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Tendência é de melhores preços em março, mas ritmo de elevação é ainda modesto

POR ALINE BARROZO FERRO

PANORAMA DE MERCADO

EM 16/02/2007

6 MIN DE LEITURA

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O mercado de leite começou o ano de 2007 com leve queda, tendência a estabilidade. Segundo dados do Cepea, o preço pago pelo leite ao produtor em janeiro foi menos de um centavo por litro a menos que o verificado em dezembro do ano passado. É importante ressaltar que são dados médios; há variações regionais significativas e diferenças em função de volume e qualidade. Há produtores que reportaram queda de até 4 centavos entre dezembro e janeiro.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o valor do leite em janeiro foi cerca de 17% superior, ou seja, pouco mais de sete centavos por litro a mais que o obtido no mesmo período de 2006. Está certo que os preços de janeiro de 2006 representaram o fundo do poço, mas de qualquer forma há indicativos de uma recuperação de mercado e, mais do isso, uma boa abertura para o ano, se comparado a 2006.

Gráfico 1.Evolução dos preços de leite pagos aos produtores.


Paralelamente ao valor mais alto do leite neste ano estão os custos com insumos, principalmente grãos para a fabricação de ração animal. No atacado de São Paulo, por exemplo, o milho em janeiro ficou 36,5% mais caro se comparado ao valor do mesmo período do ano passado, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e a soja em farelo ficou 5,2% mais cara.

Acompanhando a tendência de alta no segmento de insumos, produtos alternativos, como caroço de algodão, polpa cítrica e cevada acabam tendo preços elevados também. Sendo assim, a margem de lucro dos produtores de leite pode não se elevar à medida que aumentam os preços do leite, e há muitos produtores estão desestimulados com a atividade.

A perspectiva, no entanto, é de melhora nas condições de mercado e, com elas, a percepção dos produtores deve melhorar também.

De fato, para o pagamento feito em março, tendo em vista que normalmente ocorre uma queda de produção a partir de janeiro na maioria das regiões produtoras, como pode ser observado no Gráfico 2, a expectativa é de aumento de preços. O mercado de leite spot já sinaliza alta em alguns estados em fevereiro, o que é um indício para a tendência de alta nos próximos meses. Conforme agentes do setor, fala-se em dois centavos por litro de leite para esse mercado.

Gráfico 2. Índice de captação medido pelo Cepea comparado à captação formal divulgada trimestralmente pelo IBGE.


Um dos fatores que pode direcionar a recuperação de preços no mercado doméstico é a alta dos preços internacionais. O valor médio do leite em pó integral para exportação no Oeste da Europa em janeiro ficou cerca de 40% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, enquanto na Oceania o aumento foi de 31%, segundo dados do USDA. A alta continua em fevereiro, com preços ultrapassando US$ 3 mil por tonelada, recorde histórico.

Além disso, o aumento nos valores do leite e derivados no atacado brasileiro (segundo agentes de mercado, o leite em pó, por exemplo, está com preços 20% mais altos se comparado com o mesmo período do ano anterior) e o aumento do consumo com a volta às aulas também são fatores que vêm impulsionando os preços do produto doméstico.

Fazendo uma análise mais regional, em Minas Gerais, segundo agentes de mercado, a oferta está bastante ajustada à demanda e não há excedentes. Observa-se maior concorrência entre laticínios pela compra do leite. Isso se deve às intensas chuvas ocorridas desde o final do ano passado, que comprometeram a entrega e a qualidade do produto.

A oferta no estado deve ser ainda menor nos próximos meses com a redução da produção de pastagens. A tendência é de aumento nos preços de cerca de dois centavos por litro para o pagamento que será feito em março, puxado pelas principais empresas do mercado

Em São Paulo, também não há excedente de oferta. A produção deve continuar se reduzindo em função do final do ciclo de pastagens, que diminui a produção de alimento para o gado nesse período do ano.

Em função disso, agentes do mercado também esperam no estado um aumento de cerca de dois centavos por litro pelo leite pago ao produtor.

Em Goiás, o mercado de leite spot tem reagido desde a segunda quinzena de janeiro, indicando um aumento de preços para o leite entregue em fevereiro. Segundo agentes de mercado, o valor do leite spot no estado está entre R$ 0,58 e R$ 0,60 por litro, muito diferente dos R$ 0,45 ou menos do mesmo período dano passado. Há uma procura razoável pelo produto por parte dos laticínios, principalmente para exportação de leite em pó, produto que mantém os preços elevados no mercado externo.

A região Sul apresenta algumas áreas com estiagem, o que está começando a influenciar a produção leiteira. Com a redução de oferta no Paraná, há uma tendência de aumento de preço, conforme já reportado pelo Conseleite.

No Rio Grande do Sul, a produção se mantém estável em relação a janeiro, mas deve começar a se reduzir a partir da segunda quinzena de fevereiro em função do final do ciclo de pastagens. Em função disso, os preços permanecem estáveis, como já sinalizados pelo Cepea em janeiro, havendo expectativa de aumento de preços para março.

Entre os principais estados, o RS é o que apresenta maior oferta relativa em relação aos anos anteriores. Segundo o Cepea, a captação em 2006 foi 15,22% superior à de 2005, o maior aumento do Brasil, evitando que a captação formal, de acordo com o órgão, caísse de 2005 para 2006. Certamente, o anúncio de diversos investimentos em fábricas no estado, aliado à crise da agricultura, levou a investimentos na produção de leite, resultando no aumento maciço da produção.

No estado gaúcho também há alguns pontos de estiagem, não muito acentuada, cujas regiões já começam a ter falta de água para pastagens e paralisação do crescimento das mesmas.

No Nordeste, também há baixa precipitação em algumas regiões, o que tem comprometido a produção de leite. Na Bahia, o estado que mais produz leite na região, a produção está ligeiramente abaixo do normal para o período e há uma tendência de redução nos próximos meses. Como se trata de um estado com tecnificação menos desenvolvida se comparada à de outros estados, há uma maior sazonalidade de produção em período de entressafra.

Há um equilíbrio entre a oferta e a demanda no estado, e as compras das empresas, tendo em vista o mercado exportador, tem absorvido bem a oferta de leite. Os preços na região permancem estáveis, sinalizando alta.

Em outros estados do Nordeste, como Pernambuco e Sergipe, a estiagem também tem sido um fator que está limitando a produção. Há também estabilidade de preços, com expectativa de alta para os próximos meses.

O cenário do mercado de leite aponta para uma reação de preços nos próximos meses. No entanto, a magnitude desse aumento e o ritmo ainda não estão totalmente claros, até porque alguns direcionadores de preços se mostram indefinidos. O leite longa vida, por exemplo, apresenta recuperação lenta no atacado, estando pouco acima das cotações de janeiro. Espera-se, porém, que a menor oferta devido ao fim das chuvas, aliada às condições do mercado internacional (e ao crescimento interno) puxem os preços. Vale lembrar, porém, que para o produtor de leite, o momento é também de se analisar a margem de lucro tendo em vista o aumento dos custos de suplementação, entre outros.

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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/03/2007

Prezado Fernando Antônio,

Mas este é o retrato do mercado. Hoje, nos reunimos na sede da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais, aqui em Juiz de Fora, em assembléia geral extraordinária e reunião de diretoria. Ouvi de colegas de diversas regiões do estado, os mais diversos valores de pagamento de leite.

Mas, o mais incrível foi uma colega produtora, da mesma região que eu, dizer que recebia menos pelo litro do que eu, com gado geneticamente igual ou melhor que o meu e manejo semelhante, não havendo, entre nós, diferenças de qualidade do produto.

Outros, de regiões diversas (inclusive, daí do Sul de Minas, como de Poços de Caldas e Passos), alegarem receber mais de dez centavos do que nós pelo litro, em idênticas condições de qualidade. A culpa disto é da falta de uma política de preço mínimo para o produto, que delapida a capacidade produtiva de certos pecuaristas e desanima o grosso dos companheiros.

Não é só a desunião de nossa classe, como sempre vem sendo colocado nestes debates. É falta de proteção mesmo, já que não temos como não vender nosso produto e isto define tudo. Podemos ser o mais unidos possível, mas, nossa força sempre será limitada à necessidade de comercializar o que produzimos e nos fará, mais dia, menos dia, entregar a produção ao preço que quiserem oferecer por ela, que é o que acontece, hodiernamente.

Enquanto o Governo Federal não nos estender as mãos ao invés de nós estendermos a ele os nossos surrados chapéus de desamparados, esta situação não se resolverá. Precisamos mais do que de palavras (aliás, os produtores estamos ficando cheio delas): precisamos de atitudes concretas.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FERNANDO ANTONIO DE AZEVEDO REIS

ITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/03/2007

Por incrível que pareça, na minha região tem gente vendendo o leite entregue em fevereiro, de 38 a 64 centavos. O preço vem reagindo e o porcentual varia muito em função da defasagem em que alguns se encontram.

