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Suíça Emmi negocia compra do controle da paulista Shefa

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/10/2015

4 MIN DE LEITURA

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A crise não reduziu o interesse de empresas europeias pelo setor brasileiro de lácteos. Depois da francesa Lactalis, que comprou ativos da LBR e da BRF no ano passado, agora é a vez da suíça Emmi, especializada em queijos e iogurtes. Um dos maiores grupos de lácteos da Suíça, com capital aberto na bolsa e receita líquida de 3,404 bilhões de francos suíços no ano passado (US$ 3,538 bilhões), a Emmi negocia, segundo fontes do setor, a aquisição do controle do laticínio paulista Shefa, que enfrenta dificuldades financeiras.  

A Shefa, que capta cerca de 300 mil litros de leite por dia, foi criada em 1976 e pertence à família De Benedictis. A empresa paulista, uma das mais tradicionais do Estado, tem unidade em uma fazenda em Amparo. Além de leite longa vida, a Shefa produz bebidas lácteas, à base de soja, creme de leite, chás, achocolatados e água de coco. A empresa também envasa leite longa vida para terceiros. Não é a primeira vez que a Emmi avalia ativos em lácteos no país. Em 2014, a suíça chegou a negociar com a própria Shefa e com a catarinense Tirol, mas nenhuma das conversas vingou, segundo fontes do setor.



O grande atrativo do mercado brasileiro para as empresas europeias desse segmento é o potencial de crescimento da demanda por lácteos, conforme especialistas do setor. Na Europa, o mercado está praticamente consolidado e as oportunidades de avanço são mais limitadas. Um segmento atraente, com forte potencial de incremento a médio e longo prazos no Brasil é o de queijos. O consumo per capita no país hoje está na casa dos cinco quilos, muito abaixo dos cerca de 24 quilos de países como a França. Procurada, a Emmi afirmou, por meio de sua área de comunicação "não ter conhecimento" da negociação. A direção da Shefa não retornou os pedidos de entrevista.

Ainda não estão claros quais os planos da Emmi no Brasil, já que a Shefa não produz iogurtes, mas a avaliação de fontes do setor é de que a empresa suíça tem planos mais ambiciosos para o país e não fará apenas uma aquisição. "A Emmi deve tomar o mesmo caminho que a Lactalis, que comprou a Balkis, depois os ativos da LBR e da BRF", disse uma das fontes.

Em resposta a um questionamento sobre seu interesse no Brasil, em outubro do ano passado, a Emmi respondeu, por meio de sua assessoria de comunicação, que "considerando que os mercados europeus estão saturados, as atenções se voltam mais para mercados a desenvolver". Acrescentou que os países da América Latina são interessantes para a empresa, uma vez que a Emmi já tem operações no Chile e no México. "A opção principal será então reforçar as atividades nesses mercados e eventualmente entrar num mercado adicional, entre os quais o Brasil é uma opção", afirmou em nota, na ocasião.

Do lado da Shefa, dificuldades financeiras teriam levado a família a buscar se desfazer da operação. Nos últimos anos, a empresa vem diminuindo a captação de leite, que já chegou a ser o dobro da atual. Outra questão que teria pesado são problemas de sucessão na empresa, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A negociação com a Emmi envolveria a assunção de dívidas da Shefa pela empresa suíça.

Em seu site, a Emmi informa que tem em seu portfólio uma variada linha de produtos lácteos, como queijos, iogurtes, sorvetes, creme de leite, petit suisse, café com leite industrializado, entre outros. Sua atuação está concentrada em mercados da Europa e da América do Norte, principalmente. Além do varejo, a Emmi fornece produtos para o food service e ingredientes lácteos para a indústria de alimentos.

Considerando as vendas da empresa no último ano, cerca de 55% da receita da Emmi veio da divisão de negócios Suíça. A divisão de negócios América respondeu por 25 % das vendas e divisão Europa, por 15 %.

