O mercado de leite vive um momento de euforia no campo. A oferta, que já vinha restrita desde o segundo semestre do ano passado, tornou-se ainda mais escassa com a entressafra do Sudeste e Centro-Oeste e com uma certa lentidão na safra do Sul. Não há expectativa de reversão no quadro no curto prazo.

Para complicar ainda mais a disponibilidade de leite, o câmbio desfavorável às importações, os altos preços no mercado internacional e a fraca oferta em países do Mercosul vem resultando em internalização de menor quantidade de leite em comparação a 2012. De janeiro a maio deste ano, foi importada uma quantidade 27,1% menor que na comparação com o mesmo período de 2012. Como o câmbio se depreciou, a tendência é manter essa trajetória.

Tudo isso, aliado a ociosidade fabril, tem feito com que haja uma corrida por leite no campo. O leite spot, mais sensível a mudanças de mercado, já é negociado a R$ 1,50/litro em alguns locais. Da mesma forma, já há casos de produtores recebendo R$ 1,30/litro, com preços garantidos para 4 meses.

No atacado, queijos, pó e UHT seguem subindo, dando fôlego para a aquisição de leite no campo a preços mais altos. O leite UHT, por exemplo, é vendido a R$ 2,20-2,30/litro no atacado paulista.

É aquele momento em que todos ganham dinheiro na atividade.

Gostaríamos de saber como está o mercado de leite na sua região: qual o preço de venda, volume, qualidade e comprador? Essa informação irá contribuir para um melhor entendimento do mercado em um momento de forte elevação.

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A matéria é da Equipe MilkPoint.