Cenário internacional ainda não indica melhoria de preços |
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FERNANDO FERREIRA PINHEIROBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL EM 26/01/2016
Valter,
Concordo também com suas considerações, o mercado tem seus altos e baixos. Essa situação acontecerá de tempos em tempos. Para sermos competitivos em todos os ramos da cadeia de leite, temos que ter em mente esse comportamento do mercado. Falar de crescimento e exportação somente quando o mercado está aquecido e os estoques mundiais baixos, é uma situação de oportunismo. E a longo prazo oportunistas tendem a não se firmar nos mercados. Como você falou qual o papel o setor lácteo brasileiro pretende ter, o oportunista ou o de player efetivo do mercado externo? Vamos exportar somente comodites como o leite em pó? Mesmo que o grande volume seja de leite em pó, vamos exportar para qual tipo de mercado externo? Ou seja, quem serão clientes? Países com problemas de caixa, países que sofrem embargos de outros fornecedores? Ou vamos disputar os bons compradores e pagadores? Para ser sustentável, é preciso ser competitivo. Para ser competitivo é preciso eficiente e ter produto de qualidade. Nosso custo final da tonelada do leite em pó é competitivo, mesmo com o dólar no preço que está? Custo a custo, a qualidade e as garantias de seguranças sanitárias que possuímos são melhores do que dos outros concorrentes? Os derivados lácteos brasileiros serão produtos que serão exportados como "carona" da carne e outros produtos? Ou o leite em pó e outros derivados serão produtos que abrem mercados? Para uma construção de cenários e estratégias para desenvolvimento do setor é preciso responder e agir sobre o comportamento do mercado e suas variáveis e, responder as questões citadas por você e reforçadas acima. E quando me refiro a setor, não me refiro somente às indústrias, mas também aos produtores, associações e outros membros que atuam na cadeia. São nas crises, que costumam surgir oportunidades, mas isso só ocorre para quem sabe o quer. Atenciosamente Fernando |
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VALTER GALANPIRACICABA - SÃO PAULO - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 26/01/2016
Olá Fernando,
Obrigado pelo seu comentário! Com o atual cenário para a economia brasileira, não se pode esperar muito do mercado interno. De fato, já no ano de 2015, os institutos que monitoram consumo no mercado brasileiro já indicaram redução entre 4 e 5% nos volumes de vendas de lácteos no mercado nacional e a expectativa para 2016 não é de grande recuperação. Por outro lado, um ponto interessante e que categorias "inovadoras" pareceram menos expostas a situação econômica do país. O exemplo mais claro é a categoria de iogurtes gregos, cujo volume cresceu dois digitos em 2015, apesar da situação do país. Sobre os cenários de longo prazo (2017 e 2018) é realmente difícil fazer previsões neste momento. No mercado internacional, a tendência é de recuperação de preços a patamares mais próximos da média histórica (para o leite em pó integral, algo em torno de US$ 3.200-3.400/ton). Acho que é importante pensar no papel que o Brasil terá neste cenário de médio/longo prazos. Teremos um papel exportador "sustentável" no longo prazo? O que fazer para isso acontecer? Quais as maiores oportunidades de ganhos de competitividade no leite brasileiro e como endereça-las? Acho que são questões importantes que, agregadas aos pontos que você levanta, devem fazer parte da agenda competitiva do nosso setor. Grande abraço, Valter |
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FERNANDO FERREIRA PINHEIROBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL EM 25/01/2016
A análise do cenário ficou simples e objetiva, há ainda a questão interna. Se o mercado internacional não traz muitas perspectivas a curto prazo, o que podemos dizer do mercado interno em uma economia passando da estagnação para a recessão? Essa análise é importante para o setor, uma vez que o mercado interno havia melhorado desde o início do plano real, devido à melhoria no poder de compra do brasileiro. Agora com a recessão, os produtos lácteos de menor valor agregado tendem a diminuir suas vendas. E esses produtos são exatamente aqueles que o brasileiro passou a consumir. É verdade que no início da crise, o consumidor tentará continuar a comprar estes produtos, mas a médio e longo prazo a tendência será de queda, principalmente nas classes de renda mais baixa.
Agora não dá para voltar atrás e mudar as previsões. Seria interessante que os especialistas em mercado analisassem o cenário atual e os possíveis cenários futuros. Considerando uma retomada da economia interna em 2017 ou 2018, o que acontecerá se os principais países produtores continuarem a aumentar a produção? E os mercados compradores, quando retomaram suas compras? Haverá estoques? Qual o impactos destes? O delineamento de cenários (considerando as possibilidades acima descritas) será importante para produtores e indústrias estabelecerem suas estratégias nos próximos anos. |
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