Varejo tem o pior desempenho desde 2001 e vendas encolheram 4,3% em 2015

A queda da renda do brasileiro, aliada ao crédito mais caro e restrito e à retirada de incentivos fiscais para determinados setores, fez com que o varejo amargasse o pior desempenho em quatorze anos. As vendas do comércio varejista encolheram 4,3% em 2015, o maior recuo da série histórica, iniciada em 2001 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas negativas foram disseminadas: sete das oito atividades que compõem o setor tiveram queda no período.

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A queda da renda do brasileiro, aliada ao crédito mais caro e restrito e à retirada de incentivos fiscais para determinados setores, fez com que o varejo amargasse o pior desempenho em quatorze anos. As vendas do comércio varejista encolheram 4,3% em 2015, o maior recuo da série histórica, iniciada em 2001 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas negativas foram disseminadas: sete das oito atividades que compõem o setor tiveram queda no período.

Os destaques negativos, segundo o IBGE, foram: móveis e eletrodomésticos (-14%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%); tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%). Na comparação com 2014, o único setor que apresentou aumento no volume de vendas foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 3% de avanço. Apesar de positivo, foi o pior desempenho da série histórica.

O aumento da inflação - que fechou 2015 com alta de 10,67%, o maior patamar desde 2002 - também prejudicou o desempenho do varejo, de acordo com o IBGE. O forte avanço dos preços impactou, principalmente, os setores de supermercados e combustíveis.  Já o comércio varejista ampliado - que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção - fechou 2015 com queda ainda maior: -8,6% (também o maior recuo da série histórica).

O resultado reflete o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças (17,8%) e de material de construção (8,4%), os recuos mais elevados das suas séries. Novamente, os fatores que justificam este desempenho, segundo o IBGE, são a diminuição do ritmo de crédito, a gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, a elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
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