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Importância do manejo nutricional de vacas em transição na redução de problemas periparto

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 20/10/2000

3 MIN DE LEITURA

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Período de transição é definido como sendo as ultimas três semanas antes do parto, sendo um período crítico para a saúde e produtividade das vacas na lactação que se inicia. É um período relativamente curto de tempo em que o técnico e/ou produtor devem se esforçar para oferecer às vacas as melhores condições possíveis visando aumento da produção futura.

Implicações

* Vacas sem problemas periparto produzem mais leite e têm melhores índices reprodutivos.
* Controlar as doenças metabólicas é necessário para otimizar a performance produtiva e reprodutiva.
* Doenças metabólicas são complexas, ou seja, uma predispõe à outra, que pode predispor à outra, etc.
* Retenção de placenta, fígado gorduroso, hipocalcemia, síndrome acidose-laminite são os principais problemas metabólicos que influenciam negativamente a produtividade em vacas leiteiras.

Estratégias a serem utilizadas durante o período de transição

* Preparar o rúmen (estimular o crescimento de bactérias que metabolizam lactato e o crescimento das papilas ruminais, visando maximizar a absorção dos nutrientes) para que as vacas no início da lactação possam receber dietas com alta densidade nutricional, minimizando perdas de peso e otimizando a produção de leite e eficiência reprodutiva.

* Prevenir o decréscimo acentuado da concentração sangüínea de cálcio ao parto. Devido à grande quantidade de cálcio disponibilizado para o colostro e leite, pode ocorrer menor concentração de cálcio sangüíneo. Casos graves resultam em febre vitular. Casos menos graves resultam em depressão da ingestão de matéria seca e perda de contratilidade muscular que pode levar à retenção de placenta, deslocamento de abomaso e mastite ambiental (não fechamento do esfíncter da teta após a ordenha).

* Redução da imunosupressão que ocorre periparto.

Ao parto, fisiologicamente, as células sangüíneas brancas (leucócitos = células de defesa) apresentam menor capacidade de fagocitose (capacidade de "engolir" as bactérias) aumentando assim a susceptibilidade do animal a infeções uterinas e da glândula mamária. Fatores hormonais relacionados ao parto (alto estradiol e cortisol) e fatores estressantes, como diminuição da ingestão de matéria seca periparto (balanço energético negativo), são os prováveis responsáveis por esta diminuição da capacidade de fagocitose pelos leucócitos.

Neste radar iremos discutir a importância da capacidade de resposta imune das vacas periparto e seus reflexos na incidência de retenção de placenta e incidência de infeções puerperais.

As membranas fetais devem se separar da parte materna o mais rápido possível após o parto. São muitos os fatores que podem determinar se a placenta vai ou não ser expulsa. Alguns trabalhos têm mostrado a importância da aplicação de PGF2( na redução da incidência de retenção de placenta (vai ser discutido no próximo radar).

Alguns trabalhos têm sugerido que o sistema imunológico é muito importante na ocorrência da retenção de placenta, sendo que em vacas sem retenção de placenta ocorre maior afluxo de leucócitos para os cotilédones do que em vacas com retenção de placenta. Este menor afluxo de leucócitos nos cotilédones já é evidente alguns dias antes do parto em vacas que vão sofrer retenção de placenta, e a proposta dos autores é de que vacas com sistema imunológico "fortalecido" reconhecem a placenta como corpo estranho e a rejeitam, o que leva à sua expulsão. Provavelmente vacas com imunosupressão periparto, além de maior incidência de retenção de placenta apresentam também maior susceptibilidade a infeções puerperais e menor capacidade de recuperação e involução uterina.

Fatores estressantes aumentam a concentração de cortisol, que inibe a resposta imunológica, associado ao raciocínio de sistema imunológico x rejeição da placenta e, sabendo-se que vacas com retenção de placenta apresentam maiores concentração de cortisol sangüíneo, é de grande importância o manejo e o conforto da vaca no período de transição, visando diminuir, dentro do possível, todos os fatores potencialmente estressantes, entre eles: estresse térmico, balanço energético negativo e presença de micotoxinas na dieta. Suprir com segurança os minerais e vitaminas auxilia e fortalece o sistema imunológico (Vit. E, Selênio, Cobre, Zinco).

Os níveis a serem suplementados devem ser acima dos recomendados pelo NRC 1989, que com certeza serão alterados no novo NRC que ainda vai ser lançado neste ano.

Vamos citar algumas recomendações que estão sendo utilizadas pela industria nos EUA.


Lembrem que o verão está chegando com força total, o que aumenta o estresse térmico e diminui a ingestão de matéria seca, ou seja, fique atento aos níveis de minerais e vitaminas que as vacas estão realmente ingerindo. Caso contrário, pode ocorrer aumento de problemas periparto, sendo melhor prevenir do que tratar.

Fonte: MilkPoint

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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