Leilão gDT: Leite em pó volta a cair no mercado internacional

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (17/03) apresentou queda de -8,8% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$3.136/tonelada. O leite em pó integral teve queda de 9,6%, sendo cotado a US$ 2.928/tonelada, a queda do mercado foi expressiva.

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O resultado do leilão GDT desta terça-feira (17/03) apresentou queda de -8,8% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$3.136/tonelada.

O leite em pó integral teve queda de 9,6%, sendo cotado a US$ 2.928/tonelada, a queda do mercado foi expressiva.

O leite em pó desnatado também apresentou queda em seus preços, de -5,5%, sendo cotado a US$ 2.731/tonelada. O queijo Cheddar também teve variação negativa nos preços, finalizando o leilão a US$ 3.130/tonelada, queda de -7,4%.

As informações vão de encontro com as publicadas segunda-feira no artigo O universo (lácteo) em desalinho, que mencionou que os preços futuros da Nova Zelândia apontam para estabilidade/queda nos próximos meses.

Gráfico 1. Histórico de preços do gDT

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

O volume comercializado apresentou queda de 8,3% com relação ao último leilão, com 20.258 toneladas vendidas. 

Gráfico 2. Volumes comercializados vs. preços médios

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

Os volumes comercializados no leilão gDT tem apresentado repetidas quedas nos últimos eventos. Na comparação com o leilão ocorrido na segunda quinzena de março de 2014, o leilão gDT teve queda de 48% na quantidade comercializada. 

O preço médio dos lácteos foi 31,3% menor que o praticado no mesmo período do ano anterior, mostrando a atual fraqueza nas cotações.

Gráfico 3. Histórico de variação com relação ao preço do ano anterior de preços do gDT

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

Outro ponto que merece atenção é o mercado de câmbio. Com a recente valorização do dólar frente a diversas moedas, podemos ter reflexos no mercado lácteo.
Com o euro se desvalorizando frente ao dólar, as exportações de lácteos da União Europeia (que extinguirá seu sistema de cotas de produção em abril) serão estimuladas, podendo aumentar a oferta no mercado mundial. 

Por outro lado, a desvalorização do Yuan chinês frente ao dólar, aumenta os custos de importação, o que pode comprometer a demanda chinesa (o principal comprador no mercado internacional) por lácteos.

Gráfico 4 - Taxas de Câmbio: Yuan/Dólar e Euro/Dólar

Fonte: Bacen

A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade.
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Sidney Lacerda Marcelino do Carmo
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/03/2015

O que está salvando nós produtores de leite é a alta do dólar.
Eduardo Leite de Mendonça Chaves
EDUARDO LEITE DE MENDONÇA CHAVES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 18/03/2015

Com o câmbio caminhando como está, o Brasil passa a ser exportador de Lácteos em pouco tempo. Poderemos ter uma boa surpresa para o setor de lácteos brasileiro. Outros elementos que devem ser observados com lupa são a entressafra e a pressão da oferta caso venhamos a exportar. Vamos acompanhar, ficar atentos e torcer.
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