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Fatos sobre o bem-estar das vacas no período da secagem

POR CEVA SAÚDE ANIMAL

CEVA: JUNTOS, ALÉM DA SAÚDE ANIMAL

EM 19/06/2015

3 MIN DE LEITURA

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O bem-estar animal vem ganhando cada vez mais importância na Europa e em outras partes do mundo (Comissão Europeia, 2012). Por exemplo, o artigo 13 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia reconhece os animais como seres dotados de sensibilidade e impõe que se leve em conta as exigências em matéria de bem-estar animal na formulação e execução de algumas de suas políticas.

Embora o conceito de bem-estar animal possa ser definido de inúmeras maneiras, é amplamente reconhecido que qualquer definição inclui três elementos: o estado emocional, o funcionamento biológico e a capacidade de o animal apresentar padrões normais de comportamento. De fato, atualmente é consenso que sanidade animal engloba o estado físico e mental e que o bom manejo implica tanto aptidão física como bem-estar (Mendl, 2001).

Como as sensações subjetivas do animal são parte fundamental de seu bem-estar, o argumento lógico é que estados subjetivos negativos reduzem o bem-estar. A dor, que é definida como experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano real ou potencial nos tecidos, está entre as emoções negativas mais importantes que podem diminuir o bem-estar (Merskey, 1979; Hudson et al., 2008). O conceito das Cinco Liberdades desenvolvido pelo Conselho de Bem-Estar na Produção Animal do Reino Unido forneceu uma estrutura precisa e simples para identificar os problemas de bem-estar (FAWC, 1992). Tais liberdades, que representam estados ideais em vez de padrões exatos de bem-estar animal, são descritas no Quadro 1.

Na pecuária de leite moderna o período de secagem ocorre cerca de 60 dias antes da data prevista de parição e implica a cessação brusca da ordenha de vacas que ainda estão produzindo quantidade considerável de leite (até 50 l por dia em alguns casos). Portanto, a consequência da secagem é o acúmulo de quantidade maciça de leite, causando edema no úbere e vazamento de leite. Por sua vez, o inchaço do úbere provoca desconforto e dor intensa, reduzindo o tempo total de descanso e a duração média dos períodos em que a vaca fica deitada. Esse efeito negativo da secagem no bem-estar é ainda mais acentuado pelo fato de percentual significativo dos pecuaristas adotarem a secagem abrupta, que provavelmente causa inchaço mais severo do úbere. Pesquisa realizada em seis países na Europa (França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido) mostra que 71% dos criadores fazem a secagem de forma abrupta.

Quadro 1. As Cinco Liberdades (FAWC, 1992)


Para cessar rápido a produção de leite, foi recomendada a restrição do consumo alimentar e de água. Contudo, a limitação brusca do consumo alimentar vem sendo associada ao aumento de cortisol, que é indicativo de estresse. Além disso, restringir o acesso à água levanta problemas sérios de bem-estar animal. O período de secagem também é uma época em que aumenta o risco de novas infecções intramamárias e atualmente há cada vez mais provas de que tais infecções são dolorosas e capazes de reduzir a vida produtiva das vacas (Dingwell et al., 2004). No Quadro 2 é mostrado um resumo dos principais problemas de bem-estar causados pela secagem.

Quadro 2. Principais problemas de bem-estar causados pela secagem


Os problemas de bem-estar animal causados pela secagem são mais significativos em rebanhos leiteiros de alta produtividade e, portanto, com maior probabilidade de tornarem-se cada vez mais relevantes. É por essa razão que o edema do úbere é mais acentuado em vacas leiteiras de elevada produtividade, sobretudo quando a secagem é feita de forma abrupta. Por sua vez, o inchaço do úbere provoca desconforto e redução do período de descanso, que são os principais problemas de bem-estar causados pela secagem.

Em resumo, a secagem pode comprometer no mínimo quatro das cinco liberdades. Apesar dos efeitos negativos no bem-estar animal, a secagem até hoje é bastante negligenciada na literatura sobre esse tema. Novas tecnologias que visem à rápida secagem sem causar stress alimentar à vaca, também poderão diminuir a pressão dentro do úbere e consequentemente a dor e o vazamento de leite, minimizando o problema nas quatro liberdades prejudicadas com o manejo atual de secagem.

Texto adaptado do Dr. Xavier Manteca Vilanova.
Apresentado durante evento “Secagem, onde tudo começa” em Barcelona.

CEVA SAÚDE ANIMAL

A Ceva vai revolucionar o manejo de secagem no mundo

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CEVA SAÚDE ANIMAL

PIRACICABA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 30/06/2015

Apesar de se tratar de herbívoros, os quais de modo geral apresentam seu comportamento natural quando habitam pastagens, a vaca leiteira atual foi submetida a cruzamentos desde que começou a ser domesticada. Esses cruzamentos proporcionaram um significativo aumento na produção leiteira e consequente aumento em suas necessidades nutricionais. Assim, sabe-se que a manutenção destes animais apenas em pastagens não é suficiente para atender as necessidades nutricionais atuais. Adiciona-se ainda os prejuízos provocados ao bem estar destes quando expostos à altas temperaturas, ou seja, a preferência desta categoria animal à locais com sombra e temperaturas mais baixas é amplamente conhecida.

O estudo abaixo evidencia que quando possibilitadas a escolher, as vacas leiteiras especializadas preferiram o free stall durante o dia, saindo para a pastagem apenas à noite, quando a temperatura chegou a atingir temperaturas abaixo de 10ºC. Com o aumento da produção também se aumenta o stress térmico, aumentando a demanda por muita comida e água próximos, além de sistemas que visem o máximo de conforto térmico, boa área para que possam se deitar confortavelmente por pelo menos 11h por dia. O produtor de sistemas de alta produção leiteira está constantemente olhando esses fatores pois ele sabe que bem estar animal está diretamente relacionado a ganhos na produtividade.

J Dairy Sci. 2009 Aug;92(8):3651-8. doi: 10.3168/jds.2008-1733.

Preference and usage of pasture versus free-stall housing by lactating dairy cattle.

Legrand AL1, von Keyserlingk MA, Weary DM.
JORGE ALBERTO CAVALCANTI DE LIVEIRA

MACEIO - ALAGOAS - PESQUISA/ENSINO

EM 22/06/2015

Uma vaca em lactação confinada,está livre para expressar padrões normais de comportamento?

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