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Aumentando o rebanho, sem descuidar da sanidade!

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/10/2007

3 MIN DE LEITURA

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Com a melhora da rentabilidade no setor, muitos produtores procuram alternativas para crescer o rebanho, a mais comum é a compra de animais. Entretanto, muitas doenças podem ser veiculadas com a chegada de novos animais no rebanho. Existem medidas de biossegurança que buscam prevenir a entrada de novas doenças no plantel.

Infelizmente o procedimento mais comum após a compra de animais é a introdução direta dos animais adquiridos no rebanho. Após a chegada dos novos animais é comum a ocorrência de problemas respiratórios, mastite, pinkeye, salmonelose, verrugas de casco, dentre outras doenças que aparecem repentinamente no rebanho.

O primeiro passo é a escolha do rebanho, observe na Tabela 1 um guia para avaliação do rebanho. Depois de selecionados os rebanhos, o correto procedimento durante a compra é examinar detalhadamente os animais e isolá-los logo após a chegada na fazenda. Estas medidas deveriam ser prioritárias em todas fazendas que realizam compra de animais.

Realizada a primeira triagem, as demais medidas de controle, após a chegada dos animais, são:

- novo exame completo de cada animal,
- avaliação do protocolo de vacinação e realização das vacinas necessárias,
- descorna (no caso de animais não descornados),
- medicação contra parasitas externos
- palpação retal

Após estas medidas básicas de controle, os animais precisam permanecer isolados do restante do rebanho por um período mínimo de trinta dias. Mas, por que isolar todos os animais recém introduzidos no rebanho?

1) Durante este período de isolamento é possível observar se os animais apresentam sintomas de alguma doença (possivelmente incubada na época da compra). Se diagnosticada alguma doença, é possível determinar se o animal será tratado ou não. O isolamento evita a disseminação da doença para o restante do rebanho.

2) A fase de isolamento oferece um período para a resposta do sistema imune às vacinas realizadas logo após a compra. Com isso, os novos animais ficarão mais protegidos às doenças já existentes no rebanho.

3) Durante o período de isolamento, há tempo suficiente para a realização dos exames laboratoriais e a obtenção dos resultados.

4) Durante o período de isolamento os animais terão oportunidade para recuperar do estresse da viagem, adaptar ao novo ambiente, aos funcionários e à nova dieta, facilitando a adaptação final ao rebanho.

Embora pareça ideal no papel, no dia-a-dia de um rebanho leiteiro, o isolamento é uma árdua tarefa, e por isso é raramente realizado. Os maiores entraves são oferecer uma instalação para os animais em isolamento e realizar o manejo deste grupo.

O ideal é manter os animais recém adquiridos o mais longe possível do rebanho. Piquetes utilizados geralmente para vacas secas são, muitas vezes, uma opção. O ideal seria um local com uma pequena área para exame e tratamento dos animais, caso seja diagnosticado algum problema. A área de hospital do rebanho não deverá ser utilizada para estes animais, já que o maior objetivo é evitar a contaminação do plantel.

O grande desafio são as vacas em lactação. Caso a propriedade não tenha outra opção para ordenhar as vacas recém adquiridas, a alternativa será ordenhá-las no final da ordenha. Nestes casos, deve-se evitar ao máximo o contato com as vacas do rebanho, devido à transmissão de algumas doenças pela via respiratória. Os funcionários deverão ser instruídos sobre a importância do isolamento para a saúde do rebanho e dos animais adquiridos.

Além disso, para evitar a transmissão, os funcionários deverão ser orientados a realizar o manejo dos animais em isolamento sempre em último lugar. Por exemplo: último lote a ser alimentado, ultimo lote a ser medicado, último lote a ser ordenhado, etc.

Medidas de prevenção como as citadas neste artigo irão contribuir para o sucesso do crescimento do rebanho, garantindo que a compra de novos animais não represente também a compra de novas enfermidades.

Tabela 1. Pesquisadores da Universidade de Michigan realizaram um "check list" com intuito de auxiliar produtores na compra de animais. PS: alguns critérios ainda não são utilizados no Brasil.


Fonte:

Brett, J. Biosecurity a must with new animals. Dairy Herd Management. Jan., 2007.

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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RODRIGO BARROTE

VARGINHA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 01/12/2011

Bom dia Renata Souza Dias, eu trabalho com casqueamento bovino, e atuo na região do Sul de Minas Gerais, e queria passar meu contato, pois gostaria de adquirir seu manual prático, e não o encontro em lugar algum, por favor, esse é meu endereço de e mail (rodrigo.barrote@hotmail.com), espero que possamos manter contato.

Grato. Rodrigo Barrote
RENATA SOUZA DIAS

CAMPINAS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/05/2008

Prezado Paulo Sergio da Silva,
Procurei informações sobre os prejuízos causados pela Piroplasmose na região norte do país e as informações de pesquisa que encontrei nesta região são, na maioria, realizados pela Emprapa.
Segue um trecho de uma publicação e o contato de uma pesquisadora da Embrapa na região que certamente poderá oferecer maiores informações.

Com atencao,

Renata Souza Dias


" No Norte o controle integrado do carrapato dos bovinos ou controle estratégico deve ser realizado no período que antecede o início das chuvas, entre os meses de agosto e setembro, no meio deste período, e em seu final. "Utilizando uma série de estratégias, como o controle estratégico, rotação de pastagens e utilização de animais "aspiradores" de larvas nas pastagens, assim como a utilização de carrapaticidas de alta eficiência para o controle das populações de carrapatos nas propriedades consegue-se um bom controle desse ectoparasita nos rebanhos em Rondônia, evitando que haja uma grande concentração de carrapatos nos animais e nas pastagens, permitindo que se faça também um bom controle da tristeza parasitária", conforme explica pesquisadora da Embrapa Rondônia."
Contato : daniela@cpafro.embrapa.br
PAULO SERGIO DA SILVA

OURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA - ESTUDANTE

EM 06/05/2008

Gostaria de saber qual o prejuízo causado pelos carrapato aqui na região norte?
ALEXANDRE MOREIRA DA COSTA

RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/10/2007

Gostaria de parabenizar a qualidade desta matéria, pois vem de encontro à necessidade que nós, profissionais da área do leite, temos em buscar novas experiências através de outros profissinais da área.

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