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POR MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/07/2013

6 MIN DE LEITURA

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De tempos em tempos a gente é surpreendido com a criatividade brasileira, para o bem ou para o não tão legal assim. Um exemplo dessa criatividade meio esquisita é o de criarmos definições com palavras da língua estrangeira que na verdade não querem dizer absolutamente nada em seus países de origem.

Fora o exemplo gritante do título acima, no nosso mundo do Leite temos algumas pérolas, sendo que atualmente uma delas está muito na berlinda. Tente procurar o termo LOOSING HOUSE em qualquer dicionário da língua inglesa ou em qualquer Manual de Construção Rural ou de técnica de Manejo no idioma nativo e simplesmente a definição não existe, até porque fica um pouco difícil de conceituar o que na verdade convencionou-se chamar de Loosing House aqui no Brasil.


Foto 1: Exemplo de Cama Coletiva para confinamento de vacas leiteiras

Já vi definições as mais diversas sobre o que seria este tipo de alojamento de vacas leiteiras variando do simples semi-confinamento com pátio calçado ou não, até os quase free stalls com camas coletivas. Os sistemas de confinamento parcial, ou como costumo chamar de confinado mal alojado, são simplesmente sistemas onde se disponibiliza o cocho de arraçoamento coberto ou não, calçado ou não e que os animais dispõem de um pátio descoberto para deitar. São extremamente comuns onde existe o sistema misto de alimentação com pastoreio em parte do ano e confinado em outra parte e, a meu ver, até funcionam de forma satisfatória onde se espera medianas produções e as estações do ano são bem definidas, e o confinamento ocorre somente no período da seca, o que infelizmente para muitos acaba por não ocorrer e, por isso, mantêm os animais neste sistema mesmo após o início das chuvas.


Foto 2: Exemplo de Free Stall para confinamento de vacas leiteiras

Já os sistemas de alojamento cobertos podem ser basicamente de três tipos:

Tie Stall – Vacas contidas individualmente na sua própria cama, onde tem acesso direto a água e alimentação e preferencialmente ordenhadas no mesmo lugar

Free Stall – Os animais são alojados em uma estrutura composta de baias para descanso, corredores para trânsito dos animais e pista de alimentação. As baias ou stalls são delimitados e a cama de descanso pode ser de diversos materiais, como areia, serragem ou colchões dos mais diversos materiais.

Beeded Pack – Os animais são alojados em uma estrutura com cama coletiva e com acesso à pista de alimentação. Esta estrutura pode ser disposta das mais diferentes formas, com construção contínua, com área de alimentação separada da cama por um solário calçado, com área de alimentação em somente uma parte da área de descanso com ou sem pista de acesso à área de alimentação. Os revestimentos deste tipo de instalação podem ser os mais variados possíveis, sendo utilizados desde areia, serragem, fibra seca do esterco, bagacinho de cana, palha de café ou milho, e qualquer material que permita a uma vaca caminhar e deitar sem lesões.

As três estruturas estão há muitos e muitos anos presentes nas propriedades do Brasil, sendo que ultimamente tem crescido enormemente a demanda por Free Stalls e pela Cama Coletiva com material orgânico e, a partir daí, iniciou-se a polêmica sobre qual é o melhor sistema,etc, etc.

Um dos “novos” conceitos seria o da cama coletiva com revolvimento diário do material orgânico, como é feito em Israel e outras partes de clima árido do mundo. O que acontece é que não só o conceito não é universal, já que a princípio se beneficia de uma situação climática muito bem definida, como os seus custos de implantação não são tão mais econômicos do que um Free Stall convencional construído de forma planejada e sem excessos e preciosismos.

Sendo assim, vou tentar passar um pouco da minha experiência com o sistema chamado de Loosing House, que na verdade é um Bedded Pen e que pode ser dentre outros, um Compost Bedded Barn.


