zootecnia, 30 (4): 204-211.

DEKKERS, J. C. M.; TEM HAG, J. H.; WEERSINK, A. (1998) Livestock Production Science, 53 (3): 237-252.

DEMATAWEWA, C. M. B.; PEARSON, R. E.; VANRADEN, P. M. (2007) Journal of Dairy Sciense, 90 (8): 3924-3936.

FREITAS, M. A. R.; LOBO, R. B.; NAUFEL, F.; DUARTE, F. A. M. (1983) Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 35 (4): 575-590.

GENGLER, N. (1996) Interbull Bulletin, 12: 97-102.

GONÇALVES, T. M. (1994) Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil.

GONÇALVES, T. M.; OLIVEIRA, A I. G.; FREITAS, R. T. F.; PEREIRA, I. G. (2002) Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 31 (4): 1689-1694.

GROENEWALD, P. C. N.; VILJOEN, C. S. (2003) Journal of Agricultural Biological and Environmental Statistics, 8 (1): 75-83.

GROSSMAN, M.; HARTZ, S. M.; KOOPS, W. P. (1999) Journal of Dairy Science, 82 (10): 2192-2197.

JAKOBSEN, J. H.; MADSEN, P.; JENSEN, J.; PEDERSEN, L. G.; CHRISTENSEN, L. G.; SORENSEN, D. A. (2002) Journal of Dairy Science, 85 (6): 607-1616.

MADALENA, F. E.; MARTINEZ, M. L.; FREITAS, A F. (1979) Animal Production, 29 (1): 101-107.

OLIVEIRA, H. T. V.; REIS, R. B.; GLÓRIA, J. R.; QUIRINO, C. R.; PEREIRA, J. C. C. (2007) Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 59 (1): 233-238.

PAPAJCSIK, I. A.; BODERO, J. (1988) Animal Production, 47 (1): 201-207.

REBOUÇAS, G. F.; GONÇALVES, T. M.; MARTINEZ, M. L.; AZEVEDO, J.; KOOPS, W. (2008) Revista Brasileira de Zootecnia, 37 (7): 1222-1229.

TEKERLI, M.; AKINCI, Z.; DOGAN, I.; AKCAN, A. (2000) Journal Dairy Science, 83 (6): 1381-1386.

WOOD, P. D. P. (1967) Nature, 216 (5111): 164-165.]

MARY ANA PETERSEN RODRIGUEZ

GERSON BARRETO MOURÃO

Professor de Genética e Melhoramento Animal na ESALQ/USP. Publicou mais 80 artigos científicos. É editor associado da Scientia Agricola, da revista Visão Agrícola e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq

TARCISIO DE MORAES GONÇALVES

9

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/11/2011

Prezados Mary Ana, Gerson e Tarcísio: Parabéns pelo artigo. Entendo que a curva de lactação tem ligação direta com três grandes fatores - o primeiro, de ordem genética, diz respeito à raça, aos padrões de transmissão de caracteres de produção, vindos de avós e pais, e da conformação leiteira do animal; o segundo, de ordem de trabalho, vem do manejo alimentar do animal, desde o nascimento até a parição, determinante da vida produtiva deste animal; e, o terceiro, adere-se ao sistema de criação adotado, o que nos leva à assertiva de que vacas bem alimentadas, durante todo o ano, terão possibilidade de curvas mais altas que as que se colocam em ponto alimentar inferior. Por causa destes fatores é que podemos encontrar, em sistemas confinados integrais, animais muito mais produtivos e com curvas lactativas muito mais acentuadas que nos demais métodos de criação, porque, naqueles, ao contrário destes, o fornecimento de massa alimentar é sempre constante, de acordo com as necessidades orgânicas de cada vaca.  Como, todavia, não existe receita de bolo para qualquer situação que envolva seres vivos, vale o alerta do Leonel Salustiano, para que se tenha especial cuidado com o período de "involução uterina", que gera o "balanço energético negativo", mas que pode ser minimizado por boas práticas de alimentação pré e pós parto. Insta comentar, para finalizar, que as diferenças de parição entre as diversas estações somente se verificam em rebanhos manejados a pasto e são decorrentes da qualidade do capim fornecido a campo, já que, no confinamento integral, tanto faz a parição aconteça na seca ou nas águas, de sorte que o nível do alimento fornecido é perene, o que não significa que, por questões de preço do leite, não seja melhor que as vacas tenham suas crias no período de estiagem, possibilitando a mantença constante da produção (ou mesmo o aumento dela) e melhor remuneração do produtor, o que vem a justificar a utilização de métodos conceptivos fixos (IATF), por exemplo.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
JOSÉ LEONEL VICENTE SALUSTIANO

ARACAJU - SERGIPE - ZOOTECNISTA

EM 20/11/2011

Parabenizo o colega Eder Ghedini pelo comentario oportuno, e faço apenas uma pequena observação quanto ao seu comentario.


Não apenas animais de maior pico de lactação são considerados de alta produção, pois animais de menor pico de lactação e alta persistência podem apresentar pruduções iguais ou até maiores que animais de maior pico e menor persistência de lactação.


Animais de maior pico de lactação apresentam maior desgaste devido ao fato de coincidir, período de alta produção leiteira com o período de involução uterina, que tem por caracteristica menor ingestão de materia seca por parte dos animais.


