Top 100 MilkPoint - 2012: veja quem são e como produzem leite os maiores produtores do Brasil
O MilkPoint finalizou o relatório Top 100 edição 2012 com base na produção de 2011. Confira as principais conclusões do levantamento e conheça os 100 maiores produtores de leite do Brasil.
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Publicado em: - 2 minutos de leitura
Para esse levantamento contamos com a colaboração de centenas de leitores, o que tornou possível obter as informações necessárias para a publicação da listagem dos 100 maiores produtores de leite.
Esta iniciativa contou com o apoio das empresas Dow Agrosciences, Elanco Saúde Animal, Kera Nutrição Animal, CRV-Lagoa e Nutron, às quais agradecemos pela viabilização do levantamento.
Para ler o relatório completo do Top 100 MilkPoint - 2012, clique aqui.
Abaixo, o resumo das principais conclusões do levantamento:
- Os 100 maiores produtores em 2011 produziram, em média, 2,45% a mais do que os 100 maiores de 2010, indicando um crescimento pequeno se considerarmos que se trata do grupo de produtores que provavelmente têm mais acesso a informação e melhores condições de comercialização.
- O sistema de produção de maior ocorrência entre os 100 maiores foi novamente o confinamento total dos animais, com 54%, seguido pelo semi-confinamento, com 27% dos produtores e por sistemas predominantemente baseados em pastagens, com 19%. No grupo dos maiores produtores, o confinamento total tem crescido em importância. Das 10 novas fazendas que entraram no Top 100 neste ano, 7 utilizam o sistema confinado, 1 possui o sistema semi- confinado e 2 usam predominantemente pastagens.
- A média de produção foi de 27,6 kg/dia nos rebanhos confinados, 20,3 kg/dia no semi-confinamento e 16,8 kg/dia no sistema baseado em pastagens. Essa média vem sofrendo uma queda nos últimos anos. No ano passado as médias de produção foram de 28,3 kg/dia nos rebanhos confinados, 22,1 kg/dia no semi-confinamento e de 20,47 kg/dia no sistema de pastagens.
- A raça holandesa continua sendo a principal raça utilizada, estando presente em 57% das fazendas, apresentando pouca variação em relação ao ano anterior. Dentre os 100 maiores produtores, 27% utilizam mais de uma raça em sua propriedade.
- Minas Gerais é o principal estado produtor de leite e continua líder no número de fazendas, tendo participação de 46%. O Paraná mantém firme a segunda posição, com 21% das propriedades. Poucas modificações ocorreram nos outros estados. São Paulo continua sendo responsável pelos 3 maiores produtores do país, embora tenha, ao longo dos anos, perdido produtores na listagem (em 2001, respondia por 29% contra 10% nesse ano).
- A DPA continua sendo o laticínio que tem o maior número de fornecedores do Top 100, seguida pela Danone e BRFoods.
- Entre os produtores que mais se destacaram em relação a aumentos na produção, não houve destaque para nenhuma região, há produtores de todas as regiões do país.
- Em 2011, 45,5% dos 100 maiores produtores tiveram um custo operacional entre R$ 0,75 a R$ 0,85 por litro de leite. Em seguida, a faixa de R$ 0,65 a R$ 0,75 foi citada por 23% dos produtores. 18,2% dos produtores tiveram um custo operacional de R$ 0,55 a R$ 0,65/litro, 12,1% tiveram seus custos acima de R$ 0,85/litro e apenas 1% teve custo abaixo de R$ 0,55/litro. Os números deste ano refletem o aumento dos custos em relação a 2010. O custo operacional médio reportado pelos produtores (calculado através do custo médio das faixas de custo assinaladas) aumentou cerca de R$ 0,09/litro, ou seja, 14%.
Equipe MilkPoint
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JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/03/2012
Outro aspecto é a possibilidade de compra do produto por preços atrativos, como no caso do milho que, com sorte, pode ser adquirido em leilões de estoques reguladores, por preços muito mais baixos que o do mercado comum e que faz, em determinadas épocas, despencar o custo do litro de leite. Em outras épocas, de escassês dos alimentos básicos, mesmo com os denominados estoques de oportunidade, o preço do litro pode elevar-se pela necessidade de ampliar compras.
Como já o disseram, o bom produtor tem que, necessariamente, ser um bom agricultor. Acrescento: ou, pelo menos, um excelente comprador (rsrsrs).
Deflui daí que as individualidades impedem que se estabeleça um ou mais nortes a serem seguidos, porque estes são em grande número e se multiplicam com rara facilidade.
Portanto, o preço do leite produzido por muitas fazendas não pode e não deve ser parâmetro de eficiência a ser generalizado.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 01/03/2012
Walter: os custos de produção são passados pelas fazendas. É importante lembrar que não temos como verificar item a item e também não há garantia que todas calculam da mesma maneira (aliás, pode-se dizer que isso não ocorre). Assim, os dados de custos são muito mais uma referência para se comparar os anos, do que algo que se possa utilizar para grandes inferências.
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 27/02/2012
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 27/02/2012
Não adianta nada publicarem o custo médio de cada sistema, o ideal seria a publicação de cada fazenda, pois elas estão distribuídas em vários estados e a diferença de custo começa pelo valor das terras que acredito eu não é a mesma em todos os municípios do Brasil. Acredito que existam fazendas com custo semelhante, mas nunca iguais, nem mesmo se adotarem o mesmo sistema de produção, afinal uma fazenda no Paraná e outra em Minas que adotem o pastejo rotacionado com suplementação de longe serão iguais, as diferenças de clima, de solo e de forragens ofertadas aos animais vão fazer grande diferença no final. Só para terminar, de nada adianta saber o custo de alguém se você não sabe por quanto ele vendeu seu leite, falar de custo sem falar de lucro só leva alguém a tomar decisão errada. Veja que uma fazenda que utilize o confinamento e tenha um custo de R$ 0,70 e venda seu leite por R$ 0,90 é mais lucrativa que uma com sistema a pasto com custo de R$ 0,60 e venda seu leite a R$ 0,70.
Um abraço
Ronaldo

