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NZ: Produtores de leite enfrentam seca na Ilha Norte |
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MICHEL KAZANOWSKIQUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS EM 14/03/2013
Caros participantes,
Na sua opnião, no sul do país, qual seria o mais eficiente sistema economicamente, usando como base a experiencia neozelandesa? Quais as espécies forrageiras mais indicadas para o verão? Qual volumoso conservado traz melhor relação custo alimento / litro produzido (silagem de milho ou pré-secado de aveia/azevem/tifton)? A produção sazonal. Deal or no deal? Abraço Michel Kazanowski |
MAXON SOELPRODUÇÃO DE LEITE EM 13/03/2013
Ao Srs Muhlbach e Beskow
Concordo com Voces e penso que nao e o sistema de pasto ou confinado que ira resolver todos tem lados + e - a Nova Zelandia tem o sistema deles e nos temos que criar o nosso para cada tipo de bolso. Temos acho Eu que olhar para Fonterra que ao meu ver e que faz o grande sucesso dos produtores da NZ. Bom! o PKE esta chegando aqui a NZ0,272 por quilo o trigo esta a NZ 0,42 isto posta na fazenda. Ja temos acumulado 209 Kg N/ha. O dona da fazenda onde trabalho esta argumentando que o preco do solido esta bom entao alimentamos mais para suportar a taxa de 4.7 por ha na intensao de produzir 2.100.000 kg de MS com 5000 vacas em lactacao estamos a 1.4% abaixo do aim, mas 4.15% acima do ano passado, talves o preco diferenciado entre proteina e gordura estao fazendo esta diferanca em preferir o leite do que gastar com silagem do seu proprio pasto. Prefere esta silagem vira solido. Estamos com 9.9% de proteina a mais do ano passado. O custo ta ficando alto aqui ja nao estao com aquela bola toda mais If u now what i mean. Ha aqui e irrigado outro problema grande H20 eles nao tem o suficiente. |
PAULO R. F. MÜHLBACHPORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 13/03/2013
Prezados colegas de comentários,
Agradeço a todos, Sérgio, Rodger, Maxon e Dr. Beskow, pelas interessantes contribuições, frutos de uma pequena provocação inicial. Enfim, estamos vendo que as coisas não são tão simples assim; que há uma considerável diversificação de sistemas de produção na NZ, conforme o Dr. Beskow discriminou com toda a propriedade, e que muito bem demonstram a flexibilidade e o pragmatismo neozelandês nas maneiras de otimizar o uso do pasto mas, também, de insumos alternativos, sempre buscando o lucro sustentável, mesmo com períodos de adversidades. A meu ver, estava na hora desses esclarecimentos aparecerem, pois o tal de "sistema a pasto da NZ" vem sendo usado como uma panaceia para a difusão muito simplória do que poderia ser um sistema a pasto para as nossas, tão heterogêneas, condições de produção. Aliás, se estamos ainda apreendendo a respeito, para a Região Sul também são válidas as experiências do nosso entorno (Uruguai e Argentina) e da Austrália subtropical, para as regiões que necessitam de períodos de irrigação. Vivendo e apreendendo. Abraços, Paulo R. F. Mühlbach |
WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 13/03/2013
Prezado SERGIO,
Sou testemunha de tua experiência por aqueles pagos. Como sabemos, aqui temos MUITO melhores condições naturais que eles e passamos trabalho porque aqui (salvo raras exceções) simplesmente não se conhece nada sobre pasto, nem manejo do pastejo, nem manejo do pastoreio, nem planejamento forrageiro, ou coisa alguma do tipo. Como bem disse o Prof. Mühlbach, "ainda tem gente com a ideia de que produzir a pasto é a coisa mais simples desse mundo, a vaca vai ao pasto e se vira". Essa atitude é dominante em todas as regiões do Brasil. Não está na nossa cultura o conhecimento do pasto, mas chegaremos lá. Prof. MÜHLBACH, No meu post acima comi o H de seu nome. Perdão. Prezado MAXON: Segundo minhas fontes, torta de dendê importada na Malásia (PKE) está em torno de NZ$0,37/kg MS enquanto que 1kg extra de MS de pasto via uréia na pastagem custa NZ$0,30/kg MS e a SMPI (silagem de milho planta inteira) fica em torno de NZ$0,35/kg MS, correto? Trigo anda em torno de NZ$0,42/kg MN. Ou seja, silagem de pasto a NZ$0,27 não é o que justifica o que colocas. É sim que o aumento na taxa de lotação deixa muito pouca sobra de pasto em outubro/novembro. Sobra, mas o pouco que sobra ficaria caro ensilar. Claro que nesse sistema, a super lotação aumenta o buraco de inverno e tona obrigatório comprar alimento. São produtores que perdem o sono naqueles momentos que cai preço de leite e sobre o alimento comprado, mas tb ganham muito nos intervalos. A bit of a gambling I would say... Tens um sobrenome português. Qual é tua história/de tua família? Saudações a todos vcs acima. Wagner Beskow |
WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 12/03/2013
Prof. Mülbach,
Há muitas pessoas falando em NZ sem conhecer e, normalmente, são posições anti-isso, anti-aquilo. O neozelandês é pragmático e busca três coisas: 1) resultado econômico positivo e continuado, sem depender de governos; 2) mínimo esforço e demanda de mão-de-obra (simplificam e facilitam rotinas como ninguém no planeta); e 3) qualidade de vida com tempo para a família (só vivendo lá para entender por completo a importância deste item para eles). Esses princípios, para mim, são o que determina quem eles são, não o fato se tem mais pasto ou menos. Prova de que buscam resultados, e não paixões, é a enorme e rápida mudança que se instalou a partir do final dos anos 90. O que vou lhe revelar a seguir, talvez vá lhe surpreender. (Este tema é extenso. Vou ser breve e, talvez, escrever um artigo na volta da viagem à NZ). HÁ 5 SISTEMAS RECONHECIDOS NA NOVA ZELÂNDIA Assim eles chamam, mas são variantes do original (Sistema 1). SISTEMA 1 - Autocontido, totalmente base pasto (pastejado + pasto conservado como silagem fornecido em leiras nos piquetes). Todas as categorias mantidas sempre na propriedade. Nenhum alimento comprado. Único suplemento é a silagem de pasto própria. SISTEMA 2 - De 4-14% do alimento é comprado, seja como suplemento ou como pastejo em terras de terceiros, este para novilhas e vacas secas. SISTEMA 3 - De 10-20% do alimento é comprado para estender lactação (outono, exceto Westland - sem importância - que é na primavera) e parte para vacas secas. SISTEMA 4 - De 20-30% do alimento é comprado, usado no início e fim da lactação e para categorias secas também. SISTEMA 5 - De 25-40% (excepcionalmente 55%) do alimento é comprado, usado todo o ano para todas as categorias. Entre os alimentos comprados estão: pastejo fora; torta de dendê (TD) que eles chamam PKE (palm kernel expeller), importada da Malásia; resíduos de destilarias (especialmente cervejarias nacionais); grãos, especialmente trigo e aveia (soja nunca, pois não tem e chegaria muito caro); melaço de cana (da Austrália, como citou Sergio acima). Estes os principais. As propriedades que usam concentrados, normalmente é de 1-2kg por vaca e caem nos SISTEMAS de 3-5. QUAL A PROPORÇÃO DESSAS PROPRIEDADES? Dados de 2011: Sistema 1 => 10%; Sistema 2 => 32%; Sistema 3 => 36%; Sistema 4 => 18%; Sistema 5 => 4%. Os alimentos importados teem tido preços voláteis de mais. Sistemas 4 e 5 são considerados de alto risco. Nestas aparecem os "feeding pads", pisos de concreto com cochos a céu aberto, coisa que não se via 10 anos atrás. A silagem de milho tem algum uso no país (também crescente), mas ótimas produções rendem 27t MS/ha e top dos tops, 30t. Isso é muito baixo, portanto caro. Como relatei antes, absolutamente nenhuma propriedade depende unicamente de pasto em pé, mas a base de todas (inclusive do Sistema 5) segue sendo muito pasto, bem manejado e colhido pela vaca. É o alimento mais barato e mais completo que se conhece, desde que com ciência, não paixões... |
RODGER DOUGLASJABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 12/03/2013
Sr Paulo,
O clima da NZ é muito diversificado onde existe producao de leite e tambem as caracteristicas individuais das fazendas tao variavel em termos de solo, revelo, infraestrutura, acesso a agua etc. Tem regiões produtoras de leite la 1500km distante norte/sul - ou seja a distanca de Rio Grande a Brasilia. Por causa disso existe hoje em dia uma grande variedade de sistemas de producao naquele pais - mesmo assim todos (com a excecao sendo de 4-10 fazendas de 11000) tem uma sistema a base de Pasto aonde 50-100% da dieta e diretamente colhido pelo animal com a grande maioria sendo 75% ou mais. O sistema a base de pastejo e escolhido por menores custos operacionais por litro produzido e menor capital imobilizado em ativos que depreciam. Mesmo assim os produtores vem usado mais insumos/intensificando mais dentro do sistema ao pasto quando fez sentido economicamente. Esta intensificacao tende a ser aumento de lotacao/suplementacao no cocho para aumentar producao/vaca e por hectare principalmente atraves de aumento de duracao de lactacao e aumento da produtividade do pasto respectivamente. A relacao de troca desses insumos (Adubo, graos, silagem) por kg de leite (ou convertido em solidaos tanto faz) tem sido quase sempre melhor no Brasil do que na NZ. Existe uma varicao diaria de crescimento devido a situacao climatica (que devido uma clima maritima pode mudar rapidamente) que tem que manejado diariamente atraves de decisoes de conservacao de pasto, oferta/animal, velocidade de rotacao no pasto, rocamento do pasto, aumento/baixa do estoque de forragem na fazenda (altura pre/pos pastejo) mudanca na quantidade de suplemento etc. Mesmo em fazendas irrigado tem que ter este manejo. Tambem existe a variacao sazonal que varia significantemente por regiao. As estrategias implementado para liderar com com este e principalmente aquele citado primeiro de producao sazonal, junto com o uso de forragens de ciclo mais longo pastejado en situ (beterrabo, nabo forrajeiro, sorgo entre outros). Silagem/feno feito dentro do propriedade ou da sobra do proprio pasto etc. Lactacaos mais curto etc. Finalmente existe a variacao anual que tembem varia por regiao e se for sequeiro/irrigado. Este no ano vai ter um desvio padrao em torno de 5-20% do producao anual. Para compensar este o estoque de forragem conservado, grao/subproduto comprado fora, producao e utilizacao do pasto. Este ano na ilha do norte provavelmente por causa dessa seca a producao medio vai cair ums 5-10% com o custo de producao operacional aumentando ums 10-15%. Tambem a utilizacao do pasto vai ser muito alto e os estoques vao cair. Este e ruim mas nao e o final do mundo nao - ja aconteceu e com certeza vai acontecer de novo (ano passado na contrapartida foi muito bom), Vao ser poucas fazendas que nao conseguem lidar com este e continuar (talvez 1%) e estes provavelmente estao mal capitalizadas/mal gerenciadas. Este ano aqui no oeste bahiano tem produtores de graos com completa perda da safra |
MAXON SOELPRODUÇÃO DE LEITE EM 12/03/2013
Para pensar!
Na NZ do lado Norte de Canterbury se produce assim: eleva-se o número de vacas por ha ( 4.7 ) trata na cow shed com 2.5 kg de trigo + 1.5 kg de Palma triturada (importada) e 200 g de mineral peletizado. Ensilar o que esta sobrado dizem que fica caro 0,27 por kg de ms, eles preferem uma taxa de lotacao alta do que cortarem pra ensilar. Compram de terceiros que e para a economia da regiao girar e todos ganham o direito de viver bem. E assim vai ... |
PAULO R. F. MÜHLBACHPORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 11/03/2013
Prezado Sérgio,
De minha parte fico agradecido pela complementação feita em relação ao assunto. Já assisti a várias palestras sobre o sistema de produção neozelandês e não me lembro de ter sido mencionado este aspecto de que lá existiria uma rotineira conservação de um excedente de pasto através da ensilagem, o que é lógico e sensato. Afinal, os bravos neozelandeses não devem ser tão afoitos a ponto de comprometerem a saúde do rebanho, expondo-o a períodos de fome severa. Então, o presente "post" já é meritório pelo simples fato de propiciar esse necessário esclarecimento, principalmente, aos defensores intransigentes de um "simples e barato" sistema de produção "à base de pasto". Eu acredito que a grande maioria deles, ao considerar o sistema neozelandês como seu paradigma, não julgava ser necessário dispor de maquinário (próprio ou terceirizado) para a confecção de silagem de um excedente temporário, mas, lá, imperiosamente necessário, para frequentes períodos de escassez. Além disso, parece-me que cresce a importância da irrigação das pastagens, também na Nova Zelândia, iniciando-se os debates sobre o impacto ambiental dessa medida. Lamentavelmente, em nosso meio, ainda tem gente com a ideia de que produzir a pasto é a coisa mais simples desse mundo, a vaca vai ao pasto e "se vira"... Saudações, Paulo R. F. Mühlbach |
SERGIO BLOS LOPESALEGRETE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 11/03/2013
Estimado Sr.Paulo,
De maneira simples vou lhe dizer o que pude aprender durante dois anos trabalhando na NZ , (hauraki plains) e (southland). Producao a pasto da NZ, nao quer dizer que se mantem a vaca somente pastando, quer dizer que o sistema esta embasado no pasto, e pasto se fornece as vacas de duas maneiras, por pastejo ou no comedor(cocho). Sabemos que pasto é o alimento mais economico e melhor aceitado por elas, e tenho que concordar consigo quando diz que os neozelandeses sao bravos, pois eles entenderam isto de maneira rapida e desapegados de qualquer conceito ou ideia, entao puderam estabilizar o fornecimento de forragem de maneira economica! Secas longas ou curtas, geada de 2 ou 3 dias, e profunda(perfil superior do solo congelado), neve nao sao problemas no sistema a pasto da NZ, porque o grande tema aqui passa pela estabilizacao do sistema como ja mencionei, e eles o fazem de maneira simples e pratica. Ensilam o excedente de producao de pasto!!! Com seca, geada ou neve, as vacas se alimentam de PASTO! Claro que ensilar se agrega um custo a este alimento, por esta razao, o senhor nunca vera uma vaca esperando para retornar ao potreiro depois da ordenha ou algo parecido, pois se prioriza que o animal colha seu proprio pasto para que coma ao menor custo possivel, sem comprometer a qualidade do produto LEITE(MILKSOLIDS). Os bravos neozelandeses sao defensores sim, de produzir mais e melhor(solidos) ao menor custo. E como sao bravos, nao se apegaram ao pasto tao somente, de cabeca aberta entenderam que poderiam suplementar e o fizeram (muitos anos) e fazem ate hoje, mas atencao, suplementar nao é fazer do suplemento a dieta total! Inclusive suplementam no potreiro, junto com o pasto a silagem de milho, e na sala de ordenha um graozinho de cevada com melaco! A única coisa que nao produzem da porteira pra dentro é o melaco que vem importado da Australia, e porque nao existe AINDA, uma cana adaptada ao frio, porque se existisse , nao tenha duvida , estariam produzindo para baratear a dieta!!! Trabalhar com pasto requer destreza e perícia!!! Hay que conocerlo! |
PAULO R. F. MÜHLBACHPORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 07/03/2013
Prezado colega,
