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Aumenta a concentração na produção de leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/05/2002

2 MIN DE LEITURA

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O País está produzindo mais leite, cada ano com menos produtores. Números divulgados por um levantamento conjunto realizado pela Leite Brasil, Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Embrapa, na semana passada, revelam que 10,4 mil produtores deixaram de ser fornecedores dos 16 maiores laticínios do País em 2001 e a concentração continua a ocorrer de forma acelerada. De 125,4 mil em 2000, eles caíram para 115,1 mil. No ano anterior, 16 mil tinham saído da lista. "Muitos realmente deixaram a atividade e outros partiram para a informalidade", diz o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez.

A tendência no setor é o laticínio reduzir seus fornecedores ficando com quem tem larga escala, qualidade e custo baixo. As empresas economizam ao coletar mais leite em menos propriedades. Alguns laticínios, diz Rubez, têm um preço básico de R$ 0,19 e o complementam com adicionais por volume e qualidade. Os grandes chegam a receber R$ 0,40 por litro e continuam na atividade. Quem não consegue ganhar escala deixa a atividade.



Com isso, a tendência é que só os maiores forneçam para as grandes indústrias. É o caso da Nestlé, maior captadora do País. Em 2000 a empresa tinha 14,1 mil fornecedores de leite que tiravam em média 270 litros por dia. Em 2001 eles passaram para 8,5 mil que tiram cerca de 458 litros/dia. Ou seja, uma redução de 40% nos fornecedores e aumento de 70% no tamanho médio, segundo o levantamento.

Entre as 16 maiores empresas, a alagoana Ilpisa, dona da marca Vale Dourado, é a que tem os maiores produtores. Em média, as fazendas produzem 559 litros por dia e seu número caiu de 858 para 627 no ano passado, segundo os dados da Leite Brasil. "A granelização exigiu mais qualificação e tecnologia dos produtores", diz o diretor industrial da Ilpisa, Paulo Maurício Basto. Para ele, o ideal é manter uma média de grandes e médios produtores. "Se a empresa concentrar muito a captação em poucos produtores de grande porte, pode ter problemas com pressão por preços", diz.

Apesar de os 6,57 bilhões de litros captados pelos grandes laticínios representar apenas 32% da produção total do País, esses são de pecuaristas mais especializados e com produtos de maior valor.

Na tendência de concentração, menor intensidade é verificada no Rio Grande do Sul. A Elegê, por exemplo, foi uma das únicas a manter o número de fornecedores (32,1 mil). O diretor da Elegê, Ernesto Krug, diz que a estrutura familiar em pequenas propriedades permite a continuidade da produção de leite, desde que acompanhada por um programa de qualidade. "O preço está ruim, mas reduzimos a quantidade de ração e os custos quase caíram quase pela metade", diz o produtor Egon Scheffler, de Quinze de Novembro (RS).

Na produção geral, porém, o espaço para os pequenos parece ser pouco. "A tendência é haver só produtores de mais de 500 litros por dia", acredita Rubez.

Fonte: Valor On Line (por Giuliano Ventura), adaptado por Equipe MilkPoint

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