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 27/02/2012
Walter

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 27/02/2012
O que os laticinios achariam de um produtor que só produz no periodo chuvoso? Pagariam quanto a menos pelo leite dele se comparado com um produtor que fornece um volume equilibrado 365 dias por ano? Você acha que não compensa produzir alimento nas águas para produzir na seca, mas compensa produzir alimento para tratar de vaca seca, quando estas poderiam estar produzindo leite? Ou você está sugerindo o extrativismo? Pois para sobrar pasto seco para as vacas sobreviverem no periodo seco a lotação por ha nas águas tem que ser muito baixa, o que caracteriza um sistema extrativista. Me desculpe pela franqueza, mas como você se identifica como sendo da pesquisa/ensino, eu te digo que deveria estar preocupado mais com sistemas que sejam eficientes e rentaveis. É isto que eu espero como produtor.
Um abraço
Ronaldo

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 24/02/2012
a)O pasto é considerado o alimento mais barato para o gado, obviamente com suplementação concentrada RACIONAL.
b )Compensa o gasto da produção de alimento nas aguas para a produção na sêca?
c )Considerando-se o leite como alimento funcional, existem vários trabalhos mostrando aumento substancial de CLA<ác.linoleico conjugado>na primavera verão e primeira parte do outono- Heck et al;J.Dairy Sci.92:4745-55-2009.
Além deste entre outros,podemos destacar aqueles de Bauman et al 2006; Benjamin etal 2009;Dhiman et al 2005 Ferraz Lopes et al 2011.
d)Vários autores destacam o Brasil como o país de maior potencial de uso de pastagens, do mundo.
O outono em nosso país é a época de colheita de várias frutas; não seria o caso de aproveitarmos pelo menos parte de nossos laticínios para produção de sucos, como é ou era feito na Austrália? Nossa legislação o permite?
d) Parece-me que deveriamos pensar e enfocar mais qualidade e custo que quantidade
Enfim,acho pessoalmente, que devemos pensar GRANDE.
Como diz o poeta:<Quem pensa e planeja pode errar,quem não o faz, já ERROU>
PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 24/02/2012
Sua sugestão será avaliada para inclusão na próxima edição.
Obrigada!
Atenciosamente
Bia Ortolani
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/02/2012
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
SÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/02/2012

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO
EM 23/02/2012
A resposta é simples: o confinamento só é economicamente viavél para vacas de média a alta produção.

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/02/2012
Walter

PASSOS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/02/2012
abraços
Heffernan Macedo
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/02/2012
Deflui daí que a tecnificação dos rebanhos tem trazido a estes componentes do País - Minas Gerais e Paraná - a evolução necessária para o fomento de altas produções, eis que, se nos ativermos ao sistema de produção adotado, constataremos que a grande maioria deles é adepta do confinamento integral de gado de leite, o que já é tradicional, mormente quanto aos Paranaenses de Castro, desde os tempos inaugurais da excepcional Cooperativa Castrolanda (oito dos representantes deste Estado - portanto, dois terços deles - na faixa em dissecção, são de lá).
Por outro lado, tais assertivas vêm a corroborar, em contrapartida, que esta tecnificação é ainda incipente em outros pontos da Nação, mas que já vem sendo abraçada, como é o caso do Ceará e da Bahia que já aparecem com produtores entre estes maiores considerados, o que é grata surpresa.
Finalmente, auspiciosa é a presença de Goiás, com cinco produtores entre os cinquenta maiores (apenas dois a menos que São Paulo, o terceiro colocado), o que nos oferta o anúncio da existência de um movimento de readaptação daquele Estado às novas técnicas produtivas, a acenar, de forma muito forte, com a possibilidade de recuperação de sua bacia leiteira, malgrado todas as previsões ainda em contrário senso.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 22/02/2012
As informações são checadas diretamente na fazenda produtora.
Caso prefira, entre em contato conosco através do e-mail: top100@milkpoint.com.br
Atendiosamente,
Bia Ortolani
BURITIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/02/2012
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/02/2012
Lamento, ainda uma vez mais, a ausência das Fazendas Reunidas HD (Horácio Moreira Dias) entre os cem maiores produtores, talvez motivada pela grata notícia de que meu amigo Eduardo Lopes, um dos maiores entendidos em Gado Holandês do Brasil, tenha deixado a consultoria para tornar-se, em Barbacena, MG, ele, também, um criador de Gado Holandês, só que voltado às bezerras, às novilhas e aos embriões, com o mesmo sucesso que teve nas conduções das Fazendas Engenho da Rainha e das Reunidas H D (qualquer dia o veremos entre os cem maiores produtores de leite - rsrsrs).
No geral, não se pode entender como tímido o crescimento da produção dos cem maiores, porque a sua produção já era muito grande e, portanto, qualquer alteração para cima representa grande elevação.
Parabéns a toda a Equipe Milk Point por mais este excepcional trabalho de pesquisa, que serve de parâmetro não só para nós, produtores de leite, mas, também, para os técnicos do setor que, através do mesmo, podem verificar o melhor método de criação de rebanhos leiteiros em nosso País.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 19/02/2012
Parabéns !!!!!
Att.,
Carolina.
ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 18/02/2012
Gostaria apenas de saber como são checadas as produções fornecidas, pois tenho informações muito discordantes de um dos top100.
Cumprimentos ao Milkpoint pela publicação.
Luis Einar Suñe
CENTRAL DE VENDAS - MINAS GERAIS
EM 17/02/2012
Como sempre as informações são muito importantes para nós produtores de leite; não só desse artigo, mas todos que recebo diariamente por e-mail. Pena que muitos não tem acesso a essas e outras informações; ainda há muito que mudar esse nosso país, principalmente em educação e cultura. Parabéns à todos do site.
Gisela Filgueiras de Azevedo