BNDES prevê perdas no balanço com a LBR

O Valor divulgou ontem, (17/01) uma matéria em que apresenta a situação delicada a qual vem passando a LBR - Lácteos Brasil. Cita que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fazer uma baixa contábil da ordem de R$ 700 milhões relativa à operação da LBR em seu próximo balanço.

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O Valor divulgou ontem, (17/01) uma matéria em que apresenta a situação delicada a qual vem passando a LBR - Lácteos Brasil. Cita que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fazer uma baixa contábil da ordem de R$ 700 milhões relativa à operação da LBR em seu próximo balanço.

Do montante investido pelo banco, R$ 450 milhões ficaram no caixa da LBR e outros R$ 250 milhões com a subscrição de debêntures conversíveis. O banco estatal detém uma fatia de 30,28% no capital da empresa.

Segundo a reportagem, no ano de sua criação, a LBR registrou um prejuízo líquido (atribuído aos acionistas) de R$ 305,5 milhões. No período, a receita líquida da LBR atingiu R$ 2,2 bilhões. E no final de 2011, a empresa de lácteos apresentou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) negativo e quebrou uma cláusula restritiva do contrato referente aos R$ 250 milhões adquiridos em debêntures conversíveis pelo BNDES, conforme atesta o último balanço trimestral divulgado pela Monticiano, controladora da LBR.

Pelos termos da emissão feita pela LBR, as debêntures adquiridas pelo BNDES têm seu saldo corrigido pelo IPCA e pagam juros anuais de 7,5%, acrescidos da taxa de inflação. A partir de 2016, a empresa deve pagar 20% do montante principal por ano. Os papéis vencem em 2020. Mas o contrato de debêntures previa um "gatilho" para o pagamento antecipado dessas debêntures. Se o índice de alavancagem (a relação entre a dívida líquida e o Ebitda) da LBR ficasse acima de quatro vezes, a empresa teria de quitar antecipadamente o saldo das debêntures com o BNDES, além da multa de 10% e juros. Foi o que ocorreu no fim de 2011. E para evitar o pagamento antecipado justamente no momento em que enfrenta problemas financeiros, a LBR fez um pedido de "waiver" - uma espécie de perdão por ter rompido o contrato - ao BNDES. A expectativa da Monticiano era que o "waiver" fosse concedido pelo banco até 31 de janeiro de 2012. Mas o BNDES ainda não analisou o pedido.

Os dados disponíveis sobre o ano passado trazem indícios nada animadores. Em 12 de novembro de 2012, a BNDESPar publicou seu balanço trimestral, no qual reportou que a Lácteos Brasil obteve um prejuízo de R$ 301 milhões entre janeiro e julho. Trata-se de uma perda similar à registrada em todo o ano de 2011. No documento, o BNDES já provisionava uma perda de R$ 14,7 milhões com a LBR. A empresa não comentou o assunto.

A matéria é do Valor, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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jose gilberto vial
JOSE GILBERTO VIAL

ALEGRE - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/02/2013

Realmente deve haver algum interesse politico por tras disso.

Onde estao as pessoas que se dizem governar esta nação.?

Estes grupos acabam desestabilizando todo o setor que ja é muito disperso e problematico.

O produtor acredita  e depois fica chorando sobre o leite derramado!

Que absurrrrrrrrrrrrrdo!!!!!

Cadê os homens de bens deste pais para tomar providências?
Junior Catanduva
JUNIOR CATANDUVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/01/2013

Teodoro Sampaio,


Mas o principal culpado dessa situação, é o próprio produtor de se "iludir" com esse preços que não existem.


Mas tem aquela frase que eles costumam falar: "não recebi o pagamento ainda, mas pelo menos vendi caro".


Olha a próxima Nilza aí minha gente.


Pedro Carlos Cani
PEDRO CARLOS CANI

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 24/01/2013

é UMA VERGONHA!!!!!
Diego Dantas Colnago
DIEGO DANTAS COLNAGO

TEODORO SAMPAIO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/01/2013

Não da para entender, e ainda oferecem R$ 1,05 no litro de leite ao produtor......


Todas empresas trabalhando dentro do mercado, e a LBR lider na contra mão,apenas iludindo o produtor,ai não tem conta que fecha no positivo mesmo...
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/01/2013

Eduardo, voce disse a pura realidade!


abraços,


Roberto
Paulo R. F. Mühlbach
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/01/2013

LeitBOM  +  BOM Gosto, afinal,  foi, ou está sendo BOM, prá quem?
Viviane Leiria
VIVIANE LEIRIA

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL

EM 23/01/2013

Somos uma agência prestadora de serviços para a LBR, contratamos promotores terceirizados para a reposição de produtos da LBR em supermercados do RS. Fazem 3 meses que não recebemos o pagamento de salários dos promotores. Não são só os produtores que não estão recebendo...acho que todos.....isto é o final do mundo. Ligamos para eles e todos os dias dizem a mesma coisa, estamos verificando, estamos em reunião...pagar que é bom...nada. Alguém tem que tomar alguma providência...Empresas de grande porte acabam quebrando as de pequeno porte.
João Marcos Guimarães
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 22/01/2013

O BNDES injeta grandes somas de dinheiro em empresa com problemas que se une a outra empresa com problemas, essa soma resulta numa grande empresa e um grande problema.  O BNDES deveria fazer empréstimo à empresa pequena com potencial de crescimento, com isso criaria mais emprego e daria mais confiança ao produtor de leite. Muitas vezes razões políticas norteiam esses empréstimos.


Depois que escrevi este texto li o texto do Elton Moreno, seguimos a mesma linha de raciocínio e concordo plenamente com ele.
Claudia Campos Duque
CLAUDIA CAMPOS DUQUE

POUSO ALTO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/01/2013

Vendemos o leite pra da mata, ainda não pagaram o leite de dezembro. No final das contas tudo cai nas costas do produtor que não tem garantia e paga a conta da má administração dessas empresas.

Foi assim com a nilza.
Eduardo de Paula Nascimento
EDUARDO DE PAULA NASCIMENTO

FRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/01/2013

Mais uma "traquinagem" do BNDES...


No fatídico caso Nilza, o argumento dos dirigentes do BNDES foi de que o prejuízo gerado pela Nilza "não tem impacto relevante sobre a carteira de ações". Será que os 700 milhõezinhos da LBR também não terão impacto?


Enquanto a LBR requere o "Waiver", fico daqui, parafraseando mentalmente, e imaginando que o produtor, maior prejudicado com essas traquinagens, nunca mais "vai-ver" seu precioso dinheiro que compõe as massas falidas, sócias do BNDES.
Elton Moreno Lunhani
ELTON MORENO LUNHANI

EMILIANÓPOLIS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 19/01/2013

MAIS UMA VEZ NÃO VAI DAR NADA... DESDE A FUSÃO DE LIDER E BOM GOSTO O BNDES VEM INJETANDO DINHEIRO ADOIDADO NESSA EMPRESA QUE VEM EMPURRANDO COM A BARRIGA, O PODE SER COMPROVADO PELO BALANÇOS APRESENTADOS... E DESTA VEZ NÃO SERÁ DIFERENTE... JÁ JÁ ELE INJETA MAIS MILHÕES ACHANDO QUE VAI RESOLVER O PROBLEMA. EM VEZ DE DAR APOIO A OUTRAS TANTAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS QUE TRABALHAM SEMPRE COM BALANÇOS POSITIVOS, GERANDO RIQUEZA PARA O PAÍS, E QUE NECESSITAM DE UM APOIO FINANCEIRO PARA CRESCEREM AINDA MAIS DE FORMA SAUDÁVEL E COM OS PÉS NO CHÃO, MAS ESSAS EMPRESAS O BNDES PARECE NÃO VÊ COM OS BONS OLHOS QUE VÊ A LBR, PENSA QUE SÓ ELA SABE TRABALHAR COM LEITE.
Qual a sua dúvida hoje?