ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Oferta restrita mantém tendência de alta no mercado em abril

POR ALINE BARROZO FERRO

PANORAMA DE MERCADO

EM 13/04/2007

4 MIN DE LEITURA

16
0
Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, os preços do leite pagos aos produtores em março aumentaram cerca de 2 centavos em relação a fevereiro, confirmando as expectativas do setor, conforme publicamos no Panorama de Mercado. (clique aqui para ver o artigo).


Os preços ficaram em média a R$ 0,5214/l, valor cerca de 16% superior ao cotado no mesmo período do ano passado. A média do trimestre foi de R$ 0,5037 pagos por litro de leite, o que representou um aumento de 16,3% em relação a 2006, mas uma queda de cerca de 6% frente a 2005. A média de preços obtida entre janeiro e março de 2004 a 2007 foi de R$ 0,4727/l.

Gráfico 1. Preços nacionais pagos aos produtores de leite em reais por litro.


O principal fator responsável pelo melhor preço neste ano, se comparado ao ano anterior, é a menor oferta de leite, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo o Cepea, a captação de leite pelos laticínios nacionais entre janeiro e fevereiro foi 5,22% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado. Assim, há uma maior procura pelo produto, o que influencia uma alta de preços.

Desde o segundo semestre do ano passado, em função de intensas chuvas em algumas das principais regiões produtoras do país, a captação de leite reduziu bastante. Normalmente nesse período há menor produção em função do término do ciclo produtivo das pastagens.

Aliado a isso, está a maior demanda pela matéria-prima para exportação, tendo em vista que os preços externos estão em patamares altíssimos - nesta semana, segundo o USDA, o preço do leite em pó integral ficou entre US$ 4.000 e US$ 4.400 por tonelada no Oeste da Europa, enquanto, no mesmo período do ano passado, o valor médio foi de US$ 2.175/tonelada. Países importantes no mercado de exportação estão com pouco leite, como é o caso da Austrália e até da Argentina, que verificou queda de 7,3% na produção no início desse ano em comparação ao ano passado.

No mercado spot - comercialização de leite entre as indústrias -, os preços apresentaram nova reação em função da demanda de produtos destinados à exportação. Em Goiás, por exemplo, no início de março, o litro do leite estava em cerca de R$ 0,63, contra R$ 0,50/l a R$ 0,51/l em janeiro. Em abril já há negócios na casa dos R$ 0,73, significando aumento de cerca de 46% no período.

Em Minas Gerais, o preço do spot, de acordo com agentes do setor, ficou entre R$ 0,66/l e R$ 0,70/l no início de abril. As negociações desse mercado são feitas quinzenalmente.

Para o mês de abril, segundo agentes de mercado, há uma tendência de novo aumento de preço ao produtor, entre 2 e 3 centavos, aproximadamente. Isso porque ainda há grande procura pelo leite em função de uma oferta mais restrita.

Além disso, os preços internacionais estão em contínua alta e por enquanto não sinalizam queda, estimulando assim a demanda pelo leite com destino à exportação, mesmo com o dólar em baixa. Neste mês, segundo agentes do setor, o leite em pó exportado pelo Brasil chegou a US$ 4.000 por tonelada, valor com significativa alta, a ponto de compensar a baixa cotação da moeda estrangeira.

Alguns agentes de mercado acreditam ainda que o mercado doméstico deverá se acalmar a partir da segunda quinzena de maio, em função do aumento da oferta que normalmente ocorre nesse período no Sul do país, com o início da produção de pastagens de inverno.

Nas principais bacias leiteiras, o mercado segue ainda com tendência de alta em função da redução de produção com o período mais seco. Em Minas Gerais, por exemplo, a queda de produção normalmente verificada nesse período do ano foi mais significativa que a verificada em 2006. Isso ocorreu em virtude do excesso de chuvas seguido de calor intenso, não permitindo boa recuperação da maior parte das pastagens.

Segundo o Cepea, a captação no estado em fevereiro foi 3,5% menor em relação ao ano anterior. Isso fez com que houvesse maior procura pelo leite, influenciando assim os preços da matéria-prima.

Goiás também inicia seu período de entressafra, com a oferta de leite restrita e aumento considerável na concorrência pelo leite, principalmente por empresas focadas em exportação. No primeiro bimestre do ano o estado apresentou uma captação em fevereiro 4% inferior à verificada no mesmo período do ano passado, de acordo com o Cepea. A região também foi bastante prejudicada com as intensas chuvas no final de 2006.

No estado de São Paulo, a produção diminuiu nos últimos meses em função de uma estiagem antecipada em fevereiro. Segundo agentes, a ocorrência de veranicos em algumas regiões do estado também afetou negativamente as pastagens, contribuindo assim para a redução da oferta de leite e aumento da concorrência entre laticínios.


Convidamos os leitores a dar sua opinião sobre o mercado de leite na região que atuam, indicando a situação de preço e oferta.

