Governo estuda elevar taxação do agronegócio para reduzir deficit no INSS

O governo Temer estuda incluir na sua proposta de reforma da Previdência Social elevar a taxação sobre o setor do agronegócio para reduzir o déficit do sistema de aposentadorias no país. A medida é defendida pela área econômica do governo e pelas centrais sindicais. A ideia é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação.

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O governo Temer estuda incluir na sua proposta de reforma da Previdência Social elevar a taxação sobre o setor do agronegócio para reduzir o deficit do sistema de aposentadorias no país. A medida é defendida pela área econômica do governo e pelas centrais sindicais. A ideia é acabar com a isenção do agronegócio no pagamento de contribuição previdenciária sobre sua receita obtida com exportação.

Simulações feitas por técnicos estimam que a medida poderia gerar uma receita extra de R$ 6,5 bilhões por ano para o caixa da Previdência. A proposta é criticada pelo Ministério da Agricultura e pelo setor ruralista sob o argumento que prejudicaria as exportações do país. 

As centrais sindicais defendem a proposta de taxar o setor rural na tentativa de evitar que a reforma venha a atingir trabalhadores hoje no mercado de trabalho. O governo aceita estudar a medida, defendida também por técnicos da área econômica, mas diz que sua eventual adoção não elimina a necessidade de fazer uma regra de transição para os trabalhadores hoje na ativa. Ou seja, a equipe de Temer segue com a disposição de que a reforma da Previdência teria que atingir também quem está no mercado de trabalho, mas dentro de uma regra de transição gradual.

O governo defende ainda que é necessário estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, de 65 anos para homens e 60 para mulheres. Além disso, quer que gradualmente a idade de aposentadoria seja igual para homens e para mulheres. O presidente interino, Michel Temer, quer enviar a proposta de reforma da Previdência ainda neste ano ao Congresso, mas já sinalizou que vai esperar o julgamento final do impeachment para lançar sua proposta.

Os defensores de taxar o setor rural para ajudar a financiar o sistema argumentam que a Previdência rural tem um deficit anual na casa de R$ 90 bilhões. O governo quer também fazer uma unificação das regras da Previdência rural com as da urbana. Hoje, os trabalhadores rurais podem se aposentar mesmo sem ter contribuído pelos prazos exigidos na área urbana. No ano passado, enquanto a Previdência urbana apresentou um superavit de R$ 5,1 bilhões, a rural registrou um deficit de R$ 91 bilhões.

As informações são da Folha de São Paulo.
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Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2016

Marius, boa tarde. De fato o déficit na previdência existe e não é de hoje. Mas a proposta de taxação é apenas nas exportações do setor Agro, hoje isento. Nada muda no mercado domestico.

O problema é que o Maggi é exportador e a medida afeta a ele diretamente.

abraços,
Marius Cornélis Bronkhorst
MARIUS CORNÉLIS BRONKHORST

ARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2016

Bom dia a todos.

Roberto a sobre taxação é um mas a descrição é a sobre taxação para diminuir o déficit  das aposentadoria rurais que são gigantes sendo que já pagamos 2.9% sobre a produção bruta .


Alberto Bezerra Silva
ALBERTO BEZERRA SILVA

ARACAJU - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/06/2016

O que não pode é o urbano pagar pelo rural.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/06/2016

O governo esta certo.

Existe um incompreensível "prêmio" no preço interno do milho e da soja no Brasil quando comparado ao valor de Chicago (CBOT). Essa diferença refere-se ao imposto maior que pagamos no mercado doméstico que, por consequência, prejudica produtores Brasileiros de leite, boi, frango e suínos, ao mesmo tempo em que as exportações isentas ajudam esses mesmos produtores no exterior, barateando nossos grãos lá fora. Precisamos de equivalência entre a tributação interna e a da exportação.
Julio Pacheco
JULIO PACHECO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 24/06/2016

Tema extremamente polêmico. Dois assuntos que jamais deveriam estar no mesmo barco. Aumentar a carga tributária é decretar falência do país e suas instituições.  NÃO.

Quanto à previdência,  sua gestão é fraudulenta e devemos cobrar que os administradores sejam trocados por pessoas competentes que tenham conhecimento da área financeira para reverter o quadro no médio prazo.

Um fato que deve ser corrigido é: como é possível garantir um benefício a quem não contribuir?  Agindo ou pensando desta maneira não é o mesmo que pensar em foro privilegiado?
Marius Cornélis Bronkhorst
MARIUS CORNÉLIS BRONKHORST

ARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/06/2016

Onde vai os 2.9% descontada da receita bruta do agronegócio????

Todos do setor rural contribuir ou só aquele que emitem nota fiscal de venda????

Não consigo acreditar que ,quando a maioria da previdência é urbana com os maiores benefícios e o rural minoria com a maioria que não paga e recebe o mínimo o déficit é tão monstruoso????
Roney Jose da Veiga
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/06/2016

E a receita do funrural vai pra onde?

Mais uma palhaçada, mudam os atores, diretores, mas os palhaços do circo continuam os  mesmos, nós, que trabalhamos para sustentar uma corja perdulária e corrupta!!

NÃO AO AUMENTO DE IMPOSTOS!!

SIM AO CORTE DE PRIVILÉGIOS DE POLÍTICOS CORRUPTOS ( DESCULPEM A REDUNDÂNCIA)  E PELA DIMINUIÇÃO DO ESTADO!
Qual a sua dúvida hoje?