Uruguai: Conflito lácteo se agrava e o abastecimento pode parar

Para a Federação de Trabalhadores da Indústria de Lácteos do Uruguai (FTIL), terminou o âmbito de negociação coletiva do setor e ficou resolvido que, a partir de zero hora de ontem (16), não despachariam mais subprodutos lácteos das fábricas. Entretanto, os sindicados garantem que não faltará leite fresco aos comércios varejistas.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Para a Federação de Trabalhadores da Indústria de Lácteos do Uruguai (FTIL), terminou o âmbito de negociação coletiva do setor e ficou resolvido que, a partir de zero hora de ontem (16), não despachariam mais subprodutos lácteos das fábricas. Entretanto, os sindicados garantem que não faltará leite fresco aos comércios varejistas.

Além disso, começarão a aplicar três horas de paradas semanais, instrumentarão medidas para afetar as exportações e manterão a suspensão das horas extras, informou o dirigente da FTIL, Robert Romaso. Ele disse que não se chegou a um acordo por problemas internos da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole).

Segundo os sindicalistas, sobre fechamento das negociações, o Ministério do Trabalho (MTSS) comunicou que entraria em contato para informar a decisão que será tomará com relação ao acordo. No entanto, autoridades da Direção de Trabalho (Dinatra) consideram que ainda faltam etapas para se chegar a um acordo.
O diretor do Dinatra, Luis Romero, disse que sempre buscarão o diálogo e que não será tomada uma decisão unilateral. Ele disse que reunirá uma equipe de negociação para voltar a analisar o caso.

Na segunda-feira (15), uma delegação de associações de produtores de leite e da indústria de lácteos foi recebida pelo presidente do Uruguai, José Mujica. Foi uma “exceção”, disseram as autoridades aos produtores, já que é a primeira vez que esse gabinete recebe a delegação de um setor em conflito.

Participantes da reunião disseram que o Governo garantiu que, se os preços internacionais caírem, “haverá medidas para ajudar os produtores de leite”. O vice-presidente, Danilo Astori, disse que Mujica deixou claro que “não há como condenar os produtores de leite no caso de terem que descartar leite como consequência do conflito”. Mujica enfatizou que não se pode afetar o status sanitário do rebanho nacional.

Desde o início do conflito, ocorreram atrasos na coleta da produção e durante um fim de semana houve extensa fila de caminhões na planta da Conaprole da Flórida que fez com que houvesse perda na produção de creme.

Além disso, vários produtores de leite precisaram descartar sua produção pelos atrasos na coleta. Até o momento, as organizações de produtores não assumiram oficialmente que alguns produtores descartaram leite pelo medo das sanções que lhes cabe por parte da Direção Nacional do Meio Ambiente (Dinama).

Nas gôndolas de alguns grandes supermercados, como o Geant, há um cartaz que informa aos clientes que se permitirá levar somente cinco produtos lácteos por pessoa como consequência das medidas de conhecimento público.

O gerente geral da Associação de Supermercados do Uruguai, Washington Villot, disse que a medida não é da Associação.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?