O Capim Mulato é o primeiro híbrido de braquiária lançado no Brasil. Ele foi desenvolvido e testado pelo CIAT e é fruto do cruzamento entre Brachiaria ruziziensis e Brachiaria brizantha cv. Marandu. É uma planta estolonífera de porte mais baixo que o capim Braquiarão.
Este capim ainda não foi testado nas condições brasileiras, no entanto, estudos desenvolvidos em outros países da América Latina demonstraram que ele tem um bom potencial de produção. Avila et al (2004), em um experimento desenvolvido na estação experimental de Qulichao, observaram que a produção de leite foi maior nos pastos de capim Mulato (6,7 kg/vaca.dia) e de um novo híbrido de braquiária (7,1 kg/vaca.dia) em comparação com o capim Toledo (6,0 kg/vaca.dia).
Um outro trabalho foi desenvolvido em Isla Veracruz, México, por Enríquez (2002). Foi comparado o desempenho de novilhos em crescimento em pastagens de Decumbens e Mulato. Os animais que pastejaram o Mulato apresentaram ganho de peso maior que os da Decumbens (Tabela 1). A lotação da área de Decumbens foi maior que no Mulato devido, principalmente, ao ataque de cigarrinha nessa forrageira, isso provocou ganho de peso por área bem superior para o Mulato (Tabela 1).
O desenvolvimento do capim Mulato pelo CIAT representa um grande passo no melhoramento de gramíneas forrageiras. É importante ressaltar, no entanto, que este capim ainda não foi testado nas condições nacionais. A empresa responsável por seu lançamento está procurando estabelecer parcerias com instituições de pesquisa para gerar estas informações rapidamente. Até que estes resultados sejam divulgados, no entanto, é preciso ter um pouco de cautela no plantio desta nova opção. A Tabela 2 apresenta algumas características do Capim Mulato comparadas à Decumbens e à Brizantha.