Veja também mais dados sobre o mercado de leite na seção Estatísticas.

16

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

LUIZ CARLOS LEITE DE MIRANDA

SOCORRO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 09/05/2007

Prezados leitores, primeiramente quero parabenizar, Aline B. Ferro pela matéria.

Sou representante de uma indústria de laticínios, e estou neste mercado há 7 anos. O que tenho observado neste tempo todo, é que não é o tempo (chuva ou seca) aqui no Brasil que influencia o preço do leite no mercado, e sim a toda poderosa multinacional Nestlé. Quando o mercado lá fora está aquecido, ela sai a campo dizendo que está comprando, e isso mexe profundamente com o mercado, pois seus produtos de altíssimo valor agregado, dependem exclusivamente do leite, e a concorrência tem que se virar para manter seu produtor.

É só observar que a tonelada do leite em pó no mercado internacional, passou de US$ 2.900 o ano passado para US$ 4.900 neste ano. Leite que comprávamos nesta época de R$ 0,55 a R$ 0,58 só estamos conseguindo comprar a R$ 0,68 ou R$ 0,70.

Quem trabalha com leite não sustenta uma atividade ou profissão, sustenta um vício, pois quem entra não consegue sair mais.

Um grande abraço a todos.
ERICK GROSSO

LUZ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 02/05/2007

Caros amigos,

Emepresas grandes do setor lácteo possuem enormes estoques de leite em pó. Na hora que interessar, elas "jogarão" boa parte desses estoques no mercado e o produtor vai sentir, pois está prática é uma cartelização.

Digo isso porque os pequenos laticínios não conseguiram brigar com esses preços e fecharão. Assim, o leite passará nas mãos dos grandes, que farão o preço que interessar a eles.
THIAGO AFONSO DE OLIVEIRA

UBERABA - MINAS GERAIS

EM 25/04/2007

Boa noite Aline!

Gostaria de parabenizá-la pelo artigo e dar minha opnião sobre o preço do leite. Além dos mercados citados acima, e das chuvas ocorridas no mês de fevereiro, acredito também que o preço vem aumentando devido à chegada da cana-de-açúcar.
Grande parte da produção leiteira vem dos pequenos e médios produtores e com a chegada da cana, muitos desses produtores estão deixando de produzir leite para produzir cana, ocasionando assim numa menor oferta do produto e num aumento do preço.

É claro que essa nova comoditty vai tirar muitos produtores da atividade, mas acho que por um lado vai ser bom, pois assim aqueles que têm condições e querem continuar na atividade, terão que se tecnificar e começar a tratar a "fazenda" como uma empresa, atingindo assim, maiores indices de produtividade por menores áreas.

Quero deixar bem claro, que isso é apenas uma análise minha, e que não desejo que ninguém saia da atividade. Estou apenas tentando enxergar um ponto positivo dessa onda verde que vem tomando o espaço de agricultores e agropecuaristas.

Abraço a todos.
ELIZARIO PEDROZO

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/04/2007

Olá Aline,

Em nossa região existe uma forte tendência de alta nos preços pago ao produtor, parece que terminou o período de "bandeira branca" entre os laticinios, a disputa por cada produtor é ferrenha. O nosso sagrado produto está em vias de receber a valorização merecida. Principalmente em nossa região, que passou por dois anos de forte secas. Hoje uma grande enchente. Contra nós produtores está a alta da ração e a desvalorização do dólar em busca do mercado externo.

Um abraço e parabéns pela matéria.
Eliziario Pedrozo
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/04/2007

Prezada Aline: O grande problema são os aventureiros. Quando o preço do leite está baixo, migram para a cana. Caindo o volume de leite ofertado, os laticínios passarão a pagar melhor pelo produto. Aí, aqueles que abandonaram a produção, tendem a retornar, descrentes com a opção que fizeram pela cana e ávidos pelo novo preço praticado no mercado lácteo, que o torna muito atraente.

Resultado: o preço despenca e nós, especilizados em produzir leite, somos os reais prejudicados.

Um abraço e parabéns pelas conscientes considerações.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
JOSÉ DE JESUS SANTOS

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2007

Na minha região o preço do leite já está na faixa de R$ 0,60 a R$ 0,65 por litro. Isso é muito bom mas tomara que dure muito tempo, pois os produtores estão descapitalizados, não investiram em alimentação e a produção está caindo muito.

Acabamos de organizar uma associação de produtores na região para poder negociar com as empresas do setor uma forma de manter os produtores no campo, pois o que vemos hoje são os produtores de leite com muita razão para desanimar com a atividade. Os compradores trabalham com uma certa segurança, pois recebem o leite, vendem, tiram seus custos, seus lucros e depois pagam os produtores como querem e isso é um absurdo.

