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Coisas que ninguém te conta sobre a suplementação de metionina protegida

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 13/06/2023

5 MIN DE LEITURA

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1. A suplementação de metionina protegida vai além do rendimento leiteiro e da porcentagem de proteína do leite

A seleção genética com foco na produção de leite acabou favorecendo a glândula mamária mais do que qualquer outro tecido. As vacas de potencial genético elevado precisam de nutrição, sanidade e ambiente aprimorados para não adicionar mais estrese a essas particularidades metabólicas potencialmente negativas na imunidade, fertilidade e longevidade.

Os balanços negativos de energia, proteína, doadores de grupos metil (metionina, colina, betaína, vitaminas do complexo B), que acontecem durante o período de transição das vacas leiteiras, estão estreitamente relacionados às patologias metabólicas. Essa coincidência temporal impacta negativamente a longevidade, a reprodução e a produção dos animais, tendo a nutrição clínica e funcional um papel cada vez mais importante para atenuar esses desafios.

Muitos aminoácidos têm efeitos positivos em processos fisiológicos que são independentes da produção de proteína láctea, sendo a metionina um deles. Geralmente, quando se suplementa as vacas leiteiras com metionina protegida da ação ruminal (RPM), há a tendência de valoração do desempenho produtivo acima de tudo. Porém, como será detalhado, a melhora na saúde e na reprodução também são respostas positivas possíveis com a suplementação do aminoácido.

2. Respostas da suplementação de metionina protegida durante o estresse térmico?

Além dos efeitos típicos, existem evidências de que o estresse térmico também incrementa o estresse oxidativo nas vacas leiteiras (Coleman et al. 2022a). Em cultura de células mamárias, o estresse térmico aumenta a morte celular, diminui a absorção e o transporte de aminoácidos pelo epitélio e reduz a expressão de genes relacionados à síntese proteica (Zhou et al. 2022). Quando houve enriquecimento com metionina do médio de crescimento das células, as consequências negativas supracitadas parecem reverter-se (Salama et al. 2019; Zhou et al. 2021).

Em vacas leiteiras sob estresse térmico a suplementação de RPM:

a) Ativa o complexo iniciador da síntese proteica (mTOR), em amostras de tecido hepático (Coleman et al. 2022a) e mamário (Coleman et al. 2022b);

b) Melhora a resposta antioxidante no sangue, fator importante na função imune inata (Coleman et al. 2022a);

c) Ajuda manter a porcentagem de proteína e gordura no leite, sem efeitos no consumo de matéria seca, a produção de leite e a eficiência alimentar (Pate et al. 2020).

Em vacas de corte Nelore (Izquierdo, 2021) e Aberdeen Angus (Farias, 2021), a suplementação de RPM durante a época de estresse térmico diminuiu a temperatura vaginal. Adicionalmente, nas vacas Aberdeen Angus, houve maior ganho de peso, escore de condição corporal e desenvolvimento folicular.

Além da síntese de proteína, a metionina tem outras ações fisiológicas importantes, como a síntese de moléculas necessárias para o sistema imunológico e o metabolismo oxidativo. Portanto,  a otimização dos níveis pós-ruminais de metionina e outros aminoácidos limitantes melhorará a saúde, podendo diminuir as consequências negativas do estresse térmico.

3. Efeitos da suplementação de metionina protegida na reprodução das vacas leiteiras

Desde a fecundação, até o momento que se estabelece a relação vascular com a vaca através da placenta (dia 25-28), o embrião, que flutua livremente, depende do aporte de nutrientes (ex. aminoácidos) presentes nas secreções uterinas. O dramático incremento dos aminoácidos metionina, histidina e lisina nas secreções uterinas das vacas prenhes no momento do alongamento embrionário (dia 14-18) poderia sugerir que quantidades elevadas desses nutrientes seriam críticas para o desenvolvimento do embrião (Wiltbank et al. 2014).

A suplementação de RPM a vacas leiteiras durante o período de transição é benéfica na prevenção de doenças uterinas (Guadagnin et al. 2021) e pode alterar os perfis lipídicos dos embriões pré-implantação e do endométrio uterino, melhorando possivelmente o desenvolvimento e a sobrevivência do embrião (Stella, 2017).

Após a transição, a suplementação de RPM (de 30 a 126 DEL) melhorou o tamanho embrionário e a manutenção da prenhez em vacas leiteiras multíparas (Toledo et al. 2017). Em vacas primíparas (de 30 a 100 DEL), recebendo dietas com dois níveis de proteína bruta (14 e 16%) e sob protocolo de inseminação artificial em tempo fixo, a suplementação do aminoácido protegido aumentou o nível plasmático de progesterona e diminuiu o intervalo entre partos e a taxa de serviços/concepção (Abedal-Majed et al. 2021).

A suplementação de metionina mais colina (ambas protegidas da ação ruminal) de 4 semanas pré-parto até 20 semanas pós-parto, diminuiu os dias abertos e os serviços por concepção quando comparadas às vacas leiteiras sem suplementação ou consumindo apenas um dos nutrientes protegidos (Ardalan et al. 2010), ressaltando a sinergia e complementariedade para ambos nutrientes.

Apesar do papel da metionina no desenvolvimento embrionário bovino não ser totalmente conhecido e de que a resposta reprodutiva à suplementação de RPM pode depender do fornecimento do aminoácido desde a dieta basal (Stangaferro et al. 2021), a bibliografia indica que a biodisponibilidade do aminoácido nas vacas leiteiras altera a dinâmica do primeiro folículo dominante, a saúde uterina, a expressão dos genes e o conteúdo lipídico dos embriões prévio à implantação (Cardoso et al. 2020).

Um experimento recente desenhado para avaliar saúde, produção e reprodução concluiu que a suplementação do aminoácido diminuiu os dias abertos e melhorou a produção de proteína láctea de vacas com algum distúrbio na saúde. No rebanho, o fornecimento de RPM reduziu a hipocalcemia subclínica no dia do parto e tendeu a diminuir a taxa de descarte das vacas (Toledo et al. 2023).

4. Efeitos epigenéticos da suplementação pré-natal de metionina protegida

Pesquisas recentes indicam que o nível nutricional, de produção materno e o estresse térmico podem afetar a expressão dos genes das crias que se gestam, afetando consequentemente seu futuro desempenho.

Além dos benefícios imunometabólicos na vaca leiteira, a suplementação de RPM e outros doadores de grupos metil, durante o final da gestação, beneficia o desenvolvimento embrionário, a função placentária e o crescimento neonatal (Coleman et al. 2021). Especificamente a suplementação de RPM durante a gestação das vacas, aumenta a sobrevivência e o tamanho embrionário, modifica a funcionalidade e a microbiota do intestino grosso, acelera a adaptação metabólica e a fisiológica pós-natal das bezerras. Esses fatos podem limitar a colonização de patógenos, promover a saúde e aumentar a capacidade de utilização dos nutrientes pelas bezerras, apresentando maior ganho de peso após o nascimento.

O Timet®, a metionina protegida da ação ruminal da Vetagro, é um produto importado e distribuído pela Nutrivital no Brasil. De biodisponibilidade testada (Fontoura et al. 2019), a suplementação do Timet® às dietas de vacas leiteiras em lactação permitiu: I) aumentar a eficiência de uso da proteína bruta alimentar (Fredin et al. 2015), II) incrementar a produção de leite e seus sólidos (King et al. 2021) e III) melhorar o desempenho reprodutivo de vacas primíparas (Abedal-Majed et al. 2021).

Quer saber mais? Fale conosco!

Artigo original de Luis Depablos (luis.depablos@vetagro.com)

Este é um conteúdo da Vetagro

Referências disponíveis mediante solicitação

 

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