Vigor compra 50% da mineira Itambé por R$ 410 milhões

O laticínio Vigor, do grupo J&F (dono do frigorífico JBS), anunciou ontem a compra de 50% da mineira Itambé. O negócio será feito por meio de um aumento de capital, com aporte de R$ 410 milhões da Vigor. Os recursos serão usados para financiar o crescimento da Itambé e equacionar sua dívida, estimada em cerca de R$ 500 milhões. As duas empresas formarão um laticínio com faturamento anual superior a R$ 3 bilhões.

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O laticínio Vigor, do grupo J&F (dono do frigorífico JBS), anunciou ontem a compra de 50% da mineira Itambé. O negócio será feito por meio de um aumento de capital, com aporte de R$ 410 milhões da Vigor. Os recursos serão usados para financiar o crescimento da Itambé e equacionar sua dívida, estimada em cerca de R$ 500 milhões. As duas empresas formarão um laticínio com faturamento anual superior a R$ 3 bilhões.

A Itambé é a quarta maior fabricante de lácteos do Brasil, atrás de Nestlé, LBR e BRF. A empresa processa 3 milhões de toneladas de leite por ano, em cinco fábricas - quatro em Minas Gerais e uma em Goiás. A marca pertence à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), que está no mercado de laticínios desde 1944 e ainda permanece com 50% do capital da empresa.

A Itambé funcionava, até novembro do ano passado, com a estrutura de uma cooperativa. Em dezembro, transformou-se em uma Sociedade Anônima (S/A) e agora faz um aumento de capital para receber a Vigor como sócia. A reestruturação incluiu a divisão dos ativos do grupo, que também fabrica rações e é dona de armazéns agropecuários. A Vigor passou a ser acionista apenas do negócio de lácteos da Itambé - unidade que teve receita de R$ 1,8 bilhão em 2012. As rações e os armazéns continuam a pertencer somente à CCPR.

A Vigor poderá dar à Itambé acesso a um maior volume de leite, o que poderá acarretar o crescimento da produção da empresa. "A parceria entre os dois grupos potencializará as operações da Itambé, que continuará sua trajetória de crescimento com uma estrutura de capital adequada, processos operacionais e administrativos independentes e gestão totalmente profissionalizada", informou a Vigor, em comunicado.

Segundo a empresa, sua operação é complementar à da Itambé. A marca mineira é forte em segmentos como leite longa vida, leite em pó, leite condensado e requeijões. Enquanto isso, o forte da Vigor são os iogurtes e os queijos. "A Itambé contribuirá para uma melhor complementaridade aos produtos da Vigor", disse a empresa, que somou em 2011 um faturamento de R$ 1,3 bilhão.

A aquisição de uma fatia da Itambé traz uma marca de tradição ao portfólio da Vigor, afirma o especialista em alimentos e bebidas Adalberto Viviani, da consultoria Concept. Segundo ele, a marca Vigor tem feito esforços para se modernizar, como o lançamento do iogurte grego, enquanto a Itambé é uma marca que ganha o consumidor por ter tradição no mercado. "O negócio adiciona à Vigor uma marca que dialoga com um público diferente", disse Viviani.

As empresas não divulgaram de quanto é a sinergia da união das operações. Para Viviani, a empresa pode conseguir ganhos operacionais com a integração das equipes de vendas e distribuição de produtos. "O custo do frete é muito pesado para laticínios. O produto é perecível e a capacidade de abastecimento frequente do ponto de venda é um diferencial significativo neste mercado", diz.

A matéria é do Estadão, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Rodrigo
RODRIGO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 31/12/2013

E a fabrica de biscoito da Itambé?
NETAO
NETAO

BEBEDOURO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2013

AGORA JBS TA DOMINADO O LEITE E A CARNE  ELES DOMINAM TBM E O BRASIL TA VIRANDO UM MONOPOLIO SO HEIN
jeronimo Gomes Ferreira
JERONIMO GOMES FERREIRA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/03/2013

O assunto merece mais análise. Mais do que análise, providências de quem está à frente da CCPR. O sistema cooperativista só tem um caminho, para a redençao do produtor de leite. O fortalecimento do sistema, por uma gestão profissional, unificando os processos de logística na captação, capacitação do produtor, fornecimento de insumos, produtos e serviços.  Daí, a nossa esperança, de um diálogo mais aberto e inteligente da CCPR com as cooperativas que poderão construir fusões e parcerias com objetivo de baixar o intolerável custo de produção do leite. Mais do que isso, possibilitar o fortalecimento dos 50% da Itambé Alimentos S/A, agora focada na Industrialização e comercialização.
Daniel Leal Monteiro
DANIEL LEAL MONTEIRO

GUAÇUÍ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/02/2013

Torço que de certo, uma quer se salvar outra quer crescer, vontade não vai faltar, mas o contra peso é o produtor que já não sabe a quem apoiar.
Paula Foroni
PAULA FORONI

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 27/02/2013

Prezado Tarciso Braz da Silva, tavez a matéria "Exclusivo: entenda a criação da Itambé S/A e o papel da CCPR no novo cenário" possa esclarecer suas dúvidas.



Para ter acesso a ela, basta clicar no link abaixo:



http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/giro-lacteo/exclusivo-entenda-a-criacao-da-itambe-sa-e-o-papel-da-ccpr-no-novo-cenario-82640n.aspx



Atenciosamente
Carlos Alberto Tabareli
CARLOS ALBERTO TABARELI

JACIARA - MATO GROSSO

EM 27/02/2013

Os Cooperados, não só os Dirigentes, precisam se profissionalizar para enfrentar essa nova realidade empresarial na qual eles serão submetidos. Tomara que se mantenha pós-fusão a doutrina cooperativista que oportunizou a criação e o crescimento da Itambé.
Tarciso Braz da Silva
TARCISO BRAZ DA SILVA

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/02/2013

A operação era necessária e merece nossos parabéns.

Porém, como cooperado de uma cooperativa associada, solicito que nos informem como ficou a situação financeira da CCPR, esta a verdadeira cooperativa, que ficou sem seus ativos e com grandes problemas de endividamento, sendo que seus resultados futuros terão que cobrir as despesas financeiras e ainda caminhar no sentido de liquidar estes empréstimos, de onde virão estes resultados de nosso leite? pois a CCPR passa  a ser uma simples repassadora de nosso leite para a Itambé.
Hermenegildo de Assis Villaça
HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 26/02/2013

Só pagando para ver que bicho vai dar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
José Humberto Alves dos Santos
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/02/2013

Estou um pouco surpreso.

Qual o problema do BNDES dar suporte a um grupo?

Uma coisa é torcer para o Cooperativismo dar certo. Outra é a realidade das Coopérativas no Brasil.

Se a "exclusiva" do MilkPoint sobre os bastidores da Itambé está correta, o investimento foi muito maior que a oportunidade de mercado (ou estou enganado?).

Colocar R$410milhões numa "nova" empresa não é brincadeira. O Bradesco, que hoje anuncia a estruturação do negócio deve ter dado suporte.

De fato, os objetivos da Vigor, no início de 2.012 eram incompreensíveis.

Agora, com a realização desse negócio, começam a ter uma certa lógica.

O que incomodava o produtor era ver o gigantismo de uma ou duas empresas.

Agora teremos mais um player de grande porte.

É ruim isso?

`A conferir.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/02/2013

Prezados Senhores: Será que o Adalberto Viviani não sabe que, via de regra, quem paga o frete é o produtor e não o laticínio?





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANIOS CONFINANDO QUALIDADE=
jose roberto silva
JOSE ROBERTO SILVA

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS

EM 24/02/2013

"O custo do frete é muito pesado para laticínios. O produto é perecível e a capacidade de abastecimento frequente do ponto de venda é um diferencial significativo neste mercado", diz. "



E para nós produtores que temos que pagar prá colocar nosso produto dentro dos latícinios este frete é mais pesado ainda caro senhor. Conversa prá boi dormir. Negócios mal administrados e mais uma conta pro povo brasileiro pagar.