Foto 3: Segundo exemplo de Cama Coletiva


CUSTO DE IMPLANTAÇÃO

Apesar de todos falarem da “grande” diferença de custos entre os sistemas, a mesma só existe no momento da construção física sem o preenchimento da cama coletiva. O primeiro diferencial é uma necessidade de espaço que é 10 a 20% maior que no sistema de Free Stall

FREE STALL: 12m/animal
BEDDED PEN: 14m/animal

Esta diferença acaba acarretando um custo final de construção que é apenas 25% mais barato do que o free stall, já que o telhado tem que ser maior e a pista de alimentação é basicamente a mesma. O segundo ponto é a colocação do material que servirá como cama que deve ser de no mínimo 20 cm, o que acaba tendo um custo adicional no sistema.

MANUTENÇÃO

A grande diferença entre os sistemas está envolvida na forma de manutenção, sendo que ambos os sistemas acabam tendo basicamente os mesmos custos

FREE STALL: Limpeza do piso com lâmina de borracha acoplada a trator ou a bobcat, ou com plaina manual a cada saída dos animais para ordenha. Reposição da serragem na cama e desinfecção da mesma.
BEDDED PEN: Revolvimento da cama coletiva com enxada rotativa ligada a trator ou motocultivador e reposição de serragem a cada saída dos animais. Remoção completa da cama a cada ciclo de 4 a 6 meses.

UTILIZAÇÃO

Como temos utlizado os sistemas:

Em propriedades com sistemas de acesso a pastagens rotativas e suplementação o sistema seria o seguinte:

- Ordenha pela manhã
- Acesso imediato ao Pasto rotacionado
- Fechamento dos animais por volta das 9:30 – 10:00 H no Loosing House ( Bedded Pen )
- Suplementação dos animais por volta das 12:00
- Ordenha no período da Tarde
- Retorno ao Loosing House
- Nova suplementação por volta das 17:00 – 18:00 H
- Retirada dos animais para o piquete de pousio as 19:00 H

Acredito ser um manejo bastante razoavel e que diminuiria em muito o uso de mão de obra e asseguraria ganhos de produção e saúde por retirar os animais do sol no pior período do dia. Acredito na viabilidade do sistema para rebanhos com até 60 animais, já que grupos maiores demandariam muita mão de obra contratada.

Em propriedades com rebanho confinado, temos utilizado os dois sistemas conjuntamente da seguinte forma:

Os animais em produção, são alojados em Free Stall onde a possibilidade de resfriamento por aspersão e ventilação permitem maior produção. Os animais com dificuldades de locomoção, sejam por problemas de locomoção, sejam por inabilidade de permanecer em piso de concreto, seja por estarem no pós parto imediato são alojados em Bedded Pen. Há a possibilidade de alojar animais em fim de lactação ou com baixa expectativa de produção também em camas coletivas.

Os animais no período de transição, vacas secas, pré parto de vacas e pré parto de novilhas são alojados em Bedded Pen.

Trabalhando desta forma temos assegurado altas produtividades, grande lucratividade e conforto térmico para quem mais necessita.





*INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES


Mário Sérgio Zoni será palestrante no Interleite Sul, que será acontecerá nos dias 7 e 8 de Agosto, em Passo Fundo-RS, com o tema "Como produzir leite de forma competitiva no Sul do país?"
 
O tema Compost Barn também será discutido no Interleite Sul, com o palestrante Leonardo Dantas da Silva, e no Interleite Brasil, nos dias 11 e 12 de Setembro, em Uberlândia-MG com o palestrante Adriano Seddon. Ambos são da Alcance Rural.

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

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AMORIM

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/11/2013

Boa tarde Mario Sergio, parabens pelo artigo.

Voce comenta sobre alternativa de volumoso de qualidade, eu tambem estou em uma regiao muito quente (Montes Claros/MG) e a terra é pequena o que voce me orientaria como alternativas de volumoso sem ser milho?

Estou analisando o sistema compost barn e pasto mas preciso de volumoso , pois a terra é pequena e quero produzir muito leite em pouco terra a gado. Sera sonho??

att
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2013

Prezado amigo Mário Sérgio Ferreira Zoni: Boa Noite. Obrigado pela informação. Minha assertiva deu-se por um erro de interpretação, já que tinha entendido que o "bedded pack" era só uma estrutura auxiliar, a ser utilizada por animais fora de lactação, como é o caso do "loosing house" que utilizo, que se destina à novilhas e vacas em período seco. Nunca poderia supor que este fosse utilizado para animais em lactação, pois entendo que a grande circulação de animais e a disseminação bacteriológica podem ser, neste caso, um  limitador do uso das camas coletivas, por entende-las mais difíceis de higienizar que as tradicionais baias do "tie stall" ou as camas individuais do "free stall" (hoje, normalmente, revestidas de borracha), mormente em regiões tropicais, como é o caso do Brasil, eis que, nestes casos, temo que não só a chuva abundante e a alta umidade do ar sejam vetores de problemas, mas, também, o calor ou o frio intenso, já que, nestes instantes térmicos, a proliferação de determinadas bactérias, fungos e outros agentes microbiológicos é ainda maior.

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
AZAEL ROSSLER

ANÁPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/07/2013

Parabéns pela especificidade do artigo Mário, abraço!
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/07/2013

Boa noite Guilherme



O bedded pack é tão ou mais utilizado no mundo que os sistemas de Tie Stall ou Free Stall, sendo base do alojamento quase que exclusive em Israel e México. O problema é a forma de utilização em um país com clima tropical ou semi-tropical, em que as chuvas mais frequentes e mesmo a maior umidade relativa do ar trazem problemas adicionais na gestão das camas coletivas, principalmente quando trabalhamos com colocação de materiais que sejam serragem ou maravalha para compostagem ou areia.



Há um projeto bastante recente no Vietnam com uso de cama coletiva que talvez servirá de parametro para a nossa realidade climática, quanto aos possiveis custos e impactos na saúde animal, já que os exemplos vindos de Israel pouco tem a ver com nossa realidade.



Abraços



Mário Sergio F Zoni
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/07/2013

Bom dia Mykel



Conheço muito bem a região do Arenito Cauiá e as suas possíveis dificuldades, então vamos por partes:



Produção de Volumoso - Existem muitas opções que não a Silagem de Milho para obtenção de volumoso de boa qualidade,apenas como exemplo podemos citar o Sorgo que é base da suplementação das vacas leiteiras no Uruguai. Quanto a zoneamento climático para o Milho, tenho produção em um cliente na Zona central de Minas Gerais ( altitude 550 m, solo com 18 5 de argila, dias quentes e noites quentes e bem mais ao N ) produzindo ao redor de 17.000 Kg de MS de Silagem de Milho com altissíma qualidade.



Tipo de Instalação - Qualquer um dos sistemas desde que bem construído, uma possível vantage para o sistema de Free Stall seria a possibilidade do uso da água servida e dejetos em um sistema simples de fertirrigação, o que inclusive permitiria melhores produções de volumoso.



Abraços



Mário Sergio F Zoni
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/07/2013

Bom dia Claudio



Na verdade todos os sistemas que não o tie stall são tipos de loose housing. Sendo assim, esta diferenciação agruparia os Bedded pack e os Free Stall, já que em ambos os sistemas os animais tem liberdade para escolher quais atividades vão executar no interior da instalação.



Esta mega separação entre sistema restritivo ( Bais individuais e Tie Stall ) e sistema de livre escolha ( Bedded Pack e free Stall ) é utilizada didaticamente para caracterizar o tipo de comportamento permitido ao animal, aí incluídos outros animais de criação.



Abraços



Mário Sergio F Zoni
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/07/2013

Prezado amigo Mário Sérgio Ferreira Zoni: Só não pode acontecer, como é corriqueiro em termos de Brasil, que o "Bedded Pack", de instalação auxiliar, se transforme em construção de base, substituindo os tradicionais "free stall" e "tie stall".

Temos que incutir na mente do produtor de leite brasileiro que as coisas transitórias devem ser substituídas pelas perenes, sob pena de, ao longo dos anos, diversas dificuldades tenham lugar no cenário da fazenda, o que, sempre, mister se faz procurar evitar, não é mesmo?

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com

MYKEL STEFANNI PEREIRA

CRUZEIRO DO OESTE - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/07/2013

Boa tarde Mário,



Obrigado pelas informações.

