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Ucrânia produz muito grão: e agora?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/03/2022

3 MIN DE LEITURA

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A invasão da Ucrânia pelas forças russas, que começou em 24 de fevereiro de 2022, pode influenciar os mercados globais de grãos nos próximos anos.

Embora ninguém saiba exatamente o que o ditador russo Vladmir Putin está pensando, não há dúvida de que a capacidade de produção agrícola da Ucrânia torna o país uma posse atraente para ele. A região do Mar Negro é um fator importante no complexo mundial de grãos e oleaginosas.

Especificamente, a Ucrânia produz metade de todo o óleo de girassol no mercado de exportação mundial, juntamente com 15% do milho e quase 10% das exportações globais de trigo anualmente. Em termos de produção mundial total, a Ucrânia ocupa o primeiro lugar em sementes de girassol e no top 10 de milho, cevada, colza, trigo e soja.

A atual situação agrícola na Ucrânia é, na melhor das hipóteses, tênue. Quase toda a safra de trigo de inverno do país já está no solo e supostamente em boas condições. Mas as plantações caíram no outono passado, devido à seca e ao alto custo do fertilizante nitrogenado.

Agora, os agricultores ucranianos temem que não terão acesso a fertilizante, combustível e mão de obra para ver a colheita brotando adequadamente até a colheita neste verão. Essas deficiências – juntamente com o acesso interrompido a sementes, pesticidas e herbicidas – significam que o plantio permanece no limbo para milho, girassol e soja, que normalmente começariam em breve.

O combustível está particularmente escasso, pois está sendo desviado principalmente para o esforço de defesa nacional. Em uma reportagem da Reuter, um fazendeiro relatou que tinha amigos no norte da Ucrânia recorrendo ao combustível de uma vala que estava cheia de diesel depois que vários caminhões-tanque foram derramados por um ataque russo. Outros agricultores estão catando diesel de comboios de tanques russos abandonados.

O fertilizante é outro curinga, não apenas para os produtores do Mar Negro, mas para toda a União Europeia (UE) e o mercado mundial. As sanções à Belarus e à Rússia interromperam ainda mais as cadeias de fornecimento de fertilizantes anteriormente em dificuldades. Em 2 de março, a UE proibiu todas as importações de fertilizantes da Belarus, elevando os preços de fertilizantes e espremendo ainda mais sua já deficiente oferta.

A oferta mundial de grãos, sem dúvida, será impactada pela guerra. A Rússia recentemente retaliou as sanções ocidentais ao proibir as exportações de trigo, centeio, cevada e milho para a União Econômica da Eurásia (UEE) – Belarus, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão – até 31 de agosto.

A Ucrânia normalmente exporta mais de dois terços de sua safra anual de trigo e 80% de seu milho. Mas quaisquer produtos que os agricultores possam extrair de seus campos este ano provavelmente permanecerão no país. O governo da Ucrânia anunciou em 10 de março que estabelecerá uma reserva de alimentos financiada pelo Estado para alimentar os cidadãos e militares do país.

Embora a Ucrânia ainda tenha estoques antigos de 30% de seu trigo e 45% de seu milho em mãos, resta saber se esse estoque será comprado pelo governo para garantir a segurança alimentar nacional ou se o fechamento e danos a portos da região viabilizariam inclusive a atividade exportadora.

Duas grandes companhias marítimas também deixaram de fazer negócios com a Rússia. Além disso, a gigante do comércio de grãos Bungecorporation suspendeu qualquer novo negócio de exportação da Rússia.

Os preços de commodities continua a mudar quase de hora em hora, com negociações voláteis sendo a ordem do dia, todos os dias, desde o início da invasão. Os futuros de milho e trigo "viajaram" nos limites superiores e inferiores por vários dias.

“Hoje, os agricultores dos EUA podem garantir milho a US$ 5,00 pelos próximos quatro anos”, disse Dan Basse, presidente e CEO da AgResource Company no Top Producer Farm CPA Podcast.

Jacob Christy, analista da The Andersons Inc., disse que “a volatilidade continuará sendo a característica subjacente do mercado enquanto o mundo tenta entender o risco potencial para os fluxos de grãos.

“Os mercados continuarão a ser impulsionados pelas manchetes, o que levará a oscilações de preços mais violentas, pois o comércio ainda não tem ideia do que é valor justo”, declarou Christy, que também observou que até 70% da safra de milho da Ucrânia em 2022 corre o risco de não ser plantada e/ou colhida.

“Se presumirmos que a Ucrânia provavelmente ficará fora por um ano, quase temos que pensar que o milho está acima de US$ 8,00 e a soja ficaria entre US$ 15,00 e US$ 18,00”, previu Basse.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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