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Sistema agroindustrial do leite de ovelha - Parte II de II

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/09/2016

12 MIN DE LEITURA

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Insumos

A importação de animais vivos ou sêmen das raças leiteiras é recente. Pela Instrução Normativa 51/2011 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a importação de animais vivos da espécie ovina se encaixa no procedimento III, sendo fiscalizada pelo Departamento de Saúde Animal (DAS) enquanto que a importação de sêmen ou de embriões entra na categoria de procedimentos tipo II.

A origem dos animais Lacaune é de importação de outros países, principalmente da França. Contudo, não há dados específicos de importação de ovinos leiteiros nos sites de estatísticas como o Aliceweb, da Secretaria de Comércio Exterior. Em 2007 e 2008, foi importado material genético da raça East Friesian. Assim, material genético de ovinos leiteiros no Brasil é muito restrito, forçando os preços de animais puros a altos valores e dificultando a entrada de novos criadores no mercado (ROSSI, 2013).

ovelhas Lacaune - leite de ovelha

A alimentação dos animais é realizada pelo fornecimento de um alimento volumoso e um concentrado. As propriedades possuem maquinários próprios para a fabricação dos volumosos. Os grãos, fertilizantes e adubos utilizados para a produção da matéria prima dos volumosos são comprados em mercados spot.

O alimento concentrado é o que difere de uma propriedade para outra. A maioria compra os grãos em mercado spot, formulam e misturam na própria propriedade. Apenas duas propriedades compram o concentrado comercial, pela facilidade e pequeno espaço para armazenar os ingredientes, contudo, admitem que esta alternativa é a menos viável por ter um custo maior. A alimentação é considerada, por todos os produtores, juntamente com a mão de obra, os maiores custos da produção.

Os equipamentos de ordenha e refrigeração são os mesmos utilizados para as criações de caprinos leiteiros, por isso são facilmente compráveis em lojas específicas de materiais para ordenha. O principal sistema de ordenha utilizado é o balde ao pé. O investimento é relativamente alto, comparado com os outros insumos, contudo, considerando a facilidade e o menor uso da mão de obra, o investimento parece compensar. Outros insumos, como os produtos veterinários e o sal mineral são adquiridos também em mercados spot, de acordo com a necessidade.

Os insumos necessários para a indústria são, em sua maioria, provenientes do mercado spot: embalagens, formas, equipamentos, fermentos biológicos, temperos, especiarias. O principal insumo, o leite, é fornecido pela própria propriedade vinculada (integração vertical) ou pela cooperativa.

Nos mercados spot ocorre a transação de forma imediata. O produtor busca, geralmente, o menor preço do mercado, levando em consideração o custo-benefício do produto e faz o pagamento geralmente à vista. Isto faz com que não haja segurança para os fornecedores, uma vez que as condições de mercado podem mudar em virtude de choques imprevisíveis. As especificidades dos ativos envolvidos nessas transações são baixas, de modo que os custos de transação são mínimos e não é necessária a criação de reputação.

A aquisição de milho e soja para fabricação do concentrado e equipamentos, por exemplo, pode ser governada por meio do mercado spot, pois há vários fornecedores de produtos equivalentes, e, caso uma transação com determinado fornecedor não se concretize, ela pode ser facilmente redirecionada para outro fornecedor.

Produção primária

De acordo com dados da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos de Leite (ABCOL) e da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO) há, no Brasil, 18 propriedades, sendo sete criações no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, uma no Paraná, uma em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, três em Minas Gerais e uma em Brasília.

O início da produção foi motivado pelo gosto dos produtores pelo queijo de ovelha, que não era facilmente encontrado no Brasil. Eles decidiram produzir e viram na ovinocultura leiteira uma atividade recente e em expansão, com futuro promissor. Para o inicio da atividade, todos os produtores da região Sudeste foram obrigados a investirem tanto na criação das ovelhas, quanto na construção de um laticínio, pois naquela região não havia outros laticínios que apenas comprassem o leite. Na região Sul, havia um grande laticínio de ovelhas, o qual pertencia à cooperativa e comprava o leite das propriedades que fazem parte desta.