Como você deve saber, aqui no Noroeste há poucos produtores que utilizam confinamento, principalmente no arenito. Nos últimos anos tem havido o interesse de alguns produtores em confinar os animais (melhorar o manejo, aumentar a produção, bem estar animal)

No entanto, existe uma série de limitações que inviabiliza o uso de free stall aqui na região, como por exemplo a dificuldade de produzir volumoso de alta qualidade, uma vez que estamos a um altitude abaixo de 500 m, solo arenoso e clima quente tanto durante o dia, quanto à noite. Dessa forma seria muito difícil ter altas produções sem um volumoso de qualidade.

Você diz que para produções intermediárias (entre 20 a 30 litros diários), confinar com cama coletiva seria suficiente. Na sua opinião, qual o sistema seria mais indicado para nossa realidade, o sistema de cama coletiva com revolvimento diário (compostagem) ou sem o revolvimento?



Abraços
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/07/2013

Bom dia Mykel



Depende do que já existe na propriedade, pois ao alojar animais devemos pensar não só na parte onde os animais ficarão, mas também como vai ser a captação e a destinação dos dejetos.



De maneira generalista e muito simplista somente o alojamento em Free Stall, utilizando materiais alternativos ( Eucalipto ) na sua construção e com cama de areia pode ter custos ao redor de R$ 2.000,00 por animal alojado. Já instalações onde se contrata fornecedores para telhados, pisos, camas, e equipamentos, podem ter custos próximos a R$ 4.500,00 por animal.



Em uma região como o Noroeste do Paraná eu pensaria sériamente na possibilidade de alojar os animais em uma estrutura distinta do Free Stall tradicional, mesmo com um custo um pouco mais elevado por animal ( R$ 3.800,00 a R$ 4.000,00 ). Mesmo em um projeto pequeno como o citado no texto eu optaria por um sistema artificialmente ventilado', pois o que importa em um projeto de instalação não é somente o custo mais sim assegurar conforto térmico aos animais para que possam reembolsar o investimento com ganhos de produtividade.



Abraços



Mário Sergio F Zoni
CLAUDIO WINKLER

CARAMBEÍ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/07/2013

Olá Mario, parabéns pelo artigo, bastante esclarecedora esta comparação entre os vários sistemas através de dados técnicos comparativos!



Só gostaria de fazer uma pequena observação, acho que inclusive já a fiz um tempo atrás quando o assunto "LOOSING HOUSE" também foi abordado aqui no Milkpoint. De fato, não vamos encontrar o termo em nenhum dicionário ou manual técnico em inglês. Aliás, assim como, você bem relacionou no título, não vamos encontrar termos como "Shopping Center", ou ainda outros que usamos aqui, como "Outdoor". Pior ainda acontece com termos como "Handicap", que em inglês significa deficiência, mas aqui é usado como uma vantagem ("o sujeito tem um ótimo handicap", ora ...).



Mas voltando ao "Loosing House", não faz nenhum sentido chamar um sistema de produção de, literalmente, "perdendo a casa", ou, no mínimo, "liberando o alojamento". Na verdade, faz menos sentido ainda se considerarmos que a grafia correta para o termo "perdendo" ou "liberando" em inglês é "losing", e não "loosing". Alguém, anos atrás, deturpou o termo original, e ficou essa coisa sem sentido aí.



No entanto, se procurarmos literatura sobre "Loose Housing" ("alojamento livre"), aí sim, encontraremos vastas referências.  Bem verdade que há também referências ao termo "Loose bedded-pack", mas creio que seja um subgrupo dos sistemas de "loose housing". Penso que basicamente divide-se os sistemas de confinamento em dois grandes grupos, os "stall barns" (também chamados de "stanchion barns"), aí obviamente incluídas as 2 variações, tie-stall e free-stall, e o sistema de Loose Housing (sendo que aí estão incluídos várias opções de cama, entre eles o Bedded Pack).



De qualquer forma, agora que o termo sem sentido "pegou", dificilmente nos livraremos deste nome. Basta jogá-lo no google que (após confirmar que você realmente quis dizer isso, e não "losing house", com um 'o'...) encontraremos referências até em artigos científicos brasileiros, que acabaram por chancelar de vez a expressão.



