Quais as tecnologias adotadas na pecuária 4.0?

A pecuária, pilar essencial do agronegócio, tem desempenhado um papel vital na busca por inovação. Embora seu ritmo de transformação seja menos intenso quando comparado  a agricultura de ciclo anual, a pecuária não fica para trás quando o assunto é adoção de novas práticas relacionadas à tecnologia. 

Representando uma das principais forças motrizes do setor, a inovação impulsiona a criação de soluções visando aumentar a produtividade, reduzir as emissões de gases do efeito estufa e aprimorar a conectividade nas fazendas, entre tantas outras vantagens. Desde os anos 1960, com o rápido avanço tecnológico global, mesmo que de forma não digital na época, a pecuária passou por profundas transformações na maneira como cria e seleciona animais de alta qualidade genética. 

Como resultado, não é por acaso que o Brasil se destaca na produção de leite, figurando entre os três maiores produtores mundiais, com uma produção anual de aproximadamente 35 bilhões de litros. Atualmente, o setor leiteiro, e também o de carne, estão imersos na era da pecuária 4.0, já direcionando o olhar para um futuro não tão distante que é a expansão para o conceito pecuária 5.0. 

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Mas afinal, quais são as tecnologias adotadas na pecuária 4.0?

Algumas das tecnologias adotadas na pecuária 4.0 incluem:

• IoT (Internet das Coisas): utilização de sensores para coletar dados em tempo real sobre os animais, como temperatura, umidade, movimento, e até mesmo dados biométricos.

• Monitoramento Remoto: sistemas de monitoramento por câmeras e drones permitem que os agricultores monitorem o rebanho de forma remota, proporcionando uma visão em tempo real do comportamento e saúde dos animais.

• Big Data e Analytics: são ferramentas de análise de dados que são usadas para processar grandes volumes de informações coletadas pelos sensores, proporcionando insights valiosos sobre o comportamento e saúde dos animais.

• Sistemas de alimentação automatizada: dispensadores automáticos de ração garantem que os animais recebam a quantidade correta de alimento, de acordo com suas necessidades individuais.

• Biotecnologia e genética avançada: técnicas como a seleção genômica, clonagem e edição genética são usadas para melhorar as características desejáveis dos animais, como resistência a doenças e eficiência na conversão alimentar.

• Robótica: os robôs são empregados em tarefas como a ordenha de vacas, limpeza de instalações e até mesmo no monitoramento de animais doentes.

• Sistemas de gestão integrada: plataformas digitais oferecem soluções para gerenciar todos os aspectos da fazenda, incluindo a produção de alimentos, manejo de animais, gestão de dados e logística.

• Rastreabilidade e blockchain: tecnologias de rastreamento permitem que os consumidores rastreiem a origem dos produtos de origem animal, garantindo a segurança e qualidade.

• Inteligência artificial (IA): algoritmos de IA são usados para analisar padrões de comportamento dos animais e identificar anomalias que possam indicar problemas de saúde. 

• Realidade virtual (VR) e Realidade aumentada (AR): essas tecnologias podem ser utilizadas para treinar agricultores e veterinários, permitindo uma melhor compreensão e capacitação.  

Essas tecnologias são aplicadas de forma integrada para otimizar a produção e a gestão da fazenda, reduzindo os custos e os impactos ambientais, além de promover o bem-estar animal. É importante lembrar que a adoção dessas tecnologias pode variar de acordo com a escala da operação e os recursos disponíveis para os produtores.

Portanto, ao lidar com a abundância de tecnologias disponíveis, torna-se um desafio determinar qual delas adotar na propriedade e como melhor utilizar os dados gerados. Assim, precisamos considerar, entre todas as opções do mercado, aquela que se alinha melhor com os manejos e desafios específicos de cada unidade produtiva, além de ter a ciência do capital disponível para investimento.

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