Cenário de grave perigo por chuva extrema é projetado pela MetSul Meteorologia entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul com acumulados extraordinariamente altos em alguns pontos que podem ficar entre 200 mm e 400 mm com marcas até localmente superiores em apenas dois a três dias.
O que vai provocar tanta chuva? Uma massa de ar excepcionalmente quente vai cobrir o Rio Grande do Sul nos próximos dias com calor histórico. A grande massa de ar afetará ainda grande parte do Centro-Sul do Brasil, o Paraguai, o Norte da Argentina e a Bolívia.
A massa de ar excepcionalmente quente formará e bloqueará sistemas de instabilidade nas latitudes médias da América do Sul. Como efeito do bloqueio, as províncias do Centro da Argentina e o Uruguai devem sofrer com frequência com episódios de chuva e tempestades, intercalados com momentos de sol e forte abafamento, até o fim de semana.
Serão sucessivas ondas de tempestades que vão afetar, assim, o Centro da Argentina com possibilidade de formação de frentes de rajadas e sistemas convectivos, capazes de gerar chuva localmente extrema e tempestades de forte a severa intensidade.
Modelos numéricos de previsão do tempo indicam que os mais elevados acumulados de chuva, extraordinariamente altos em alguns pontos, devem se dar no chamado “Litoral Oeste” do Uruguai e no Norte do país, em departamentos como Artigas, Rivera, Salto, Tacuarembó, Paysandu, Soriano e Rio Negro.
Os mesmos dados indicam que parte desta instabilidade afetaria setores mais a Oeste do Rio Grande do Sul com volumes menores que no Uruguai, mas ainda assim elevados a extremos com marcas de 100 mm a 200 mm, isoladamente superiores, numa área compreendida entre Livramento, Alegrete e Uruguaiana.
Sob este cenário, o quadro é de grave perigo por chuva extrema nestas áreas com grandes impactos esperados em zonas urbanas e rurais. Podem ser esperadas inundações, algumas graves e repentinas, com muitas áreas alagadas e cobertas de água no Oeste do país vizinho.
Algumas estradas devem se tornar intransitáveis com prováveis trechos e pontilhões cobertos pela água. Com a perspectiva de forte correnteza, trechos alagados devem se terminantemente evitados por motoristas sob perigo de acidentes fatais.
As informações são do MetSul, adaptadas pela equipe MilkPoint.