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RS: Leite muda a realidade rural na região norte do Estado

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/12/2012

4 MIN DE LEITURA

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Os investimentos das indústrias de laticínios na região estão refletindo diretamente e de forma positiva dentro das propriedades rurais em municípios com base econômica agrícola, mas que encontram na bacia leiteira uma alternativa para frear o êxodo rural. Exemplos de que a atividade é rentável podem ser comprovados nos municípios de Chapada, Almirante Tamandaré do Sul e Coqueiros do Sul, que juntos já produzem mais de 67 milhões de litros de leite por ano, em aproximadamente 1,7 mil propriedades rurais. "Produzir leite se transformou em uma excelente fonte alternativa de ganhos no meio rural, principalmente, nas pequenas propriedades", disse o agrônomo da Emater-RS de Almirante Tamandaré do Sul, Glênio Barros Kissmann.

Segundo ele, em números mais atuais a atividade deixa entre 35% e 49% de lucro, sendo restante custo de produção que estão nos gastos com medicamentos e alimentação. De acordo com o agrônomo, o grande incentivador da bacia leiteira é a garantia de uma renda mensal para a família dos trabalhadores. Atualmente, a indústria vem pagando de R$ 0,70 a R$ 0,80 o litro de leite para o produtor. "É uma atividade diferenciada das outras que garantem apenas uma entrada anual de dinheiro dentro da propriedade como, por exemplo, os grãos ou fruticultura", comenta o agrônomo. Conforme Kissmann, o leite na última década tem tido participação muito importante em algumas mudanças que estão acontecendo no campo. "No interior, a bacia leiteira funciona como uma empresa empregadora do perímetro urbano, que paga seu funcionário a cada 30 dias", salienta Kissmann.

Outro investimento, como o melhoramento genético dos rebanhos tem impulsionado os negócios, pois existe ganho forte na produtividade diária de uma vaca. Nos rebanhos da região a média geral de produtividade diária é de 12 litros de leite, mas tem casos em que uma única vaca chega a produzir por dia até 27 litros do lácteo. A melhoria da genética e as boas pastagens têm contribuído para o aumento da produtividade dos animais. A presença da indústria compradora bem próxima da matéria-prima garante acesso fácil do produto, o que acaba reduzindo o custo operacional entre o campo e empresa compradora. Para o agrônomo a proximidade da indústria sinaliza para a possiblidade de crescimento da atividade leiteira na região.

No município de Almirante Tamandaré do Sul, os números apontam para um plantel de três mil animais em lactação em 280 propriedades rurais, que produzem pouco mais de 10 milhões de leite por ano. Já em Coqueiros do Sul são cerca de 400 produtores que possuem um plantel de quatro mil vacas que produzem anualmente 15 milhões de litros de leite. Em Chapada a produção de leite já cruzou aos 43 milhões de litros de leite ao ano em 1.100 propriedades rurais, que possuem 10 mil animais em lactação.

Atividade mantém o homem no campo

O incentivo ao cultivo de pastagens perenes vem garantindo resultados positivos nas propriedades rurais produtoras de leite no município de Coqueiros do Sul, onde predominam as áreas de pequenos agricultores integrados na agricultura familiar. Quem comemora o avanço da bacia leiteira é o secretário Municipal da Agricultura, Leonir Wentz, que atribui os bons resultados na sequência dos projetos voltados a produção de leite, que começou a conquistar espaço em 2001. "A política pública destinada a incentivar a bacia leiteira vem dando certo há mais de uma década no município, formado por uma população ligada ao campo", salienta o secretário.

De acordo com ele, hoje o leite representa renda para mais de 400 famílias do meio rural que recebem mensalmente ganhos vindos da atividade. O secretário aponta a bacia leiteira como um dos grandes incentivadores para a permanência do trabalhador rural no seu meio. "O leite é a garantia de que a família terá no final de cada 30 dias um salário, a exemplo do que ocorre com o trabalhador urbano. Isto é muito positivo para a manutenção do homem no campo, reduzindo desta maneira o êxodo rural", explica Wentz.

Segundo o secretário, mesmo o momento sendo de entressafra, o município continua produzindo uma média de 1,1 milhão de litros de leite por mês. A quantidade significa um giro financeiro se aproximando dos R$ 1 milhão mensais.

Wentz aponta para um dado importante que vem acontecendo na produção leiteira, que são os investimentos no melhoramento genético do plantel leiteiro, que hoje está na casa das 4 mil vacas em lactação. "Aqui o produtor interessado em melhorar o seu rebanho recebe do município gratuitamente o sêmen, ficando para ele os serviços do inseminador que fica em, aproximadamente, R$ 25,00, dependendo da distância que o profissional terá que percorrer para a realização da prestação do serviço. O secretário estima que 90% das vacas têm prenhes por inseminação. Aponta que são poucos os produtores de leite que utilizam o touro na reprodução. "Quem está pelo sistema antigo, utilizando o touro na cobertura é o tirador de leite, pois produtor de leite investe no melhoramento genético, utilizando a inseminação" salienta.

Outro fator apontado como incentivador da atividade é a Patrulha Agrícola, que auxilia o produtor nas atividades. Wentz lembra que a ajuda do poder público reduz o custo de produção aumentando os ganhos do agricultor. "Estar na bacia leiteira vem se firmando cada vez mais como uma boa alternativa de renda, inclusive, dentro das médias propriedades rurais do município, que tem sua base econômica nas atividades do campo", complementa.

As informações são do Diário da Manhã de Passo Fundo, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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