JOSE RENAN DA SILVEIRA

ILICÍNEA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/10/2011

otimo artigo
MARY ANA PETERSEN RODRIGUEZ

PIRACICABA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 27/05/2010

Prezado Antonio Elias Silva.

A persistência da lactação é uma característica que pode ser influenciada pela nutrição fornecida aos animais. Com relação a tal fator, posso recomendar a leitura dos artigos dos seguintes autores: Sölkner and Fuchs, 1987; Dekkers et al., 1998 (referências citadas a baixo), visto que minha área de atuação é mais voltada ao melhoramento genético. Acredito que um especialista na área de nutrição animal possa lhe fornecer uma melhor explicação sobre a relação da persistência com o sistema nutricional.

Já existem indicativos da existência de diferenças genéticas para persistência na lactação entre animais, razão pela qual a seleção, para esta característica, pode ser vantajosa (Jamrozik et al., 1998 e Tekerli et al., 2000). Então, a seleção seria outra maneira de se conseguir vacas com curvas de lactação mais persistentes.

Atenciosamente.

MARY ANA.

Referências recomendadas:

DEKKERS, J. C. M.; TEM HAG, J. H.; WEERSINK, A. Economic aspects of
persistency of lactation in dairy cattle. Livestock Production Science,
Amsterdam, v. 53, n. 3, p. 237-252, Mar. 1998.

JAMROZIK, J.; JANSEN, G.; SCHAEFFER, L. R.; LIU, Z. Analysis of
persistency of lactation calculates from a random regression test day model.
Interbull Bulletin, Rotorua, n. 17, p. 64-69, Jan. 1998.

SÖLKNER, J.; FUCHS, W. A comparison of different measures of persistency
with special respect to variation of Test-day milk yields. Livestock Production
Science, Amsterdam, v. 16, n. 4, p. 305-319, Apr. 1987.

TEKERLI, M.; AKINCI, Z.; DOGAN, I.; AKCAN, A. Factors affecting the
shape of lactation curves of Holstein cows from the Balikesir province of Tukey.
Journal Dairy Science, Champaign, v. 83, n. 6, p. 1381-1386, June 2000.
MARY ANA PETERSEN RODRIGUEZ

PIRACICABA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 20/05/2010

Prezado Roberto Trigo Pires de Mesquita.
Realmente a persistência leiteira é uma característica da curva de lactação que deve receber atenção em sistemas de produção que visam máxima agregação de renda. Não só pesquisadores mas também produtores, devem considerá-la na avaliação de seus rebanhos.

Muito obrigada pelos seus comentários e pela atenção.
Att.
MARY ANA.
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 18/05/2010

Durante muitos anos eu trabalhei a minha produção própria e a de clientes do meu software de gestão de rebanhos leiteiros, determinando a persistência leiteira através da relação entre a média das produções diárias obtidas nas pesagens dos controles leiteiros mensais e o pico de produção, gerando um índice percentual que no final de cada lactação era utilizado comparativamente como ponto de seleção das matrizes que comporiam o rebanho consolidado.

Os índices médios de persistência leiteira variavam em tôrno dos 70%, ou seja, produção diária média de 21 kg em lactação com pico de produção de 30 kg.

Além de observarmos que a persistência leiteira individual era praticamente constante nas lactações sucessivas da maioria das vacas submetidas a condições semelhantes de manejo, a persistência das matrizes taurinas era superior a das matrizes zebuínas.

Em cima dessas observações não tenho muita dúvida que a avaliação da persistência leiteira em rebanhos comerciais é uma das principais ferramentas para a gestão de sistemas de produção com máxima agregação de renda.

Parabéns aos autores pela interessante e oportuna matéria.

Abraços,

Roberto
MARY ANA PETERSEN RODRIGUEZ

PIRACICABA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 18/05/2010

Prezado Eder Ghedini.
Seu comentário foi válido para uma melhor compreensão sobre o "comportamento´´ da curva durante a lactação, ou seja, esclareceu a "ligação" entre a ingestão de matéria seca e o formato da curva de lactação.

Muito obrigada pela atenção!!!
Att.
MARY ANA.
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/05/2010

Prezados autores,

Gostei do artigo, mas não ficou claro para mim o que fazer para aumentar a persistência das vacas.


Abraço,

A Elias
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 15/05/2010

Essa é uma ferramenta muito importante, principalmente para o produtor esclarecer suas dúvidas em relação a exploração máxima de produção por animal (viabilidade), sendo que, pelo que foi exposto pelo presente artigo, animais de alta produção acabam apresentando um maior pico de lactação e menor persistência, esta, ocorre porque a curva correspondente a ingestão de matéria seca, nos primeiros meses de lactação, acaba sendo menor que a produção, ocasionando o balanço energético negativo(BEN), por vezes, apresentando um escore corporal abaixo do ideal e consequentemente acaba tendo que repor essa deficiência durante a lactação inviabilizando uma maior persistência lactacional. Animais de média produção, apresentam um escore corporal dentro ou próximo ao ideal e a ingesta de matéria seca acompanha o pico de lactação , devido a "racional" mobilização energética para a produção de leite. Parabéns pelo artigo e um forte abraço!

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures