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E se a seletividade das vacas por alimentos for o fator de redução no desempenho?

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 11/10/2023

5 MIN DE LEITURA

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Existe um ditado popular que fala: “quem muito escolhe, acaba sendo escolhido” ... No caso das vacas de leite, escolher demais ao se alimentar pode gerar um ponto crítico nutricional, pois nesta seleção, pode ser desencadeada uma deficiência nutricional ou metabólica.

A seletividade por certas partículas de silagem ou de rações totais misturadas não é incomum nas propriedades leiteiras, e a origem desse comportamento ingestivo é objeto de estudos. Os ruminantes possuem a capacidade de consumir somente certas porções das plantas; e esse comportamento alimentar aplica-se , às dietas com concentrados. Uma das hipóteses para sua origem é o mecanismo de auto recompensa, no qual as propriedades sensoriais e estímulos após ingestão são associados negativa ou positivamente ao alimento em si, influenciando no comportamento dos animais à longo prazo.

A propensão das vacas de leite por escolher um tamanho ou tipo específico de partículas, a depender do grau, influencia em diversos aspectos nutricionais. Quando o alimento ingerido, principalmente por seleção, difere da dieta total calculada e fornecida, perde-se o equilíbrio de nutrientes calculados para suprir as exigências dos animais; especialmente para animais com acesso restrito ao alimento assim que fornecido, seja por alta competitividade no lote ou por fatores clínicos como claudicação. No caso da rejeição das partículas maiores, por exemplo, o menor consumo de fibras – proporcionalmente aos carboidratos fermentados - pode impactar no pH e na microbiota ruminal. Esses efeitos foram demonstrados por DeVries ecolaboradores, através da associação entre a seleção de partículas longas e menores índices de pH – tanto o nível máximo, quanto as variações.

Um estudo comparativo para verificar o impacto desse comportamento no desempenho do rebanho usou a ferramenta Penn State Particle Separator para avaliar o tamanho das partículas e observou uma queda de 3% na produtividade –- a cada 1% de aumento na seletividade por partículas menores que 1.18mm em relação a partículas longas (Sova et al., 2013).

Existe um ditado popular que fala: “quem muito escolhe, acaba sendo escolhido” ... No caso das vacas de leite, escolher demais ao se alimentar pode gerar um ponto crítico nutricional, pois nesta seleção, pode ser desencadeada uma deficiência nutricional ou metabólica.

A seletividade por certas partículas de silagem ou de rações totais misturadas não é incomum nas propriedades leiteiras, e a origem desse comportamento ingestivo é objeto de estudos. Os ruminantes possuem a capacidade de consumir somente certas porções das plantas; e esse comportamento alimentar aplica-se , às dietas com concentrados. Uma das hipóteses para sua origem é o mecanismo de auto recompensa, no qual as propriedades sensoriais e estímulos após ingestão são associados negativa ou positivamente ao alimento em si, influenciando no comportamento dos animais à longo prazo.

A propensão das vacas de leite por escolher um tamanho ou tipo específico de partículas, a depender do grau, influencia em diversos aspectos nutricionais. Quando o alimento ingerido, principalmente por seleção, difere da dieta total calculada e fornecida, perde-se o equilíbrio de nutrientes calculados para suprir as exigências dos animais; especialmente para animais com acesso restrito ao alimento assim que fornecido, seja por alta competitividade no lote ou por fatores clínicos como claudicação. No caso da rejeição das partículas maiores, por exemplo, o menor consumo de fibras – proporcionalmente aos carboidratos fermentados - pode impactar no pH e na microbiota ruminal. Esses efeitos foram demonstrados por DeVries ecolaboradores, através da associação entre a seleção de partículas longas e menores índices de pH – tanto o nível máximo, quanto as variações.

Um estudo comparativo para verificar o impacto desse comportamento no desempenho do rebanho usou a ferramenta Penn State Particle Separator para avaliar o tamanho das partículas e observou uma queda de 3% na produtividade –- a cada 1% de aumento na seletividade por partículas menores que 1.18mm em relação a partículas longas (Sova et al., 2013).

Imagens meramente ilustrativas.

Nesse sentido, buscam-se ajustes de manejo que podem contribuir para amenizar esse comportamento. Ordem de enchimento dos alimentos no vagão misturador, tempo de mistura, adição de água etc., são pontos importantes a serem monitorados, juntamente com a avaliação após o fornecimento desta dieta. Isso porque, características da dieta também influenciam na facilidade de expressão desse comportamento, em especial o tamanho das partículas de forragem e a umidade da dieta total: quando na medida certa, dificulta a separação das partículas. Entretanto, umidade em excesso, especialmente em condições climáticas com temperatura elevada, podem contribuir para uma precoce deterioração do alimento, gerando o efeito inverso de aumento do comportamento seletivo.

Em estudo realizado pela pesquisadora Grigoletto, foi descrito que as vacas que consumiram dieta com Milk Sacc® +, um blend de leveduras e minerais orgânicos da Alltech, reduziram a seleção por partículas de ração com tamanho menor que 4 mm, enquanto aumentaram a seleção entre 8 e 19 mm. Tal achado pode ter sido consequência do efeito da levedura em manter a estabilidade do pH ruminal, que favoreceu a atividade das bactérias fibrolíticas. Essa avaliação é apoiada também pela redução no tempo de mastigação e ruminação por Kg de matéria seca ingerida quando as vacas foram alimentadas com Milk Sacc+. Os animais que receberam esse aditivo se alimentaram em intervalos menores, e consequentemente com maior frequência, contribuindo ainda para um bom ambiente e funcionamento ruminal. No mesmo estudo, as vacas alimentadas com Milk Sacc+ tiveram maior produção de leite (+ 1,48 kg/d) e dos sólidos (proteína, gordura e lactose).

A observação do comportamento ingestivo e análise das sobras no cocho por profissionais capacitados é fundamental para uma avaliação mais assertiva das causas e alternativas, assegurando que a seletividade dietética configura um desafio para a produção. O uso de aditivos nutricionais à base de levedura é uma alternativa relevante para a manutenção do pH ruminal, diminuindo a seletividade alimentar, favorecendo o aproveitamento dos nutrientes e desempenho na produção de leite.

 

Referências:

Devries, T. J., Dohme, F., & Beauchemin, K. A. (2008). Repeated ruminal acidosis challenges in lactating dairy cows at high and low risk for developing acidosis: feed sorting. Journal of dairy science91(10), 3958–3967. https://doi.org/10.3168/jds.2008-1347

Grigoletto, N. T. S., Ghizzi, L. G., Gheller, L. S., da S Dias, M. S., Nunes, A. T., Silva, T. B. P., da Silva, G. G., Costa E Silva, L. F., Lobato, D. N., & Rennó, F. P. (2021). Effects of a blend of live yeast and organic minerals or monensin on performance of dairy cows during the hot season. Journal of dairy science104(11), 11634–11645. https://doi.org/10.3168/jds.2021-20194

Miller-Cushon, E. K., & DeVries, T. J. (2017). Feed sorting in dairy cattle: Causes, consequences, and management. Journal of dairy science100(5), 4172–4183. https://doi.org/10.3168/jds.2016-11983

Onetti, S. G., Reynal, S. M., & Grummer, R. R. (2004). Effect of alfalfa forage preservation method and particle length on performance of dairy cows fed corn silage-based diets and tallow. Journal of dairy science87(3), 652–664. https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(04)73208-7

Sova, A. D., LeBlanc, S. J., McBride, B. W., & DeVries, T. J. (2013). Associations between herd-level feeding management practices, feed sorting, and milk production in freestall dairy farms. Journal of dairy science96(7), 4759–4770. https://doi.org/10.3168/jds.2013-6679

*principal referência foi a revisão do Miller-Cushon, link pra acesso na íntegra:

https://www.journalofdairyscience.org/article/S0022-0302(16)30920-1/fulltext

 

 

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