Alguns produtores iniciaram a atividade, mas pararam em poucos anos. O início da criação, para dois destes produtores, se deu pelo sonho e vontade dos pais, mas quando estes faleceram, os herdeiros optaram por não mais continuar na produção, uma vez que afirmaram não serem vocacionados para tal. Três outros produtores desistiram da produção, pois entenderam não ser lucrativa. Estes possuíam apenas a produção de ovelhas e vendiam o leite para outro laticínio que, dependendo da semana, podia comprar ou não o leite, o que acarretava em prejuízos frequentes.

Dentre as 18 propriedades, 14 empregavam mão de obra familiar. A escolha pela mão de obra familiar se deu, nestes casos, pela diminuição aparente de custos, pois não havia contrato de funcionários e estes produtores, ao realizarem as análises de custo, não consideravam o valor pago para eles mesmos, eles recebiam só os lucros. Além disso, eles mesmo trabalhavam na criação, pois é uma atividade que apreciavam.

Das características zootécnicas, a raça leiteira mais utilizada era a Lacaune, seguida pela East Fiesian. Alguns produtores optaram pela utilização da raça Santa Inês (dupla aptidão) para incorporar seu rebanho, com o objetivo de melhorar a aptidão materna e a rusticidade dos animais. O sistema de criação podia ser tanto em confinamento quanto semiconfinamento. A justificativa para as criações que são apenas confinadas é a falta de espaço para pastagens e facilidade de manejo dos animais para ordenha.

A média da produção de leite por ovelha no Brasil era de 1,17 litros. Algumas propriedades estavam bem abaixo da média encontrada na literatura para as raças (2,0 litros para Lacaune e 2,2 para East Friesian), e mesmo quando comparadas com as outras propriedades dentro do país. Como a genética destes animais era basicamente a mesma, pode-se sugerir que o problema destes produtores não devia ser a genética, mas sim algum outro fator de produção, como por exemplo, o manejo reprodutivo, a alimentação ou mesmo a sanidade e o manejo de ordenha.

ordenha ovelhas - leite de ovelha

Agroindústrias/Laticínios

Havia 12 laticínios produtores dos derivados de leite de ovelha, porém quatro ainda não estavam funcionando no momento da realização da pesquisa, pois não possuíam sistema de inspeção ou ainda não estavam produzindo para comercialização.

O tamanho e a capacidade de produção dos laticínios eram diferentes, tendo laticínio de 25 m² apenas, até 900 m²; e capacidade produtiva de 20 litros/dia até 25 mil litros/dia. Na ocasião, nenhum dos laticínios atuava produzindo na capacidade máxima, todos ainda necessitavam de um maior volume de leite. Contudo, os proprietários afirmaram que só iriam aumentar a produção leiteira até atingirem a capacidade máxima de seu laticínio, não pretendendo comprar leite de outras propriedades e nem aumentar a capacidade do laticínio, pois acreditavam que a quantidade de derivados produzidos quando o laticínio operar em capacidade máxima seria o suficiente para suprir seus consumidores, sem desperdiçarem produtos, e proporcionaria uma vida confortável com o mínimo de preocupações possíveis. Isto leva a acreditar que a caracterização do sistema em cadeia curta continuará configurada desta maneira de forma permanente.

Cinco dentre os oitos laticínios utilizavam leite de outras espécies, porém, apenas um deles misturava o leite de ovelha com o de outras espécies (principalmente o leite de cabra) para a produção de derivados. Esta era uma estratégia utilizada para diminuir o custo de produção do derivado. Mas outros produtores afirmaram que, desse modo, perdia-se qualidade do produto. Com isso, sete dentre os oito dos produtores optavam pelo selo “100% leite de ovelha” que, apesar de ser um selo ainda não reconhecido por nenhuma associação de produtores, mas utilizado em rótulos de produtos como forma de propaganda.

A produção de derivados do leite de ovelha era a principal função destes laticínios, pois não comercializavam o leite puro. Pela composição e características do leite, é mais viável a produção dos derivados.

Distribuição

A distribuição dos produtos podia ocorrer de três maneiras:

i) lojas associadas ao produtor, com marca própria;
ii) sistema de delivery em que os produtos saem do laticínio, diretamente para o consumidor ou;
iii) venda dos produtos em mercados comerciais. Este último item ainda pode ser subdividido em i) grandes redes de mercados, ii) pequenas redes de mercados e iii) redes de mercados de produtos alternativos, como por exemplo, produtos mais saudáveis, produtos para emagrecimento, sem agrotóxicos, orgânicos, sem glúten e sem lactose, entre outros.

Todos faziam o serviço de delivery ou venda direta do laticínio para o consumidor. Apenas um produtor optou por entrar nos grandes mercados, contudo esta iniciativa era nova e ainda não existiam respostas conclusivas quanto à sua viabilidade. Outros produtores já declararam que tentaram entrar neste mercado, mas não foi viável pela pequena demanda do produto nestes estabelecimentos.

Não havia apenas uma via de comercialização, para nenhum dos casos estudados. Todos, além do delivery possuíam, pelo menos, mais duas outras alternativas de vendas. As alternativas mais procuradas eram os pequenos mercados e os mercados alternativos. Os mercados alternativos são aqueles mais voltados para a venda de produtos naturais, orgânicos, e que os derivados do leite de ovelha foram muito bem aceitos. Outro fator para que este produto fosse bem aceito neste tipo de mercado, foi a semelhança entre os consumidores.

Apesar de nem todos os produtores possuírem lojas próprias, todos possuíam sua própria marca, dando uma identificação específica para cada produto. Os pequenos mercados não comercializavam produtos de diferentes marcas. Cada produtor vendia para uma rede de mercados diferentes.

Quando o laticínio vendia para o mercado, terceirizando a venda, havia a necessidade de contratos para garantir que não haja captura oportunista de quase-renda pelas partes envolvidas. A reputação entre os agentes (produtor e laticínio) era criada à medida que esses se conheciam com o tempo. Assim, os contratos podiam ser mais informais.

Já, quando há integração vertical, pode-se considera-la como um mecanismo de construção de arranjos capazes de incrementar o processo de valorização dos produtos regionais e, portanto, a sustentabilidade do desenvolvimento regional (PEDREIRA, s.d.). A verticalização contribui para melhorar diversos aspectos socioeconômicos do meio rural, tais como geração de emprego e renda, agregação de valor às matérias-primas, estabilidade da oferta dos produtos, diversificação do sistema de produção, oferta continua de produtos ao longo do tempo e redução de perdas nos produtos.

Contudo, da mesma forma como a solução integrada pode ser melhor que o mercado em termos de adaptabilidade às mudanças, existe a desvantagem de adicionar custos burocráticos, além de redução ou perda dos fortes incentivos providos pelos mercados (ZYLBERSZTAJN, 1995). A existência de custos de transação em mercados intermediários não implica dizer que a integração vertical é, necessariamente, uma solução eficiente, devido à sua eliminação. A integração vertical evita os custos de usar o mercado, mas ao se internalizar as transações, os custos de administração são incorporados ao negócio (GRANT, 2002).

Já na estrutura de mercado, o comprador e o produtor não colaboram entre si na definição do produto. Ou o produto é padrão, ou o produtor define sem levar em conta, diretamente, as preferências do cliente. O conhecimento dos compradores sobre o local pode surgir da reputação dos produtores ou de um fabricante em particular. Como os queijos e derivados do leite de ovelha dependem da qualidade do leite e dependem de quantidade para o laticínio poder funcionar, não é possível que o laticínio compre via mercado o seu produto chave. Assim, a integração vertical parecia ser uma forma de contornar os custos de transação nos mercados a montante e a jusante, que são magnificadas pelo fato de a cadeia não estar desenvolvida, e, portanto, não existir concorrência acentuada entre laticínios e entre distribuidores.

Consumidor

As características dos consumidores foram avaliadas do ponto de vista do produtor, por meio dos questionários. De acordo com os locais de venda dos derivados lácteos, os principais consumidores se encontravam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, principalmente nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais. Contudo, havia a venda de queijos de ovelha pelo Brasil inteiro.

