Tendência é de melhores preços em março, mas ritmo de elevação é ainda modesto |
ALINE BARROZO FERRO
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INSERIR VÍDEO
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/03/2007
Prezado Fernando Antônio,
Mas este é o retrato do mercado. Hoje, nos reunimos na sede da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais, aqui em Juiz de Fora, em assembléia geral extraordinária e reunião de diretoria. Ouvi de colegas de diversas regiões do estado, os mais diversos valores de pagamento de leite. Mas, o mais incrível foi uma colega produtora, da mesma região que eu, dizer que recebia menos pelo litro do que eu, com gado geneticamente igual ou melhor que o meu e manejo semelhante, não havendo, entre nós, diferenças de qualidade do produto. Outros, de regiões diversas (inclusive, daí do Sul de Minas, como de Poços de Caldas e Passos), alegarem receber mais de dez centavos do que nós pelo litro, em idênticas condições de qualidade. A culpa disto é da falta de uma política de preço mínimo para o produto, que delapida a capacidade produtiva de certos pecuaristas e desanima o grosso dos companheiros. Não é só a desunião de nossa classe, como sempre vem sendo colocado nestes debates. É falta de proteção mesmo, já que não temos como não vender nosso produto e isto define tudo. Podemos ser o mais unidos possível, mas, nossa força sempre será limitada à necessidade de comercializar o que produzimos e nos fará, mais dia, menos dia, entregar a produção ao preço que quiserem oferecer por ela, que é o que acontece, hodiernamente. Enquanto o Governo Federal não nos estender as mãos ao invés de nós estendermos a ele os nossos surrados chapéus de desamparados, esta situação não se resolverá. Precisamos mais do que de palavras (aliás, os produtores estamos ficando cheio delas): precisamos de atitudes concretas. Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO |
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FERNANDO ANTONIO DE AZEVEDO REISITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/03/2007
Por incrível que pareça, na minha região tem gente vendendo o leite entregue em fevereiro, de 38 a 64 centavos. O preço vem reagindo e o porcentual varia muito em função da defasagem em que alguns se encontram.
Realmente não entendo como o preço pode variar tanto! Temos muito mais de 15 compradores entre empresas grandes, médias e pequenas, inclusive as cooperativas atuando num raio de 40 km de Itajubá (MG). Acabei de ir a um dia de campo do programa "Minas Leite" em Silvianópolis (sul de Minas) onde a Emater informou que o produtor de 300 litros/dia recebeu em média 59 centavos livre no último ano, enquanto tenho colegas vendendo no preço atual de 38 centavos na região de Itajubá (120 km de Silvianópolis). Esclareço, não existe nenhuma mobilização ou organização dos produtores, as soluções são individuais... |
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MÁRIO SÉRGIO FERREIRA ZONIPONTA GROSSA - PARANÁ - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 23/03/2007
Parabéns ao Cláudio Nery pela brilhante explanação com relação ao ¨papel¨ do Conseleite na possível formação do preço estadual. Na verdade, a participação das indústrias e comprativas faz com que o <i>lobby</i> de compra seja oficializado e referendado, transformando-se numa situação juridica no mínimo <i>sui generis</i>. Pois o valor referência acaba sendo composto pelas informações prestadas pelos processadores (compradores).
Quando defendo a constituição de Associações e Cooperativas identificadas com o associado ou cooperado, entendo que este é o único caminho para a composição de políticas de preços que beneficiem os diferentes extratos de produção, ao invés da atual situação. |
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CLAUDIO NERY MARTINSACEGUÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 21/03/2007
Caro Marcello,
É muito bom que haja contato entre nós produrores sobre assuntos de nosso interesse. Vamos as respostas: quando falo em produtores expecializados não levo em consideração o volume entregue, mas sim a forma que a atividade é gerenciada. Nosso grande problema em relação aos preços é a grande quantidade de produtores que levam a atividade como "mais um bico". Seu número é grande e sua produção é baixa e de pouca qualidade, o que obriga as cooperativas a socializar o preço do leite, para compensarem os custos de captação desse produto. Quanto à questão de representatividade, lamentavelmente as cooperativas não fazem mais o papel que tinham no passado. Como uma grande parte delas também é beneficiadora/industria de leite, os interesses dos produtores ficam difusos na diretoria que se reelege freqüentemente aproveitando a força da máquina. No Conseleite não se sente que as participações sejam equilibradas, o que acaba não expressando o interesse da base produtora. Qualquer dúvida, leia as manifestações dos próprios nesta e outras páginas deste veículo, que alias está de parabéns! Abraço Marcello! |
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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHOCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 19/03/2007
Caro Claudio Nery Martins
Na sua carta você disse que, na sua opinião, no Rio Grande do Sul faz falta uma entidade que defenda os interesses do produtor de leite profissionalizado e que o Conseleite expressa apenas o interesse da indústria e das cooperativas, sacrificando o produtor. Isso me leva a uma série de perguntas. Para você, o que é um produtor de leite especializado? Tem relação com o porte do produtor? É significativo o volume de leite produzido e o número de produtores especializados no Rio Grande do Sul? No Conseleite não tem representação dos produtores? Se as Cooperativas são de produtores, como o interesse das cooperativas é diferente do interesse dos produtores? Gostaria que você respondesse essas perguntas. Abraço Marcello de Moura Campos Filho |
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 18/03/2007
Prezada Aline,
Não sei quanto à área do Fábio, mas, na minha (que não é distante da dele) - Zona da Mata/Sul de Minas Gerais - as chuvas torrenciais de Janeiro aglutinaram-se à estiagem (esdrúxula, já que estamos na época dita "das águas") em Fevereiro e meados de Março, onde o capim secou nos pastos, o sol causticante impediu o regular pastejo das vacas e, via de conseqüência, o volume de leite caiu. Todavia, o laticínio que atua na região, teima em manter os preços das águas, como se nada tivesse acontecido. Os pequenos produtores, que nada podem fazer, já que não reúnem condições de armazenagem de seu produto e dele vivem, abaixam a cabeça e aceitam a imposição de preço. Não é o meu caso, que, por força de contrato, tenho meu leite remunerado condignamente e meu gado é criado em regime de confinamento, não sendo tão afetado pelos rigores climáticos. Fato é que o leite de latão tem sido pago, em nossa gleba estadual, a R$ 0,42 (quarenta e dois centavos), com queda de quatro centavos em relação a Janeiro e o de tanque a R$ O,48 (quarenta e oito centavos). Ambos os preços inviabilizam a produção, em face do elevado valor dos insumos. A esperança é que, com a queda do preço do milho, as coisas possam melhorar, mas, como você mesmo diz em seu artigo, lentamente, em doses realmene homeopáticas. Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO |
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FABIO GOMES DE SOUZABARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 11/03/2007
Aqui em nosso estado, o cenário já é outro. Está tendo muita compra de leite, quem esta gostando é o produtor. No mês de janeiro teve um aumento de R$ 0,02 a R$ 0,04/l de leite, praticando preços de R$ 0,47 a R$ 0,51/l de leite em tanque de refrigeração.
Já no mês de fevereiro teve alta de R$ 0,02 a 0,04 novamente devido à grande concorrência entre laticínios na região. Está se falando aqui em MG, de março ter alta de R$ 0,02 a 0,03 e com ofertas de compra de leite de R$ 0,58 a 0,62. Esperamos que o mercado de vendas de derivados do leite tenham também esta previsão de alta nos preços e vendas. Abraços, Fábio Gomes de Souza Técnico em Agropecuária |
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MARIUS CORNÉLIS BRONKHORSTARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/03/2007
Aqui em nossa região a produção é estavel até o final de março, com aumento de até 40% para agosto. Tendo já em fevereiro uma procura maior e mais cedo do que em anos anteriores, propondo e praticando aumentos de até 22% já para este mês.
Com uma produção estimada de 120.000 litros/dia e com seis compradores, a briga é boa. Como tudo e todos são passageiros, esperamos tempos melhores, e enquanto isso, o produtor faz sua tarefa de casa, ou, para dentro da porteira, que com certaza tempos melhores virão. Com a antecipação na procura e aumento no preço, este ano com certeza será melhor do que 2005/2006 . |
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CLAUDIO NERY MARTINSACEGUÁ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 05/03/2007
Aqui na região sul do Estado do Rio Grande do Sul, a remuneração do produto leite ainda está muito aquém do poderia se dizer aceitável. Apesar da vinda de três grandes empresas demandadoras do produto em um curto espaço de tempo, os resultados se sentiram apenas nos ventres que tiveram um aumento de interesse.
Na minha opinião, nos faz falta uma entidade que de fato defenda os interesses do produtor profissionalizado de leite, que organize a categoria para utilizar as novas ferramentas de mercado (o leite hoje já tem oficialmente um preço mínimo). O Conseleite aqui expressa apenas o interesse da indústria ou das cooperativas, sacrificando o produtor que se desestimula e parte, quando pode, para a redução de custos, diminuindo a sua eficiência no negócio. Os contratos anuais de venda de leite com definições de nível de qualidade e quantidade deveriam ser explorados, o que valorizaria o produto de alta qualidade. A pecuária leiteira não pode mais ser encarada como uma atividade típica de produtores com poucos recursos e preparo cultural. Deve ser competitiva e remunerar convinientemente aqueles que são bons profissionais. Não se precisa de esmola e sim de ação nossa mesmo! Abraços. |
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CRISTIANO ANGELO BECEGATOASSIS CHATEAUBRIAND - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 05/03/2007
Estou em uma região agricola, no oeste do Paraná onde a pecuária leiteira está em pleno desenvolvimento. Temos produtores de 150 litros dia até de 1500 litros. O que mais chama atenção é a necessidade de informaçoes técnicas desses produtores em termos de qualidade, manejos nutricionais, sanitários, reprodutivos e etc., através de cooperativas.
Quanto à questão do preço pago ao produtor, está girando em torno de R$ 0,35 - R$ ,42. Quanto ao mercado de leite na região, é muito triste, logo que temos laticinios que não pagam imposto, e assim poderiam pagar mas pelo leite, só querem produção de leite das propriedades, não levam informações técnicas da atividade, e os produtores acabam desestimulados. En quanto não houver uma união na classe, sempre haverá aquele produtor começando atividade e outro saindo, e pessoas falando que pecuária leiteira é para quem gosta de deixar os donos de laticínios ricos. |
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ANDERSON DOUGLAS ARAUJOARIQUEMES - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/03/2007
Pereira,
É a pura verdade, concordo plenamente com você, onde "o laticínio" quer chegar com esta política de empobrecimento do produtor? Não aguentamos mais aperto! Ariquemes-RO precisa de concorrência, ou a vaca vai pro brejo... Obrigado. |
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JOANIR STOPAZZOLIARIQUEMES - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/02/2007
Pereira,
Concordo com você, principalmente quando fala da falta de concorentes no nosso municipio de Ariquemes. Veja o caso do municipio ao lado do nosso, Monte Negro, que existem dois laticinios os produtores recebem um preço melhor do que o nosso, mesmo aqueles que estão bem longe do laticinío e com estradas de chão piores que as nossas. E o que é pior, do mesmo laticínio que nos entregamos. Portanto, senhores empresários, venham conhecer o nosso município, façam estudos ou procurem na EMATER-RO, pois a mesma já tem estes levantamentos, e se instalem em Ariquemes. Obrigado. |
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LUCIO SIMOES AQUINOSÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 27/02/2007
Aline,
Estou no estado que, segundo as pesquisas, terá um dos maiores crescimentos da atividade leiteira, onde várias industrias estão se instalando e outras estão ampliando seu parque industrial, mas essas tendências de melhoria de preço, de fontes de investimento mais baratos ainda não estamos esperimentando. O preço entre R$ 0,30 e R$ 0,40 não estimula ninguém a melhorar a produção de suas vacas, aumentar o plantio de pastagens para maior fornecimento de alimento para as mesmas. O que está acontecendo é um investimento com recursos próprios, alto custo, e sem retorno econômico. O preço é muito baixo para pagar o custeio, margem de lucro e pagamento de investimento para o crescimento do rebanho ou da média de produção das nossas vacas lactantes. Me preocupa muito a falta de estímulo que os produtores estão sentindo. O desânimo é grande, principalmente, depois de passar por três frustrações de safra. Tomara que suas projeções de melhoria de preço se transforme em realidade. É o que desejamos também. Um abraço, Eng. Agr. Lúcio Simões Aquino |
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CLEMILDO PEREIRA DOS SANTOSARIQUEMES - RONDÔNIA EM 26/02/2007
Aline,
Até ficaria menos pessimista com a perspectiva de alta no preço do leite para o produtor, se eu morasse fora do estado de Rondônia. Vejamos: na região de Ariquemes (RO), onde sou um pequeno produtor com média de 300 litros/dia, o preço praticado em nov/06, foi de R$ 0,52/l, dez/06 foi de R$ 0,42/l, em jan/07 o preço foi de R$ 0,38/l e manteve agora fev/07 os R$ 0,38/l. O que significa uma queda de R$ 0,14 em apenas 3 meses, isto para o leite resfriado. Quem não o faz recebeu na região míseros R$ 0,30/l, fora o desconto do Funrural. Na minha opinião, produzir leite em um estado, sendo o 6º maior produtor do país, praticando preço mais baixo do que no ano de 2003, me envergonha. Além de tudo ainda tenho esperança que algum empresário que pensa em ajudar no crescimento da bacia leiteira e o reconhecimento do potencial do nosso município, que aqui se instale. Não temos concorrente. |
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ANA PAULA MOREIRA ROCHAMAIQUINIQUE - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/02/2007
Aqui na minha região, estamos muito apreensivos com os rumos que o mercado do leite vai tomar. Esperamos sim, que esse indicativo de alta no preço do produto se concretize, para que possamos produzir com um pouco mais de motivação.
Está muito difícil produzir diante do mercado como aí está, com preços variando entre R$ 0,35 e R$0,37 o litro, nos tirando a condição de investir na melhoria da infraestrutura e tecnologia das nossas fazendas. Estamos muito esperançosos que haja realmente uma reação no mercado. |
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GIOVANI ANTONIO FERRONATOCASCAVEL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 21/02/2007
Concordo a sua análise, e esta sensação de custos de produção, aumento do preço do leite e rentabilidade é a mesma que sentimos aqui no oeste paranaense.
Tivemos o Show Rural Coopavel, uma feira técnológica Agropecuária, entre os dias 05 a 09/02, onde conversei com muitos produtores de diversos níveis, e a alegria deles está bem nítida, mesmo com a queda de R$0,01 no ultimo pagamento. Tenho um sobrinho que é freteiro de uma cooperativa e, segundo comentário deles, a oferta está reduzindo e o preço vai subir já no proximo mês. Para mim, que sou vendedor de sêmen, é uma excelente noticia, e já refletiu nas vendas nesta última feira. Giovani A. Ferronato |
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