Frimesa suspende recolhimento de leite por causa da greve dos caminhoneiros
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, fez um apelo terça à tarde pelo fim dos bloqueios ao transporte de cargas em rodovias do Paraná e de outros estados.[...]
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
De acordo com ele , o protesto dos caminhoneiros, iniciado na última quarta-feira (18), vem prejudicando indústrias paranaenses, inclusive de setores que produzem alimentos perecíveis, que deveriam estar livres dos bloqueios.
Ontem Campagnolo e representantes de outras entidades representativas do setor produtivo se reuniram com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Gilson Luiz Cortiano, levaram a preocupação da classe empresarial em relação às manifestações e conversaram sobre as providências que a PRF está tomando para garantir a circulação das cargas.
Também participaram do encontro os presidentes da Federação do Comércio do Paraná, Darci Piana, da Organização das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski, e do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná, Péricles Salazar.
De acordo com eles o setor produtivo brasileiro já atravessa um momento extremamente delicado, que vem se agravando a cada aumento de impostos e de tarifas públicas, como os ocorridos recentemente, e os bloqueios nas rodovias comprometem a entrega de matérias primas para as indústrias e o transporte de produtos finais até seus clientes, cujos atrasos representam um enorme prejuízo para as empresas.
Segundo Campagnolo, a preocupação é ainda maior em relação ao bloqueio de cargas de produtos perecíveis.
Apesar de os líderes do protesto afirmarem que caminhões com esses itens estão com passagem liberada pelas rodovias, a Fiep tem recebido relatos de que isso não vem sendo respeitado.
Sindicatos filiados à entidade que representam as indústrias de carne e de leite, entre outros, já registram problemas com a manifestação.
No caso do leite, a situação mais grave está nas regiões oeste e Sudoeste do Paraná, onde produtores não estão conseguindo transportar o leite até as indústrias de laticínios.
Como se trata de um produto altamente perecível e de produção diária, os produtores não têm como armazená-lo por muito tempo, em muitos casos já tendo que descartá-lo”, exemplifica Campagnolo.
Além disso, indústrias do setor relatam dificuldades para receber embalagens, o que também pode inviabilizar a produção e o abastecimento de leite nos próximos dias.
A medida em que os dias passam , a greve dos caminhoneiros vai aumentando os problemas do setor produtivo e a situação caminha para se tornar insustentável.
Em razão da paralisação que atinge 11 Estados brasileiros, a BRF informou ontem que suas fábricas de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, interromperam a produção de aves por falta de matéria-prima.
De acordo coma empresa, bloquear o escoamento dos produtos finais pode provocar o estrangulamento dessa sequência e os prejuízos referidos anteriormente, com consequente desmobilização de boa parte dos parceiros envolvidos, ou seja, das famílias integradas à produção rural e aos transportadores de cargas.
Aqui na região de Marechal Cândido Rondonn a Frimesa também distribui nota ontem, informando que, por conta da greve dos caminhoneiros e dos bloqueios nas rodovias, está temporariamente suspenso o trabalho de recolhimento de leite.
Segundo o diretor/presidente da cooperativa, Valter Vanzela, a medida foi tomada porque as cargas perecíveis também estão ficando pelas estradas e o produto está estragando antes de chegar no destino.
A matéria é da Rádio Difusora.
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SÃO JOÃO DO OESTE - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 02/03/2015

LORENA - SÃO PAULO
EM 27/02/2015
O governo ao invés de aplicar multa ou tentar punir os manifestantes, deveria rever as politicas voltadas ao setor que tenho certeza que traria melhoria para toda cadeia, pois atualmente ficamos realmente totalmente vulneráveis.
Trabalhamos com representação de alimentos e representamos empresas de diversos estados, temos caminhões parados no RS de arroz, no Paraná de aves, suínos e laticínios e em Santa Catarina laticínios, perdeu-se uma semana de entrega e venda.