Não podemos aceitar essa situação, nós somos os únicos que temos riscos no negócio do leite, mas precisamos ser empresários do leite, e não tiradores de leite como somos chamados

José de Jesus Santos - presidente da Associação de Produtores de Leite do Oeste Paulista.
OLIVINO DOS SANTOS FILHO

CAMPINA DO MONTE ALEGRE - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 19/04/2007

Na minha região, os preços não param de aumentar. O motivo é a queda da produção, além do aumento da plantação de cana-de-açúcar.

Por outro lado, isso é muito bom porque os produtores de leite agora poderão ter um incentivo maior. Tomara!
CARLOS HENRIQUE

GOIANÉSIA - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/04/2007

Parabéns pelo artigo.

Apesar do cenário ser interessante, não consigo ver sustentabilidade nestes preços a longo prazo; o que podemos observar no campo é outra realidade. Uma procura louca por matrizes de leite, animais de baixo valor sendo arrematados por preços muito acima da sua cotação normal, o produtor começa a fazer investimentos com equipamentos, máquinas, instalações, etc., em suas propriedades e o que mais se observa é que estes referidos produtores não têm a mínima vocação para o setor leiteiro.

Grandes pecuaristas de corte que sempre acharam que produzir leite era um péssimo negocio, agora, devido ao bom preço do leite, tem aliado este com a venda do bezerro. Não vemos a indústria sinalizar para uma política de cota e excesso afim de proteger hoje os que são realmente empresários do setor leiteiro.

É um quadro que preocupa e que já foi visto num passado próximo. Mas sou otimista e apaixonado pela pecuária leiteira sustentável, embasada em tecnologia, profissionalismo e tradição.

Grato,

Carlos Henrique Bernardes
Zootecnista/ Administrados de Empresas.
MARCOS ROBERTO

CONTAGEM - MINAS GERAIS

EM 18/04/2007

Como os atacados estavam com estoque esperando esta alta, começa realmente a refletir em preço de venda para os consumidores agora. Estamos comprando com preços já reajustados ao mercado, diferente do varejo, que absorveu a alta bem mais rápido. Aproveito para parabenizar o site que tem acertado em suas previsões.
DANIEL JACO SCHNEIDER

RIO GRANDE DO SUL

EM 17/04/2007

Aqui no noroeste do estado, a concorrência entre as empresas está beneficiando o produtor. A procura por animais e a crise da soja estão impulsionando a produção de leite.

Esperamos que após esta fase de aumento de preço, que é comum nesta época do ano por causa da entressafra e pela falta de pastagens, o preço se mantenha num patamar favorável, em que o produtor possa produzir com confiança e sinta orgulho por produzir leite!
ARNALDO AMARAL NETO

BOM CONSELHO - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/04/2007

Não entendo! Aqui em Bom Conselho (PE) o leite caiu de 0,50 para 0,46/l. Gostaria de saber quais as diferenças do mercado do Nordeste, especificamente Pernambuco, para as demais regiões. Grato pela atenção.
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/04/2007

Prezada Aline Ferro,

Tomara que este cenário de recuperação da pecuária leiteira seja uma realidade para os próximos anos, e já estava passando da hora este movimento.

Acredito que com o avanço da cana sobre as maiores bacias leiteiras de Minas e de São Paulo e com o cenário externo (mercado internacional/Leite em pó) favorável haverá uma menor oferta do produto, e conseqüentemente, de acordo com a lei de mercado, os preços tenderão a subir para aqueles que resistirem ao canto etílico da sereia e permanecerem na atividade leiteira. Parabéns pela matéria.

Atenciosamente,

Eduardo Amorim
VITOR AUGUSTO SILVEIRA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/04/2007

O produtor de leite merece receber um preço melhor independente da procura. O preço pago pelo leite neste período tem que se estabilizar e não sofrer grandes variações quando tiver maior oferta. Devemos ter uma politica forte em cima disso.
Obrigado!!!!!
LEONARDO CAMPOS DE CARVALHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/04/2007

Está na hora de os produtores se organizarem para aproveitar uma oportunidade rara que o mercado de leite está apresentando, ou seja, poder negociar com as indústrias compradoras de leite e exigir uma relação mais transparente no comércio de leite em natura, uma vez que uma alta expressiva no preço do leite pode inviabilizar a permanência de muitos laticínios no mercado.
JOSÉ DE JESUS SANTOS

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/04/2007

Na minha região a tendência é de alta por falta de oferta. A produção caiu bastante, principalmente por falta de investimentos em alimentação para o gado em virtude de os produtores estarem desmotivados com os baixos preços do leite.
MARIUS CORNÉLIS BRONKHORST

ARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/04/2007

Prezada Aline

Parabens pelo artigo de hoje, pois são estes artigos que mantêm o produtor informado. Um produtor informado tem como brigar pelo o preço do seu produto.

Mantem-me informado quanto o mercado internacional pois ele tem hoje um grande peso no preço pago ao produtor de escala profissional.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures