Os minerais e vitaminas disponíveis em forrageiras e concentrados não são suficientes para suprir a necessidade das vacas leiteiras, com isso a suplementação desses nutrientes na nutrição do animal é um fator de grande importância nas fazendas leiteiras com o objetivo de melhorar o desempenho, produção e a qualidade do leite do seu rebanho.
A exigência de nutrientes, foi aumentando com a evolução na produção de leite das vacas leiteiras, quanto mais o animal produz maior será a inclusão dos minerais e vitaminas. O balanceamento perfeito sem excesso ou falta de nutriente, permite otimizar a produção de leite. A digestibilidade do mineral deve ser conhecida, pois a disponibilidade biológica das fontes, indicaram o quanto o produto é absorvido e utilizado pelo animal para promover uma produção saudável. A Kera Nutrição Animal ajuda os produtores a fornecer fontes de nutrientes altamente biodisponíveis para vacas leiteiras.
Os minerais são classificados em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Magnésio, Potássio, Cloro, Sódio e Enxofre) e microminerais (Ferro, Zinco, Manganês, Iodo, Selênio, Cobre, Cobalto e Molibidênio). Cada mineral desempenha uma função no organismo do animal, mas em aspectos gerais realizam três tipos de funções essenciais:
-Participam como componente estrutural dos tecidos corporais;
-Atuam nos tecidos e fluidos corporais como eletrólitos para manutenção do equilíbrio ácido-básico, pressão osmótica e permeabilidade das membranas celulares;
-Atuam como ativadores de processos enzimáticos.
As deficiências minerais causam doenças metabólicas que acometem os bovinos leiteiros, afetando o desenvolvimento, gerando problemas de fertilidade, e baixa produção de leite. Estas desordens são referentes com o desequilíbrio entre a ingestão, absorção e exigência do animal. As deficiências sejam leves ou moderadas podem levar a sérios prejuízos econômicos, uma vez que reduzem a produtividade dos animais.
As exigências de minerais e vitaminas variam conforme o ciclo de vida dos bovinos, há um aporte de nutrientes que representa o mínimo necessário para que o animal permaneça vivo e seu organismo se mantenha em pleno funcionamento (mantença). Existe uma demanda maior que a mantença para o animal de produção, necessitando de uma formulação mineral balanceada para poder atingir a máxima produtividade e lucratividade.
Com as pesquisas realizadas durante todos esses anos, verificamos a necessidade da suplementação de vitaminas. As vitaminas aumentam o custo da dieta, mas quando suplementadas adequadamente, aumentam a renda sobre o custo de alimentação e melhoram a saúde da vaca. Como os minerais, as vitaminas devem estar presentes na dieta na quantidade correta, prevenindo hipovitaminose e hipervitaminose, causado pela carência e excesso dessas substâncias, respectivamente.
A vitamina A é fundamental para a integridade da mucosa dos animais e do seu aparelho reprodutivo, participa da transformação dos hormônios reprodutivos e desempenha papel importante no desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico.
Vitamina E possui propriedades antioxidantes conhecidas por seus efeitos na melhoria da função das células imunes (PONTES et al., 2015). E quando suplementada com selênio tem mostrados resultados satisfatórios na redução de metrite e infeções da glândula intramamária e possui ação específica na absorção da vitamina A.
Vitamina D age no metabolismo do cálcio e do fósforo, melhorando a absorção desses minerais pela mucosa intestinal. As pesquisas evidenciaram que a vitamina D não é simplesmente um nutriente necessário para o crescimento e desenvolvimento esquelético, demonstrando ter múltiplos papeis fisiológicos, como controle da diferenciação e proliferação celular e ativação das defesas do sistema imune inato (Norman, 2008; Adams e Hewison,2010; Nelson at al., 2012).
ABORDAGEM PRÁTICA DO ESTRESSE OXIDATIVO
Em vacas leiteiras desde o crescimento até a morte, reações metabólicas ocorrem para garantir a produção de energia e sobrevivência dos animais, essas reações produzem radicais livres que quando produzidos em quantidades excessivas, podem causar danos as células. A produção elevada dos radicais livres pode acontecer devido a vários fatores como: aumento na produção de leite, estresse térmico, pré e pós-parto, desequilíbrio na dieta, processos inflamatórios, entre outros.
Radicais livres são constantemente produzidos durante o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. Estes radicais livres são quimicamente instáveis, pois perderam um elétron ou tem um elétron extra, e para se livrar desta instabilidade química, doam ou tomam elétrons de moléculas celulares mais frágeis, tais como DNA e lípides de membrana, isto altera estas moléculas o que pode levar a célula a morte.
Estresse oxidativo é o termo utilizado quando a geração de radicais livres excede a capacidade do organismo de neutralizar estes compostos instáveis, ou de reparar os danos causados na célula. Vários nutrientes são importantes para a neutralização destes compostos. Isto inclui os microminerais Ferro, Zinco, Cobre, Manganês e Selênio, os quais são chamados de metais de transição pois tem a habilidade de permanecer estáveis com diferentes números de elétrons. Quando suplementados de forma adequada, estes minerais são incorporados dentro de enzimas que se aproveitam da habilidade destes minerais. O metal dentro da enzima pode aceitar elétrons dos radicais livres com um elétron extra o que irá neutralizá-lo e impedir que ele danifique o DNA ou a membrana celular. Em seguida, a enzima utiliza o metal carregado com um elétron extra, para doar o elétron para um segundo radical livre que está avido por um elétron.
Entretanto, quando qualquer um destes minerais é fornecido em excesso, a capacidade das enzimas de utilizar os microminerais fica sobrecarregada e eles serão transportados na circulação por proteínas plasmáticas como albumina e transferrina. Quando se encontram em solução, Fe, Cu, Zn e Mn, estes metais são, inevitavelmente, instáveis. Isso ocorre quando os animais são superalimentados, e eles passarão a comportassem como os próprios radicais livres, na tentativa de ficar o mais estável possível. Resumindo, a mesma propriedade que permite que eles atuem como antioxidantes, quando fornecidos de forma balanceada. Pode torná-los doadores e receptores de elétrons de componentes celulares como os radicais livres, quando fornecidos em excesso aos animais.
A vitamina E é um importante antioxidante, pois muitas respostas clínicas observadas com adequada suplementação, pode estar atribuída a sua função antioxidante, embora, talvez, via modulação de compostos reativos de oxigênio e nitrogênio, a vitamina E, também pode estar envolvida na regulação gênica. Os estudos mostram que a Vitamina E quando suplementada adequadamente melhora o sistema imune e reduz a retenção de placenta, metrite e mastite clínica e subclínica.
Com a suplementação mineral e vitamínica de qualidade, fornecendo matérias primas de alta disponibilidade biológica, alcança-se resultados satisfatórios no rebanho. A Kera Nutrição Animal, possui uma linha completa de minerais para o seu rebanho, contendo aditivos em suas fórmulas (adsorvente de micotoxinas, tamponante, levedura inativa, dentre outros), fornece nutrientes para o aporte metabólico dos seus animais.
Karla Ferreira/Zootecnista.
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