Nesta terça-feira (10/08) tivemos nosso terceiro encontro do Interleite Experience, o simpósio referência sobre pecuária leiteira do Brasil, mas em uma experiência totalmente inovadora. Aos mais de 1200 inscritos proporcionamos uma verdadeira imersão de conhecimentos sobre bezerra leiteiras e sanidade animal.
Com oferecimento da Elanco abrimos nossa tarde de palestras com o painel sobre criação de bezerras leiteiras com a palestra do João Costa, Doutor em Animal Science pela University of British Columbia (UBC), Vancouver, BC, Canadá, Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agroecossistemas e Professor na University of Kentucky, em Lexington, Ky, USA.
João trouxe insights relacionados às dietas e ambientação para bezerras leiteiras de alta performance, destacando que é preciso “olhar a bezerra nos primeiros cem dias muito mais como um investimento no futuro do que como um custo.” Nessa linha de raciocínio, complementou: “o que se faz nos primeiros meses de vida da bezerra acaba tendo um reflexo maior do que o esperado.”
Contudo, Costa ressaltou que nem todas as bezerras são iguais, pontuando que “não existe uma receita de bolo para criar bezerras.” Em relação àquelas de alta performance, João salientou o ganho de peso médio diário (GMD), frisando que este “é fundamental no manejo de bezerras de alta produção.”
Dando continuidade as palestras, Carla Bittar, professora do Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP, trouxe o tema “Leite de transição: importância para o intestino e saúde da bezerra.” Em sua apresentação, Bittar expôs um comparativo entre a composição do colostro e do leite.
Carla enfatizou que o período de transição deve ser realizado de maneira gradual, salientando que, dessa forma, “o animal tem tempo para se adaptar.” Além disso, pontuou: “o leite de transição permite um maior consumo de nutrientes e compostos bioativos.”
Neste sentido, destacou a importância deste período na saúde das bezerras, principalmente, a intestinal, dizendo que “a homeostase intestinal é um aspecto chave para manutenção da saúde animal.”
Reiterando a importância da fase de transição para as bezerras, Mariana Marcondes, Médica Veterinária e Médica veterinária, Especialista Matterna da Genex e administrado do perfil bezeinsta abordou as atualizações nos protocolos de colostragrem.
Marcondes destacou que “uma boa saúde só começa com uma boa colostragem.” Deste modo, ao decorrer da palestra, Mariana destacou e explicou os 5 Q’s da colostragem, sendo eles: qualidade, quantidade, quão rápido, quão limpo e quantificação.
Sobre as novidades nos protocolos, a Médica Veterinária abordou o Q da “quantidade.” De acordo com ela, anteriormente era fornecido para a bezerra 10% de colostro do peso ao nascer, 150 a 200g de IgG e uma única mamada. Atualmente, são fornecidos 15% do peso ao nascer, 300 g de IgG e são realizadas duas mamadas.
Além disso, no painel de criação de bezerras também contamos com palestras voltados à saúde dos animais, principalmente, referente à tristeza parasitária bovina. Neste contexto, Elias Facury, Professor de Clínica e Medicina de Produção de Ruminantes na Universidade Federal de Minas Gerais, trouxe aspectos sobre a epidemiologia e monitoramento desta doença.
Dessa forma, Elias ressaltou que a “epidemiologia desta doença vai estar muito relacionada à disponibilidade de vetores.” Além disso, Factoty completou dizendo que a tristeza parasitária bovina também “depende muito da época do ano,” visto que esta se relaciona com a disponibilidade de vetores de transmissão.
Sobre o monitoramento, Elias disse que “é importante conhecer como a doença se comporta em cada fazenda” e completou frisando que, neste sentido, “o treinamento dos colaboradores é fundamental.”
Ainda sobre a tristeza parasitária bovina, André Luis Grando Pratto, Médico Veterinário e Gerente Técnico da Elanco, abordou a importância do tratamento precoce e correto. “Sem dúvidas a assertividade no diagnóstico, velocidade na tomada de decisão e o correto uso de medicamentos fazem toda a diferença na terapia e recuperação dos animais,” disse.
Encerramos este painel com a certeza que para ser mais eficiente no futuro é preciso um olhar atento e cuidadoso para as bezerras leiteiras!
E você, ainda não se inscreveu no maior simpósio sobre pecuária leiteira do Brasil? Se inscreva agora! Entre no site, confira a programação completa e faça sua inscrição. Lembrando que você não perde nada, visto que os conteúdos ficarão disponíveis por 90 dias após o evento! Vamos juntos?