Oferta interna e preços externos determinarão comportamento do mercado no primeiro quadrimestre |
POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
E RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO
EM 14/01/2011
5 MIN DE LEITURA
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO
Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"-USP, e Analista de Mercado do MilkPoint.
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RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTROPIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 07/02/2011
Caro Roberto, obrigado pelo comentário.
A escalada dos grãos é um fator de grande influência e deve exercer influência no preço ao produtor aumentando os custos de produção e "freiando" a oferta. E pelo que observamos no mercado de grãos e futuros, a perspectiva é de que as altas permaneçam. |
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RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTROPIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 07/02/2011
Prezado Marcello, obrigado pelo seu comentário e pelo acerto até o momento de suas previsões.
O mercado tem sinalizado altas a nível internacional e nacional nesse primeiro quadrimestre. É difícil fazer previsões para diante desse período, mas no momento, o viés é de alta. |
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RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTROPIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 07/02/2011
Prezado Guilherme, obrigado pelo comentário.
A valorização do real frente ao dólar realmente tem esse efeito negativo na nossa balança comercial, dificultando a saída de produtos e facilitando sua entrada. Para 2011, se esses preços internacionais se mantiverem nesses patamares passa a ser mais atrativo para Argentina e Uruguai (os dois países que mais importamos leite) vender seu produto em outros mercados, aliviando um pouco nossa balança, e quem sabe possibilitando que retomemos nossas exportações. |
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RONAN CAETANO MATTOSBURITIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 05/02/2011
Infelismente quem produz alimentos, no nosso pais, ainda nao tem o merecido respeito, os governos nacionais e internacionais, usam, a titulo de popularidade de artificios para achatar os preços de alimentos, sufocando assim produtores de alimentos em geral. Concordo plenamente com o caro produtor, DIVINO LUCIO G DE CARVALHO, de goiania, mendigar da mais lucro que produzir leite.
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DIVINO LUCIO GARCIA DE CARVALHOGOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/01/2011
o que me preocupa é a margem de lucro...se eu ganho 15 centavos por litro de leite, e vendo 10.000 litros por mes, o meu lucro será R$1.500,00...é bom, para quem tem o patrimônio para tirar 10.000 litros por mês???... se eu pedir esmola no semáforo de uma rua qualquer de qualquer cidade, e ganhar 10 centavos a cada fechamento do semáforo, considerando que o semáfor abre e fecha a cada 30 segundos, eu ganharia 20 centavos a cada minuto, 12 reais por hora...96 reais por um dia de mendigância de 8 horas... e R$ 2.112,00 por 22 dias de mendigância...então, o cara que pede esmola ganha como se tivesse tirando 330 litros de leite por dia sem ter nenhum patrimônio...ganha mais né?? pois, são só 22 dias, e eu tiro leite 30 dias por mês...alguma coisa tá errado num tá???... acho que estou tirando pouco leite...
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ROBERTO JANK JR.DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 18/01/2011
Acredito que 2011 seja promissor e estável. A recuperação do preço do leite veio acompanhada de aumento nos insumos, principalemnte rações, que só encontra paralelo em 2003 (com cambio de 3,80) e no primeiro semestre de 2008 (com a bolha das commodities). Certamente este aspecto vai frear o ímpeto de crescimento da produção primária, ao menos neste primeiro semestre.
Já a oferta do semestre certamente será prejudicada pela seca do RS e a tragédia de chuvas no sudeste. |
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WILSON MENDES RUASBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS EM 17/01/2011
Em síntese, enquanto a taxa de câmbio for desfavorável às exportações brasileiras, não haverá bons ventos para a pecuária leiteira do Brasil, até porque ela carece maior sustentabilidade de mercado.
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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHOCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/01/2011
Prezados Marcelo e Rodolfo
Parabens pelo artigo, bem oportuno. Penso que o comportamento dos preços ao produtor nacional dependerá fundamentalmente da continuidade do crescimento da economia interna, particularmente do crescimento do poder aquisitivo da classe C, que aumenta a demanda por leite e lácteos ( o consumo per capita cresceu de 140 para algo entre 150 e 160 litros/hab/ano ) e da ação do governo com relação à valorização do real frente ao dolar, no sentido de evitar uma escalada das importações que provocariam o efeito de excesso de oferta da produção nacional ( que não é real, visto que somos tradicionais importadores de leite e lácteos ). A contenção da valorização do real pode ajudar um pouco a exportarmos leite e lácteos, e não há dúvida que isso ajuda o equilíbrio dop mercado, mas em 2011 isso será pouco expressivo, pois temos muito a fazer no médio prazo para nos tornarmos efetivamente exportadores signigicativos. A necessidade urgente de conter a valorização do real com relação ao dolar é evitar o efeito de leite produzido no País sem mercado decorrente de uma avalanche de importação, que será desastroso para a pecuária nacional e produzirá efeitos negativos por muito tempo ( muita vaca de leite irá para o gancho ). A evolução da economia mundial continuará alimentar a demanda crescentede leite e lácteos nos emergentes, aumentando a procura e os preços internacionais? Os desajustes climáticos também também poderão ter influência no preço ao produtor, mas em que direção e intensidade só Deus sabe. Pensando nos vários fatores, creio que no primeiro quadrimestre os ventos continuarão soprando na direção do aumento do preço ao produtor nacional, mas é preciso esperar até março para se poder avaliar melhor o quadro de 2011. Abraço Marcello de Moura Campos Filho |
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 14/01/2011
Prezados Marcelo e Rodolfo: O que preocupa é a escalada de baixa do dólar em relação ao real, o que, ante uma ineficiente política de contenção da importação de lácteos, como a fomentada pelo Governo Federal (certamente a ser copiada pela Dilma, já que um clone de Lula), onde inexistem quaisquer reservas de mercado, ficará muito mais atrativo importar leite de péssima qualidade do Mercosul do que prestigiar ao produtor doméstico. Mas, ainda assim, acredito que a antiga balança de preços foi e permanecerá sepultada, como teve lugar em 2010, já que alguns indícios de qualidade do leite já podem ser vislumbrados na produção pátria, incentivando, ainda que de forma tímida, a aquisição interna do produto. Lado outro, a catástrofe promovida pelas enchentes no Sudeste, maior produtor de leite do Brasil, de forma indene de dúvidas, promoverá uma acentuada queda na produção nacional e a batalha pelos volumes maiores de leite fará o mercado aquecer-se. Não creio que o litro do produto desça a menos de R$ 0,70 (setenta centavos), pelo menos para aqueles cuja qualidade e quantidade andam de mãos dadas, em 2011, como era corriqueiro em anos de antanho. Parabéns pela qualidade das informações prestadas, tão necessárias aos dias atuais.
Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
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