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A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) para reduzir o intervalo entre partos em rebanhos leiteiros

Por Leandro F. Gofert1

Introdução:

A redução do intervalo entre partos significa diminuir o período ocioso de uma vaca na fazenda, ou seja, fazer com que ela produza um bezerro por ano e permaneça seca somente o período mínimo necessário entre duas lactações.

A obtenção desse objetivo é possível quando:

 

 

  • O manejo nutricional é eficaz, fornecendo nutrientes, em quantidade e qualidade, suficientes para que os animais exprimam todo seu potencial genético.

  • O controle sanitário é funcional, controlando ou erradicando do rebanho, moléstias infecciosas e parasitárias que levem a mortalidade dos animais ou sua queda de produção.

  • O manejo reprodutivo é eficaz, inclusive com escrituração zootécnica rigorosa visando o descarte de animais inférteis ou sub-férteis, e a utilização de técnicas reprodutivas capazes de melhorar o desempenho do rebanho.

 


O que é IATF:

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma técnica desenvolvida para suprir as deficiências da inseminação artificial tradicional, que são as falhas de detecção de cios e a incapacidade de atingir fêmeas em anestro.

A IATF é aplicada no rebanho através do uso de fármacos capazes de controlar e sincronizar o ciclo estral e a ovulação das vacas, de modo que, se possa inseminar essas fêmeas em horários pré-determinados e com boas taxas de concepção. Sendo também capaz de trazer fêmeas em anestro à ciclicidade (com a inclusão do hormônio eCG nos protocolos de IATF).

Vale a pena lembrar que, os fármacos e hormônios utilizados não prejudicam as fêmeas, pois são substâncias iguais ou similares às que participam do processo fisiológico do aparelho reprodutivo, e terminado seu efeito, não interferem em ciclos estrais posteriores.

Pré-utilização:

A IATF deve ser utilizada em propriedades assistidas por veterinário capacitado, com adequado manejo nutricional, sanitário e reprodutivo, com fêmeas em boa condição corporal e acima de 45 dias de pós-parto.

Em caso de novilhas, somente as que já tiveram um ou dois ciclos estrais e já atingiram o peso adequado, podem participar de protocolos de IATF.

Existem vários protocolos desenvolvidos para IATF, a decisão de qual deles utilizar é uma decisão técnica, levando em conta a avaliação dos animais, contudo, dentre eles, os que demonstram melhores resultados são os que utilizam dispositivos de progesterona e eCG, pois aliam maior taxa de prenhez com o fato de atingir fêmeas em anestro.

Aplicando a técnica no rebanho:

A dinâmica da técnica é realizada, primeiramente, com a seleção dos lotes de animais a serem sincronizados. É importante previamente certificar-se que estes animais não possuem nenhum problema de ordem clínica no aparelho reprodutor (endometrites, cistos, etc), e que atinjam os requisitos citados no tópico acima.

O protocolo recomendado na maioria das condições é:

 

 

 

 

  • Dia 0 às 8 horas: Inserção de dispositivo intravaginal de progesterona e aplicação de 2mg de Benzoato de Estradiol via IM.

  • Dia 8 às 8 horas: Aplicação de 400 UI de eCG IM + aplicação de prostaglandina IM+ retirada do dispositivo de progesterona.

  • Dia 9 às 8 horas: Aplicação de 1 mg de Benzoato de Estradiol IM.

  • Dia 10 às 16 horas: Inseminar todas as vacas sincronizadas.

 


Melhores índices de prenhez são proporcionais à consideração das condições prévias referentes aos animais, aos horários de aplicação e doses, e à perícia do inseminador. Índices acima de 50% de prenhez na primeira inseminação indicam que a técnica foi bem aplicada.

Em animais que estejam apresentando ciclos estrais regulares pode-se suprimir o uso do eCG no protocolo, sem perda de resultados.

Vantagens proporcionadas:

Elimina-se a necessidade de observação de cios, e conseqüentemente as falhas de detecção. Conseguimos trazer à ciclicidade animais em anestro e insemina-los com bons índices de concepção.

Com o uso da IATF conseguimos que as vacas do rebanho emprenhem mais rapidamente no período pós-parto, conseguindo reduzir a média de Intervalo entre Partos (IEP), resultando disso uma maior produção/ano de leite e bezerros. Calcula-se que, num rebanho leiteiro, uma redução de um mês na média de IEP, produza um acréscimo de 5 a 6% na produção leiteira e de bezerros.

Outro benefício possível é a concentração de partos nas épocas de entressafra leiteira, onde os produtores recebem valores maiores pelo leite.

A racionalização da mão de obra e a melhor qualidade de vida proporcionada aos inseminadores, que podem dispensar a observação de cios e diminuição de problemas trabalhistas decorrentes disso, também são vantagens importantes.

Conclusões:

A IATF é uma ferramenta reprodutiva capaz de melhorar os índices produtivos do rebanho leiteiro.

A realização da técnica, respeitadas as condições de utilização, proporciona uma redução da média de IEP.

Os protocolos de IATF são relativamente de fácil execução, e possuem um custo-benefício extremamente vantajoso, pois os aumentos de produção leiteira e de bezerros compensam os valores gastos com os insumos gerando lucro ao produtor.

__________________________________________________________
1Médico Veterinário do Depto. Técnico da Tecnopec.

 

 

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SÉRGIO BRUM

VOLTA GRANDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/06/2018

Parabéns pelas informações, bem detalhadas e por consequência de fácil entendimento e operacionalidade!
Com certeza contribui muito para quem é da área e pretende melhor os resultados da atividade.
Sou produtor de leite e preocupado com a melhoria contínua do meu plantel.
Sérgio Brum,
MAYCON JHONATA ALVES DOS SANTOS

PARAUAPEBAS - PARÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 27/10/2017

Gostei muito da informação muito bem  explicada estou até interesado em fazer um de IATF

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