Realmente não entendo como o preço pode variar tanto!

Temos muito mais de 15 compradores entre empresas grandes, médias e pequenas, inclusive as cooperativas atuando num raio de 40 km de Itajubá (MG).

Acabei de ir a um dia de campo do programa "Minas Leite" em Silvianópolis (sul de Minas) onde a Emater informou que o produtor de 300 litros/dia recebeu em média 59 centavos livre no último ano, enquanto tenho colegas vendendo no preço atual de 38 centavos na região de Itajubá (120 km de Silvianópolis).

Esclareço, não existe nenhuma mobilização ou organização dos produtores, as soluções são individuais...
MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONI

PONTA GROSSA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/03/2007

Parabéns ao Cláudio Nery pela brilhante explanação com relação ao ¨papel¨ do Conseleite na possível formação do preço estadual. Na verdade, a participação das indústrias e comprativas faz com que o <i>lobby</i> de compra seja oficializado e referendado, transformando-se numa situação juridica no mínimo <i>sui generis</i>. Pois o valor referência acaba sendo composto pelas informações prestadas pelos processadores (compradores).

Quando defendo a constituição de Associações e Cooperativas identificadas com o associado ou cooperado, entendo que este é o único caminho para a composição de políticas de preços que beneficiem os diferentes extratos de produção, ao invés da atual situação.
CLAUDIO NERY MARTINS

ACEGUÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/03/2007

Caro Marcello,

É muito bom que haja contato entre nós produrores sobre assuntos de nosso interesse. Vamos as respostas: quando falo em produtores expecializados não levo em consideração o volume entregue, mas sim a forma que a atividade é gerenciada.

Nosso grande problema em relação aos preços é a grande quantidade de produtores que levam a atividade como "mais um bico". Seu número é grande e sua produção é baixa e de pouca qualidade, o que obriga as cooperativas a socializar o preço do leite, para compensarem os custos de captação desse produto.

Quanto à questão de representatividade, lamentavelmente as cooperativas não fazem mais o papel que tinham no passado. Como uma grande parte delas também é beneficiadora/industria de leite, os interesses dos produtores ficam difusos na diretoria que se reelege freqüentemente aproveitando a força da máquina.

No Conseleite não se sente que as participações sejam equilibradas, o que acaba não expressando o interesse da base produtora. Qualquer dúvida, leia as manifestações dos próprios nesta e outras páginas deste veículo, que alias está de parabéns!

Abraço Marcello!
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/03/2007

Caro Claudio Nery Martins

Na sua carta você disse que, na sua opinião, no Rio Grande do Sul faz falta uma entidade que defenda os interesses do produtor de leite profissionalizado e que o Conseleite expressa apenas o interesse da indústria e das cooperativas, sacrificando o produtor.

Isso me leva a uma série de perguntas.

Para você, o que é um produtor de leite especializado? Tem relação com o porte do produtor? É significativo o volume de leite produzido e o número de produtores especializados no Rio Grande do Sul?

No Conseleite não tem representação dos produtores? Se as Cooperativas são de produtores, como o interesse das cooperativas é diferente do interesse dos produtores?

Gostaria que você respondesse essas perguntas.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/03/2007

Prezada Aline,

Não sei quanto à área do Fábio, mas, na minha (que não é distante da dele) - Zona da Mata/Sul de Minas Gerais - as chuvas torrenciais de Janeiro aglutinaram-se à estiagem (esdrúxula, já que estamos na época dita "das águas") em Fevereiro e meados de Março, onde o capim secou nos pastos, o sol causticante impediu o regular pastejo das vacas e, via de conseqüência, o volume de leite caiu.

Todavia, o laticínio que atua na região, teima em manter os preços das águas, como se nada tivesse acontecido. Os pequenos produtores, que nada podem fazer, já que não reúnem condições de armazenagem de seu produto e dele vivem, abaixam a cabeça e aceitam a imposição de preço.

Não é o meu caso, que, por força de contrato, tenho meu leite remunerado condignamente e meu gado é criado em regime de confinamento, não sendo tão afetado pelos rigores climáticos. Fato é que o leite de latão tem sido pago, em nossa gleba estadual, a R$ 0,42 (quarenta e dois centavos), com queda de quatro centavos em relação a Janeiro e o de tanque a R$ O,48 (quarenta e oito centavos).

Ambos os preços inviabilizam a produção, em face do elevado valor dos insumos. A esperança é que, com a queda do preço do milho, as coisas possam melhorar, mas, como você mesmo diz em seu artigo, lentamente, em doses realmene homeopáticas.

Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FABIO GOMES DE SOUZA

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/03/2007

Aqui em nosso estado, o cenário já é outro. Está tendo muita compra de leite, quem esta gostando é o produtor. No mês de janeiro teve um aumento de R$ 0,02 a R$ 0,04/l de leite, praticando preços de R$ 0,47 a R$ 0,51/l de leite em tanque de refrigeração.

Já no mês de fevereiro teve alta de R$ 0,02 a 0,04 novamente devido à grande concorrência entre laticínios na região.

Está se falando aqui em MG, de março ter alta de R$ 0,02 a 0,03 e com ofertas de compra de leite de R$ 0,58 a 0,62.

Esperamos que o mercado de vendas de derivados do leite tenham também esta previsão de alta nos preços e vendas.

Abraços,
Fábio Gomes de Souza
Técnico em Agropecuária
MARIUS CORNÉLIS BRONKHORST

ARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/03/2007

Aqui em nossa região a produção é estavel até o final de março, com aumento de até 40% para agosto. Tendo já em fevereiro uma procura maior e mais cedo do que em anos anteriores, propondo e praticando aumentos de até 22% já para este mês.

Com uma produção estimada de 120.000 litros/dia e com seis compradores, a briga é boa. Como tudo e todos são passageiros, esperamos tempos melhores, e enquanto isso, o produtor faz sua tarefa de casa, ou, para dentro da porteira, que com certaza tempos melhores virão.

Com a antecipação na procura e aumento no preço, este ano com certeza será melhor do que 2005/2006 .
CLAUDIO NERY MARTINS

ACEGUÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/03/2007

Aqui na região sul do Estado do Rio Grande do Sul, a remuneração do produto leite ainda está muito aquém do poderia se dizer aceitável. Apesar da vinda de três grandes empresas demandadoras do produto em um curto espaço de tempo, os resultados se sentiram apenas nos ventres que tiveram um aumento de interesse.

Na minha opinião, nos faz falta uma entidade que de fato defenda os interesses do produtor profissionalizado de leite, que organize a categoria para utilizar as novas ferramentas de mercado (o leite hoje já tem oficialmente um preço mínimo). O Conseleite aqui expressa apenas o interesse da indústria ou das cooperativas, sacrificando o produtor que se desestimula e parte, quando pode, para a redução de custos, diminuindo a sua eficiência no negócio.

Os contratos anuais de venda de leite com definições de nível de qualidade e quantidade deveriam ser explorados, o que valorizaria o produto de alta qualidade. A pecuária leiteira não pode mais ser encarada como uma atividade típica de produtores com poucos recursos e preparo cultural. Deve ser competitiva e remunerar convinientemente aqueles que são bons profissionais. Não se precisa de esmola e sim de ação nossa mesmo! Abraços.
CRISTIANO ANGELO BECEGATO

ASSIS CHATEAUBRIAND - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/03/2007

Estou em uma região agricola, no oeste do Paraná onde a pecuária leiteira está em pleno desenvolvimento. Temos produtores de 150 litros dia até de 1500 litros. O que mais chama atenção é a necessidade de informaçoes técnicas desses produtores em termos de qualidade, manejos nutricionais, sanitários, reprodutivos e etc., através de cooperativas.

Quanto à questão do preço pago ao produtor, está girando em torno de R$ 0,35 - R$ ,42. Quanto ao mercado de leite na região, é muito triste, logo que temos laticinios que não pagam imposto, e assim poderiam pagar mas pelo leite, só querem produção de leite das propriedades, não levam informações técnicas da atividade, e os produtores acabam desestimulados.

En quanto não houver uma união na classe, sempre haverá aquele produtor começando atividade e outro saindo, e pessoas falando que pecuária leiteira é para quem gosta de deixar os donos de laticínios ricos.
ANDERSON DOUGLAS ARAUJO

ARIQUEMES - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/03/2007

Pereira,

É a pura verdade, concordo plenamente com você, onde "o laticínio" quer chegar com esta política de empobrecimento do produtor? Não aguentamos mais aperto!

Ariquemes-RO precisa de concorrência, ou a vaca vai pro brejo...

Obrigado.
JOANIR STOPAZZOLI

ARIQUEMES - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/02/2007

Pereira,

Concordo com você, principalmente quando fala da falta de concorentes no nosso municipio de Ariquemes.

Veja o caso do municipio ao lado do nosso, Monte Negro, que existem dois laticinios os produtores recebem um preço melhor do que o nosso, mesmo aqueles que estão bem longe do laticinío e com estradas de chão piores que as nossas.

E o que é pior, do mesmo laticínio que nos entregamos.

Portanto, senhores empresários, venham conhecer o nosso município, façam estudos ou procurem na EMATER-RO, pois a mesma já tem estes levantamentos, e se instalem em Ariquemes.

Obrigado.
LUCIO SIMOES AQUINO

SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 27/02/2007

Aline,

Estou no estado que, segundo as pesquisas, terá um dos maiores crescimentos da atividade leiteira, onde várias industrias estão se instalando e outras estão ampliando seu parque industrial, mas essas tendências de melhoria de preço, de fontes de investimento mais baratos ainda não estamos esperimentando.

O preço entre R$ 0,30 e R$ 0,40 não estimula ninguém a melhorar a produção de suas vacas, aumentar o plantio de pastagens para maior fornecimento de alimento para as mesmas.

O que está acontecendo é um investimento com recursos próprios, alto custo, e sem retorno econômico.
O preço é muito baixo para pagar o custeio, margem de lucro e pagamento de investimento para o crescimento do rebanho ou da média de produção das nossas vacas lactantes.

Me preocupa muito a falta de estímulo que os produtores estão sentindo. O desânimo é grande, principalmente, depois de passar por três frustrações de safra.

Tomara que suas projeções de melhoria de preço se transforme em realidade. É o que desejamos também.

Um abraço,
Eng. Agr. Lúcio Simões Aquino
CLEMILDO PEREIRA DOS SANTOS

ARIQUEMES - RONDÔNIA

EM 26/02/2007

Aline,

Até ficaria menos pessimista com a perspectiva de alta no preço do leite para o produtor, se eu morasse fora do estado de Rondônia.

Vejamos: na região de Ariquemes (RO), onde sou um pequeno produtor com média de 300 litros/dia, o preço praticado em nov/06, foi de R$ 0,52/l, dez/06 foi de R$ 0,42/l, em jan/07 o preço foi de R$ 0,38/l e manteve agora fev/07 os R$ 0,38/l.

O que significa uma queda de R$ 0,14 em apenas 3 meses, isto para o leite resfriado. Quem não o faz recebeu na região míseros R$ 0,30/l, fora o desconto do Funrural.

Na minha opinião, produzir leite em um estado, sendo o 6º maior produtor do país, praticando preço mais baixo do que no ano de 2003, me envergonha. Além de tudo ainda tenho esperança que algum empresário que pensa em ajudar no crescimento da bacia leiteira e o reconhecimento do potencial do nosso município, que aqui se instale. Não temos concorrente.
ANA PAULA MOREIRA ROCHA

MAIQUINIQUE - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/02/2007

Aqui na minha região, estamos muito apreensivos com os rumos que o mercado do leite vai tomar. Esperamos sim, que esse indicativo de alta no preço do produto se concretize, para que possamos produzir com um pouco mais de motivação.

Está muito difícil produzir diante do mercado como aí está, com preços variando entre R$ 0,35 e R$0,37 o litro, nos tirando a condição de investir na melhoria da infraestrutura e tecnologia das nossas fazendas.

Estamos muito esperançosos que haja realmente uma reação no mercado.
GIOVANI ANTONIO FERRONATO

CASCAVEL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/02/2007

Concordo a sua análise, e esta sensação de custos de produção, aumento do preço do leite e rentabilidade é a mesma que sentimos aqui no oeste paranaense.

Tivemos o Show Rural Coopavel, uma feira técnológica Agropecuária, entre os dias 05 a 09/02, onde conversei com muitos produtores de diversos níveis, e a alegria deles está bem nítida, mesmo com a queda de R$0,01 no ultimo pagamento.

Tenho um sobrinho que é freteiro de uma cooperativa e, segundo comentário deles, a oferta está reduzindo e o preço vai subir já no proximo mês.

Para mim, que sou vendedor de sêmen, é uma excelente noticia, e já refletiu nas vendas nesta última feira.

Giovani A. Ferronato

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