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Altas temperaturas e a saúde das vacas leiteiras

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/11/2008

1 MIN DE LEITURA

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Nesta época do ano, é possível observar casos de estresse térmico na maioria das fazendas produtoras de leite. É uma época difícil, o produtor experiente já tem seus artifícios para reduzir os efeitos, mas todos concordam que produzir leite com altas temperaturas não é uma tarefa fácil.

O estresse térmico que afeta as vacas produtoras de leite está associado ao aumento da temperatura ambiente (> 25ºC) e ao aumento da umidade relativa do ar. Os animais sofrem grande desconforto, afetando negativamente a saúde e o desempenho zootécnico. Animais afetados pelo estresse térmico apresentam temperatura retal maior que 39,4ºC, freqüência respiratória maior que 100/mm, redução da ingestão da matéria seca variando de 10% (casos moderados) a 25% (casos severos).

Além disso, estudos já comprovaram efeitos negativos sobre a fertilidade (aumento da mortalidade embrionária, aumento da retenção de placenta), a mastite (aumento da freqüência de casos e aumento da CCS) e a imunidade.

Figura 1. Índice de temperatura e umidade.



Considerando seus efeitos sobre a saúde animal, já se pode imaginar que o estresse térmico apresenta elevado impacto econômico sobre a atividade leiteira. Estudos recentes apontaram que as perdas chegam a R$ 1.300,00/vaca, sendo que 80% deste valor estão associados com a redução da produtividade e 20% com os efeitos sobre a reprodução, a mastite e o aumento da mortalidade.

Clique na imagem para ampliá-la.

Para prevenir os efeitos do estresse térmico, mantenha os animais em um ambiente o mais confortável e o mais fresco possível. Água fresca em quantidade deve estar disponível para os animais durante todo o dia, atenção especial para o momento após a saída da ordenha. Sombras, ventiladores e aspersores são ferramentas que auxiliam na redução da temperatura corporal. Distribuir a dieta com maior freqüência, principalmente nos horários mais frescos, e aproximar a dieta no cocho de alimentação um maior número de vezes irá estimular o consumo.

Além das vacas em lactação, é muito importante controlar o estresse térmico das vacas secas e das novilhas. Apesar destes animais não estarem consumindo quantidades tão grandes de alimento como as vacas em lactação, eles também sofrem os efeitos negativos do calor. Dados de pesquisa também já apontaram as perdas econômicas na reprodução e na produtividade da próxima lactação das novilhas e das vacas secas submetidas ao estresse térmico.

Fonte:

Bucklin, R.A. Methods to relieve heat stres for Florida Dairies,
https://edis.ifas.ufl.edu/AE022 (acessado em 2/11/2008)

Martin, J.G. Heat Stress in Dairy Cattle
www.extension.org/pages/Heat_Stress_in_Dairy_Cattle (acessado em 2/11/2008)

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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LAIS

BOTUCATU - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 13/11/2011

Boa Tarde Renata.


Gostaria de saber a fonte da tabela sobre o impacto financeiro.  


Estou fazendo meu relatório de conclusão de curso e queria usá-la mas preciso saber de onde vem os dados. Obrigada!
ALEXEY HERONVILLE GONÇALVES DA SILVA

JATAÍ - GOIÁS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 12/01/2009

Parabéns pelo seu artigo. Apenas gostaria de relatar aqui uma experiência minha recente com um cooperado assistido no mês de dezembro de 2008. Realizei um atendimento em uma propriedade que produz 4.400 litros diários de leite, onde o produtor relatava que as vacas (de variadas idades e estágios de gestação e lactação) estavam abortando. Após triagem sorológica nos animais, identificamos uma incidência de 9% de Brucelose. Sendo que a propriedade já vacina periodicamente contra Brucelose, Leptospirose, IBR e BVD. Mas o que gostaria realmente de relatar foi que minha principal suspeita durante todo este trabalho foi que o real motivo dos abortos era o extremo stress térmico a que as vacas estavam submetidas. Estando as mesmas constantemente expostas à irradiação solar, visto que as sombras dispostas aos lotes são extremamente insuficientes para atender a demanda do gado em ordenha.

Atualmente em minha experiência profissional submeto à mesma importância, nos casos de abortos, a questão ambiental a que estão submetidas. No meu entender, além dos já citados males que o extremo calor e umidade relativa do ar o aborto também deve ser considerado.
PAULO BASILEU DE OLIVEIRA

NATAL - RIO GRANDE DO NORTE - PESQUISA/ENSINO

EM 10/12/2008

Meus sinceros parabens pela matéria, e que muita gente veja os efeitos que causam a alta temperatura principalmente no que diz respeito à Reprodução. Para voce ter uma ideia do que é nosso dia a dia no RN, nesta época eu aconselho a trabalhar com semen com valores mais econômicos devido a alta temperatura em nosso Estado. Obrigado e que Deus os abençoe.

Paulo Basileu

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