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Mercado estabiliza em setembro; clima e panorama externo podem ajudar

POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

E RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO

PANORAMA DE MERCADO

EM 17/09/2010

6 MIN DE LEITURA

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Amparado por incertezas climáticas e queda dos preços ao produtor desde maio, o que reduziu os investimentos na produção, o mercado doméstico de lácteos se estabilizou em setembro. No âmbito internacional, o aumento das importações da Rússia (também por razões climáticas) e forte demanda da China, parecem ter firmado o mercado, como se pode observar nos resultados dos últimos leilões da Fonterra e análise do Rabobank.

No Brasil, a estabilidade pode ser traduzida segundo pesquisa realizada no varejo e informações de agentes do mercado consultados pelo MilkPoint. Pode parecer uma análise pontual, contudo, coincidentemente desde maio os preços de leite em pó e leite integral UHT estavam em queda no varejo de Piracicaba/SP. Entretanto, nessa 1ª quinzena de setembro houve reajuste positivo de 4,8% no preço médio do leite em pó e estabilidade (+0,7%) para o UHT, frente à 2ª quinzena de agosto.

Gráfico 1. Preços do leite longa vida, leite em pó e mussarela no varejo de Piracicaba-SP.
 

 


Esses dados confirmam as expectativas de agentes do mercado de melhora ou estabilidade nos mercados de leite em pó e longa vida, principalmente após a segunda quinzena de agosto. As vendas no atacado começaram a reagir com negócios entre R$ 1,40 e 1,56/litro para o leite longa vida, em razão, segundos agentes consultados pelo MilkPoint, de que muitas indústrias estão com estoques baixos do produto. O leitor Sávio Santiago, administrador da usina de leite e derivados Leite Resende, em Resende/RJ, também confirma essa reação em carta: "A produção diminuiu por conta da seca prolongada. Já houve uma reação no UHT e agora nos subprodutos. Essa reação permitiu que os preços não caíssem mais. Hoje o preço médio do UHT gira entre R$ 1,50 a 1,60/litro. Apesar das informações darem conta que o estoque de giro permanece em 47 dias, na prática, indústrias da região têm passado até por "apagão" de matéria prima (parando suas fábricas por algumas horas por conta do déficit de captação)".

Em relação ao leite em pó, o cenário não é tão favorável. Os estoques ainda estão altos e a leve melhora nas vendas tem servido para regulá-los. Nesse sentido, os preços no atacado mantiveram-se praticamente estáveis frente a agosto, entre R$ 7,40 e 8,20/kg, mas com perspectivas de recuperação para o restante do mês devido ao estímulo nos preços internacionais. No caso dos queijos, a alta no varejo vem desde maio (Gráfico 1), e também confirma a opinião dos agentes de que o mercado de queijos, entre os três produtos citados, é o que se apresenta melhor e com tendência de preços mais favorável, em razão dos baixos estoques.

Vale ressalvar que no Rio Grande do Sul, devido às importações de países vizinhos e boas condições climáticas em agosto, a oferta de leite foi alta, apresentando-se, o Estado, com um cenário um pouco mais adverso que o acima citado.

Outras duas informações que merecem destaque referem-se ao comportamento do leite spot (entre as indústrias) e a previsão de preços ao produtor. Todos os agentes de mercado consultados pelo MilkPoint apontaram tendência de manutenção do preço pago ao produtor e do preço do leite spot (negociado entre R$ 0,68 e 0,75/litro) para o mês de setembro. Alguns até apontaram um viés de alta para o spot, o que significa que a queda dos preços pagos aos produtores deve chegar ao seu fim, ao menos nos próximos 30-60 dias.

"Será que existe, analisando o mercado atual, espaço para melhora do preço pago ao produtor já em outubro próximo?" A pergunta que fez o leitor Paulo Maurício Furtado de Oliveira Dantas, produtor de leite em Valença/RJ, referente à notícia "Mercado firme reflete nos preços do leilão da Fonterra", é a mesma dúvida de vários de nossos leitores nesse momento do mercado.

Em termos globais, a forte seca em boa parte da Europa e, principalmente, na Rússia, tem determinado melhora dos preços. No caso da Rússia a seca teve efeito não só na produção de grãos, mas também nas pastagens do país. O maior importador de lácteos do mundo teve, portanto, de aumentar suas importações para preencher a lacuna na oferta deixada pela baixa produção doméstica. Tal fator, aliado ao aumento da demanda da China por produtos lácteos, fez com que os preços internacionais sinalizassem melhora, como se pode observar nos dois leilões de setembro da Fonterra - altas de 16,9 e 1,9%.

Gráfico 2. Preço médio por tonelada de leite em pó integral (WMP) e leite em pó desnatado (SMP).

 

 



No Brasil, a atuação do La Niña tem atrasado as chuvas na maior parte do país. Entretanto, as condições de seca foram intensificadas por outro fenômeno meteorológico, o El Niño. Segundo Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, "o verão de 2010 foi mais seco que o normal porque ficamos sob atuação do El Niño, o que implicou na diminuição da umidade do solo. À medida que caminhamos pelos meses mais secos do ano, a umidade do solo diminui e chega a valores bem mais baixos que o normal".

Segundo ele, a seca nos vários Estados do Sudeste e Centro-Oeste deve perdurar até pelo menos fim de setembro. "Como agora estamos sob influência de uma La Niña, que empurra as frentes frias para alto-mar, o processo de volta de chuvas acontecerá de forma bem mais lenta. Será necessário a floresta amazônica (que é responsável pela emissão de umidade para o continente) voltar a registrar chuvas fortes e generalizadas para aí, sim, esta umidade migrar lentamente pelo país e trazer chuvas. Não dá para contar com as frentes frias acelerando este processo, já que elas não estão avançando pelo continente".

Portanto, respondendo as questões do Paulo e do José Ronaldo Borges, produtor de leite em Cuiabá/MT, de: "qual será a perspectiva de preço ao produtor se a seca prolongar até o final de novembro no Sudeste e Centro-Oeste?", podemos dizer que no pior dos cenários climáticos teríamos alguma possibilidade de reação de preços nos próximos dois meses, lembrando que, a partir de novembro, a oferta do Sudeste e do Centro-Oeste aumenta novamente e o cenário fica mais incerto.

No momento, são dois os fatores que têm refletido na redução da oferta: o clima e a piora na relação de troca. As adversidades climáticas têm prejudicado e devem atrasar a safra no Sudeste e Centro-Oeste. O clima também é responsável pela alta nos preços dos insumos, o que nos remete ao segundo fator. A combinação de preços de dieta mais altos e preço do leite mais baixo resultam numa piora da relação de troca, o produtor deixa de investir em alimentação para seu rebanho, reduzindo a produção.

Outro fator que possivelmente ocasionou uma redução da oferta de leite no último mês foi a redução dos preços no mercado interno e, em consequência, diminuição da atratividade do produto importado - que nos últimos meses vinham crescendo e gerando preocupação no setor.

Falando sobre balança comercial, as importações recuaram significativamente em agosto, 39,2% em valor e 47,1% em volume, frente ao mês de julho. O leite UHT, principalmente quando proveniente do Uruguai, que teve suas importações observadas com muita atenção, não foi comercializado no mês de agosto. Para o leite em pó, o volume importado foi 47,3% frente a julho, e para o queijo o decréscimo foi de 36,5%.

Gráfico 3. Importações de leite UHT, leite em pó e queijos em 2010.

 



A estabilidade de preços no mês de setembro, ao que tudo indica, refere-se a um reajuste do equilíbrio entre oferta e demanda, que andava meio desregulado por parte da oferta, com excesso de leite no primeiro semestre do ano. Resta saber se a instabilidade do clima irá se manter para que tenhamos menos "surpresas" nos preços do leite num futuro próximo.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO

Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"-USP, e Analista de Mercado do MilkPoint.

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SIMONE DONAIRE POMPÉA

MONTE CASTELO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/10/2010

Até quando,nós produtores de leite conseguerimos resistir nesta atividade,esquecida até em momentos de campanha eleitoral? Tomara que o novo governo nos descubra! E quem sabe consiga nos salvar,achando uma solução para nos mantermos nesta atividade tão mau remunerada,mas que tentamos sustentar nossa familia e gerar divisas á nação.
KELLI CRISTINA FERREIRA CUNHA

FORMIGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/10/2010

Colegas Produtores Rurais ligados ao MilkPoint,

Boa tarde!

Concordo com a opinião de todos os que manifestaram a respeito da falta de união dos produtores rurais de leite, bem como das Cooperativas de que fazemos parte. Sem união nunca iremos convencer ou mesmo poder exigir dos Governantes ações que possam melhorar a nossa combalida atividade que, deveria ser tratada justamente ao contrário, pode trazer à sociedade um dos principais produtos para sua subsistência - o leite.
Conforme vários Colegas, discordo da opinião do Edson de Araxá: o MilkPoint têm nos ajudado bastante, com os artigos, cursos e demais informações que nos são trazidas. Cito como exemplo, o acompanhamento on line que tivermos do Interleite 2010 ocorrido em Uberlândia disponibilizado no site.

Um abraço a todos ! E que tenhamos realmente "surpresa" agradável em termos de preços futuros para o nosso produto!
MARCELO GODINHO MIAZATO

ITAJUÍPE - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2010

Bom dia a todos!

Realmente faltam campanhas e políticas públicas de consumo dos nossos saudáveis e economicamente corretos produtos derivados do nosso custoso leite, cujo consumo percapta no país é ainda muito abaixo do que poderíamos já estar demandando. Ainda existe a equivocada mentalidade de que a vaca dá o leite, aquela imagem generosa da mãezona, associada à também equivocada idéia da doce vida do campo...! Os habitantes dos grandes centros precisam se conscientizar dos benefícios à própria saúde e à economia doméstica e que nós produtores não somos nada diferentes dos "workholics" paranóicos em busca de sustentabilidade, ao contrário do que sonham sermos. Depois disso, nossa capacidade de organização e tecnificação abrirá espaço com volume, qualidade e preços competitivos para ocuparmos os mercados existentes (inclusive os dos refrigerantes) sem provocar excedentes que nos prejudiquem.

Boa sorte a todos!
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/10/2010

Pelo fato dos presidenciáveis , Sr. Serra e Sra. Dilma , em seus debates de pouca relevãncia ao produtor rural , pois só se fala de educação e saude e as corrupções nos governos ; como se á alimentação por nós proporcionada ao povo brasileiro não tivesse valor algum, pois não se fala nada , uma palavra sequer, de apoio a nós produtores. Gostaria sim ,que a Milkpoint através , de nós mesmo, agíssemos questionando principalmente a Sra. Kátia Abreu, nossa representante maior , para ajudar-nos nesse momento que o pais atravessa que é , elegermos o presidente da República.
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/09/2010

Marcelo e colegas,


Leiam e se puder divulguem a excelente matéria de CAPA da mais recente edição da revista SAÚDE (ed. Abril) trazendo o resultado de novas pesquisas sobre os benefícios do leite para saúde. "O coração pede leite"

Precisamos que a população se conscientize da importância nutricional do leite e que o consumo per capita aumente em nosso país. Seria o momento de uma campanha publicitária divulgando os benefícios do leite para saúde. As gigantes do setor lácteo: Nestlé, Danone, JBS, Brasil Foods, Itambé poderiam fazer campanhas publicitárias conjuntas ou mesmo separadas, mostrando os benefícios do leite e derivados para saúde, já que nós produtores não temos uma entidade de classe que possa encampar tal campanha.

Espero que tenham gostado da idéia e da matéria.

Grande abraço a todos.

Eduardo Amorim
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/09/2010

Bom dia a todos;

Caro Édson;

Permita-me discordar de seu questionamento sobre o Milkpoint. O site tem viabilizado a discução de produtores e demais participantes do mercado sobre as mais diversas situações. A informação tem sido de grande importância na tomada de decisões de muitos leitores e a seriedade tem sido marca da atuação do site nos mais diversos temas ligados a produção e comercialização do leite.
Sobre a quantidade de cartas, acredito que não tem sido pouca. Muitos leitores se limitam a ler os artigos sem sentir necessidade de comentá-los sempre, afinal o objetivo direto não é o debate e sim a informação.
Sugiro que não seja injusto com uma das poucas instituições sérias no setor leiteiro nacional, e que utililize esta em prol da melhoria da sua atividade.

Um abraço

Sávio
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 24/09/2010

Na cidade de Bonfim - MG já se comentam em queda de 4 centavos em litro. E seca está muito apertada.

LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/09/2010

Tá certo Rodolfo, somos realmente heróis, quanto à "surpresa", vamos aguardar para ver. O artigo de vocês é muito bom.

parte II- Caro Edson, acompanho o Milkpoint há muito tempo, já fiz alguns cursos da Agripoint, por sinal todos excepcionais e de muita valia. Tenho aplicado os conhecimentos adquiridos e tem dado certo. Tenho apurado o custo do meu leite graças a um dos cursos ( Produção de leite e Avaliação de Rentabilidade). Tenho participado de alguns debates muito bons, motivados por artigos do site. Todos os que frequentam o site têm liberdade de expressar suas opiniões desde que não sjam ofensivas ou agressivas.
OUSO DISCORDAR de sua opinião sobre a falta de sintonia da equipe milkpoint com o setor primário da produção de leite, ou seja, nós, produtores de leite. Não tenho procuração para defender ninguém, mas o Milkpoint é talvez o único site que realmente está ligado aos produtores diretamente, basta ler a infinidade de assuntos publicados em seus artigos, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista da atividade como um todo. Na minha visão, temos um local de encontro importantíssimo para discutirmos o assunto leite, sua produção, política, posições, expormos idéias, discordarmos enfim, mais sintonia é difícil. O que acontece é que a grande maioria não se preocupa em participar, ficam enclausurados em suas próprias idéias e aí.... Cresci muito frequentando o site, adicionei e absorvi muito conhecimento desta maneira, depurei o bom e não aproveitei o que não era importante. A falta de sintonia é nossa, produtores, que como afirmei na outra carta, adoramos olhar para o nosso umbigo e consequentemente não fazemos nada e quando alguém se dispõe a abrir um canal de informação, debates, artigos técnicos etc.. não sabemos como aproveitar. Mais sintonia não existe, pode procurar ou será que quem tem sintonia conosco é o ministério da agricultura? os órgãos que dizem que nos representam? Ora, caro companheiro, o MILKPOINT É NOSSO e não falo isto de agora, mas de há muito tempo, Tá lá, o ponto de encontro da cadeia produtiva do leite, tá lá, essencial como o leite, apenas e tão somente precisamos aprender a frequenta-lo, coisa que pertence ao arbítrio de cada um. Não me leve a mal, mas freuqnte mais, critique mais, aporveite mais, debata e diga a seus amigos para fazer o mesmo, escarafunche o site, pesquise e sua opinião com certeza mudará. Um abraço a todos.
EDSON AFONSO ALVARENGA

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2010

boa noite a todos,a situação de nós produtores de leite é de amargar , mas não vou destilar minha raiva na não união de nós produtores, do governo, das mediocres cooperativas, mas da imcompatibilidades de voces da milkpoint que não tem a minima sitonia com nós produtores, pois caso contrario,diante da atual conjutura, era para estar cheio de cartas todas as materias deste site, se o que eu digo for verdade, quero ver a posiçao dos produtores de leite, obrigado pelo espaço, até mais ver.
RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 21/09/2010

Prezado Lucas,

Discordo dessa sua frase - "Ser produtor rural é quase ser herói, desculpem-me, mas não existe viés de alta para o leite" - por dois motivos.

O primeiro é que ser produtor rural, após os diversos pontos que você mesmo citou (alta dos preços de ração, preço médio recebido pelo leite, falta de incentivo ou apoio do governo e união dos produtores), não é "quase" ser herói. Parafraseando o Vicente Nogueira, produtor de leite são os verdadeiros heróis desse país.

Em segundo a parte referente ao viés de alta para o leite. Nosso artigo tentou explicar que talvez tenhamos sim uma melhora em curto prazo dos preços, e um sinal é a perspectiva de melhora no preço para setembro do preço do Conseleite/PR. Esperaremos pela "surpresa".
RODOLFO TRAMONTINA DE OLIVEIRA E CASTRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 21/09/2010

Prezado Aroldo,

Interessante as questões que você tratou sobre o desânimo dos produtores, atraso das prenhezes e morte dos animais. São todos fatores que devem atrasar e prejudicar a safra no Centro-Oeste e em outras regiões sob as mesmas condições.

Acredito que o clima seja o principal fator de influência na produção, e em uma relação de oferta e demanda, nos preços.
ANTÔNIO MORAES RESENDE

GOIÂNIA - GOIÁS

EM 19/09/2010

Prezado Marcelo,

Muito boa a sua análise!
No meu entendimento, só faltou você analisar a questão da "escassez dos volumos".
Já temos vários relatos de Técnicos e Produtores fornecedores das Cooperativas e da Indústria, dos Estados de Goiás e Minas Gerais (principalmente do Triângulo Mineiro), que a suas reservas de volumosos estão esgotando, e, já trás preocupação, principalmente devido as informações de que as chuvas ainda estão longe de acontecer.
Acredito que esta situação tende a agravar nas próximas semanas. Isso pode comprometer ainda mais a produção nestes dois Estados, causando uma redução ou estabilização da oferta, ainda mais, coincindindo com o final da safra da Região Sul, que, consequentemente irá reduzir também a sua produção.

Saudações,

Antônio Moraes Resende
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/09/2010

Meus caros Marcelo e Rodolfo, pela primeira vez sinto desânimo, a média do preço do leite apresentada na página é irreal, nas minhas terras não chove a 152 dias, por milagre divino ainda temos água, o preço médio do leite está entre 0,52 a 0,60, não é só o meu é toda a região central de Minas, falar em, 0,70 é no mínimo equívoco, não existe este preço ao produtor em Minas Gerais. Observem o preço da ração, passou dos limites, como produzir leite com os preços atuais? Este País é um paizinho, onde já se viu importar leite quando somos autosuficientes na produção? e o pior, ninguém faz nada, ninguém reage, todo mundo fica olhando para o próprio umbigo e quietinho, ser produtor de leite num país em que os dirigentes não sabem o que é leite, só outras, é difícil, muito difícil. ainda vamos importar comida, carne, leite, frutas(os supermercados andam cheios delas) como já fazemos com tecidos, eletros, quinquilharias, estamos voltando no tempo. Ser produtor rural é quase ser herói, desculpem-me, mas não existe viés de alta para o leite, o conformismo do produtor impede tal movimento. O movimento de baixa vai enforcar o produtor de leite, do pequeno ao grande, e aí? quem ganha? Vamos voltar a vender vaca de leite para corte? e como ficarão as indústrias? Estabilidade com preço baixo é o que? fim de linha para o produtor! Uma pesquisa indicaria que tem muita gente saindo do negócio leite, liquidando rebanho e indo cuidar de outra coisa. os leilões de tvs não indicam a realidade, aquilo é a minoria que produz 10% do leite, pesquisem o interior onde se produz 90% e a realidade estará posta. A questão final do artigo, muito bom por sinal, é simples, não haverá surpresas, vai piorar como sempre, com as primeiras chuvas que só virão lá prá novembro ou dezembro, cai mais um pouco, como se pasto, capineira e cana brotassem da noite para o dia. Um dia, e eu, provavelmente não vou ver, os produtores de leite vão se unir, teremos um governo preocupado com o produtor rural, sabendo que sem nós o povo vai passar fome, mas isto só Deus sabe quando. Desculpem-me, mas é desabafo público mesmo. Tem muita gente com medo de abrir a boca, sei lá porque. Os órgãos que dizem nos representar estão na muda, caladinhos, cadê as federações, confederações, etc?
Um abraço!
AROLDO AUGUSTO MARTINS

EDEALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/09/2010

Acho que ainda tem outro fator que pesa , a morte exagerada de vacas devido a forte seca no centro oeste. Mais o desanimo do produtor em alimentar suas vacas com isso ira atrazar a prenhes. Mais o cartel do leite , que só eles querem ganhar e o mercado fica sem direção.

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