Fabio Gomes de Souza
FABIO GOMES DE SOUZA

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/02/2013

Vamos pensar positivo, que vai dar certo esta união...
José Eustáquio Bernardino de Sena - Nenê Sena
JOSÉ EUSTÁQUIO BERNARDINO DE SENA - NENÊ SENA

CANDEIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/02/2013

Atitude responsável das duas empresas, parabéns e tem todo nosso apreço...
Lucas Dantas Matheus
LUCAS DANTAS MATHEUS

GUANHÃES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/02/2013

Nos produtores de leite ja estamos endividados e sem perspectiva de futuro. E quando fico vendo varias opinioes e comentarios dessa materia de que a CCPR e a Vigor terao interação no mercado brasileiro devido terem produtos lácteos e mercados diferenciados fico mais preocupado.

Informam que vão somar desde a compra da matéria prima e a venda dos produtos.

Esse discurso não foi o mesmo da LBR no inicio? Será que não estao enganados nesse discusso?

E outra, que os produtores fiquem de olhos abertos, pois esse discurso de que irao somar sinergia na compra de materia primas, o leite e uma materia prima!!
Junior Catanduva
JUNIOR CATANDUVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/02/2013

Marcelo Filgueira de Guanhaes MG!

Eu acredito muito em Deus, mas ele so ajuda quem faz a sua parte! Não adiante cruzarmos os bracos e esperar pela ajuda dele.

Entao não adianta falarmos "Se Deus quiser vai dar tudo certo" se:



1) A Vigor Alimentos não tiver uma estrategia bem clara de como atuar nesse mercado do Brasil, que ela não Lider nas principais categorias de lacteos e fazer o consumidor comprar mais e pagar mais por isso;

2) A Vigor Alimentos não aumentar a Eficiencia das Fabricas da Itambe Alimentos, as quais andam ociosas;

3) A CCPR não aumentar ainda mais e de forma rapida a eficiencia de seus produtores e colocar mais leite nessas fabricas. Ou a Vigor Alimentos continuara a pagar aos produtores da CCPR os altos e discrepantes precos de leite que a Itambe pagava?



Será que a Vigor Alimentos e a J&F irao pagar a ineficiencia da CCPR?



Lembramos muito bem quando a BRF comprou muitos laticinios em 2008 e 2009, e a conta comecou a chegar em 2011 e 2012. Depois foi a vez da LBR nascer em 2010 e a conta chegou de fato em 2013.



Creio que a Vigor não ira querer cometer os mesmos erros. Concordam??



So sabemos que os novos diretores da Itambe Alimentos terao um enorme trabalho para "arrumar a casa", principalmente no que refere-se ao abastecimento e o custo do leite.
Celso Jose de Araujo Campos
CELSO JOSE DE ARAUJO CAMPOS

BARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/02/2013

Sou fornecedor leite para LBR em Barbacena,aqui temos discrepancias de até R$0,15 em litro por fornecedor com mesmo litragem,tentam justificar !!!! O fato é que estas fuzôes cada vez mostram o despraro de gestão das empresas,e o produtor cada vez MAIS PAGA POR ISTO.
altair da silva alves
ALTAIR DA SILVA ALVES

IPORÁ - GOIÁS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 23/02/2013

Esperamos que esta fusão de certo, porque em nossa região estamos com dificuldade com a LBR porque depois de tantas fusões não está dando certo e produtores estão preocupados com está situação.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/02/2013

O JBS comprou o Canal Rural e a Itambé no mesmo dia? É tiro para todos os lados em mar que não está para peixe.

Ou estão muito capitalizados ou o BNDES abençoou mais uma operação dos irmãos Batista.
Silas Arcanjo da Silva
SILAS ARCANJO DA SILVA

ITAPURANGA - GOIÁS - ESTUDANTE

EM 22/02/2013

Olá,



Muito obrigado aos colegas, que fez a brilhante observação em relação a nós pequenas empresas do seguimento, se o governo só ajudar as grandes empresas será o nosso fim, pois não temos acesso a credito barato como eles.



Que deus nos ajude!
Joao Fabiano Maia
JOAO FABIANO MAIA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 22/02/2013

Já fui cooperado da Itambé, produzindo leite (+ de 600 litros/dia) e fazendo melhoramento genético do rebanho; não conseguí me manter na atividade, pois nunca se sabe o preço que se está recebendo pelo leite e há redução do preço em plena entresafra.Faço votos para a fusão com a Vigor (ou seja lá que parceria fizeram) dê certo, para que haja melhorias para os fornecedores de leite (que nem mais cooperados são).
Qual a sua dúvida hoje?