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Duas propostas de manejo da IATF em rebanhos leiteiros

POR LEANDRO FRANCISCO GOFERT

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 05/08/2004

3 MIN DE LEITURA

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A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma importante ferramenta que auxilia a melhora dos índices reprodutivos dos rebanhos leiteiros, contribui para a redução do período ocioso das fêmeas (período em que a fêmea não está gestante) e melhora a produção de bezerros e leite.

Possui alta viabilidade econômica, pois, com sua utilização, consegue-se eliminar erros de detecção de cios e induzir ciclicidade em animais em anestro, antecipando a obtenção de prenhezes.

Com isso, reduz-se a média de intervalo entre partos da granja leiteira, atingindo ou chegando próximo da condição ideal, que seria uma média de intervalo entre partos de 12 meses.

Neste artigo, sugerem-se duas possibilidades de manejo da IATF, em rebanhos leiteiros.

1º Manejo proposto: IATF + IA tradicional
 

  • 1. Realizar uma avaliação genital de todas as fêmeas que atingirem 30 a 40 dias de pós-parto, diagnosticando e realizando o tratamento prévio de eventuais endometrites, cistos ovarianos e outras patologias que interfiram no desempenho reprodutivo.

    2. Entre 40 a 60 dias de pós-parto, observar atentamente a manifestação de cios, inseminando as vacas (que manifestarem cios com muco límpido) da forma tradicional.

    3. Iniciar um protocolo de IATF com todas as fêmeas que chegarem a 60 dias de pós-parto sem cio detectado (desde que a condição corporal permita).

    4. Após 17 a 23 dias, tem-se a possibilidade de diagnosticar o cio das fêmeas que não emprenharam na IATF, tendo a chance de repasse com IA tradicional.

    5. A observação de cios deve continuar rotineiramente, inseminando-se eventuais fêmeas que voltarem ao cio após a 2ª IA.

    6. Fêmeas que voltarem ao cio, ou estiverem vazias após a 3ª inseminação, devem ser analisadas. Se o mérito produtivo dessas fêmeas for alto, pode-se dar outra chance ao animal, com outra IATF, IA ou monta natural.

    7. Animais sem méritos produtivos e mesmo as fêmeas de boa produção, as quais foi dada uma última chance e que permaneceram vazias, devem ser descartadas, colocando-se outro animal em seu lugar.

    8. Um detalhe a citar é a importância da precocidade de diagnósticos de gestação, pois, pode-se saber rapidamente quais fêmeas estão vazias e, dessa forma, utilizar as ferramentas disponíveis para torná-las prenhes. A utilização da ultrassonografia no diagnóstico mostra-se a melhor opção.

2º Manejo proposto: Somente IATF (abolindo a observação de cios)

 

 

  • 1. Realizar uma avaliação genital de todas as fêmeas que atingirem 30 a 40 dias de pós-parto, diagnosticando e realizando o tratamento prévio de eventuais endometrites, cistos ovarianos e outras patologias que interfiram no desempenho reprodutivo.

    2. Sincronizar todas a fêmeas com mais de 45 dias pós-parto, desde que a condição corporal permita.

    3. Realizar o diagnóstico de gestação aos 25 dias após IATF.(Ultrassom).

    4. As fêmeas vazias, ressincronizar com novo protocolo de IATF.

    5. Novo diagnóstico 25 dias depois (Ultrassom).

    6. As fêmeas ainda vazias, ressincronizar com protocolo de IATF.

    7. Novo diagnóstico 25 dias após, descartar as fêmeas vazias ou realizar repasse com monta natural.

Protocolos recomendados:

Existem vários protocolos de IATF. Para selecionar o mais adequado aos animais, visando melhores resultados, deve-se levar em conta:

 

 

 

 

  • Condição nutricional do rebanho leiteiro.

  • Grau de ciclicidade do rebanho leiteiro.

  • Produção leiteira do rebanho.

1) Protocolo IATF padrão (para vacas cíclicas, com boas condições corporais de médias produções leiteiras):

 

 

 


2) Protocolo IATF modificado (para vacas de altas produções leiteiras, cíclicas e com boas condições corporais):

 


3) Protocolo IATFC (com eCG, para vacas em condições corporais limites, em anestro, de baixas e médias produções leiteiras):

 


4) Protocolo IATFC modificado (com eCG, para vacas de altas produções leiteiras, em anestro e condições corporais limites):

 


Considerações finais:

Na primeira proposta de manejo (IATF + IA tradicional), a IATF é utilizada para emprenhar uma parte representativa das fêmeas vazias e trazer à ciclicidade aquelas que não emprenharem nessa inseminação, possibilitando o repasse com IA tradicional.

É o manejo mais viável economicamente, pois investe-se apenas uma vez em hormônios e depois se aproveita os benefícios indiretos da técnica para emprenhar rapidamente essas fêmeas.

A eficácia de detecção dos cios ocorridos após a IATF será o fator limitante para conseguirem-se intervalos parto-concepção curtos. Em propriedades sem mão-de-obra qualificada para isso, perdem-se cios demais, não se obtendo então os benefícios desejados.

Na segunda proposta de manejo, têm-se custos hormonais maiores, mas se a detecção de cios é pouco confiável naquela propriedade, então é o manejo mais viável economicamente.

LEANDRO FRANCISCO GOFERT

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NAYARA STÉFANY AGUILAR

EM 30/10/2023

qual protocolo é recomendado para vacas de leite
em anestro?
JOSE CARLOS LEMES

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/07/2018

gostaria de saber se no dispositivo ele ja vem com a progesterona ou tenho que colocar a progesterona para colocar o implante nas vacas
ALVARO ROBERTO CAVALCANTI

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/08/2004

Eu realizei uma IATF, como sugerido na primeira proposta, protocolo com CRONIPRES, com vacas de media produção,em estado corporal razoavel. Foi um total de seis Grupos totalizando l4 animais(produção de leite em assentamento).50% dos animais apresentaram cio l4 horas antes do previsto. Gostaria de saber se no momento previsto para inseminação estas vacas estariam aptas a serem inseminadas.Qual o período real de permanencia viavel de um folículo no útero após ovulação?

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