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Pontos do programa de reprodução que não podem ser cortados em tempos difíceis

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 23/11/2009

2 MIN DE LEITURA

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Na época em que o preço do leite começa a cair, a vontade do produtor é cortar gastos com o programa de reprodução, mas existem pontos que não podem ser cortados, pois quando o leite voltar a subir, não haverá como recuperar e o prejuízo será maior ainda, como por exemplo, se o rebanho estiver com grande quantidade de vacas vazias no final de lactação ou com poucas novilhas de reposição.

Manejo de transição: o período de transição tem impacto no desempenho da lactação futura; se a vaca não for alimentada e manejada de maneira adequada no período de transição, o desempenho reprodutivo será afetado.

• Manter ingestão de matéria seca - não podemos nunca economizar na dieta das vacas nesse período. A redução do consumo pode resultar em doenças metabólicas que irão comprometer tanto a produção quanto a reprodução na lactação futura.
• Minimizar o estresse por superlotação - espaço no cocho e nas áreas de descanso é essencial para reduzir o estresse e maximizar o consumo de matéria seca no período de transição. Todo tipo de estresse deve ser evitado nesse período.
• Separar lotes - manter vacas primíparas e multíparas separadas pode ser benéfico para ambos os grupos no período de transição. Novilhas no pré-parto comem menos, mas precisam de mais energia do que vacas multíparas, pois ainda estão em crescimento. Se as novilhas tiverem que brigar com vacas maduras para se alimentarem, provavelmente não conseguirão ingerir a quantidade que necessitam para manutenção e crescimento.

Qualidade do sêmen: o uso de inseminação artificial tem benefícios indiscutíveis, incluindo a oportunidade da escolha de Touros geneticamente superiores. Quando o preço do leite começa a cair, muitas fazendas começam a pensar em parar de inseminar para reduzir os custos, mas essa atitude pode ser desastrosa para o futuro da fazenda. As novilhas são o futuro da fazenda, o que torna essa decisão de parar de inseminar ou comprar sêmen de pior qualidade genética um grande perigo para o futuro da fazenda.

Motivação dos funcionários: a motivação, o treinamento e a experiência dos funcionários têm impacto muito grande no desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho, pois são eles que estão diretamente envolvidos com as rotinas diárias. Antes de cortar custos com mão de obra, tenha certeza que os funcionários que vão ficar na fazenda têm capacidade de acumular as tarefas, e que estes têm capacidade e conhecimento para realizá-las de forma adequada e satisfatória, sem comprometer a qualidade do serviço.

Serviço veterinário: apesar da visita do veterinário ter um custo, ela é necessária para a manutenção do programa reprodutivo. O serviço veterinário é importante especialmente para:

• Detectar vacas vazias - A importância de se identificar a vaca gestante todo mundo sabe, mas o importante mesmo é identificar a vaca vazia e garantir que esta seja re-inseminada o mais rápido possível.
• Detectar e tratar precocemente os problemas uterinos. Vacas com infecções uterinas diagnosticadas precocemente e tratadas corretamente têm mais chances de emprenharem no período esperado. O veterinário também pode e deve ajudar na prevenção desses problemas.
• Alterar o programa reprodutivo - O veterinário pode identificar pontos do programa reprodutivo que podem ser alterados para a redução dos custos sem comprometer os resultados futuros.

Esses são alguns dos pontos que não podem ser deixados de lado quando o preço do leite começa a cair, pois causam problemas que podem comprometer de forma significativa o futuro da fazenda.

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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DANIELA REIS VILELA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS

EM 26/11/2009

Gostei bastante do artigo,

Entendi que o objetivo do mesmo foi mostrar para os produtores onde eles não devem mexer, nem cortar de seus programas de reprodução em época de queda do preço do leite, pois se houver cortes ou alterações desnecessárias, os danos no rebanho leiteiro na tentativa de não gastar em tempos de queda, podem ser irreparáveis, causando assim um problema maior para os produtores, que vão querer investir quando o preço do leite subir, mas já será um pouco tarde, pois não souberam manter e investir nos cuidados com seus rebanhos.
Fica claro com este artigo que não se deve tentar economizar em pontos onde se é fundamental manter um equilíbrio, para que futuramente o prejuízo não seja ainda maior.
SERGIO CAETANO DE RESENDE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/11/2009

As orientações dos doutores, professores universitários, são cientificamente perfeitas. A produção de leite é um meio de vida que gasta esse tempo. Sem investir na reprodução, comprando as vacas prontas, o investidor ganha quarenta anos de execução, poderá conseguir reaver o capital e corre um imenso risco de perder muito dinheiro.
Com a manipulação de preços pelos laticínios e pelos varejistas, não resta aos produtores outra alternativa que não seja reduzir a produção até obter preço remuneratório. Gostaria muito que os nossos doutores, voltassem suas mentes brilhantes e grande conhecimento para buscar soluções que servissem de base na construção de um sistema produtivo sustentável, estável, sem transferência de riquesa dos pequnos produtores de leite para os outros (grandes, indústria, comércio e o Estado).
Uma das atitudes obrigatórias, na época de preços baixos, é reduzir os custos e aumentar a produtividade. Isto é, descartar as vacas de menor produção com a mesma alimentação (sempre tem), baratear a alimentação e, naturalmente, na medida que produzir menos, dispensr a mão-de-obra excedente. Vale dizer, é óbvio, que todos os investimentos deverão ser interrompidos, a não ser aqueles já iniciados e a suspensão poderia gerar perda da parte realizada.
A produção, industrialização, comercialização e tributação do leite deveria ter política pública específica em todos os níveis do Estado, porque não pode ser entregue ao livre mercado, devido a sua importância e força social.
O aumento de produção de leite interessa a todos os segmentos sociais e de mercado mas prejudica os pequenos produtores rurais, senhores da metade inviável da produção, formadores de 80% (oitenta por cento) dos proprietários.
Manter a reprodução e garantir o emprego dos veterinários e dos empregados não basta para sairmos da crise e para evitarmos nova crise logo após.

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