Queda de 4,5% na produção do primeiro semestre, mas disponibilidade per capita pouco se altera |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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EDUARDO AMORIMPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 14/10/2009
Marcelo e Roberto Jank,
Temos dois textos muito pertinentes. Ressalto que o Brasil está vivendo um momento ímpar em sua história, passando de coadjuvante a protagonista na economia mundial e isto terá reflexos no mercado de produtos lácteos com maior consumo per capita e conseqüente aumento na demanda. Realmente está chovendo muito e antes do período normal de chuvas, principalmente em Minas e São Paulo, grandes Estados produtores de leite. A grande incognita é saber quando teremos bons preços pagos ao produtor. Os custos de produção continuam altos e se o valor pago ficar num patamar de preços inferior a R$ 0,70, teremos que tirar leite de pedra. Vamos aguardar as próximas voltas da velha e conhecida montanha russa do leite. Abraço a todos. Eduardo Amorim |
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LAÉRCIO BARBOSAPATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 05/10/2009
Caro Marcelo,
Parabéns pelo artigo. Além das observações do Roberto Jank, com as quais concordo, acho que temos uma outra excelente notícia, que é o aumento consistente do consumo interno, com a mudança do patamar de consumo per capita. Pelos números apresentados, nos últimos 3 semestres o consumo ficou acima de 4 litros/hab/mes, quando pelas informações que disponho esse numero era mais próximo de 3,5 litros/mes em 2007 (Voce poderia confirmar esse dado?). Caso isso se confirme, e com a retomada dos preços no mercado internacional (o único senão continua sendo o cambio), acho que dá pra esperar um cenário bem melhor para o ano de 2010. <b>Resposta do autor:</b> Caro Laércio, Obrigado pela mensagem. Você se refere ao leite UHT, ou UHT+pasteurizado? Vou tentar levantar mais dados sobre isso, mas certamente é uma ótima notícia. Concordo com você. Acho que 2010 teremos um novo e bom momento para a atividade. Abraço, Marcelo |
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ELVIS LUÍS BASSOSANTO ÂNGELO - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 05/10/2009
Fico triste com a matéria, pois vejo aqui no sul fabricas com seus estoques abarrotados e baixas frequentes de mais de R$ 0,10 por litro se repetindo mês após mês, o que vai levar a produtores trabalharem no vermelho por um bom período. Infelizmente!
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ROBERTO JANK JR.DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/10/2009
Temos uma péssima e uma ótima notícia; a péssima é que voltamos a ser deficitários no comércio internacional de lácteos, seja porque não temos política cambial adequada, seja porque os níveis de preços externos compuseram neste período o exacerbamento da crise internacional. Fato é que nossa política de exportação não se mostrou consistente em ambiente adverso e isso é de alto risco futuro.
A ótima é que a expressiva queda de 4,3% da produção primária em 2009 suportou em níveis satisfatórios o ambiente comercial doméstico do setor, equilibrando a demanda e a oferta, esta inflada pela injeção de excedentes exportáveis não praticados e por importações em excesso e oportunistas, principalmente do Mercosul. Que ninguém duvide: queda de 440 milhões de litros em 6 meses é muito relevante; esse fato associado á retomada das exportações com o recente aumento do preço internacional e á consequente queda das importações motivadas pelo atual menor preço interno vão pressionar muito rapidamente a oferta de leite... e começa a gangorra novamente. <b>Resposta do autor:</b> Roberto, Concordo, mas acho que nos últimos 3 meses parte dessa queda de 4,5% (mais, se considerarmos só o segundo trimestre) já foi corrigida, até porque o segundo semestre de 2008 foi fraco, além do que os preços melhores estimulam recuperação. E, historicamente, sempre temos um aumento nos 3 últimos meses do ano. Nós últimos 12 anos, foi de 11,3% em média. Acho que a pressão irá ocorrer, mas a partir de fevereiro/março. Veremos. Abraço, Marcelo <b>Resposta do leitor:</b> Marcelo, Concordo, mas observo que neste ano temos uma variável relevante e inédita: nunca choveu tanto e tão cedo em julho e agosto. Meus dados iniciais de pluviometria são dos anos 50, mas a fazenda Cambuhy, de Matão, SP, tem dados de 1912 e nunca registrou um volume igual a 2009 nestes meses. As fazendas que utilizam pastejo tiveram muito mais pasto e capacidade de aumento de produção neste último trimestre. Como vc observa em seus artigos, é difícil saber quanto produzimos de leite em cada perfil de produção; vide o dados recentes do censo, onde supostamente 58% do total vem da agricultura (pecuária) familiar, fato surpreendente em relação aos percentuais que o setor vinha estimando. Assim, acredito que pode haver uma antecipação da pressão já que o tradicional aumento de oferta do final do ano provavelmente também foi antecipado. Um abraço, Roberto |
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