Nova Zelândia aprova venda de 16 fazendas leiteiras a investidores chineses

O Governo da Nova Zelândia aprovou a venda de 16 fazendas leiteiras a investidores chineses, apesar das objeções de críticos que dizem que a prosperidade do país poderá ser prejudicada por essas transações.

A venda das fazendas, a primeira feita a investidores chineses, tem gerado fortes debates na Nova Zelândia, que é um país dependente da agricultura para obter grande parte de seus lucros de exportação, mas que está também buscando estreitar o comércio e as relações de turismo com a China.

A venda foi inicialmente aprovada pelo Governo em janeiro, mas foi contestada em uma corte por um consórcio de produtores locais e executivos que esperavam comprar as terras. Um juiz neozelandês em fevereiro ordenou que o Governo revisasse a venda usando critérios mais rígidos. A lei da Nova Zelândia permite a venda de terras agrícolas para investidores estrangeiros somente se mostrar que isso beneficiará economicamente o país ( veja matéria relacionada ).

O ministro Maurice Williamson, disse na sexta-feira que, após a revisão, ele continuava convencido de que as vendas cumpriam com todas as obrigações legais.

O líder do partido anti-imigração, New Zealand First, Winston Peters, disse que as vendas eram uma "traição" dos neozelandeses e parte de uma pressão do partido de centro-direita, National Party, que é o do Governo, para vender bens e terras do país.

A venda é para a Shanghai Pengxin, que disse que gastaria mais de NZ$ 200 milhões (US$ 163,19 milhões) para comprar e melhorar os 7.900 hectares de terra.

O porta-voz do consórcio que se opõe ao acordo, Alan McDonald, disse que tem mais um apelo legal que pode fazer pela corte e que o grupo está revisando as opções legais após essa última decisão.

A reportagem é do The Associated Press, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.