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Melhorando a fertilidade das vacas leiteiras: a contribuição da genética

POR TIMOTHEO SOUZA SILVEIRA

A.B.C.B.R.H.

EM 21/08/2023

4 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 14/08/2023

A produção de leite é uma atividade de extrema importância para o setor agropecuário, e constantemente surgem desafios para os produtores rurais. Um dos pontos-chave é como aumentar a produtividade e melhorar a rentabilidade, buscando soluções eficientes e sustentáveis. Nesse sentido, as informações trazidas pelo artigo "Genetic tools have reversed cow fertility decline (Genética: ferramentas genéticas têm revertido a queda na fertilidade das vacas)" são de grande relevância.

De acordo com a geneticista Kristen Parker Gaddis, durante anos acreditou-se que a fertilidade das vacas Holandesas nos Estados Unidos estava em declínio à medida que a produção de leite aumentava. No entanto, estudos genéticos recentes mostram que essa relação não é mais válida. Ao contrário do que se pensava, as tendências genéticas atuais são favoráveis tanto para a produção quanto para a fertilidade das vacas.

Até o ano 2000, houve um declínio na fertilidade das Holandesas nos EUA, causado pelo aumento da produção de leite. Vacas de alta produção são geneticamente predispostas a ter uma eficiência reprodutiva reduzida. No entanto, a partir desse ponto, ocorreu uma mudança significativa na fertilidade das vacas leiteiras. As metas genéticas foram expandidas e os programas de reprodução passaram a incorporar medidas diretas de fertilidade.

Em 1994, foi introduzida a "Vida Produtiva" como uma medida genética disponível para seleção, e o índice de seleção genética - Net Merit - expandiu-se para incluir a Vida Produtiva, juntamente com o Escore de Células Somáticas. Essa mudança permitiu a seleção indireta de vacas mais férteis por meio da relação positiva entre desempenho reprodutivo e longevidade. Posteriormente, em 2003, a característica de "Taxa de Gestação da Filha" (DPR) foi introduzida no Net Merit, possibilitando a seleção direta para a fertilidade das vacas.

Desde então, o aprimoramento genético da fertilidade tem sido acompanhado por melhorias na gestão da pecuária leiteira. Os produtores têm implementado mudanças nos programas de reprodução, alimentação, alojamento e outros fatores ambientais, trabalhando em conjunto com as ferramentas genéticas disponíveis.

Essas melhorias têm trazido resultados significativos, como a redução no número de inseminações necessárias para obter uma gestação. Em média, o número de inseminações por concepção diminuiu de 2,5 para 2,0 entre as vacas Holandesas nos EUA. Além disso, houve uma diminuição nas taxas de concepção em vacas Jersey, de 2,2 para 1,9, no mesmo período.

Melhorar a fertilidade das vacas leiteiras traz benefícios tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. Economicamente, a melhor reprodução resulta em economia por animal e aumento da rentabilidade para os produtores. Ambientalmente, vacas mais férteis permitem reduzir a necessidade de substituição de animais, reduzindo o consumo de recursos e as emissões de gases de efeito estufa.

É importante ressaltar que a sustentabilidade é um fator crucial no setor leiteiro. Os consumidores e compradores de produtos lácteos valorizam a produção responsável, o bem-estar animal e a redução do impacto ambiental. Vacas mais férteis são animais mais saudáveis, com uma vida produtiva mais longa, o que atende às expectativas dos consumidores e contribui para a sustentabilidade do setor.

A redução das emissões de metano é um benefício adicional da melhoria da fertilidade nas vacas leiteiras. O metano é um dos principais gases de efeito estufa associados à produção de gado. Ao melhorar a taxa de gestação e reduzir o número de substituições necessárias no rebanho, podemos efetivamente reduzir o impacto ambiental da produção leiteira.

Estudos têm demonstrado que melhorar a taxa de gestação em vacas lactantes e novilhas pode levar a uma significativa redução na emissão de metano, um dos principais contribuintes para o efeito estufa. Ao adotar práticas de manejo e seleção genética que promovam a fertilidade, estamos dando um passo importante em direção à sustentabilidade e mitigação das mudanças climáticas.

Além dos benefícios ambientais, a redução das emissões de metano também pode trazer ganhos econômicos significativos para os produtores de leite. À medida que a taxa de gestação melhora e a necessidade de substituições diminui, os custos associados ao manejo do rebanho são reduzidos. Menos substituições significam menos investimentos em alimentação, cuidados veterinários e mão de obra, resultando em uma maior rentabilidade para os produtores. Portanto, ao priorizar a melhoria da fertilidade nas vacas leiteiras, não apenas estamos contribuindo para a saúde do meio ambiente, mas também para a saúde financeira das propriedades leiteiras.

No Brasil, podemos adotar medidas semelhantes às implementadas nos Estados Unidos para aumentar a produção de leite e melhorar a rentabilidade dos produtores. É fundamental promover a adoção de práticas de manejo adequadas, incentivar a utilização de ferramentas genéticas disponíveis e investir em melhorias na gestão da pecuária leiteira. Com essas ações, poderemos impulsionar a produtividade, aumentar a rentabilidade e promover uma pecuária leiteira sustentável e eficiente em nosso país.

 

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Artigo escrito com base nas informações extraídas da publicação: Genetic tools have reversed cow fertility decline com possibilidade de acesso https://www.agproud.com/articles/57370-genetic-tools-have-reversed-cow-fertility-decline

 

TIMOTHEO SOUZA SILVEIRA

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