O vice-presidente da Conaprole, Alejandro Pérez Viazzi, fez parte da delegação oficial de empresários uruguaios que participou da última feira SIAL de Xangai, onde foram exploradas novas oportunidades de negócios.
Em diálogo com o Valor Agregado da rádio Carve, Pérez Viazzi disse que é difícil projetar o que pode acontecer com a demanda e o posicionamento da China para a demanda por lácteos porque o consumo do gigante asiático está "muito estável" após o choque da pandemia.
“Eles têm uma expectativa de crescer 2% ou 3% na demanda por leite líquido. Eles não veem crescimento em produtos processados, como iogurtes, que são mais caros. De qualquer forma, eles têm um enorme potencial de crescimento. A economia chinesa continua tendo alguma dificuldade de crescimento no que diz respeito às suas exportações. Com certeza este ano e parte do ano que vem vai ser difícil vender lácteos nessa região”, considerou.
De qualquer forma, o vice-presidente sempre busca aproveitar instâncias como o Sial para “ser criativo e buscar oportunidades” de negócios futuros. “Levamos ideias conosco para estudar e ver com nosso departamento interno de exportação”, disse.
No entanto, ele alertou que a partir de 1º de janeiro de 2024, a Nova Zelândia terá uma tarifa de 0% para a entrada de seus produtos sem nenhum tipo de cota. Dessa forma, o Uruguai terá uma desvantagem tarifária de 10% com um concorrente direto.
“É um passo muito alto para os preços e ainda mais nas condições que estão ocorrendo nos preços da Fonterra hoje. Vai ser muito difícil fazer negócios lá”, alertou. De qualquer forma, a Conaprole confia que alguns de seus clientes históricos estão dispostos a absorver parte de uma diferença que hoje se situa em um eixo de US$ 300-400 por tonelada.
“Procuramos propor, a partir do Uruguai e da Conaprole, o benefício da diversificação. O Uruguai é um país amigo (da China), faz 35 anos desde a abertura comercial e o início das relações diplomáticas e comerciais. Da cooperativa focamos muito em levantar todas as questões de sustentabilidade que ela vem trabalhando e que, de alguma forma, é o que os consumidores de todas as partes do mundo exigem”, destacou.
As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas pela Equipe MilkPoint.