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Carrapato dos bovinos: o passo a passo do controle estratégico

POR DANIEL SOBREIRA RODRIGUES

E ROMÁRIO CERQUEIRA LEITE

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/09/2014

6 MIN DE LEITURA

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De volta às páginas do site para abordar um assunto prometido no artigo anterior, não temos a pretensão de esgotar esse tema que envolve uma grande quantidade de variáveis.

Existem diversos fatores relacionados ao insucesso de programas de controle, mas a dificuldade em compreender o que está acontecendo em uma propriedade, de avaliar os resultados das medidas adotadas, desestimula a continuidade de ações programadas. Aquilo que não faz sentido para uma pessoa, geralmente também deixa de ter importância para ela.

Além disso, o próprio objetivo, “o controle”, é uma condição instável e que demanda monitoramento constante. Isso porque, a presença de muito carrapato é ruim, mas pouco carrapato é ruim também.

A erradicação do parasito é algo completamente fora de propósito para a nossa realidade, já que expõe os rebanhos ao risco iminente de altos índices de mortalidade por tristeza parasitária. Já as explosões populacionais, provocam grande sofrimento aos animais e determinam baixos desempenhos produtivos. Inicialmente, o objetivo de qualquer proposta de controle é manter a população de carrapatos em equilíbrio, em níveis economicamente viáveis.

Diante do exposto, idéia aqui foi organizar a abordagem do problema, justificando-a, para que os interessados percebam a importância de cumprir determinadas etapas, como condições indispensáveis nesse processo. Para isso foram enumerados quatro itens:

1. Necessidade de conhecer o comportamento do parasito

Não há como enfrentar um problema de forma consciente sem entendê-lo. Óbvio? Sim, mas muitos ainda ignoram questões básicas. Considera-se que pelo menos o ciclo de vida deva ser bem compreendido. No entanto, quanto mais conhecimento, melhor.

Embora seja eventualmente observado parasitando diferentes hospedeiros, esse carrapato prefere os bovinos. Apenas as fêmeas ficam grandes, repletas, gordas como “mamonas” e “jabuticabas” que caem ao solo e procuram um lugar sombreado e úmido para colocar seus mais de 2.000 ovos. A cobertura vegetal oferece excelente abrigo. Após pelo menos 30 dias, eclodem as larvas popularmente conhecidas como “micuins” e comumente associadas ao cavalo. Entretanto, ocorrem para qualquer espécie de carrapato: do boi, do cão, do cavalo, etc. São miniaturas dos adultos e ao contrário do que muitos pensam, não são uma espécie diferente, são como “filhotes” que após se alimentarem, ainda vão mudar para um estágio intermediário antes de se diferenciarem em machos e fêmeas. O macho é pequeno e praticamente não aumenta de tamanho quando se alimenta. É facilmente observado por baixo de fêmeas que estão começando a engordar, enquanto realiza a cópula. Na maior parte das vezes, o período que um “micuim” leva para chegar ao estádio de fêmea repleta e se desprender do hospedeiro é de 21 a 23 dias. Daí o intervalo entre banhos sugerido em propostas de controle estratégico.

2. Realização de testes laboratoriais, ou biocarrapaticidogramas

Esses testes servem para avaliar a eficiência e orientar a escolha do produto carrapaticida mais apropriado. Além de evitar desperdício de tempo e dinheiro, são fornecidos de forma gratuita pela EMBRAPA, ficando a cargo do solicitante apenas o custo do envio. Não há razões para que não sejam feitos, ainda mais diante da situação de resistência dos carrapatos atualmente, tão disseminada.

Técnicos e produtores muitas vezes ficam em dúvida a respeito dos resultados laboratoriais e dos efeitos observados na prática, que parecem não coincidir. Bem, o efeito do produto em laboratório não pode ser extrapolado de forma direta para as condições de campo. Em algumas situações, principalmente quando a infestação é muito grande, a quantidade de carrapatos que sobrevivem ao tratamento também é grande e não permite ao observador perceber muito facilmente que houve mortalidade. Falhas na aplicação também devem ser consideradas. Além disso, os princípios ativos disponíveis possuem diferentes apresentações comerciais e mecanismos de ação, e isso interfere na forma como o efeito se manifesta. Portanto, a presença de carrapatos após um tratamento carrapaticida não quer dizer, necessariamente, que o produto não está funcionando. Se as dúvidas persistem, recomenda-se repetir o biocarrapaticidograma. Inclusive, a realização de testes anuais deve ser uma atividade de rotina.

3. Para manipular e aplicar pesticidas e medicamentos é preciso treinamento, equipamento e infraestrutura adequados

Essa é uma condição geral. Falhas na manipulação e aplicação de produtos comprometem a qualidade dos tratamentos e podem provocar acidentes. É preciso ter condições adequadas de trabalho.

Mesmo as apresentações “pour on”, que são extremamente práticas, demandam infraestrutura de contenção e cuidados com a utilização de EPI (Equipamentos de Proteção Individual). A sala de ordenha não é o lugar apropriado para a realização desse procedimento.

A aplicação na forma de banho por aspersão tem deixado de ser utilizada, em parte por causa da alternativa do “pour on”, mas principalmente por falta de condições adequadas de trabalho. A bomba costal e as lavadoras de pressão não foram desenvolvidas para essa finalidade e não favorecem a realização do procedimento. O primeiro é um equipamento agrícola e o outro, de limpeza. Com uma contenção adequada e um equipamento estacionário de pulverização, com regulagem de pressão de trabalho, é possível realizar um banho por aspersão com qualidade, de forma econômica e confortável para o operador.

Temos poucos métodos viáveis disponíveis; basicamente aspersão, injetável e “pour on”; e muitas limitações do ponto de vista da resistência do parasito e dos problemas com resíduos. Considera-se essencial preservar ao máximo, as alternativas, lembrando que os princípios ativos não estão disponíveis em todas as apresentações e que existem várias restrições de uso, principalmente no caso de vacas em lactação.

4. Definir a época e a frequência dos tratamentos

Por definição, o controle estratégico consiste em realizar tratamentos em intervalos regulares, por um período próximo ao período máximo de sobrevivência dos carrapatos que estão no ambiente o que, a rigor, pode ser feito em qualquer época do ano. Os tratamentos realizados fora do período previamente determinado são chamados de táticos. O período de quatro meses tem sido recomendado na maior parte das propostas.

Entretanto, sabe-se que é preciso considerar as condições geográficas e de manejo específicas de cada propriedade. Elaborar uma estratégia implica fazer um diagnóstico de situação e avaliar aspectos como nível tecnológico, tamanho de rebanho, modelo de produção, sistema de pastoreio, taxas de lotação, composição racial, clima e qualidade da pastagem. São fatores que interferem na forma como a população do parasito se comporta e na definição das ações. Métodos auxiliares também devem ser considerados no processo, pois contribuem para a redução do uso de pesticidas. Sempre que possível, devem ser estimulados ou aproveitados, como por exemplo: incrementar o descarte de animais “sangue doce” ou manejar áreas de pastagem em sistema de rotação de culturas.

As propostas de controle estratégico existentes, algumas bastante divulgadas, são uma orientação básica que não dispensa a necessidade de acompanhamento técnico capacitado. Além disso, o uso de medicamentos e pesticidas envolve riscos à saúde pública, aos animais e ao ambiente. É preciso fomentar o uso racional dos antiparasitários. Portanto, a assistência técnica pública e/ou privada deve ser consultada.

Resumindo: o passo a passo deste texto consiste em convencer o leitor de que é preciso conhecer o carrapato, avaliar a sensibilidade da população local, escolher um produto apropriado e ter as condições necessárias para utilizá-lo, para que, aí então, se possa elaborar e implantar um programa de controle, realmente estratégico.

Por hora, ficamos por aqui. Entre os temas sugeridos anteriormente “Princípios básicos do manejo da resistência aos medicamentos e pesticidas” parece ser o que naturalmente se apresenta para o próximo artigo. Gostaríamos de agradecer as instituições que dão suporte ao nosso trabalho: FAPEMIG, CNPq e INCT Pecuária. Até breve!
 

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DANIEL SOBREIRA RODRIGUES

Pesquisador da área de Controle de Ecto e Endoparasitoses da EPAMIG. Doutor em Ciência Animal, pela Escola de Veterinária da UFMG.

ROMÁRIO CERQUEIRA LEITE

Professor Titular da Escola de Veterinária Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1988).

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JOÃO LEONARDO PIRES CARVALHO FARIA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/09/2017

Muito bom!!!

Parabéns aos Professores, do qual tive a honra de ser aluno!
GERALDO MAGELA LEMES ROCHA

COROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2017

Muito se fala da rotação de princípios ativos de carrapaticidas para uma melhor eficiência dos produtos e para diminuir a pressão de seleção. Gostaria de saber quantos tipos de mecanismos de ação ou princípios ativos diferentes que existem no mercado para o controle deste parasita?    
DALVA ALMEIDA TAMAROZZI

EM 24/04/2017

Por tudo que li neste artigo, chego a conclusão que é muio difícil o controle dos carrapatos em bovinos e equinos. Achei as explicações dos doutores muito elucidativas e importantes.
J. AMÉRICO G. DORNELLES

SÃO CARLOS - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/04/2017

Excelente panorama apresentado pelos pesquisadores Romário e Daniel.



.O artigo está ótimo e as perguntas refletem a realidade no campo.



Cada caso ou cada propriedade, é um caso isolado ,que deve ser diagnosticado por profissional com conhecimento do parasito e dos princípios que irá receitar.



O Biocarrapacidograma -ainda pouco usado,é uma ferramenta que nocauteia qualquer vendedor inescrupuloso,que "empurra" um "produto novo e milagroso",porém com um princípio ativo resistente naquela propriedade.



Pessoalmente tenho tido muito bons resultados prescrevendo e acompanhando o controle através do uso de vacina.

Zero casos de tristeza,aumento da produção(menor intervalo de partos e cios férteis) e do escore corporal.



O controle estratégico-através da vacina ou de produtos químicos, não dispensa a vigilância permanente.
LUANA COSTA

CARANDAÍ - MINAS GERAIS

EM 03/10/2016

oi

Td bem?

qual seria a metodologia aplicada para controla uma infestação de carrapatos,na região central de minas gerais,onde a fazenda e composta por 74 vacas leiteiras 3/4 holandês X zebu.onde pastejo e realizado entre novembro e maio,e em piquetes de confinamento durante o resto do ano ?????????
ROMÁRIO CERQUEIRA LEITE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 27/09/2016

Continuando,

níveis de segurança para os animais, além de todas as informações de cuidados de aplicação e período  de retirada de produtos como o leite e tempo de espera para o abate.

Ocorre que os carrapatos de cada fazenda tem uma "memoria" de quanto  e por quanto tempo foram desafiados pelo uso dos carrapaticidas, se bem aplicados  ou não  conforme manda a técnica, de forma que hoje em dia, ninguém pode afirmar com segurança, se tal ou qual carrapaticida é eficaz, sem que se faça o teste de eficácia dos carrapaticidas, o chamado biocarrapaticidograma.O uso continuado,e frequentemente mal usado dos carrapaticidas , por desconhecimento ou falta de estrutura,resultou em uma imensa e variável situação seleção de resistência dos carrapatos aos carrapaticidas ao longo dos últimos 100 anos.A situação vem se tornando critica em muitas fazendas,particularmente em rebanhos mais especializados que utilizam alguma forma de pastoreio!.Nos tempos atuais, não tenho conhecimento de propriedade em que seus carrapatos  que não apresente algum grau de resistência a algum carrapaticida comercializado no país!!Logo, para se ter certeza que determinado produto seja eficaz,é necessário que se faça o teste previamente.A boa noticia é que existe forma de se verificar a eficacia dos produtos.A má noticia é que por falta de demanda, estão restritos os locais que realizam os testes para os produtores.De qualquer forma, é muito necessário que os produtores juntos com seus Veterinários assistentes,realizem pelo menos anualmente, testes para selecionar o produto ou produtos de eficacia garantida para uso ao longo do ano.MAS NÃO BASTA!! O produto eficaz, tem necessariamente que ser aplicado em condições técnicas e de conhecimento por parte do produtor,gerentes e trabalhadores.Estamos ficando sem tempo e perdendo os poucos produtos eficazes que temos  disponíveis, ao mesmo tempo em que temos aumentado a especialização dos nossos rebanhos com raças mais produtivas e mais sensiveis, em condições de manejo de alta concentração, o que tem facilitado muito a vida de nossos carrapatos!!

Meu caro Udson,como você pode ver,não há "magica" nessa historia. Você terá que se utilizar do produto que for tecnicamente indicado para seu rebanho.Não importa se for por aplicação por aspersão ou por pour-on. Terá que ser  com o produto que apresentar a melhor  eficácia.Discuta essa situação com seu Veterinário e boa sorte.

Um abraço

Prof.Romario
ROMÁRIO CERQUEIRA LEITE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 27/09/2016

Prezados Udson e João Victtor,

as questões levantadas por vocês, podem e devem ser respondidas em conjunto.Vamos a elas:Os produtos carrapaticidas disponíveis atualmente no mercado superam 100 apresentações comerciais,todas elas constituídas por formulações para uso tópico ou sistêmico,para aplicações por aspersão(pulverização), de ação de contato ou sistêmica, e até mesmo injetáveis, como estão sendo utilizadas algumas formulações das bases da família das avermectinas. São variadas as apresentações de concentração das bases utilizadas,tanto de moléculas puras como as apresentações de associações, como por exemplo aquelas em que se associam bases fosforadas  e piretróides.Como pode ser visto,o mercado fornece inúmeras opções de carrapaticidas constituídos das bases fosforadas, piretroides ,associações fosforado-piretroides, amitraz,fipronil e hormônios inibidores de mudas.Como pode ser visto, se são produtos registrados no Ministério da Agricultura,demonstram eficacia eficacia nos níveis legais exigidos para populações de parasitos sensíveis.Além de eficácia, são obrigados a demonstrar seus niveis de segurança
JOÃO VICTTOR

COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/09/2016

Olá, senhores colunistas!! Quais são os principais e mais usados princípios ativos contra o Carrapato ??
UDSON SÉRGIO

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/09/2016

Prezado Romário

Você conhece algum princípio ativo de pour on que posso usar com segurança em vacas gestantes, no terço final de gestação?

Obrigado
MARCELO MOURA

EM 13/09/2016

Amigos, pelos títulos dos professores aí, e presumido sua boa fé e lealdade(obrigações do nosso Código Civil), toda discordância leiga é uma "silepse" de pergunta. São duas feras da área, como poucas se produz neste País.
ROMÁRIO CERQUEIRA LEITE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 29/06/2016

Olá Nelia

li seu relato e também os comentários do Daniel.Gostaria de complementar com um tema a mais.Ao que tudo indica, a área geográfica de sua região provavelmente encontra-se no limiar de uma área que chamamos  de estabilidade enzoótica, para uma área de instabilidade enzoótica para as principais plamoses bovinas causadas pelas Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale. Em anos normais ,  e as populações de carrapatos ficam muito limitadas e pequenas  devido as baixas temperaturas medias observadas.Ocorre então  um certo equilibrio entre as infestações por carrapatos e as doenças por eles transmitidas.Como temos vivido uma sucessão de anos secos e com temperaturas mais elevadas, provavelmente criou-se na região, a possibilidade de periodicamente se instalarem populações elevadas de carrapatos, com reflexos no aumento da transmissão das plamoses. Em geral, isto explica  o aumento do numero de casos observados.Além desses fatos,o sistema de criação adotado por você , de confinamento quase total,abre uma janela para que seus animais de recria sejam expostos a esse aumento da população de carrapatos, no momento dos pernoites no campo. Esse modelo de cria e recria, produz animais filhos de mães sem desafio parasitário e portanto, produtoras de colostro com baixo potencial de imunidade colostral contra  as plamoses. Os animais tendem a ter baixa ou nenhuma imunidade contra as plasmoses!Além disso os animais continuam  a ser criados em regime fechado sem desafio de carrapatos.Assim eles ficam ate a recria sem qualquer imunidade contra os agentes da plasmose. Quando são desafiados pelo manejo da solta no pasto, adoecem de forma grave e fulminante, o que explica o numero de mortes ocorridas.Sugiro que vocês procurem seus Médicos Veterinários para que façam um minucioso diagnostico da situação local e se possível na região, adequem o manejo considerando o aumento dos carrapatos na região e pensem na possibilidade de voltar a fazer a pratica da premunição nos animais jovens.É o que de muito longe de vocês, pude vislumbrar.Espero poder ter ajudado com estes comentários.Bom trabalho para voces!
ROBSON LAGO CRUZ

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/06/2016

Parabéns ao Doutor Romário Cerqueira Leite e ao Doutor Daniel Sobreira Rodrigues pelo artigo. Infelizmente Ignorar a Homeopatia Veterinária como possível opção para tratamento das moléstias que acometem nossos rebanhos, entre ele o controle parasitário dos carrapatos, pelo simples fato do "desconhecimento"  acho um pouco demais, pois é sabido que a Terapêutica da Homeopatia Veterinária já é reconhecida pelo próprio Conselho de Medicina Veterinária no Brasil (CRMV), como prática terapêutica embasada na comprovação de inúmeros trabalhos Acadêmicos Científicos, terapêutica tão importante, que a própria Embrapa lança a público documento de forma sucinta, que narra a forma de atuação das práticas terapêuticas homeopáticas ligada a Medicina Veterinária mostrando a importância desta entre nossos meios produtivos na I Conferência Virtual Global sobre Produção Orgânica de Bovinos de Corte. Para quem quiser ver o documento da Embrapa é só copiar o link https://www.cpap.embrapa.br/agencia/congressovirtual/pdf/portugues/02pt02.pdf . Ainda há também Inúmeros Trabalhos Científicos Publicados pela Doutora Maria do Carmo Arenales Médica Veterinária, uma das maiores Autoridades em Medina Veterinária no Brasil, que comprovam a eficácia dos Tratamentos Homeopáticos nas mais diferentes espécies animal; além disto não se teriam tantas Universidades Regulamentando esta especialidade terapêutica em suas Faculdades de Medicina Veterinária; um exemplo disto é Universidade Federal de Goiás que já possui a especialidade em sua grade curricular; se a suposta Terapêutica não tivesse comprovada sua eficiência científica creio que tal corpo docente como desta distinta faculdade, não permitiriam tamanho descalabro.

Como comprovação da importância desta prática Científica em nosso meio, e de sua contribuição aos meios produtivos do país, que o MAPA a Reconhece, o CRMV a Reconhece, a Embrapa Reconhece, as Universidades em Grande parte já a reconhece como distinta prática terapêutica em nossas Faculdades de Medicina Veterinária, e o Senar Fecham parcerias com Empresas deste segmento, para apoio ao produtores rurais com repasses de técnicas para o meio rural, entre outros tantas contribuições que Homeopatia Veterinária traz ao sistema produtivo do país.

Não recomendar determinado produto por desconhecimento de sua ação, acho justo; agora não  recomendar a terapêutica da Homeopatia animal e seus eventuais tratamentos por não ter recomendações técnicas fundamentadas em avaliações científicas de eficácia, é um pouco de mais, com tantos trabalhos acadêmicos já disponíveis sobre o assunto demonstrando sua eficácia.

A homeopatia veterinária aliadas as técnicas convencionais talvez seja a grande saída para uma produção e produtos com uma melhor sanidade.      

Mais uma Vez Parabéns pelo excelente artigo aos seus autores! Mas acho que já é hora de viabilizarmos e debatermos a Homeopatia Veterinária sem Pré-Conceitos, aceitando também a sua contribuição na cadeia produtiva do país.
DANIEL SOBREIRA RODRIGUES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 25/06/2016

Obrigado, Nelia!!!



Olha, com relação a sua questão, embora o fogo seja eficiente na redução temporária da infestação de carrapatos no ambiente, o uso continuado acarreta graves consequências negativas para o solo e para a vegetação, além de ser um procedimento com alto risco de acidentes. O uso em atividades agropecuárias é regulamentado pelo decreto 2.661 de 08/07/1998 e pelo novo Código Florestal. É importante considerar essas questões antes de decidir pela sua utilização.



O tempo de descanso de pastagens, com o objetivo de reduzir a contaminação ambiental, depende dos níveis de umidade relativa e temperatura no nível do solo. Dificilmente será obtido efeito significativo em menos de 90 dias. Resultados animadores são observados em períodos superiores a 120 dias.



Seguindo na linha das medidas que promovem o combate no ambiente, dependendo da propriedade, a alternância entre atividades de lavoura e pecuária pode ser uma alternativa interessante. Algumas técnicas de cultivo tornam o ambiente menos favorável a sobrevivência dos carrapatos. Além disso,  promove o vazio sanitário da área sem deixá-la ociosa.



Não posso deixar de lembrar que, além do excesso de carrapatos provocar grandes perdas, longos períodos sem contato com o parasito também deixa o rebanho em situação de risco para ocorrência de surtos de trizteza parasitária, com altos índices de mortalidade. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre essas duas situações.



Espero ter ajudado.










NELIA ROSINA DE GEUS MENARIN

CASTRO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2016

Olá,parabéns pelo artigo! Temos uma recria de novilhas HPB e uma alta infestação de carrapatos este ano, não só em nossa propriedade, mas em toda região, com muitos casos de tristeza parasitária e mortes em consequência disso. Nós temos todos os animais confinados no sistema compost barn, desde a desmama até 3 meses antes do parto. Mas à noite a maioria dos lotes pernoitam em piquetes com capim Anone. A queima destas áreas de pousio seria uma ação eficaz para o controle dos carrapatos? E deixar um vazio nos piquetes de mais de 21 dias, seria suficiente para quebrar o ciclo do carrapato?
DANIEL SOBREIRA RODRIGUES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 04/04/2016

Oi Alexandra. Obrigado. Infelizmente não temos conhecimento de recomendações técnicas fundamentadas em avaliações científicas de eficácia desse produto.
ALEXANDRA DE MOURA MACEDO

SÃO GABRIEL DO OESTE - MATO GROSSO DO SUL - ESTUDANTE

EM 28/03/2016

Parabéns pelo artigo, Romário e Daniel. Vocês possuem alguma recomendação sobre o uso do produto Parasit100 da RealH para o controle de carrapatos em bovinos de leite?



Link do produto:

https://www.realh.com.br/lojavirtual/saude/produtos-para/carrapato
MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 20/01/2016

Olá pessoal,



Para quem quiser saber mais sobre o tema,  a AgriPoint está com inscrições abertas para o Curso Online "Controle estratégico do carrapato bovino".



O curso será ministrado pelo instrutor Welber Lopes (UFG-GO), que estará disponível para esclarecer as dúvidas, durante todo o período do curso.



Para mais informações, acessem:  https://www.agripoint.com.br/curso/carrapato-bovino/



Ou entre em contato:

cursos@agripoint.com.br

(19) 3432-2199
PAULO CESAR GERALDINI

PIRANJI - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/06/2015

Existe um produto a base de sulphur praecipitatun + sulfato de ferro+ sulfato de cobre, que é recomendado adicionado ao sal ou no concentrado como aditivo alimentar como produto que tem efeito no controle de carrapatos. Por favor voces tem conhecimento se estes ativos tem realmente efeito sobre o controle de carrapatos em bovinos?

Desde já agradeço.
MANOEL DANTAS SILVA

FORTALEZA - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/05/2015

É isto Dr Daniel Sobreira! Parabéns pelo artigo e diacursao de alto nível. Abraços ao grande Professor Romario.

Não dá realmente pra engessar e recomendar protocolos fixos. Parabéns!
DANIEL SOBREIRA RODRIGUES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 25/05/2015

Obrigado, Antônio Francisco. Essa é uma pergunta difícil de responder. Isso, porque a época mais adequada para intensificação dos tratamentos depende de muitos fatores, entre eles, as condições climáticas e o modelo de produção adotado na propriedade. A região Nordeste é muito grande e apresenta realidades diversas. Além disso, faltam estudos sobre a dinâmica populacional do carrapato bovino na região. No entanto, é possível fazer algumas considerações a partir das informações que temos disponíveis.



No interior de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, o período de chuvas tem início entre os meses de janeiro e março, e término entre maio e julho. A estação chuvosa é bastante marcada e apresenta grande variação de duração. Isso interfere na definição dos momentos mais adequados para os tratamentos. Em regiões com precipitações anuais abaixo de 500 mm, dificilmente serão observados carrapatos dessa espécie.



Para sistemas em pastoreio convencional, com acesso dos animais às pastagens durante todo o ano, os tratamentos devem ser programados para ocorrer a partir do início dos períodos de chuva. Caso não sejam suficientes para controlar o pico de população decorrente das gerações iniciais, devem ser programados também para o final da estação chuvosa, estendendo-se por um período de um a dois meses.



Em situações de altas taxas de lotação em pastoreio rotacionado irrigado, com animais com alto grau de sangue europeu, as condições serão favoráveis ao carrapato durante todo o ano, ao passo que, se as vacas forem mantidas confinadas em áreas sem cobertura vegetal, possivelmente o problema vai se concentrar apenas nas categorias de cria e recria.



É preciso ponderar que existe uma variação muito grande dos sistemas de produção. Além disso, ainda há uma diversidade de princípios ativos e apresentações comerciais com características muito diferentes. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Para o problema do carrapato, assim como para a maior parte das enfermidades, a definição das medidas de controle deve partir de uma abordagem. A utilização de protocolos deve ser precedida de um diagnóstico de situação bem feito.


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