A origem da Emmi remonta ao ano de 1907, quando 62 cooperativas se uniram para criar a Federação Central de Lácteos da Suíça, em Lucerna. A federação se estabeleceu no cantão de Lucerna em 1919 comprando leite da cooperativa queijeira Neuhüsern, na cidade de Emmen. Em 1947, começaram a ser vendidos, pela primeira vez, queijos e iogurtes com a marca Emmi, numa referência à Emmen. Além da marca Emmi, estão no portfólio da empresa as marcas Caffe Latte, Gerber e Kaltbach.

Com sede em Lucerna, a Emmi tem ainda o controle da espanhola Kaiku, participação majoritária na francesa Diprola, especialista no condicionamento e distribuição de queijos, e é acionista da italiana Venchiaredo, que produz queijos. Na Suíça, o grupo Emmi tem cerca de 25 unidades de produção, e no exterior, suas subsidiárias estão presentes em 13 países, informa a empresa em seu site. A companhia exporta para 60 países e emprega cerca de 5.200 pessoas no mundo.

As informações são do Valor Econômico.

*Fusões e aquisições serão parte da temática do Latin America Dairy Congress, evento que reunirá os principais líderes mundiais do setor lácteo. Acesse www.ladc.com.br e conheça a programação completa.

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MAURICIO DE OLIVEIRA

SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SÃO PAULO

EM 05/04/2016

Infelizmente empresas familiares são muito complicadas, principalmente em casos de sucessão. Tomara se realmente mudar de mãos que seja por pessoas responsaveis, visto que os controles de qualidade no Brasil deixam muito a desejar
JOSÉ

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO

EM 26/03/2016

Meus caros a Shefa tem problemas de distribuição, também,  é rara no mercado do RJ ,  ora aparece ora não se vê. Eu gosto do leite da Shefã , mas tenho de procurar pelos supermercados todos, e muita vez não encontro
JOSE

AMPARO - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 17/03/2016

Bem que poderia ser verdade, ja que a empresa se encontra as moscas, devendo,  funcionários despreparados, descaso com colaboradores...

Lamentável,  uma empresa desse porte acabar assim!

Mais se for pra melhor que a venda seja feita , pois tem muitos que dependem da mesma.
JOISE LUIS GERALDI CREPALDI

AMPARO - SÃO PAULO

EM 16/03/2016

ha muita expectativa e pouca atitude...é oque se sabe.muita gente dependendo disso.
JOISE LUIS GERALDI CREPALDI

AMPARO - SÃO PAULO

EM 15/03/2016

boa sorte a quem comprar a shefa e boa administraçao,pois muita gente conta com a referida industria.
RICARDO

ABELARDO LUZ - SANTA CATARINA - ESTUDANTE

EM 16/10/2015

Tem uma fabrica espetacular de iogurte em Guaratinguetá interior de São Paulo, onde a danone está instalada hoje como coopaker e esta quase deixando a fabrica na mão, temos que divulgar essa é uma excelente fabrica, funcionarios capacitados e preparados. companhia de Alimentos Gloria guardem esse nome...
JUAREZ TELLES DE SOUZA

JACAREÍ - SÃO PAULO

EM 16/10/2015



Bem colocado teu comentário Antonio. Alguns produtores não investem na qualidade do seu leite e caem no "canto da sereia" destes compradores oportunistas que aceitam tudo como leite,sem se comprometer com qualidade, depois levantam acampamento e deixa os fornecedores a ver navios.
ANTONIO DE CASTRO JUNIOR

JOANÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/10/2015

Tomara que venha, que seja engajada, e que exija qualidade e comprometimento dos produtores da região, que reclamam do preço, esbravejam, mas na hora de produzir um leite de qualidade, com orgulho, dão de ombros e botam no tanque tudo que suas ordenhas puderem aspirar!
VITOR PRETTO

JALES - SÃO PAULO

EM 14/10/2015

tomara que nao seja uma outra parmalat que vem, compra e depois quebra e da prejuizos
JUAREZ TELLES DE SOUZA

JACAREÍ - SÃO PAULO

EM 14/10/2015

Muito louvável a noticia que mais uma multinacional tenha interesse em investir em nosso mercado lácteo.Triste é ver nossos produtores nas mãos dos compradores de leite, Uma classe de difícil união sem representatividade, incapazes de fidelizarem-se ás associações da categoria para terem maior poder de negociação de suas produções com os grandes grupos do setor lácteos.

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