A certificação de propriedade livre de Brucelose e Tuberculose é um dos principais meios de controle para a sanidade dos rebanhos. O documento valida a sanidade dos animais, agrega valor aos produtos da propriedade e é essencial para a manutenção da saúde pública, já que essas doenças são zoonoses, ou seja, podem ser transmitidas ao ser humano, através do consumo do leite cru, produtos lácteos produzidos com leite cru e contato com os animais doentes.
Santa Catarina atingiu a marca de 3 mil propriedades rurais certificadas livres de Brucelose e Tuberculose. Dados que demonstram a excelência da bovinocultura e a qualidade da produção agropecuária catarinense são frutos de um grande esforço para erradicar essas doenças, por parte do Governo do Estado, por meio Secretaria de Estado da Agricultura, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, comemora o marco alcançado. “Esse número representa muito para o Estado de Santa Catarina. As propriedades que conquistam o título, além de comprovarem seriedade e comprometimento com a saúde do rebanho, podem obter vantagens diretas. Uma delas é na comercialização do leite, pois há laticínios que pagam adicional no preço do produto. Há, ainda, maior facilidade para o trânsito dos animais e vantagem na hora de comercialização, visto que o comprador não precisa realizar imediatamente a testagem contra Brucelose e Tuberculose. Além disso, o consumidor precisa saber que o controle da Brucelose e da Tuberculose nos animais, tem impacto direto sobre a saúde humana”, comenta Celles.
Para a médica veterinária da Cidasc, Karina Diniz Baumgarten, “essa marca de 3 mil propriedades rurais livres de Brucelose e Tuberculose é resultado de um trabalho conjunto do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Cidasc. A cadeia produtiva do leite teve papel fundamental nesse processo, pois estimulou os produtores rurais a buscarem a certificação, por meio de bonificações no preço do leite e equipes de médicos veterinários contratados para realizar os exames”, reforça Karina.
Santa Catarina é o quarto maior produtor de leite do país e erradicar as doenças do plantel será mais um diferencial competitivo do agronegócio catarinense na conquista de mercados exigentes, principalmente para exportação de produtos lácteos. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, explica que há um grande esforço do poder público estadual e da iniciativa privada para melhorar ainda mais a sanidade dos rebanhos.
“A pecuária leiteira é um setor promissor, com grande relevância para a economia catarinense. A Cidasc, a Secretaria da Agricultura, e a forte atenção do Governo do Estado, na saúde da população e na sanidade dos rebanhos, vêm realizando importantes discussões e ações preventivas com o setor produtivo. Rebanho produtivo é rebanho com saúde. Seguimos focados em produzir produtos com cada vez mais qualidade e seguros ao consumo humano”, pontua Celles.
Classificação do Estado de SC
A menor incidência de Brucelose, com classificação A, em relação ao grau de risco para a doença, é registrada em Santa Catarina, sendo o único Estado brasileiro com essa classificação. O Estado também obteve a classificação A para Tuberculose Bovina, com mais outros quatro Estados brasileiros.
A Cidasc é a responsável pela execução do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovinas em todo o território catarinense. Hoje, com índices baixíssimos, de 0,91% dos rebanhos infectados com Brucelose e 0,5% dos rebanhos infectados de Tuberculose, fica comprovada a eficiência do trabalho realizado pelos profissionais da companhia e por toda a cadeia produtiva catarinense.
O Estado possui atualmente cerca de 1350 propriedades em processo de certificação, ou seja, é uma demanda crescente por parte dos produtores rurais e a conscientização é um dos pilares de uma produção pecuária de qualidade e dentro dos padrões sanitários internacionais. A certificação de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose faz parte das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2001, os Estados podem ser classificados de A até E, conforme a prevalência das doenças.
As informações são da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), adaptadas pela equipe MilkPoint.