ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Austrália: BC corta os juros pela primeira vez em quase três anos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/06/2019

3 MIN DE LEITURA

0
0

A Austrália tornou-se a maior economia desenvolvida a cortar as taxas de juros em 2019, reduzindo os custos de empréstimos pela primeira vez em quase três anos para compensar os efeitos das tensões no comércio global e uma desaceleração na China.

A medida acontece quando os participantes do mercado ficam mais convencidos de que o banco central dos Estados Unidos (Fed) deverá cortar as taxas no fim deste ano, seguido por uma série de reduções das nações vizinhas da Ásia-Pacífico.

O banco central da Austrália (RBA) reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,25% ao ano. Alguns economistas dizem que a taxa pode chegar a 0,5% em meados do próximo ano.

O lento crescimento global e a quebra nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China estão fazendo com que os banqueiros centrais mudem suas estratégias.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou de surpresa no início deste ano planos para estimular a economia em declínio do continente com medidas que incluem um novo lote de empréstimos baratos de longo prazo para os bancos comerciais. O Fed suspendeu aumentos de juros que estavam previstos e agora muitos economistas acreditam que o próximo movimento será um corte nas taxas.

O governo da China, enquanto isso, revelou os esforços para melhorar o crescimento, incluindo novas isenções fiscais e aumento dos empréstimos bancários para pequenas empresas privadas.

A Austrália é especialmente vulnerável às tensões comerciais devido à sua exposição à China: um quarto de suas exportações se dirige ao país asiático, principalmente commodities industriais como minério de ferro e carvão.

A Nova Zelândia, que também depende da demanda chinesa por turismo e educação - juntamente com a agricultura e produtos como leite em pó - cortou as taxas de juros no mês passado. Índia, Malásia e Filipinas também baixaram as taxas.

A expansão econômica da Austrália sobreviveu a uma crise econômica regional na década de 1990, a uma crise econômica global nos anos 2000 e ao esfriamento do boom de commodities na década de 2010. A economia australiana, rica em recursos naturais, não teve uma recessão em quase 28 anos; um recorde que levou o presidente do Fed, Jerome Powell, a brincar no fim do ano passado dizendo que "os ciclos de negócios não duram para sempre, a menos que você seja a Austrália".

No entanto, os mercados financeiros estão refletindo uma crescente dúvida entre os investidores sobre a capacidade de a economia resistir a ameaças iminentes, principalmente no que diz respeito a disputas comerciais. O dólar australiano caiu à beira do seu ponto mais fraco em uma década e os rendimentos dos títulos atingiram mínimos recordes.

Embora a expansão da Austrália tenha sido longa, ela perdeu força nos últimos dois anos, atingida pelo esfriamento do boom de commodities e do mercado imobiliário.

Os salários estão estagnados, a taxa de desemprego está aumentando, as pessoas estão retendo os gastos e o crescimento diminuiu drasticamente desde meados do ano passado. Espera-se que os números oficiais do PIB na quarta-feira mostrem uma taxa de crescimento anual abaixo de 2% nos primeiros três meses do ano - o nível mais baixo desde a crise financeira de 2008.

O presidente do RBA, Philip Lowe, manteve a taxa básica de juros do país em 1,5% ao ano desde que assumiu o cargo em setembro de 2016, em uma tentativa de esfriar o mercado imobiliário então exuberante e conter a dívida das famílias. Em Sydney, os preços dos imóveis caíram quase 15% em relação ao pico de 2017 e, em todo o país, registram-se as maiores quedas desde a crise financeira. Os preços ao consumidor ficaram estáveis nos primeiros três meses do ano e o núcleo da inflação caiu ainda mais em relação à meta do RBA, na faixa de 2% a 3%.

Sally Auld, economista-chefe da Austrália no JPMorgan Chase, prevê mais três reduções nas taxas até o meio do ano que vem.

As informações são do Valor Econômico.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures