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Por que o preço de leite está abaixando em plena entressafra?

POR VALTER GALAN

E MATHEUS NAPOLITANO

PANORAMA DE MERCADO

EM 20/06/2023

3 MIN DE LEITURA

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37

Muito se tem questionado sobre o as causas da queda do preço do leite neste momento.

Apesar da queda na produção no primeiro trimestre deste ano (segundo o IBGE, ela foi de 1,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022), temos uma disponibilidade de leite per capita maior neste início de ano do que no mesmo período do ano passado – cerca de 4,5% maior até maio. Esse aumento é basicamente resultado de um grande aumento no volume de importações.

Abaixo, podemos ver a evolução mensal da disponibilidade per capita (produção + importações – exportações).
 

Gráfico 1. Disponibilidade per capita de leite (litros/pessoa/dia).

captação de leite
Fonte: IBGE e Comex Stat – elaborado pelo MilkPoint Mercado.
 

Para os próximos meses, mesmo com uma expectativa da redução das importações em função da queda nos preços aqui do mercado brasileiro e consequente redução da competitividade dos volumes importados, a disponibilidade de leite deve apresentar crescimento em relação ao primeiro semestre, em virtude do aumento sazonal da produção (inicialmente, com crescimento da região Sul e depois com o início da safra de leite nas regiões Sudeste e Centro-Norte).

Além da oferta mais elevada, o principal motivador para pressão sobre os preços do leite tem sido a retração da demanda pelos lácteos nos últimos meses.

Nos 5 primeiros meses deste ano temos uma demanda menor do que no mesmo período do ano passado (as variações estão entre -5 e -7% no volume de vendas, dependendo da linha de derivado lácteo analisada)

Essa redução na demanda é fruto de preços elevados dos derivados lácteos nas gôndolas dos supermercados (importante pontuar que a inflação de lácteos, que começou o ano em 2 dígitos, vem caindo mês a mês) e também causada pelo pior desempenho econômico do país.

Nesse cenário, de maior volume de leite disponível com menor demanda, é natural a queda de preços no mercado, inicialmente observada nos derivados lácteos (preços da indústria ao varejo) e no mercado de leite spot e, agora, nos preços pagos aos produtores de leite.

 

E daqui para frente?

Como mostra o gráfico 2, os preços ao produtor em junho (no pagamento do leite fornecido em maio) devem mostrar uma queda aproximadamente 18 Centavos por litro, recuando ao patamar médio estimado de R$ R$ 2,72/litro (na média CEPEA Brasil), ainda cerca de 20 Centavos/litro acima do que os preços deflacionados d no mesmo mês de 2022.

Gráfico 2. Preço do leite pago ao produtor – média Brasil.

cepea
Fonte: CEPEA e estimativa do MilkPoint Mercado – elaborado pelo MilkPoint Mercado - Dados deflacionados pelo IGP-DI.
 

Seguindo o recuo já observado no spot e nos derivados (preços da indústria ao varejo), os valores ao produtor tendem a seguir em queda, ajustando-se a uma realidade de mercado ainda com demanda menor do que a oferta.

No entanto, o cenário de mercado para o 2º semestre pode trazer alterações positivas para indústrias e produtores. As importações tendem a decrescer em relação aos volumes atuais e aos volumes observados no 2º semestre de 2022, com uma produção recuperando-se de forma gradativa. Assim, pode haver uma tendência de disponibilidade per capita mais ajustada (isto é, não tão maior do que em 2022 como aconteceu no primeiro semestre deste ano).

Ao mesmo tempo, fatores podem ajudar em alguma recuperação da demanda por lácteos no 2º semestre; a queda de preços de mercado pode dar alguma sustentação à demanda, o que pode alterar o balanço entre oferta e demanda, num ambiente de disponibilidade possivelmente mais restrita. Ao mesmo tempo, existe uma perspectiva mais otimista para o 2º semestre para a economia do país, como indicam as recentes avaliações positivas realizadas por agências de avaliação de risco atuantes no nosso mercado. Esperemos que este cenário se confirme!

mercado

VALTER GALAN

MilkPoint Mercado

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MAURICIO FERNANDES MURARI

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 28/08/2023

De certa forma seria fácil jogar apenas a responsabilidade nas Importações. Mas elas ocorrem porque infelizmente o produtor de leite Brasileiro é alienado. Vive a mercê dos laticinios; com muita dificuldade consegue montar pequenas "AMONTOAÇÕES" e tentam encará-las como associações ou pequenas cooperativas que mais se parecem com um negócio próprio familiar cuja a constituição são os familiares do presidente e dos diretores. Isso posto é preciso que a classe produtora se junte de forma organizada, deixando o nepotismo de lado e buscando profissionais qualificados para fortalecer a cadeia produtiva. Impor as condições comerciais. O preço quem deve estabelecer ao produto é o VENDEDOR (produtor) e jamais o COMPRADOR (laticínio). Outros fatores muito bem esclarecidos é quanto aos investimentos naquilo que chamamos de pilares fundamentais. GENETICA - MANEJO - SANIDADE - NUTRIÇÃO.
VAGNER ALVES GUIMARAES

VOTUPORANGA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/06/2023

Mais de 30 anos atuando na extensão rural continuo vendo os fatos se repetirem e não vejo ações concretas para minimizar o problema.
Somente o dia em que formos auto suficientes na produção leiteira e virarmos exportadores teremos chance de competir no mercado internacional.
EVANDRO GUIMARAES

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/07/2023

Vagner Alves Guimarães , PARABÉNS !!! Fiquei muito feliz com a esplêndida postagem , resumindo o que pesquiso e tento divulgar fazem muitos anos . Queria muito falar com Você para aperfeiçoar meus entendimentos e avaliar ideias para enfrentamento dessas variações que penalizam os produtores . Pode me mandar seu telefone ou e mail ? Abs evandrog44@gmail.com
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/07/2023

Olá Vagner, tudo bem?

Não se torna auto suficiente e exportador por decreto. Por exemplo, a exportação vem da competitividade (custos de produção na fazenda e na indústria, teor de sólidos no leite, custos logísticos, qualidade e prazo de validade do produto final, entre outros aspectos) e a competitividade vem de um desenvolvimento de médio/longo prazos da cadeia produtiva em cada um de seus elos.

É uma longa discussão, mas temos ainda muito o que fazer para nos tornarmos exportadores de forma sustentável.

Abraço!

Valter
EM RESPOSTA A EVANDRO GUIMARAES
EVANDRO GUIMARAES

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/07/2023

O Wagner Alves não está sugerindo nenhum decreto para nos tornarmos exportadores . Certamente ele sabe que temos no Brasil grandes fazendas , com escalas de produção e condições quanto à qualidade do leite que seriam as fornecedoras do leite primário para industrialização de lácteos exportáveis . E nada ocorre de um dia para o outro , teríamos que começar um movimento para termos volumes em 3 ou 4 anos . Olhar a produção leiteira sem analisar a diversidade de estabelecimentos não é bom caminho ...
ROBERTO

MOGI DAS CRUZES - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 26/06/2023

Com a situação adversa para o produtor, podemos pensar em um cenário de laticínios verticalizando a operação?
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/07/2023

Olá Roberto,

Um excelente ponto esse que você levanta. Os investimentos em fazendas leiteiras são muito maiores do que os investimentos numa fábrica de laticínios. Por exemplo, tomando-se uma fábrica que processa 1 milhão de litros por dia, maios do que 80% dos investimentos relacionados a ela estão nas fazendas (vacas e equipamentos que vão gerar o leite que fará funcionar esta fábrica). Assim, dada o perfil de rentabilidade da atividade e da baixa especificidade do leite processado, considero pouco provável a verticalização.

Abraço!

Valter
EVANDRO GUIMARAES

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/06/2023

Fernando Bueno Simões Pires , achei muito oportuno seu comentário . As imperfeições da cadeia do leite tem sempre movimentos de difícil explicação . Não se trata de teoria da conspiração , é apenas observação da realidade sem mistificações ou jogo de palavras . O produtor em especial o de produção pequena ou mediana é sempre massa de manobra . Sou produtor fazem 59 anos ... já vi todo tipo de argumento , cortinas de fumaça , para esconder a falta de seriedade e vontade política de resolver . Não temos um plano estratégico para aumentar a produção primária no mercado interno que precisa considerar uma preparação para nos tornarmos exportadores . Não há um plano consistente para a genética necessária considerados os diversos biomas . Acho bem risível como de vez em quando surgem políticos " salvadores " dos pequenos e médios produtores de leite .
FERNANDO BUENO SIMÕES PIRES

SANT'ANA DO LIVRAMENTO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/06/2023

Bom dia:
Sou Produtor de Leite em Santana do Livramento-RS, desde 1988. Não concordo com os dados aqui expostos. O leite entregue em maio, pago agora em JUNHO, caiu R$0,23/litro. Em contrapartida, nos supermercados, nas gondolas, o preço ao consumidor subiu! Sabemos que as Indústrias estão operando abaixo de suas capacidades (recebendo menos leite), algumas até demorando a entregar os produtos nos supermercados por falta de matéria prima! Por outro lado o "produto importado", não foi visto em nenhum supermercado, (andei em Bento Gonçalves, Pôrto Alegre, Garibaldi, e mesmo em Livramento, onde moro, tem pouco leite, e TODAS AS MARCAS, subiram de preço o produto. Onde está este leite "importado". Como as Indústrias pagam menos para o Produtor se existe falta de matéria prima ? Se está "entrando" leite de fora do Brasil, onde ele está indo? Chego a pensar que existe algo bem estranho e muito oculto entre as Indústrias e este governo. Caso contrário, os "DADOS" as "EXPLICAÇÕES", e principalmente as "ANÁLISES" não batem com o "MERCADO", e muito menos com a VERDADE e a REALIDADE!

Fernando Bueno Simões Pires
Santana do Livramento-RS
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/07/2023

Olá Fernando, tudo certo?

As importações estão sim crescendo bastante este ano e estão fazendo aumentar a disponibilidade de leite em relação ao mesmo período do ano passado - talvez aí em Santana do Livramento você não encontre produtos importados mas, acredite, os números são bem maiores do que no ano passado.

Um grande problema este ano e que poucos mencionam é a demanda. Os volumes de venda são 7 a 8% menores que no ano passado até agora. Isso faz muita diferença.

Um abraço!

Valter
SILVIA DINIZ

BOCAINA DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/06/2023

O produtor de leite não sabe mais o que fazer com este preço não temos como pagar o farelo quem dirá o empregado
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/06/2023

Olá Silvia, tudo bem?

Sim, sabemos que muitos produtores (notadamente pequenos e médios) estão numa situação difícil, em função de custos e pressão de mercado. O que poderia dizer é que nestes momentos de maiores dificuldades, as preocupações com a gestão de alguns indicadores pode ajudar na estruturação do seu negócio; por exemplo, o número de vacas em lactação sobre o total do rebanho (os especialistas indicam pelo menos 50% de vacas em lactação no total do rebanho) - animais não produtivos como vacas secas e novilhas representam custos e não geram receita imediata.

Um grande abraço!

Valter
SILVIA DINIZ

BOCAINA DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/06/2023

Estamos indo para o brejo não tem mais como tirar leite a este preço
TABAJARA MARCONDES

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 21/06/2023

"Além da oferta mais elevada, o principal motivador para pressão sobre os preços do leite tem sido a retração da demanda pelos lácteos nos últimos meses... Nos 5 primeiros meses deste ano temos uma demanda menor do que no mesmo período do ano passado (as variações estão entre -5 e -7% no volume de vendas, dependendo da linha de derivado lácteo analisada)".

Prezados Valter e Matheus
Não lhes parece estranho considerar que de fato tenha havido redução de demanda nos primeiros cinco meses do ano, quando, apesar do importante crescimento da oferta total de leite (por conta das importações) os preços dos lácteos e os recebidos pelos produtores estiveram em patamares bem superiores aos do mesmo período do ano passado. Isso teria acontecido com queda de demanda??
Me parece mais razoável considerar que a demanda interna ainda pode melhorar sensivelmente, mas queda... ??? Talvez a partir de meados de maio e nesse mês de junho...
MATHEUS NAPOLITANO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS

EM 21/06/2023

Olá, Tabajara!

Tudo bem?

De fato, se compararmos com o mesmo período do ano passado, nos meses iniciais de 2023 temos uma disponibilidade de leite maior - com forte influência das importações.

Entretanto, sazonalmente a produção de leite no Brasil diminui nos meses iniciais do ano. Dessa forma, mesmo com o aumento das importações (que correspondem de 5% a 10% da disponibilidade total), a diminuição da produção interna acarreta em recuo mensal da oferta de leite no mercado - conforme pode ser visto no gráfico 1. Consequentemente, valorizando o preço do leite, como vimos de janeiro a maio.

Qualquer dúvida, seguimos à disposição.

Abraços!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/06/2023

Olá Tabajara, tudo bem?

Complementando as informações, de fato os volumes de venda ao consumidor final estão menores este ano do que no ano passado (estas são informações baseadas em números de institutos de pesquisa que medem, de forma sistemática, informações de vendas no varejo).

Porque os preços subiram tanto, se a demanda estava mais baixa? Esta é a pergunta do "milhão". O setor lácteo brasileiro baseia muito fortemente suas decisões com base em expectativas de mercado. No inicio do ano, o mercado tinha a expectativa de aumento de vendas com uma produção interna em desaceleração (lembre-se que a produção vem caindo há vários trimestres seguidos). Adiciona-se a isso o fato de que, historicamente, as margens da indústria nas principais commodities lácteas crescem nos momentos de falta de leite (normalmente a partir de março e até junho). Assim, o mercado antecipou alta de preços para garantir suprimento de leite com base numa produção decrescente e na expectativa de margens maiores alguns meses depois (na entressafra). O que vemos é que estas expectativas não foram materializadas.

Espero ter esclarecido. Muito obrigado por sua pergunta! Abraço!

Valter
EM RESPOSTA A VALTER GALAN
TABAJARA MARCONDES

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 22/06/2023

Prezados
Em relação a isso, "... Assim, o mercado antecipou alta de preços para garantir suprimento de leite com base numa produção decrescente e na expectativa de margens maiores alguns meses depois (na entressafra). O que vemos é que estas expectativas não foram materializadas", destaco que nos estados de MG, PR e SC, responsáveis por 51% da quantidade de leite adquirida pelas indústrias inspecionadas do Brasil (2022), os preços de referência dos Conseleites aumentaram sensivelmente de dezembro/22 para abril/23 e que isso só ocorreu pelo aumento dos preços de venda de uma "cesta" de lácteos pelas indústrias desses estados, não por expectativas de mercado. Em maio a situação mudou, aí sim o preço dessa "cesta" de lácteos decresceu. Vamos ver o que nos "dizem" esses Conseleites agora em junho.
ALEX SOUSA

CAMPINA DA LAGOA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 21/06/2023

Valter/Matheus, excelente artigo, muito feliz com todos os pontos levantados.
E ainda vai além, trás muitos insights e pontos relevantes ao produtor que deve atenção, perceber o mercado, os agentes de influência, o que ocorre, seus custos da atividade e etc, a cadeia como um todo.
Parabéns pelo trabalho, e pelas respostas pontuais e cirúrgicas aos comentários.
MATHEUS NAPOLITANO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS

EM 21/06/2023

Muito obrigado, Alex!

Exatamente! É fundamental que o produtor acompanhe as movimentações de mercado e da cadeia como um todo, tanto nos momentos favoráveis como nos momentos mais desafiadores.

Bons negócios por aí e forte abraço!
AZAEL ROSSLER

ANÁPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Olá Valter, tudo bem?
Extremamente importante para nós produtores termos a cada 3 ou 6 meses indicativos para onde o mercado vai, mesmo que difícil precisamos conseguir ter uma ideia para continuar usando as melhores estratégias possível dentro do nosso negócio e se manter competitivo e principalmente lucrativo. Abraço, obrigado!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Azael, tudo certo?

Ótimo que tenhamos conseguido agregar informações importantes para melhorar as estratégias aí do seu negócio! A oportunidade de intercâmbio de informações e percepções de mercado, como a que tivemos recentemente, para nós é preciosa para aferir nossas informações e ter a visão de quem está na gestão direta aí no campo.

Obrigado e grande abraço!

Valter
JOSÉ GIACOMO BACCARIN

JABOTICABAL - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 21/06/2023

sugiro que se incopore na análise a evolução dos preços internacionais dos lácteos e da taxa de câmbio. Até onde eu saiba, a trajetória recente dos dois é de queda.
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá José, tudo bem?

Dois bons pontos que você traz. Podemos tratar o tema num novo artigo em breve, mas certamente câmbio mais baixo e preços internacionais em queda podem alterar o cenário futuro.

Abraço!

Valter
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Os Laticinios são muito organizados, eles importaram muito durante o verão, segurando os produtos , para despejar agora na entressafra, fazendo com que " sobre" leite no campo, aliados a uma rede de varejo que majora os produtos derivados , mantendo consumo fraco; com isso aa margens desses dois elos crescem absurdamente, enquanto o produtor nacional padece! E não venha me dizer que esses dois atores não conversam e que esse movimento não existe pois ouvi isso da boca de agentes da indústria e do varejo, e basta ver o que está acontecendo para corroborar minha fala. Isso é CARTEL...prática nociva a livre concorrência de qualquer cadeia produtiva, e isso só existe com conivência do desgoverno atual. Fazer caridade com o chapéu alheio é a única coisa que esses demagogos sabem fazer..e isso vai durar ate quebrarem o país novamente!!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Roney, tudo bem?

Importação é diretamente causada pela diferença de preços aqui e nos países do Mercosul. Aparentemente, segundo informações de mercado, tem supermercados que importaram muçarela que está chegando hoje a R$ 31/kg, enquanto que o mercado já baixou para R$ 27/kg... Ou seja, se a sua teoria está correta, "o tiro está saindo pela culatra"...

Abraços e obrigado pelo comentário!

Valter
EM RESPOSTA A VALTER GALAN
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Valter , ouvi de um agente de laticinio que estão importando mucarela a 24,00 R$ o kg posto aqui. Agora me diga se tem fundamento o leite spot recuar durante a entressafra? Houve Planejamento dos agentes da indústria sim, para nesse momento recuar preços ao produtor, agora acredito que o tiro poderá sair pela culatra pois vemos que no campo a produção não aumentará, ao contrário, só diminui ano após ano, e as importações da Argentina e Uruguai tem um limite físico, pois não tem tanto produto assim para compensar toda a nossa queda. Não fosse o movimento de segurar os preços em alta no varejo para restringir consumo, já estaria faltando leite apesar das importações! Mas o ponto central do meu comentário é EXISTE UM CARTEL NO BRASIL , que usam de artimanhas desleais para com o produtor para majorar lucros! E só existem com a conivência do governo!
EM RESPOSTA A RONEY JOSE DA VEIGA
ROSMARI TREMARIN

EM 22/06/2023

Exatamente isto é o que faz esse desgoverno, com milho com o soja com o leite , este podre que está no governo quer quebrar o Brasil não estimular o agronegócio aqui.
LEONARDO RIBAS REHBEIN

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Milkpoint segue sendo a voz da indústria! Graças ao bom Deus que nos produtores não nos deixamos enganar pelas falácias aqui praticadas! Vergonha por uma empresa desta se dizer a favor do produtor! Pergunto: porque não demonstram aqui quem são os grandes importadores de leite em pó? Digo ao senhores, lactalis, detentora da marca Itambé entre outras é o maior player do momento...
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Bom dia Leonardo, tudo bem?

O que estamos tentando trazer aqui é a nossa leitura isenta e transparente sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer no futuro com o nosso mercado. O objetivo disso é trazer a vocês, produtores e outros agentes da cadeia produtiva, condições de melhor prever o que pode acontecer no mercado e, com isso, conseguir gerenciar melhor seus negócios, antecipando tendências e tomando ações corretivas. Acho que você deveria focar mais nas ações que poderiam ser tomadas com o possível cenário de recuperação de mercado no segundo semestre que trazemos aqui como possibilidade, e não no cenário de curto prazo de queda de preços.

Grande abraço,

Valter
PATRÍCIA BISCHOFF

SERTÃO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Fortes guerreiros nossa agricultura luta dia a pós dia para sobreviver altas e baixas lá vamos nos mas os novos agricultores que hoje estão estudando não vão aceitar mais está loucura de vai para cima e para baixo o preço podem aguardar eu lhes garanto isso
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Patrícia, tudo bem?

Altas e baixas de mercado (e de preços) são comuns em mercados de commodities agropecuárias (soja, milho, algodão, boi - todos eles tem grande volatilidade de preços). O que os diferencia do leite é a existência de ferramentas que permitam a maior previsibilidade de preços e proteção contra essas variações. Neste caso, a ferramenta de mercados futuros pode ser uma alternativa interessante - vamos tratar deste tema com a B3 no nosso Fórum MilkPoint Mercado, em Goiânia, dia 01 de agosto.

Sem ferramentas de previsibilidade e proteção de preços, ficamos à merce do mercado, com elevado risco para o negócio.

Abraço!

Valter
AZIZ GARCIA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Interessante que nos supermercados o preço do leite e seus derivados nunca abaixam e com uma margem lá na lua. Se já não basta os laticínios se aproveitarem dos produtores agora vem o governo com as importações!!! Com certeza Leite é o pior negócio do mundo. Uma vergonha!!!!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Aziz, tudo bem?

De fato os preços demoram mais a cair nos supermercados, porque é um setor bem mais concentrado e com maior poder de barganha - mas, como menciono no texto, a queda acaba chegando ao consumidor final e pode ter impactos interessante e mudar o mercado no 2o semestre.

Sobre ser o pior negocio do mundo, tendo a discordar de você. Os top 100 aqui do MilkPoint crescem a taxas de 2 digitos há vários anos - não seria assim ser o leite fosse uma atividade ruim. O que me parece estar acontecendo é que o ambiente de negócios para o leite está cada vez mais seletivo, nos seguintes sentidos:

- Preço da terra: cresce em todas as regiões e muito fortemente. Numa terra mais cara, obrigatoriamente tenho de produzir mais leite ou, então, direcionar este ativo (terra) a outra atividade que me dê uma remuneração melhor (soja + milho, eucalipto, cana etc.)

- Competição com outras atividades: cada vez maior e mais desafiadora aos produtores de leite

- Investimentos: o produtor de leite tem, em média, 10x mais investimento por hectare produzido (sem contar a terra) do que um produto de soja + milho no Mato Grosso (por exemplo). Com tanto investimento, a pressão por retorno e rentabilidade deste capital é enorme (ainda mais com taxas de juros altíssimas como as que temos hoje).

Enfim, seu ponto levanta uma nova discussão bastante importante e interessante.

Vamos em frente! Grande abraço!

Valter
EM RESPOSTA A VALTER GALAN
EVANDRO GUIMARAES

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2023

Grandes produtores , capital intensivo e tecnologia ( genética , principal ) não servem para avaliar o setor de produção leiteira . Centenas de milhares de pequenos e médios produtores vivem desorientados , ao sabor de imperfeições da cadeia ...
EM RESPOSTA A EVANDRO GUIMARAES
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Evandro, tudo certo?

Acho que é sim bastante importante que pequenos e médios produtores conheçam e avaliem as fortes transformações pelas quais o leite tem passado, mirando o futuro e verificando o que pode ser feito para seguirem no mercado.

Na minha visão, o médio produtor é o que está mais em risco, porque normalmente tem mão de obra contratada, mas não tem volume de leite suficiente para diluir o custo dessa mão de obra.

Enfim, conhecer o que está se passando no mercado e o que pode acontecer no futuro é parte crucial da gestão do negócio de produção de leite.

Abraço e muito obrigado pelo comentário!

Valter
EM RESPOSTA A VALTER GALAN
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Evandro,

Complementando a minha resposta, sabemos que a situação de rentabilidade entre os diferentes produtores é diferente e nem todos tem a rentabilidade e o crescimento dos top100 (tanto que a produção neste primeiro trimestre caiu 1,2% em relação ao ano passado). O que acontece e que me parece muito importante é entender esta mudança estrutural profunda pelo qual o setor vem passando e buscar formas de permanecer/crescer no mercado, nestas novas condições de custos, preços, rentabilidade e tamanho que são colocadas.

Abraço!

Valter
ELISABETE CASTANO

RESENDE - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2023

Tomara que as previsões as confirmem, porque o pequeno produtor está pagando pra trabalhar! Tá difícil!!!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Elisabete, tudo bem?

Esperemos que se confirmem as projeções sim!

Abraço!

Valter
EDUARDO SANTONI

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2023

Nada indica que as importacoes vão ceder com o dólar ladeira abaixo ou que a safra no sul vai recuperar uma retração da produção com o Brasil central entrando no pico da entressafra....assim como na pecuaria de corte está se criando janelas de oportunidades para as indústrias e atravessadores recuperarem margem nas costas do produtor devido ao recentes períodos que andaram espremidos. Preço cai forte no campo e quase nada no balcão da cidade. Quero ver é segurar preço de leite se a demanda vir forte nesse segundo semestre. E lamento que estejamos mais preocupados em cobrar imposto de supérfluos importados pela Shein e Shoppee do que defender a produção nacional de leite de nossos muy subsidiados hermanos.
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Eduardo, tudo bem?

Os preços cedendo aqui podem tirar competitividade dos volumes importados (por outro lado, os preços podem ceder lá também, em função da entrada da safra no Uruguai e na Argentina). Há informações de estoques de produtos importados que não foram vendidos, em função da menor demanda e, também por isso, possivelmente importemos menor volume no segundo semestre. Vamos acompanhar!

Abraço!

Valter
FILIPE LEITE BARRETO SILVA

DUQUE DE CAXIAS - RIO DE JANEIRO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 08/07/2023

Sou seu conterrâneo, distribuidor de Laticínios no RJ, como nesse mesmo período do ano passado a mussarela chegou a ser vendida a mais de 40,00/kg, um absurdo
ROGÉRIO OLIVEIRA PIMENTEL PIMENTEL

CÍCERO DANTAS - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2023

Acredito que seja apenas um momento ruim vamos ter fé vai passar
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Rogério, tudo bem?

Acho que você levanta um ponto importante. O leite é uma atividade de ciclo longo e a avaliação do negócio deve ser feita, no mínimo, considerando um periodo de 12 meses (1 ciclo completo). Já tivemos momentos críticos que foram seguidos de momentos bons de mercado.

Grande abraço!

Valter
JOÃO FARIAS

SANTO ÂNGELO - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 20/06/2023

Pois na minha opinião o preço está baixando porque a indústria sabe mais dos custos de produção que o próprio produtor.. o custo de alimentação baixou então podem pagar menos pela matéria prima.. e meta criar "narrativa" para os técnicos não apanharem dos produtores.. pq experimenta entrar em uma propriedade e dizer que vai pagar menos porque sabe que ele tá gastando um pouco menos em alimentação pra produzir a mesma quantidade de leite!!
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá João, tudo bem?

Você traz um ponto importante! Acho que a precificação do leite no mercado tem muito pouca relação com os custos de produção de leite. Parecem-me mais importantes a demanda (e, este ano, até agora, ela tem sido bastante ruim) e as alternativas mais baratas de abastecimento (neste caso, os volumes vindo de Uruguai e Argentina). Se os custos estivessem baixos mas a demanda "bombando" tenho certeza que os preços subiriam.

Grande abraço!

Valter
EDUARDO BABA

PONTA GROSSA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2023

Bom dia.
Está levando em consideração o risco de as importações seguirem fortes com a queda expressiva na taxa de cambio? Dólar abaixo de 4,80 vai deixar o produto importado ainda mais competitivo.
VALTER GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/06/2023

Olá Eduardo, tudo certo?

Bom ponto! A taxa de câmbio baixando de fato aumenta a competitividade das importações; por outro lado, se os preços aqui no nosso mercado baixarem, isso retira competitividade do produto importado (é o que aparenta estar acontecendo em algumas categorias).

Uma outra visão sore a taxa de câmbio é que, no médio prazo, se baixar tende a também ter um efeito de baixa nos custos de produção de leite (os custos de produção de leite aqui no nosso mercado tem uma alta correlação - acima de 0,9 - com a taxa de câmbio).

Grande abraço!

Valter

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