Não sou crítico do sistema sazonal de produção de leite dos neozelandeses, que lhes serve muito bem e com o qual não tenho maiores preocupações. A foto dramática deu-me o ensejo de reforçar, indiretamente, a importância da permanente provisão forrageira, já que a maioria das apresentações sobre a produção de leite na Nova Zelândia não enfatiza o aspecto assaz importante que o colega tão claramente expõe nesta oportunidade: de que lá NÃO EXISTE SEQUER UMA PROPRIEDADE QUE TRABALHE SEM CONSERVAÇÃO DE FORRAGEM! Isso, necessariamente, deve ser propalado aos quatro ventos, exatamente para evitar que um sistema tão interessante quanto o da Nova Zelândia (lactação de 8 a 9 meses, e, no período de maio a fins de julho, vacas, produtor e indústria entram em "férias coletivas") seja interpretado como sendo a panaceia. Não conheço presencialmente o referido país, mas procuro me informar o máximo a respeito. Assim, tenho lido que os produtores de leite que abastecem o mercado interno (3,5 milhões de habitantes?) de modo ininterrupto e não sazonal, já adotam um sistema mais apropriado ao que poderia ser aplicado aqui: há suplementação com concentrados e volumosos, sendo os mesmos remunerados a um preço significativamente maior. Tenho lido trabalhos onde houve retorno econômico com o emprego de silagem de milho. Especialmente na parte de produção forrageira, esses procedimentos dos "year round milk farms" talvez fossem mais adequados para as nossas condições de Região Sul, já que lá não haveria produção suficiente de grãos e subprodutos, os mesmos sendo importados. Há décadas venho difundindo a ideia de que produção leiteira deva ser algo pragmático, e não dogmático, e, a meu ver, os defensores do "sistema a pasto" são os mais intransigentes, porém, há controvérsias. Há males que vem para o bem, quiçá, na programada excursão ao país em questão, a atual situação crítica em regiões da ilha Norte propicie trazer ensinamentos de como os bravos neozelandeses estão fazendo frente ao drama da seca. |
WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 07/03/2013
Prezado colega,
Em 2007, o Prof. Leslie Hansen (Univ. de Minnesota) em palestra no Interleite, referiu-se à Nova Zelândia como o país do "starvation system" (do sistema de inanição). Seguidamente leio ou ouço comentários que dão a entender ou dizem diretamente que o sistema deles não funciona, está errado, não pode ser. Interessante que apesar de toda essa discordância eles continuam sem subsídio algum desde 1984, com um dos menores custos do mundo, com crescimento e resultado continuado, ostentando o título de maiores exportadores de lácteos, apesar de terem um paizinho do tamanho do nosso RS. Ou seja, para quem busca resultado econômico consistente ao longo de décadas, os resultados falam por si só. O que está por trás disso? Boa parte pode ser compreendido através deste resumo que publiquei ano passado aqui no MilkPoint: https://ow.ly/ivpXs Como, então, eles conseguem tais resultados enfrentando uma seca moderada a cada 3-4 anos e grande a cada 8-10 anos? Simples: não existe se quer uma propriedade da NZ, nem de lugar algum do mundo onde leite seja coisa de profissional, que se trabalhe sem conservação de forragem, onde todo o volumoso dependa do que está crescendo naqueles dias no pasto. Motivo: todos os continentes tem inconstantes taxas de crescimento vegetal. No comentário acima, o colega dá a entender que lá eles dependem unicamente do pasto disponível no momento. Assim funciona lá: ajusta-se a curva de demanda alimentar do rebanho com a curva de oferta de pasto. Em alguns momentos o pasto atende o que o rebanho precisa, noutros sobra e, em outros, falta. Nas sobras (tipicamente outubro e novembro) eles cortam e ensilam. Na carência, em secas e no inverno, eles fornecem essa silagem. Drama? Com certeza, mas mais pelo prejuízo que virá do que o que se observa durante a seca, pois ela consome parte da silagem que seria, em ano normal, destinada ao inverno e exatamente a mesma coisa ocorre aqui, para nós, com a silagem de milho. Aliás, quanto ao milho, em período de seca se perde toda a lavoura. Com pastagem perenes (caso deles) chove e tudo rebrota. Relato isso porque não posso deixar passar esses conceitos de "starvation system". O artigo acima mostra que a NZ não pode ser avaliada com a régua que usamos aqui. Começa que lá o produto não é litro de leite, quando no resto do mundo é. Que lá não tem concurso leiteiro e sim sistema de gestão de resultados. O dia que deixarmos as paixões e rusgas que alimentam as discussões em torno de "sistemas de produção" teremos atravessado o rio. Por esse motivo eu assisto ambos os lados, os fanáticos por confinamento contra o pasto (por desconhecimento) e os fanáticos por leite a pasto contra concentrado e silagem (por motivos politico-ideológicos) e me divirto. Pena o produtor que fica nas mãos de qualquer um destes dois extremos, pois ele paga uma conta de um luxo ora acadêmico, ora político que tem freado nosso desenvolvimento. Por sorte muitos estão despertando, finalmente. |
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