Quando o leite dá dinheiro? |
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VALTER BERTINI GALANSÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS EM 06/03/2017
Olá Ilton,
Obrigado pela pergunta! O Wagner já explicou bastante bem o que considerar como Investimentos para fazer este cálculo. Reforço aqui que um dos gargalos mais importantes para resultados melhores na atividade leiteira é justamente os EB´s (Elefantes Brancos) que o Wagner menciona. Como não há, como em outras atividades (como soja, milho, frango, suíno) parâmetros objetivos de quanto investir e quanto se deve produzir para cada Real investido, o risco de incorrer em investimentos sub-aproveitados (os EB´s) é muito maior no leite. Forte abraço! Valter |
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 04/03/2017
Em tempo, complementando: pode também ser feito com PATRIMÔNIO BRUTO, ou seja, sem levar em consideração o que está pago ou não. Esta medida bruta e ainda sem o CIRCULANTE (estoques e ativos financeiros) é melhor aproximação para se detectar a existência ou não de "elefante branco" (que eu chamo de EB).
Um EB não precisa ser uma babilônia, basta não ter leite suficiente para pagar um determinado investimento, aquilo será um EB para aquele produtor. A faixa superior do Gráfico 4. |
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 04/03/2017
Prezado Ilton: Acho que posso ajudar.
Há divresas formas de se calcular isso e vai depender do que se desejar monitorar ou detectar. No Gráfico 4 do Valter, é PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) dividido por LITROS/DIA. Ou seja, tudo aquilo que é teu, ligado diretamente ao leite, no momento da avaliação, dividido pela produção diária. Ou seja, é a fração própria e paga da TERRA (leite), REBANHO (leite), MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, VEÍCULOS, CONSTRUÇÕES e INSTALAÇÕES (na proporção de seu uso no leite) + ESTOQUES + ATIVOS FINANCEIROS (leite) naquele momento. Ou seja, todo o patrimônio próprio, imobilizado + disponível. Como é um elemento de balanço patrimonial, é o que se tem no momento e não num período. Tua pergunta é importante, porque a interpretação vai depender do que está incluído. Estes produtores tem mínima reserva financeira, mas o ideal é usar só o imobilizado. Ou seja, tudo acima, exceto estoques e ativos financeiros. Este dá uma informação mais precisa do peso da máquina pela escala que tem que girá-la, que é a ideia do Valter nessa mensagem. Correto, Valter? |
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VALTER BERTINI GALANSÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS EM 07/02/2017
Olá Norberto,
Obrigado pelas observações! O que você propõe é bastante interessante... Se conseguíssemos ter mais números de mais produtores em todo o país, poderíamos tentar identificar as melhores práticas (ao menos regionalmente) e, com isso, direcionar de maneira mais efetiva as recomendações dos técnicos sobre pacotes tecnológicos, sistemas de produção e indicadores médios de uma propriedade lucrativa em cada região. É um desafio, mas certamente teríamos um fluxo bastante interessante de informações e um benchmark poderoso! Forte abraço! Valter |
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NORBERTO CAPELLINIABATIÁ - PARANÁ EM 04/02/2017
Excelente artigo. Bem escrito e rico em conteúdo, Parabéns Valter! E obrigado ao Wagner pela disponibilização desses dados. Ainda não sou produtor de leite mas pretendo chegar lá, vivo buscando informações que me ajudem a errar menos e principalmente a não cometer erros fatais que botem tudo a perder. Sou grato a todos os colunistas deste site e também aos que escrevem comentários. Na conclusão o Valter nos propõe alguns números; 700 a 800 reais de investimento por litro, um mínimo de 15000 litros por ha envolvido, e 1000 litros de produção. Quero aproveitar a oportunidade para propor aos comentaristas que compartilhem seus números conosco. O que voçês estão experienciando aí no chão da fábrica?
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 02/02/2017
Leandro: Obrigado pelas informações que agregas. Muito importante vindo de um técnico que trabalha ATER no dia a dia.
Sim, todas propriedades acima seguem o SIPS (sistema intensivo a pasto com suplementação). Nenhuma é 100% pasto (sem concentrado), pois como bem sabes a economia em concentrado se dá com volumoso de qualidade e visando menos concentrado por litro, não por mês ou ano. Sobre a NZ, hoje a coisa se configura assim lá: 10% das propriedades com 100% da MS vinda do pasto (in situ e conservado); 32% com 90% de pasto; 36% com 85% de pasto; 18% com 75% de pasto; 4% com 60% de pasto. Bem observado. Isso ajudará Naaman também. Abraço Leandro. Muito obrigado. |
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LEANDRO EBERTSERAFINA CORRÊA - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 01/02/2017
Caro Wagner!
Parabéns novamente pelo belo trabalho e pelo artigo, sem dúvida traz uma excelente referência e reflexões. Como bem sabes, sou admirador. Se me permite, gostaria de observar que estamos falando em produtividades acima de 15 mil litros/ha.ano em sistemas em que é feita suplementação com concentrado, diferente de condições da NZ exclusivamente a pasto. Fosse exclusivamente a pasto não chegaríamos a esses patamares, correto? Também posso dar meu testemunho de que na minha região de atuação temos média acima de 14 mil l/ha.ano, em sistemas baseados em silagem de milho, sendo que assistidos pela ATER, com produção intensiva de forrageiras, temos diversos acima dos 20 mil. Grande abraço! |
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NAAMAN NOGUEIRACAMPINA DO MONTE ALEGRE - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/02/2017
Muito obrigado pela resposta Wagner. É bom saber que as perspectivas são boas para nossas condições tropicais.
Quanto ao cálculo da Nova Zelândia, é verdade que eles não trabalham em litros. De fato, eu converti sólidos em volume de leite para apresentar o resultado em litros/ha.ano. É interessante observar que eles não incluem lactose e sais em "milk solids", apenas proteína e gordura. Além disso, eles utilizam o termo "effective hectares" no relatório anual, mas não o definem. Como vc disse, eles devem considerar somente a área destinada às vacas em lactação. Quanto à forma de comparação, acredito que seja conveniente apresentar os resultados em sólidos totais. Pois é isso que a indústria utiliza realmente. O resto é água... Até mais! |
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VALTER BERTINI GALANSÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS EM 01/02/2017
Obrigado a todos pelas observações!
Naaman, conforme o Wagner esclareceu, estes dados são de fazendas reais. Como é possível verificar no gráfico 1, há várias fazendas dentre aquelas apresentadas no artigo com produção igual ou maior a 15.000 litros/ha/ano. Walker, apesar dos dados indicarem que há uma relação forte entre a escala de produção e a lucratividade da atividade (seja pela maior diluição de custos fixos ou mesmo pelo maior preço recebido), há pequenos produtores (aqui mesmo na amostra analisada) com rentabilidade bastante positiva. Forte abraço a todos, Valter |
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WAGNER BESKOWCRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO EM 01/02/2017
Naaman,
Acho que posso ajudar. A média do Sul do Brasil está em torno de 5.500L/ha/ano. No país como um todo gira em torno de 1500-3000L. Nosso potencial, sem irrigação é de 30.000 (já atingido) e com irrigação é de 50.000L (ainda não registrado). Temos muitos produtores na faixa dos 20.000L e se revistares o artigo, verás que neste grupo há uma grande proporção acima de 15.000, com o mais alto ultrapassando 35.000L. Há vários colegas e empresas de consultoria e AT com produtores acima de 22.000L e que poderão atestar. Então, não se trata de ser factível, é realidade. Importante: nossa produtividade por área é calculada somando todo leite produzido no ano e dividindo este pela superfície leite média anual. Nesta conta entra toda área utilizada para produzir comida, pastos, milho, se tiver cana, tudo. Também calculamos para TODO O REBANHO, inclusive área da recria. Os neozelandeses não. Eles tem o conceito de "milking plataform", que é só sólidos divididos por área das vacas em lactação. E não esqueça, na comparação, que o produto deles não é leite. É sólidos. Para comparar com nossa realidade tem que incluir área da recria deles e padronizar ambos os leites para 3,5% de gordura. Aí sim teremos "laranja com laranja". Hoje já começo a ter indicadores que poderemos ultrapassar 50.000L no futuro. Veremos... |
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NAAMAN NOGUEIRACAMPINA DO MONTE ALEGRE - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 01/02/2017
Ótimo artigo Valter. Parabéns!
Entretanto fiquei com uma dúvida. O texto diz que deve-se procurar uma produtividade igual ou superior a 15000 litros/ha.ano. Consultei esse mesmo índice em países conhecidos pela eficiência na produção e no processamento de leite. A Nova Zelândia apresenta media nacional de 11360 L/ano.ha e a França 12040 L/ha.ano (infelizmente não conseguir encontrar dados para os EUA). Minha pergunta: é factível atingir uma produtividade de 15000 L/ha.ano nas condições brasileiras? Ou ainda, qual o nível tecnológico em termos de infraestrutura, genética e manejo para se conseguir esse resultado? Ficarei muito agradecido se alguém puder me ajudar, pois não sou da área de produção. Fontes que utilizei: https://www.dairynz.co.nz/media/1327583/nz-dairy-statistics-2013-2014-web.pdf http://www.maison-du-lait.com/fr/chiffres-cles/filiere-laitiere-francaise-en-50-chiffres |
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CLEBER PITTER WEBER SCHORRROQUE GONZALES - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 31/01/2017
Muito ilustrativo este artigo. Parabéns ao(s) autor(es) pelo esclarecimento proposto. Esta é a principal dificuldade enfrentada pelos produtores de leite, enxergar a lucratividade apontada por hectare/ano ao invés de vaca/dia ou vaca/mês, como é comum notar esta percepção nas propriedades.
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JOÃO CARLOS PIMENTELSÃO PAULO - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS EM 31/01/2017
Muito bom, o artigo. Parabéns a todos os envolvidos com a sua elaboração. O artigo tem uma lógica econômica irrefutável que associa os coeficientes técnicos relacionados ao volume de litros produzido por hectare ao investimento necessário para obter essa produção e ao resultado econômico e financeiro líquido, também em função do preço obtido, uma função da escala. Muito bom mesmo! Merece uma análise profunda dos outros fatores associados: o modelo tem potencial para se tornar um benchmarking do setor.
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JORGE LEON PEREZPESQUISA/ENSINO EM 31/01/2017
es un analisis con unas variables muy logicas y de facil construir a nivel de ejercicio hipotetico,ya un trabajo de fondo empresarial es mas complicado y de gestion informacion
logre colocarme facil dentro de estas cifras y tener un punto de reflexion muy acertado el articulo |
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