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Conheça as interrelações entre as doenças do peri-parto

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/06/2000

2 MIN DE LEITURA

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A tecnificação da produção leiteira encontra-se associada a um complexo de afecções do peri-parto. As vacas leiteiras de alta produção são mais suscetíveis às doenças metabólicas. Não permita que uma cascata de problemas leve todo o potencial das vacas leiteiras no início da lactação.

Os principais problemas que acometem as vacas no peri-parto são: Hipocalcemia (febre do leite), Acidose, Cetose, Deslocamento do Abomaso, Retenção de Placenta, Prolapso do Útero, Metrite, Mastite, Laminite, entre outras...

Foi realizado um estudo em 31 fazendas leiteiras de Nova York - USA para detectar os fatores de risco associados às doenças do pós-parto, onde foram constatados alguns dados interessantes:

1- Vacas que apresentam Febre do Leite são:

- 23,6 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 7,2 vezes mais propensas a apresentar Distocia no Parto
- 5,4 vezes mais propensas a apresentar Mastite Clínica
- 4,0 vezes mais propensas à Retenção de Placenta

2- Vacas que apresentam Retenção de Placenta são:

- 16,4 vezes mais propensas a desenvolver problemas de Cetose
- 5,7 vezes mais propensas a apresentar Metrite

3- Vacas que apresentam Deslocamento de Abomaso para esquerda apresentam:

- 53,5 % de chance terem problemas de Cetose
- 3,6 vezes mais propensas a apresentar Metrite

4-Vacas que têm Parto Distócico e necessitam de ajuda para retirada do bezerro são:

- 4,9 vezes mais propensas a apresentar Metrite

Quando uma vaca tem baixos níveis de cálcio no sangue, há uma maior probabilidade dela desenvolver doenças como a cetose, mastite e metrite, principalmente. A febre do leite causa a liberação de cortisol, hormônio que afeta sobremaneira a resposta das células de defesa do organismo animal. Os baixos níveis de cálcio no sangue e a cetose são problemas metabólicos que, quando a vaca apresenta certo nível de estresse nutricional, a mastite e a metrite podem ocorrer com maior facilidade.

O cálcio é necessário para a contração muscular, incluindo a contração da musculatura uterina. Desta forma, quando uma vaca recém-parida tem uma deficiência de cálcio, sua habilidade de contrair o útero e expulsar o conteúdo do mesmo fica prejudicada. Além disso, o excessivo estiramento do útero (como por exemplo no caso de gêmeos ou dificuldade no parto) podem também diminuir a contratibilidade do útero, que por sua vez leva à retenção de líquidos e membranas além do período normal, originando excelentes meios para o crescimento das bactérias. O resultado: Metrite.

Da mesma forma o cálcio é necessário para a contração e movimento do rúmen e abomaso. Os baixos níveis de cálcio podem predispor a um deslocamento para a esquerda do abomaso, além da ocorrência de uma cetose secundária.

Vacas com baixos níveis de cálcio comem menos e acentuam o balanço energético negativo do período pós-parto, afetando, desta maneira, a função de defesa dos neutrófilos e dos macrófagos. A queda na resistência da vaca leiteira pode também permitir o crescimento de bactérias no úbere e a ocorrência de uma mastite clínica.

Por fim, pode-se enfatizar que além do teor de energia na dieta que é fator limitante para o bom desempenho da vaca leiteira no peri-parto, os teores de cálcio e as alterações nos níveis deste mineral durante esta fase da lactação são de fundamental importância para a prevenção e controle dos distúrbios metabólicos que possam vir a ocorrer.

_____________________

fonte: Dairy Herd Management / Novembro - 1999

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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