Os principais produtores encontravam-se na região Sul do país, assim como a maioria dos consumidores. Os produtores afirmavam que o mercado nesta região já estava saturando. Contudo, há um aumento dos consumidores na região Sudeste e no distrito federal. Por isso, havia também o aumento da produção nesses locais. Os laticínios de São Paulo, Distrito Federal e um do Rio de Janeiro viram neste mercado uma oportunidade de lucro, por isso começaram a produção recentemente, mas ainda não comercializavam.

Pelo alto valor do produto final, estes consumidores eram integrantes da sociedade com poder aquisitivo mais elevado. Eles buscavam diretamente o produto nas lojas especializadas e não compravam apenas por curiosidade. Por isso, a opção de vendas em grandes redes de mercados não era considerada uma alternativa muito viável. A estratégia que se mostrava mais viável eram as lojas próprias, venda em lojas de produtos diferenciados (produtos mais saudáveis, sem defensivos químicos) ou delivery, o que mostrava que a proximidade do produtor com o consumidor, neste caso, era realmente importante, mantendo, assim, a cadeia de leite de ovelha curta.

Sabe-se, pelo questionário, que o Brasil importava queijo de ovelhas, possivelmente para consumo próprio e não para a comercialização. Contudo, na base de dados oficiais sobre estatísticas de importações (Aliceweb/Secex), não havia dados específicos para queijos de ovelhas.

Confira primeira parte do artigo:

Sistema agroindustrial do leite de ovelha - Parte I de II

Referências bibliográficas 

AGUINSKI, M. Cabanha Dedo Verde. Reportagem: Produtores de ovinos do RS e SC aumentam a renda com derivados do leite, 2011. Site: https://www.cabanhadedoverde.com.br/. Acesso em junho de 2014.

GRANT, R. M. Contemporary strategy analysis: concepts, techniques, applications. 4th. ed. Massachusetts: Blackwell Publishers, 2002. 551p.

PEDREIRA, MS.; FAGUNDES, MEM.; ANDRADE, MAS. (s.d.). Cadeias Agroindustriais na Bahia: Avaliação e Perspectivas. In : SEPLANTEC - Secretaria do Planejamento Ciência e Tecnologia. Bahia Século XXI: Temas Estratégicos. Cap.6, pp.205-254. Disponível em https://www.seplantec.ba.gov.br/Livro5/livro_pdf_c ap06.pdf. Acessado em 31 de março de 2008.

PORTER, M.; O que é estratégia? Harvard Business Review. Novembro-Dezembro/1996.

ROHENKOHL, J.E.; CORRÊA, G.F.; AZAMBUJA, D.F.; FERREIRA, F.R. O agronegócio de leite de ovinos e caprinos, 2007. Disponível em: www.pucrs.br/eventos/eeg/trabalhos/62.doc>. Acesso em: 18 de agosto de 2015.

VOORS, M.J.; Smalholder dairy sheep production and market channel development: an institutional perspective of rural Former Yugoslav Republic of Macedonia; Journal of Dairy Science, pag. 3869-3879, 2010.

ZYLBERSZTAJN, D.; A estrutura de governança e coordenação do agribusiness: uma aplicação da nova economia das instituições. 1995. 238 p. Tese (Livre- Docência) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.

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JORGE

MARÍLIA - SÃO PAULO

EM 25/07/2017

Fernanda, segue meu contato 51-982507097
FERNANDA FERREIRA DOS SANTOS

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 24/07/2017

Boa noote jorge, tudo bem? Me mande seu email ou um contato para que eu possa te colocar em contato com os produtores. Obrigada.
JOAO MONTEIRO DA GAMA

ARANDU - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/07/2017

joaomonteirodagama@gmail.com
JORGE

MARÍLIA - SÃO PAULO

EM 17/07/2017

BOA TARDE,

vOCÊ PODE ME COLOCAR EM CONTATO COM OS CRIADORES DO RIO GRANDE DO SUL E OS LATICÍNIOS? TENHO INTERESSE NA COMPRA DE MATRIZES E REPRODUTORES. MUITO OBRIGADO.
GADO FORTE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 21/10/2016

O queijo de ovelha é um dos melhores queijos que já experimentei
JOAO MONTEIRO DA GAMA

ARANDU - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2016

Em breve nascerão no Brasil os primeiros animais Awassi Israelenses. Genetica Australiana da fazenda: https://towrisheepcheeses.com.au/

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