Mas, novamente, seu artigo é louvável ao, inclusive, apontar para este, em última análise, erro duplo de tradução.
MYKEL STEFANNI PEREIRA

CRUZEIRO DO OESTE - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/07/2013

Parabéns pela matéria. Muito bem explicado.



Você tem a estimativa de custo de implantação de um free-stall para 100 vacas?
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/07/2013

Prezado amigo Guilherme



Apesar do aparente afastamento do site seguia acompanhando o mesmo', o que através dos artigos, comentários e discussões acaba sempre por nos enriquecer tecnicamente. Quanto a preferência por instalações, apesar de trabalhar quase que exclusivamente com propriedades onde o Free Stall é a predominância, vem aumentando a construção de estruturas auxiliares com o uso de Bedded Packs.



Acredito que como a muitos anos tenho afirmado o que importa em um projeto é a busca da excelência, ou seja se a escolha do produtor para o seu projeto é a de um Tie Stall, ou de um Free Stall ou de um Bedded Pack o mesmo deve ser construído da melhor forma técnica possível, mesmo que se usem materiais alternativos.



O que se deve buscar respeitando a capacidade financeira e o conhecimento técnico existente é a melhor forma de fornecer conforto para os animais, preservando o bem estar dos funcionários e limitando os possíveis impactos para o meio ambiente.
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/07/2013

Bom dia Felipe



O sentido de orientação do barracão é geralmente construído respeitando o Leste-Oeste, principalmente devido a possibilidade da conversibilidade da instalação em Free Stall.



Como o objetivo de qualquer instalação de alojamento de animais é o de prover conforto térmico aos animais a possibilidade de insolação direta sobre a cama com os objetivos de retirar umidade e baixar população bacteriana não se justificaria. Apesar dessa aparente limitação os melhores Bedded Packs que já visitei estavam em Torreon no México e eram construídos de uma forma totalmente diferente do usual.



A área coberta por animal atingia algo como 25 metros quadrados por animal e a área total disponível para os animais 50 metros quadrados. A orientação das instalações é no sentido Norte-Sul com insolação da cama, que é feita com a própria base arenosa existente em toda a região.



A baixa umidade natural e o regime de chuvas muito bem definido facilitam esta configuração e permitem um alojamento espetacular para os animais.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/07/2013

Prezado Mário Sérgio Ferreira Zoni: Caro amigo, você andou meio distante, o que empobreceu sobremaneira aos debates aqui do Milk Point. Parabéns pela beleza de abordagem e pela possibilidade de aprendermos, ainda mais, com suas experiências dentro dos sistemas confinados brasileiros e mundiais.

Acredito que, como você bem colocou, para se ter um investimento de tão alto grau de importância, como o de um confinamento (seja ele de que tipo for), que se faça muito bem feito.

Muitas vezes, a economia de materiais e de conhecimentos técnicos leva ao fracasso e esta derrocada acaba por trazer para o cultural básico uma generalidade que, muitas das vezes, é desprovida de realidade.

Dentro deste arrazoado, entendo que o sistema de reclusão ideal é o "tie stall", já que, nele , ao contrário do "free stall", não existe a competição entre as vacas por espaços de alimentação e por volume da mesma, já que cada animal está alojado em sua própria baia, sem contato - a não ser o visual - com os demais. Outra vantagem do primeiro sobre o segundo está arregimentada na maior possibilidade de controle alimentar de cada um dos indivíduos componentes do rebanho que, sem ter que se preocupar com a concorrência, acaba ingerindo todo o conteúdo que lhe é necessário, com evidente vantagem produtiva.

Todavia, não podemos deixar de aconselhar, como você bem o fez, que se utilize o "bedded pen" para alojar os animais em fases de não lactação ou de início e final de produção, ou, ainda, portadores de deficiências de locomoção.

Contudo, entendo que os animais de baixa produção devem é ser descartados.

Na Fazenda Sesmaria, utilizamos os dois conceitos defendidos ("tie stall" e "bedded pen" ou "loosing house"), com muito sucesso, este último, aliás, seguindo ensinamentos seus.

Aproveito a oportunidade para informar que a Fazenda Sesmaria lançou seu site e    convidá-lo ao acesso ao mesmo através do endereço https://www.fazendasesmaria.com


Um grande abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

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